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Bronquiolite viral aguda

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@gabiviieira 
Bronquiolite 
viral aguda 
è Definição: 
• Infecção respiratória aguda, de 
etiologia viral, que acomete as vias 
aéreas de pequeno calibre, 
através de um processo 
inflamatório levando a um quadro 
obstrutivo com graus variados de 
intensidade 
• É a principal causa de internação 
em lactentes menores de 1 ano 
sem doença prévia 
 
è Etiologia: 
• Principal agente: 
o Vírus sincicial respiratório (VSR) 
o 80% dos casos 
 
• Outros agentes: 
o Vírus influenza (10-20%) 
o Parainfluenza (10-30%) 
o Adenovírus (5-10%) 
o Metapneumovírus (10%) 
 
è Diagnóstico 
• Clínico 
o Primeiro episódio de desconforto 
expiratório em lactentes associados a 
infecção viral 
o Primeiro episódio de sibilância 
o Meses que correspondem aos das 
estações do VSR 
 
è Relação com a sazonalidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
è Distribuição dos casos de BA e 
daqueles com pesquisa viral positiva 
para VSR, segundo o mês de 
ocorrência: 
 
 
è Exames subsidiários: 
• Diagnóstico diferencial: 
o Pneumonia bacteriana 
o Insuficiência cardíaca 
o Crise de sibilância 
o Pneumonia intersticial (clamídia, parto 
normal) 
o Miocardite viral (ausculta, edema – IC, 
perfusão, taquicardia – mais do que 
200bpm, cianose, cansaço, estertores) 
o Coqueluche (inspiração ruidosa, tosse 
cumprida seguido de vomito e 
cianose) 
• Radiografia do tórax: 
o Hiperinsuflação (o ar não sai 
totalmente, mesmo mecanismo da 
asma e DPOC) 
o Atelectasia 
o Condensações 
• Hemograma 
o Leucocitose (maior que 30mil) com 
linfocitose (maior que 10mil) ou normal 
o Desvio esquerda: infecção 
bacteriana (neutrófilos) 
o Desvio direita: infecção viral (linfócito 
e monócito) 
• Hemocultura 
• Pesquisa etiológica 
 
è Diagnóstico etiológico 
• Métodos sorológicos 
• Cultura de vírus – sensibilidade de 
60-90% 
• Identificação antígeno viral 
o Imunofluorescência direta (IFD) e 
indireta (IFI) 
• Métodos moleculares 
o RT PCR 
@gabiviieira 
o PCR em tempo real 
• Métodos de isolamento: 
nosocomiais 
• Orientar tratamento 
• Reduzir prescrição desnecessária 
de antibióticos (necessidade de 
antivirais) 
• DX: coqueluche 
• Identificar agentes emergentes 
• Avaliar medidas preventivas: 
palivizumab (um imunoglobulinico, 
imunoglobulina especifica utilizada 
para prevenir infecção pelo vírus 
sincicial respiratório). 
 
è Vírus identificados 
• VSR 
• Rinovírus 
• Metapneumovírus 
• Boca Vírus humano 
• Parainfluenza 1,2 e 3 
• Adenovírus 
• Influenza A e B 
• Codetecção – identificação de 
mais de 1 agente 
 
à Virus sincicial respiratorio (VSR) 
• Vírus RNA fita simples negativa 
• Genoma: 10 genes que codificam 
11 proteínas: proteína de adsorção 
(G) e proteína de fusão (F) 
• 2 grupos antigênicos: grupo A e B e 
diversos genótipos. 
• Imunidade: genotípico específica 
• Transmissão: contato. 
• Infecções nosocomiais 
• Por volta de 2 anos 100% das 
crianças já tiveram contato. 
 
Ø Fisiopatologia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ø Quadro clínico: 
• Sinais e sintomas de rinofaringite 
viral e após 2-3 dias evolui com 
sintomas de desconforto 
respiratório que evolui com piora 
progressiva em 3-4 dias 
§ Febre 
§ Coriza 
§ Recusa alimentar 
§ Irritabilidade 
§ Tosse 
• Sintomas de desconforto 
respiratório: 
§ Dispneia e taquipneia 
§ Apneia 
§ Recusa alimentar/ risco de 
aspiração/ desidratação 
§ Sibilos e estertores 
 
Ø Prognóstico: 
• Autolimitada: duração de 
sintomas 7-14 dias 
• Mortalidade: inferior a 1% 
• Risco para doença grave: 
mortalidade 3-5% 
• Prematuridade, baixo peso ao 
nascer, idade <12 semanas, 
cardiopatas, DPC, 
imunodeprimidos, neuropatias e 
alteração anatômica ou 
congênita de vias aéreas. 
 
Ø Tratamento 
• Quadros leves: 
o Domiciliar: 
§ Higiêne das mãos 
§ Evitar tabagismo 
§ Manter alimentação normal 
@gabiviieira 
§ Lavagem nasal com solução 
salina 
§ Reavaliação se necessário 
§ Orientar sintomas e sinais de 
“alerta” 
• Indicação de hospitalização: 
o Episódios de apneia 
o Piora do estado geral/ toxemiada 
o Desconforto respiratório (gemência, 
cianose, tiragens, sat <95%) gravidade 
do quadro. 
o Sinais de desidratação 
o Recusa alimentar, redução 
acentuada da diurese 
o Comorbidades (displasia, cardiopatia, 
imunodef., doença neuromuscular) 
o < 3 meses 
o Prematuros (32 semanas) 
o Condição social ruim (incapacidade 
de retornar ou entender) 
• Medidas de suporte: 
o Hidratação/nutrição 
o Aspiração de VAS 
o Fisioterapia respiratória 
o Suporte ventilatório 
o Oxigenoterapia 
- Saturometria > 92% 
- Vários dispositivos 
• Medicamentoso: 
o Broncodilatadores 
- Não reduz os escores clínicos 
- Não melhora oxigenação 
- Não reduz o tempo de internação 
o Adrenalina por nebulização 
o Solução salina hipertônica 
o Corticosteróides 
o Antimicrobianos 
o Antivirais 
• Cânula nasal de alto fluxo 
 
 
 
 
Ø Complicações 
• Apnéia 
• Insuficiencia respiratória 
• Atelectasia (pode “puxar” a 
traqueia) 
 
• Otite média aguda (principal 
complicação na bronquiolite 
bacteriana) 
• Infecção bacteriana secundária 
• Pneumotórax e 
pneumomediastino (VM) 
• Bronquiolite obliterante -2% dos 
casos. 
 
Ø Prevenção 
• Evitar locais com muitas pessoas 
• Retardar a ida para creche 
• Boa higiene das mãos ao chegar 
em casa 
• Contato com outras crianças ou 
adultos com rinofaringites 
• PALIVIZUMAB

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