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Supremacia e estrutura da constituição

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Supremacia constitucional
1. A nossa constituição é rígida, por ser rígida, possui supremacia formal (não pode ser alterada pelo mesmo processo legislativo da legislação infraconstitucional). Isso significa que as normas constitucionais estão aptas a condicionar a validade da legislação infraconstitucional. Nas constituições do tipo flexível, por sua vez, possuem apenas supremacia material, não possuem supremacia formal, pois podem ser alteradas pelo mesmo processo legislativo de normas infraconstitucionais.
2. O desenvolvimento da tese da supremacia da Constituição está intimamente ligado às ideias expostas por Hans Kelsen e por Konrad Hesse.
Comparação de Konrad Hesse com Ferdinand Lassale
1. Ferndinand Lassale: possui uma visão sociológica da constituição. Constituição real para Lassale equivaleria às forças sociais e políticas (equivaleria ao somatório dos fatores reais de poder que regem a nação), sendo a constituição jurídica uma mera fola de papel. 
2. Konrad Hesse possui uma visão normativa da constituição. Em sua obra “A Força Normativa da Constituição”, dizia que a constituição não era somente um reflexo do somatório dos fatores reais de poder (como afirmava Lassale), muito menos uma mera folha de papel (como dizia também Lassale), mas sim possuidora de força normativa própria. Concordava com Lassale quando este dizia que a constituição estava condicionada pela realidade político-social, porém em um eventual conflito entre a constituição real e a constituição jurídica deveria prevalecer esta, uma vez que possui força normativa. Lassale dizia que deveria prevalecer a constituição real.
Estrutura da Constituição Federal de 1988
1. A Constituição é composta por um Preâmbulo e pela Parte dogmática que possui 250 artigos. 
Atos das disposições constitucionais transitórias. 
1. Possuem dupla função: 
1) realizar a transição; 
2) disciplinar provisoriamente determinadas situações. 
Emendas constitucionais
1. Podem ser de reforma ou de revisão. As de revisão decorreram do exercício do Poder Constituinte derivado revisor. Por se tratar de procedimento único e exaurido, não é mais possível a edição de nova ECR. 
Atos internacionais equivalentes à emenda constitucional
1. “A partir da promulgação da emenda constitucional 45/2004, o Brasil passou a admitir que tratados internacionais sobre direitos humanos fossem incorporados ao ordenamento jurídico pátrio com força de emenda à Constituição”.
Referências:
DUTRA, Luciano. Direito constitucional essencial. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.

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