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Processo legislativo ordinário

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Conceito
1. Entende-se por processo legislativo o conjunto de atos (iniciativa, discussão, votação, emenda, sanção, veto, derrubada do veto, promulgação, publicação) realizados pelo Congresso Nacional e pela Presidência da República, visando à elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções (art. 59).
2. O processo legislativo pode ser ordinário, sumário ou especial [nesse documento será tratado particularmente do processo legislativo ordinário].
Teoria das maiorias
1. Maioria simples: perfaz-se com metade dos presentes mais um.
2. Maioria absoluta: metade dos membros da casa legislativa mais um. 
3. Maioria qualificada: quando o quórum de votação é caracterizado por uma fração, que, em regra, é superior a maioria absoluta. 
Legislatura, sessão legislativa e período legislativo
1. Legislatura: tem duração de quatro anos.
2. Período legislativo: 1º período legislativo: 2 de fevereiro a 17 de julho; 2º período legislativo: 1º de agosto a 22 de dezembro. 
3. Sessão legislativa: 
· Sessão legislativa ordinária: corresponde aos períodos acima citados. 
· Sessão legislativa extraordinária: é o período de reuniões durante o recesso parlamentar. 
Processo legislativo ordinário
1. O processo legislativo ordinário é o procedimento exigido para a elaboração das leis ordinárias e das leis complementares, que se decompõe em três fases: introdutória, constitutiva e complementar. 
· A fase introdutória se refere a iniciativa de apresentar projeto de lei; 
· a fase constitutiva compreende a discussão, votação, análise do veto (competências do Congresso Nacional) e deliberação executiva (sansão ou veto); 
· a fase complementar compreende a promulgação e publicação.
Iniciativa
1. Pode ser classificada em parlamentar, extraparlamentar, privativa, concorrente ou popular.
· Parlamentar: realizada pelos membros do congresso nacional.
· Extraparlamentar: ocorre quando a constituição confere legitimidade à órgãos do poder executivo e judiciário.
· Privativa: é aquela em que a Constituição define com grau de exclusividade qual órgão poderá dar início ao processo legislativo.
· Concorrente (ou comum) é aquela em que a Constituição permite que mais de um órgão inicie o processo legislativo.
· Popular: para isso é necessário um 1% do eleitorado nacional, distribuídos pelo menos por 5 estados membros. Sendo necessário três décimos por centro dos eleitores de cada um desses estados. 
Casa iniciadora
1. Câmara dos Deputados atuará como Casa iniciadora nos projetos de lei apresentados por todos os legitimados do art. 61, caput, exceto nos casos de iniciativa de Senador da República ou de Comissão do Senado Federal, hipóteses em que o Senado Federal atuará como Casa iniciadora. 
2. Casa iniciadora. Após discussão e votação (na Comissão de Constituição e Justiça, nas Comissões Temáticas e no Plenário, se for o caso – importante dizer que algumas matérias de competência das comissões não passam pelo plenário) o projeto pode ser rejeitado ou aprovado.
· Se rejeitado: será arquivado, só podendo constituir novo projeto de lei na mesma sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional – princípio da irrepetibilidade relativa dos projetos de lei (art. 67).
· Se aprovado: seguirá para a casa revisora. 
Casa revisora
1. Após revisão (na Comissão de Constituição e Justiça, nas Comissões Temáticas e no Plenário, se for o caso), o projeto pode ser rejeitado, aprovado ou emendado.
· Se rejeitado será arquivado.
· Se aprovado: será encaminhado para o presidente da república para sansão ou veto.
· Se emendado: retornará para a casa iniciadora para apreciação das emendas. 
De volta a casa iniciadora
1. Se as emendas forem aprovadas, seguirá para o presidente o texto final contemplando as emendas.
2. Se as emendas foram rejeitadas, seguirá para o presidente o texto inicial do projeto, para fins de sansão ou veto. 
Sansão
1. Sansão é a concordância do Presidente da República ao projeto de lei. Sancionado, o projeto de lei será promulgado (ato que atesta a existência da lei, inserindo-a no ordenamento jurídico) e publicado (condição de eficácia da norma, ela passa produzir efeitos). Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Sansão tácita 
Ocorre quando o Presidente da República é silente, não concordando nem vetando. Se o silêncio prevalece por 15 dias, o projeto de lei é considerado tacitamente sancionado. 
Veto
1. O veto pode ser jurídico (quando o Presidente da república julga o projeto de lei inconstitucional), político (quando considera o projeto de lei contrário ao interesse público). Pode ser ainda total ou parcial: o veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Quando veta, o Presidente da República comunica ao presidente do Senado, no prazo de 48 horas, os motivos do veto, para que este submeta a matéria ao Congresso Nacional, que, no prazo de trinta dias, em sessão conjunta, apreciará o veto, para o fim de mantê-lo ou rejeitá-lo, só podendo ser rejeitado por maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votação aberta (art. 66, §§ 1º e 4º).
Diferença entre lei ordinária e lei complementar
1. Todo o processo legislativo ordinário estudado aplica-se, igualmente, à aprovação de leis ordinárias e leis complementares. A única distinção está no quórum de aprovação, que, para as leis complementares, é de maioria absoluta, conforme o art. 69.
2. Não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar. 
Vício de iniciativa e sanção presidencial
1. A sansão do Presidente da República de lei com vício de iniciativa não convalida o vício, ou seja, a lei é inconstitucional (inconstitucionalidade formal subjetiva), e poderá ter sua validade arguida perante o Poder Judiciário.

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