Buscar

A MORENINHA- RESUMO POR CAPÍTULO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Moreninha: Resumo Por Capítulo 
Paráfrase da obra “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, por Bruno Alves 
 
Todos os direitos reservados. 
© 2012-2017 ResumoPorCapítulo.com.br 
 
contato@resumoporcapitulo.com.br 
 
 
http://resumoporcapitulo.com.br/
mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
http://resumoporcapitulo.com.br/
ÍNDICE 
PARA ENTENDER A OBRA 2 
1 – Aposta Imprudente 2 
2 – Fabrício em Apuros 3 
3 – Manhã de Sábado 3 
4 – Falta de Condescendência 4 
5 - Jantar Conversado 5 
6 – Augusto com seus Amores 6 
7 – Os Dois Breves, Branco e Verde 6 
8 – Augusto Prosseguindo 7 
9 – A Sra. D. Ana com suas Histórias 8 
10 – A Balada no Rochedo 8 
11 – Travessuras de D. Carolina 8 
12 – Meia Hora Embaixo da Cama 9 
13 – Os Quatro em Conferência 10 
14 – Pedilúvio Sentimental 10 
15 – Um Dia em Quatro Palavras 11 
16 – O Sarau 11 
17 – Foram Buscar Lã e Saíram Tosquiadas 12 
18 - Achou Quem o Tosquiasse 12 
19 – Entremos nos Corações 13 
20 – Primeiro Domingo: Ele Marca 13 
21 – Segundo Domingo: Brincando com Bonecas 14 
22 – Mau Tempo 14 
23 – A Esmeralda e o Camafeu 14 
Epílogo 15 
QUESTÕES DE VESTIBULAR 16 
 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 2 
 
PARA ENTENDER A OBRA 
Considerado o primeiro “romance romântico” brasileiro, A Moreninha foi escrito por 
Joaquim Manuel de Macedo em 1844 e retrata a classe média daquela época. 
Misturando ideais românticos (realização do amor da infância) a traços culturais locais 
(lenda da gruta), a obra tornou-se um clássico dos mais lidos em sua época. 
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, 
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando 
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em 
alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da 
época, há links que podem ser acessados diretamente no texto. 
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site 
ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para 
contato@resumoporcapitulo.com.br. Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 
1 – Aposta Imprudente 
Quatro jovens estudantes de medicina reúnem-se após um jantar. Filipe convida seus 
companheiros a passarem o feriado de Sant'Ana na casa de sua avó, Ana, em uma ilha, 
onde ocorrerá uma patuscada (uma reunião, festividade). Leopoldo e Fabrício aceitam o 
convite prontamente, mas Augusto demonstra desinteresse pela programação, até que 
Filipe destaca a presença de suas primas e de sua irmã no evento. 
A prima mais velha, Joana, com dezessete anos, tem olhos e cabelos negros e uma pele 
pálida - um perfil romântico, segundo Augusto. Um ano mais nova, Joaquina é loira de 
olhos azuis e pele rosada - clássica e bela. A irmã de Filipe é descrita como uma 
moreninha de quatorze anos, o que leva Augusto a considerá-la possivelmente 
"interessante, travessa e engraçada". Com a expectativa de conhecer tais moças, ele 
concorda em participar do passeio à ilha. 
Discutindo sobre as preferências dos jovens entre as parentes de Filipe, é ressaltada a 
característica romântica de Augusto, que se diz capaz de se encantar por todas as 
garotas e, por outro lado, inapto a limitar seu pensamento a uma só moça por mais que 
quinze dias. Filipe duvida dessa possibilidade, afirmando que seu colega iria se 
apaixonar longamente por uma de suas primas, e propõe uma aposta, escrita em papel, 
acerca destes fatos. 
Após certa discussão, conclui-se que o perdedor da aposta deveria escrever um romance 
no qual fosse relatada a sua derrota - um amor que durasse mais de quinze dias, no caso 
de Augusto, ou o triunfo da inconstância dos desejos de Augusto, no caso de Filipe. 
Fabrício e Leopoldo serviram de testemunhas em tal acordo. 
http://resumoporcapitulo.com.br/
mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 3 
 
2 – Fabrício em Apuros 
Na véspera do final de semana em que iriam à ilha, os estudantes reuniram-se na casa de 
Augusto. Fabrício não desejava ir embora, mas foi levado embora por Filipe e 
Leopoldo. Solicitou o acompanhamento, portanto, de Rafael, criado de Augusto, para 
que ele entrega-se ao seu patrão uma carta. 
Na correspondência Fabrício se descreve como um clássico que havia experimentado, 
por sugestão de Augusto, um amor romântico, o qual agora lhe dava dores de cabeça. 
Tudo havia começado em um teatro, onde Fabrício decidiu enamorar-se por uma jovem 
que observava à distância, sem mesmo saber se era feia ou bonita - como um bom 
romântico. Para entrar em contato com a garota serviu-se do crioulo Tobias, jovem 
servo da família, em troca de alguns cobres. 
Apesar da inicial indiferença da garota, o romance avançou e, com ele, surgiram 
diversos compromissos: Fabrício precisava passar em frente à casa da moça quatro 
vezes por dia, escrever para ela quatro vezes por semana, acompanhá-la a bailes e 
teatros, além de atender a diversas outras exigências de sua amante. O jovem Tobias 
também passou a persegui-lo, sempre esperando algum pagamento por seus serviços de 
cupido. Tudo isso custava-lhe muito dinheiro e o aborrecia profundamente. Além de 
tudo, a moça era feia e amarela - não "pálida", como os românticos gostavam de 
fantasiar. 
A tal garota era Joana, prima de Filipe, com quem passariam o dia de Sant'Anna. 
Considerando a situação, Fabrício pede a Augusto que o ajude: ele deveria galantear a 
moça durante o feriado, mesmo diante de si; Fabrício demonstraria irritação, ciúmes, e 
acabaria por encerrar seu relacionamento com ela, alegando não suportar sua 
inconstância e volubilidade; por fim os dois amigos voltariam a unir-se. 
Augusto ri como um doido ao terminar de ler a carta. 
3 – Manhã de Sábado 
Eram onze da manha quando Augusto chegou à ilha onde vivia a avó de Filipe. 
Leopoldo o recebeu e o levou à casa, que era cercada por um jardim e um pomar. Além 
de uma sala espaçosa, o ambiente era formado por dois gabinetes, um para os homens, 
outro para as mulheres. 
Já estavam lá reunidas diversas moças e senhoras. D. Ana, a avó de Filipe, com sessenta 
anos, demonstrava ser uma senhora bondosa e muito apaixonada por sua neta, irmã de 
Filipe, a qual criou desde os oito anos, quando seus pais faleceram. Ao seu lado estavam 
a pálida e a loira, primas de Filipe, sendo que os cabelos claros de Joaquina chamaram 
mais atenção de Augusto, ainda que os traços românticos de Joana também o 
agradassem. A irmã de Filipe era garota travessa, que não parava quieta, demonstrando-
se muito curiosa e até mesmo impertinente, fazendo com que Augusto tivesse algumas 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 4 
 
reservas para com ela. Havia ainda duas velhas, uma que só se interessava em falar 
sobre a beleza de suas duas filhas, que também lá estavam, e outra que tinha o costume 
de manter um homem junto de si por horas, prendendo-o em enfadonhas conversações. 
Após os tradicionais cumprimentos, Augusto sofreu o infortúnio de ser fisgado 
justamente por esta última velha, a Sra. D. Violante. Com a intenção de não parecer 
grosseiro, o jovem ouviu a mulher por horas, tentando por vezes levantar-se com uma 
desculpa qualquer, porém sem sucesso. Augusto já imaginava que a velha estava 
enamorada por ele, quando ela confessou um outro interesse: sendo o jovem um 
estudante de medicina, gostaria que ele desse um diagnóstico de alguns males pelos 
quais passava. Após ouvir a descrição de inúmeros sintomas, Augusto resolveu vingar-
se de D. Violante pelo cansativo diálogo e, assim, afastá-la de uma vez: afirmou que ela 
sofria de hemorroidas. A velha enfureceu-se com a resposta e afirmou que o rapaz não 
seria um bom médico. 
Procurando uma nova companhia, Augusto recebeu de D. Ana o convite para que se 
sentasse ao lado de sua neta, com quem poderia “se divertir” por instantes. Ouvindoessas palavras, a garota afirmou que não era uma “boneca” para “divertir” alguém, e 
ainda ironizou que gostaria de proporcionar ao estudante momentos tão agradáveis 
quanto os que passara com a Sra. D. Violante. Augusto apreciou a espirituosidade da 
menina e interessou-se em conversar com ela, porém foi interrompido por Fabrício, que 
disse ter um assunto importante a tratar com ele, a sós. 
4 – Falta de Condescendência 
No gabinete dos rapazes Fabrício reforçou seu pedido de ajuda, conforma havia escrito 
em sua carta (Capítulo 2), mas não recebeu uma resposta positiva de Augusto: além de 
estar irritado pela exaustiva conversa com a velha, o estudante encantou-se pelo 
ambiente formado pelas belas jovens e não achava uma boa ideia importuna-las com a 
armação proposta pelo amigo. 
Fabrício tentou convencê-lo de que o procedimento era necessário, além de não ser 
custoso, mas Augusto lembrou que, após feita a cena, ele precisaria entender-se com 
Joana, podendo ficar em maus lençóis. 
Infeliz em seus planos, Fabrício ameaçou uma retaliação contra Augusto: iria revelar a 
todas as moças presentes as atitudes de seu amigo, que vivia de iludir jovens como ela, 
bem como seu controverso ponto de vista em relação ao amor. Augusto aceitou a 
provocação, afirmando que essa atitude só faria com que as garotas se interessassem 
ainda mais por ele. 
Filipe surgiu, chamando-os para o jantar. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 5 
 
5 – Jantar Conversado 
Damas e cavalheiros dirigiram-se à sala de jantar, em pares. Augusto acompanhou 
Joaquina, chamada de Quinquina pelos amigos, e que conversava de forma sofrível e 
sentimental, podendo ser considerada uma sonsa. 
Outra jovem, D. Clementina, demonstrou muito mais vivacidade e malícia em seus 
comentários acerca das outras moças, ridicularizando-as perante os homens com quem 
conversava. Augusto, admirando esta habilidade da moça, resolveu questionar sua visão 
sobre a irmã de Filipe, a Moreninha, que estava sentada à sua frente. A menina, 
chamada Carolina, ouviu esta proposição e interrompeu o discurso de Clementina, como 
se desafiasse a colega a continuá-lo. Os comentários foram feitos, portanto, de maneira 
mais sutil, e a Moreninha ainda reforçou, de forma irônica, a preocupação que todas as 
moças tinham de serem ofuscadas pelo brilho da espirituosa conversa de Clementina, 
que já devia estar encantando Augusto, mas finalizou o diálogo ressaltando que isso não 
a impedia de manter um bom relacionamento com a colega. Augusto percebeu, naquele 
momento, que Carolina não era somente uma menina tola, conforme supunha. 
Joaquina puxou conversa com Augusto, que aproveitou o momento para lançar 
galanteios a todas as moças presentes, ressaltando, com um discurso romântico, o prazer 
de estar em tão boas companhias. A Moreninha, percebendo o palavreado inflado do 
rapaz, lançou novas ironias sobre essa postura, além de insinuar que Quinquina já teria 
sido conquistada por ele, afirmando que por baixo da mesa os seus pés poderiam estar 
se tocando. D. Ana repreendeu a neta por seus gracejos, mas Augusto fez questão de 
afirmar que apreciava o espírito da garota. Carolina novamente arrematou a conversa, 
dizendo entender as pretensões do jovem estudante com suas palavras, e recebeu 
aplausos de todos à mesa – afinal, era a neta da dona da casa e também muito rica. 
Fabrício aproveitou o momento para iniciar o prometido ataque ao seu colega: afirmou 
ser uma lástima que Quinquina conquistasse alguém como Augusto. O rapaz atacado 
reagiu com ironia, dizendo que seu adversário seria, sem dúvida, uma melhor conquista 
– a Moreninha identificou-se com essa postura irônica do jovem. Fabrício retrucou 
afirmando, diretamente, que para Augusto não havia qualquer amor que durasse mais de 
três dias. Observando a confirmação de tal fato por Leopoldo e Filipe, todas moças e 
senhoras da mesa espantaram-se com a inconstância de Augusto. 
Após mais alguns golpes sofridos, em um discurso romântico e inflamado de Fabrício, 
Augusto resolveu defender-se: primeiramente assumiu que as tantas belezas e encantos 
de tantas mulheres realmente o faziam vacilar entre umas e outras, mas concluiu que 
descobriu-se um amante constante de uma só figura: aquela que unia tudo de bom que 
encontrava nas jovens que se encantava, afinal, os belos olhos de uma moça não 
anulavam as lindas madeixas de outra, nem o elegante talhe de uma terceira jovem. A 
lógica desse argumento conquistou as mulheres presentes, que também se sentiram 
lisonjeadas pelos elogios indiretos que Augusto professava. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 6 
 
Leopoldo estourou o champanhe naquele momento, propondo o cumprimento de uma 
tradição: que os homens da mesa declarassem, no brinde, a primeira letra do nome da 
jovem a quem amassem. Filipe observou que, dada a última discussão, Augusto deveria 
ficar de fora do ritual, já que era necessário pronunciar uma só letra. Carolina, 
entretanto, defendeu o rapaz, sugerindo que ele dedicasse o brinde ao alfabeto inteiro – 
e tal ideia foi prontamente aceta pelo jovem. 
Após saírem da mesa, Leopoldo dirigiu-se a Augusto, perguntando quem ganharia a 
aposta acertada anteriormente e qual seria a jovem escolhida pelo rapaz. Augusto 
confessou estar interessado em três moças, sendo que sua opinião sobre a irmã de Filipe 
havia se transformado durante o dia: de travessa, importuna e feia, ela havia passado a 
considerá-la engraçada e bonitinha. 
6 – Augusto com seus Amores 
Após o jantar todos saíram para um passeio pelo jardim, aos pares, de braços dados. 
Augusto procurava a companhia de Carolina, mas a moça queria andar livre e sozinha, 
correndo entre os casais. 
Após ser desprezado por outras damas, por conta de seu discurso sobre o amor durante 
o jantar, Augusto passou a acompanhar D. Ana em sua caminhada. A senhora se disse 
espantada com as opiniões do moço, pois punham em xeque a organização da 
sociedade, já que a constância nos relacionamentos é um fator essencial para a estrutura 
das famílias. 
Augusto revelou que sua inconstância com diversas moças não impedia que ele 
desejasse ser constante com uma só jovem, a quem ele amava. D. Ana interessou-se em 
saber quem seria tal menina e Augusto a convidou para conversarem em uma gruta, 
onde ninguém os ouviria. 
7 – Os Dois Breves, Branco e Verde 
Há sete anos Augusto, que tinha treze, foi à Corte com sua família. Na praia conheceu 
uma graciosa garota que aparentava sete anos de idade, a quem ajudou a coletar uma 
concha que desejava. As duas crianças logo criaram um vínculo de amizade e passaram 
a tarde brincando juntas. 
A certa altura a menina, da qual nem soube o nome, perguntou e ele a achava bonita. 
Após a resposta positiva a garota combinou que ambos deveriam ser marido e mulher 
no futuro. Surgiu outro garoto, chorando, e disse que seu pai estava morrendo. O jovem 
casal desejou visitar sua casa. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 7 
 
Chegando à humilde residência, encontraram algumas crianças desnutridas, uma pobre 
velha e o pai moribundo deitado no leito. O mulher contou ao Augusto e à garota que 
seu marido morria de fome. Espantados com um sofrimento com o qual nunca haviam 
se deparado, ambos deram os trocados que tinham em seus bolsos para ajudar aquela 
família. 
Vendo o ato de generosidade das crianças, o velho agradeceu ambos e perguntou qual a 
relação entre eles. Tendo a menina contado que seriam marido e mulher no futuro, o 
homem professou que o desejo deles haveria de se realizar. Simbolizando o 
compromisso, pediu à mulher que pegasse dois breves, um verde e um branco,*** que 
havia numa gaveta e os costurasse a um camafeu e a um botão de esmeralda, que eram 
posses de Augusto e da garota, respectivamente: eles trocariam estes presentes e os 
guardariam como prova de suas futuras intenções. 
Voltando àpraia soou a ave-maria e ambos se despediram, prometendo cumprir o 
acordo combinado pelo moribundo. 
Augusto interrompeu sua narração ao ouvir o barulho de alguém que escutava sua 
conversa com D. Ana, na gruta. Viu apenas, à distância, sua neta, D. Carolina. 
8 – Augusto Prosseguindo 
Continuando seus relatos, Augusto contou que escreveu sua experiência assim que 
chegou em casa e seu pai descobriu o seu relato, elogiando a generosidade do filho com 
a pobre família e orientando que ele guardasse o breve com muito cuidado. 
Passados cinco anos Augusto avançava nos estudos e participava de bailes, despertando 
em si o desejo de amar e ser amado. Sua mãe achava loucura sua obsessão pelo breve 
recebido ainda na infância e ele resolveu apaixonar-se por outras garotas. Suas 
aventuras, no entanto foram todas malfadadas. 
A primeira jovem por quem se enamorou, uma moreninha, o deixou para casar-se com 
um senhor de sessenta anos. A segunda, uma moça corada, exibia ciúmes exagerados, 
porém o traía, conforme descobriu certo dia. A terceira, uma pálida, usava-o como um 
divertimento: pedia que ele escrevesse em seu lugar cartas a um primo que lhe 
correspondia, fazendo o mesmo jogo com tal primo. 
Decidido a não amar qualquer jovem morena, corada ou pálida, Augusto confessou suas 
decepções à esposa de seu amigo. A garota cantou-lhe algumas quadrinhas em que se 
revelavam os hábitos das jovens da época, que não amavam a nenhum homem, mas 
seduziam todos os possíveis pretendentes. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 8 
 
Daí em diante Augusto decidiu que também se divertiria com todas garotas, guardando 
sempre seu coração para sua única amada, a que havia lhe dado o breve. Estas eram 
suashistórias, que justificavam sua inconstância amorosa. 
Mais uma vez ouviu-se alguém que espiava a conversa e novamente viu-se D. Carolina 
próxima à gruta. 
9 – A Sra. D. Ana com suas Histórias 
Após tanto falar, Augusto dirigiu-se à nascente que havia no fundo da gruta e bebeu um 
copo d’água. D. Ana riu-se, dizendo que aquela fonte guardava uma antiga história, que 
casava-se muito bem com as histórias de amores do rapaz. 
Dizia-se que antes de os portugueses ali chegaram, vivia na gruta a índia Aí. 
Apaixonada pelo índio Aoitin, que visitava a ilha para caçar, a moça não recebia 
nenhuma atenção de seu amado, por mais que sempre o ajudasse em seu trabalho e que 
o cuidasse enquanto descansava na gruta. Decepcionada, Aí chorava e cantava 
esperando enternecer Aoitin. 
Suas lágrimas cobriram a gruta e fizeram surgir aquela nascente. Algumas gotas caíram 
nos olhos do caçador, que passou a olhar para Aí; depois outras gotas caíram em seus 
ouvidos, e ele passou a ouvir sua canção; e por último uma gota caiu em seu coração e 
ele passou a amá-la. 
A canção de Aí havia sido traduzida para o português e ainda era entoada pela neta de 
D. Ana. Havia a crença que quem bebesse da água daquela fonte não sairia da ilha sem 
se apaixonar por alguém, e para lá voltaria em busca desse amor. 
Augusto ouviu novamente alguém que parecia escutá-los na entrada da caverna, mas 
somente enxergou D. Carolina correndo nas redondezas. Ele afirmou a D. Ana que 
desejava ouvir da garota a tal canção, quando coincidentemente a menina começou a 
cantá-la sobre a gruta. 
10 – A Balada no Rochedo 
D. Ana e Augusto saíram da gruta e subiram o rochedo, onde encontraram a Moreninha 
cantando a canção de Aí. São versos que refletem a história narrada por D. Ana na visão 
da índia que tem seu amor rejeitado. 
11 – Travessuras de D. Carolina 
Carolina tinha uma energia infinita: corria e um lado para o outro no jardim, fazendo 
crescer em todos a admiração por ela. Leopoldo encontrou-se com Augusto e comentou 
que ele já parecia apaixonado pela garota, assim como todos outros rapazes, mas que ela 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 9 
 
parecia preferi-lo. Augusto afirmou que somente a amava assim como às demais 
meninas. 
Em certo momento a Moreninha procurou por Fabrício, junto a sua prima D. Joaninha, 
segurando uma rosa. Após o rapaz fazer comentários sobre a flor, Carolina ofereceu-lhe 
o botão, mas ferindo-o com os espinhos ao entregar-lhe. Fabrício insistiu que o sangue 
derramado ao menos havia lhe valido um prêmio e a garota deu um tapa na flor, que se 
desmanchou completamente. 
Mais tarde, quando era servido o café, Carolina levou uma xícara a Fabrício, que 
conversava com Augusto. Temendo uma nova travessura da garota, o rapaz demorou a 
aceitar a gentileza. Quando o fez, a xícara caiu no chão e ele deu passos para trás, 
tropeçando numa raiz e também caindo. Todos riram da situação, inclusive Fabrício, 
que apontava para a calça branca de Augusto, que recebeu a maior parte do café 
derramado. 
12 – Meia Hora Embaixo da Cama 
Filipe chamou Augusto para irem à casa onde o visitante poderia trocar sua calça. 
Vendo o quarto das moças vazio, o anfitrião sugeriu que Augusto o utilizasse, 
aproveitando a oportunidade de conhecer todos os produtos de beleza das garotas. O 
rapaz resistiu, mas aceitou a proposta ousada. Augusto começava a tirar suas roupas 
quando ouviu a chegada das meninas e decidiu esconder-se embaixo da cama. 
Eram quatro garotas: D. Joaninha, D. Quinquina, D. Clementina e Gabriela, que 
falavam sem parar. Inicialmente zombavam da aparência física das demais mulheres, 
depois decidiram falar de si mesmas, culminando no momento em que colocaram as 
pernas para fora com o intuito de compararem as medidas de suas coxas. Augusto se 
contorcia debaixo da cama com a visão que tinha, chegando a desejar morder um dos 
pés femininos. 
Em certo momento as meninas passam a comentar seus casos românticos do final de 
semana: Gabriela se orgulha de manter comunicação com cinco rapazes ao mesmo 
tempo, mas lastima que a preta que fazia as vezes de carteiro tenha confundido dois 
destinatários e estragado algumas relações ao entregar a carta errada; D. Clementina 
comenta um acordo romântico que fizera com Filipe, de lhe deixar em um lugar secreto 
uma trança de seus cabelos; Quinquina ressalta sua alegria em contrariar todos os 
pedidos possessivos de seu admirador; D. Joaninha assume que Fabrício é o único que 
lhe chamara a atenção. 
Ao comentarem sobre suas conquistas, as garotas criticam a posição dos homens que 
querem possuir todas as mulheres, citando o caso de Augusto. Aproveitam para 
criticarem a aparência física do rapaz e chegam a propor planos para zomba-lo. Neste 
momento um grito chama a atenção das moças, que saem em disparada do aposento. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 10 
 
Augusto, também assustado, sai depressa de baixo da cama, veste-se e apanha uma das 
cartas recebidas por Gabriela, de Joãozinho, em resposta à mensagem errada que ela 
enviara. Saindo da casa, descobre que o grito fora dado por D. Carolina. 
13 – Os Quatro em Conferência 
O grito de D. Carolina devia-se ao susto que tomou com a situação de Paula, senhora 
que fora sua ama e agora vivia com D. Ana. A mulher havia tomado muitas taças de 
vinho, a convite de Keblerc, um senhor alemão amante do álcool, e caiu subitamente ao 
tentar andar. As senhoras que foram acudi-la acreditavam que havia algum problema de 
saúde, já que Paula nunca foi de beber. 
Os quatro jovens estudantes de medicina, ao serem chamados para averiguar a situação, 
logo perceberam do que se tratava, mas não tiveram coragem que dizer a verdade a 
todos. Aproveitaram para fazer uma brincadeira: formaram uma conferência em que 
inventavam inúmeros diagnosticos e tratamentos para o suposto mal da mulher. 
Augusto fora o mais convincente de todos, ganhando grande admiração de D. Carolina 
pela forma como se expressava. Apesar de seu desempenho, o jovem foi fortemente 
contrariado pelas senhoras presentes ao não recomendar um escalda-pés à “doente”. 
14 – Pedilúvio Sentimental 
Jogos de cartas entreos mais velhos e brincadeiras amorosas entre os jovens fizeram 
esquecer do episódio e da situação de Paula. Augusto, somente, estava incomodado pela 
falta que lhe fazia D. Carolina. Confidenciando seu sentimento a D. Ana, recebeu desta 
o aval para procurar por sua neta, que deveria estar no quarto da “enferma”. 
Chegando ao quarto Augusto observou Paula deitada numa cama com D. Carolina e 
uma escrava a seus pés, prestes a fazer o escalda-pés – ou pedilúvio. A escrava 
reclamava da temperatura muito elevada da água, quando D. Carolina irritou-se e pegou 
a bacia de suas mãos, fazendo ela mesma o serviço. 
Augusto apreciava a personalidade da garota, assim como suas mãos, que ficavam roxas 
sob a água quente. Ele interveio dizendo que deveria ter cuidado para não se queimar, e 
que deveria pedir a um escravo que fizesse aquele trabalho. D. Carolina alegou que 
nenhum escravo faria aquilo com jeito. Augusto afirmou que ele mesmo, como seu 
escravo, poderia dar um bom pedilúvio – e o deu. 
Após a cena romantica, Augusto garantiu a D. Carolina que Paula ficaria boa no dia 
seguinte e convidou-a para irem à sala. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 11 
 
15 – Um Dia em Quatro Palavras 
Na manhã do dia de Sant’Ana todos acordaram tarde. A agitação havia durado a noite 
toda, ainda mais depois que D. Carolina e Augusto se juntaram à festa. Augusto fora o 
último a se deitar, depois de um miterioso passeio noturno pelo jardim. 
 No quarto dos garotos, que dormiam lado-a-lado, houve uma cena inusitada: enquanto 
sonhava com D. Carolina, Augusto deu um beijo na testa de Fabrício, acordando 
espantado com seu próprio ato. 
Após a almoço voltaram as brincadeiras e jogos entre os convivas. Os rapazes jogavam 
voltarete quando as moças invadiram a mesa, lideradas por D. Carolina. Augusto 
proferiu elogios a D. Joaquina, que usava uma rosa em seu penteado, despertando 
ciúmes em D. Carolina, que a certo ponto despedaçou a flor. 
Brincando com o “crime” cometido por D. Carolina, os jovens decidiram montar um 
“julgamento’ do caso, com direito a testemunhas, advogados e jurados. A cena chamou 
a atenção até mesmo dos mais velhos. O veredito foi que D. Carolina era culpada e, 
como punição, deveria dar um beijo no dono da rosa – que Quinquina indicou ser 
Augusto. 
Usando o poder de seu olhar e do sorriso em seus lábios, D. Carolina convenceu 
Augusto a perdoá-la, escapando da “punição”. O jovem deliciou-se, entretanto, com o 
sincero beijo que lhe deu em suas mãozinhas. 
16 – O Sarau 
Conversas, bebidas, jogos e danças formam o sarau noturno. D. Carolina se destaca 
entre as jovens por sua vestimenta humilde e sensual. 
Esperta, a moreninha nega contradanças a Fabrício, alegando já ter aceito doze pedidos 
como o dele, mas concorda em uma terceira contradança com Augusto. Ao rapaz, ela 
confidencia que Fabrício a incomoda por falar-lhe coisas de amor. Augusto revela que 
também está prestes a cometer o mesmo erro e a menina o ameaça com o cancelamento 
da contradança. 
Após o animado sarau, as moças conversam no toilette, abismadas com tantas juras de 
amor recebidas por todas, vindas do mesmo homem: Augusto. Decidem armar contra o 
rapaz, enviando a ele uma carta anônima na qual marcam um encontro na gruta: ali o 
galanteador barato seria desmascarado. 
Assustadas com um barulho no toilette, as moças descobriram que era D. Carolina 
quem, aparentemente, dormia escondida no fundo do cômodo. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 12 
 
17 – Foram Buscar Lã e Saíram Tosquiadas 
Augusto encontrou dois bilhetes em seus bolsos: um convidando-o para um encontro 
romântico na gruta, outro denunciando que o suposto encontro era uma armadilha 
armada por aquelas a quem ele declarou seu amor e que por isso pretendiam zombar 
dele. 
Assim que amanheceu, Augusto dirigiu-se para a gruta e encontrou as quatro moças. 
Preparado para tal situação, ele discursou sobre as propriedades mágicas da fonte que ali 
havia e bebeu um copo de sua água: isto faria com que segredos fossem revelados. 
Chamou, portanto, uma a uma para conversas particulares. 
Para D. Gabriela, Augusto revelou saber de sua comunicação amorosa simultânea com 
cinco rapazes e mostrou-lhe um dos escritos, que ele teria recebido da “fada da gruta”. 
Envergonhada, Gabriela aceitou sair da gruta acompanhada pelo moço. 
A Quinquina Augusto apresentou um cravo, presente que ela havia ganhado do Sr. 
Gusmão, seu namorado, e que teria repassado ao Sr. Lúcio, outro pretendente, se não 
fosse a “fada” intervir em seu destino. Mais uma vez Augusto convenceu a garota em 
seguir com ele para fora da gruta. 
Em seguida convidou D. Clementina, revelando-lhe uma trança de seus cabelos, que 
seria destinada ao Sr. Filipe, mas teria sido também roubada pela “fada da gruta”. A 
garota logo pediu que ele a acompanhasse para fora do local, em troca de seu segredo. 
Restou apenas Joaninha, a quem Augusto alertou que era muito exigente para com seu 
amado, pedindo que lhe escrevesse quatro vezes por semana e que passasse quatro vezes 
em frente a sua casa todos os dias. A moça, entendendo que tais revelações só poderiam 
ter partido do próprio Fabrício, mostrou-se contente por saber de sua indiscrição, que 
era um bom motivo para que deixasse de amá-lo. 
Sozinho na gruta, comemorando o revés das quatro garotas, Augusto é surpreendido por 
alguém que o chama para “a sua vez”. 
18 – Achou Quem o Tosquiasse 
A Moreninha adentrou a gruta e bebeu da água da fonte, afirmando que vingaria as 
quatro moças revelando a Augusto segredos do seu passado, presente e futuro. O rapaz 
se dispôs a ouvir tudo o que ela dissesse. 
Sobre o passado, D. Carolina citou seu primeiro amor, o caso do velho moribundo, a 
esmeralda e o camafeu, assim como as três moças a quem cortejou, porém fora 
repetidamente enganado. Sobre o futuro, a “fada” revelou que ele perderia a aposta que 
fizera com seus colegas. Quanto ao presente, sabia-se que todo o ritual da água 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 13 
 
milagrosa não passava de uma encenação premeditada por Augusto, que tivera acesso 
aos “segredos” das garotas por meios próprios. 
Encantado pela capacidade da “fada” em descobrir tantos mistérios, Augusto resolveu 
revelar a D. Carolina aquilo que se passava em seu coração. A garota, percebendo suas 
intenções, o distraiu e fugiu pelo fundo da gruta, deixando-o sozinho com seus 
sentimentos. 
19 – Entremos nos Corações 
Passado o final de semana, Augusto está aborrecido e desanimado com as aulas. 
Leopoldo lhe faz companhia, ouvindo repetidas vezes as histórias que se passaram na 
gruta, bem como as esperanças e desesperanças de seu amigo em ter o amor da 
Moreninha. 
Os dois amigos dialogam sobre os efeitos contraditórios que o amor provoca e sobre as 
diferenças de personalidade entre quem vive na corte e quem vive na roça – que 
inviabilizariam um romance entre dois mundos tão distintos. 
Questionado sobre quando começaria a escrever seu romance, Augusto reage afirmando 
que ainda pretende amar outras moças nos próximos dias. 
Enquanto isso, na ilha, D. Carolina também apresenta mudanças de comportamento: se 
antes estava sempre alegre e alegrando quem a rodeava, agora a garota anda 
melancólica, a suspirar pelos cantos. Este desânimo pareceu espalhar-se por todos os 
habitantes do local. 
O motivo de tal angústia da Moreninha era uma mistura de saudades e de temor pela 
inconstância de Augusto. Tal sentimento só foi amenizado quando Filipe revelou que 
seu amigo viria passar mais um domingo com a família. 
20 – Primeiro Domingo: Ele Marca 
Chegando bem cedo à ilha, Augusto foi recebido por D. Ana com alegria. Ela 
confidenciou o abatimento causado em sua neta por conta de sua ausência e Filipe 
confirmou que o mesmo se passara com ele. Carolina fingia ler um livro enquanto ouvia 
atenciosamente a tal conversa. 
Duranteo almoço Augusto reparou em um lenço marcado (bordado) que a Moreninha 
trazia consigo. A garota sugeriu que o rapaz aprendesse com ela a arte de marcar e ele 
aceitou. Durante a lição o “aprendiz” arrebentava a linha e deixava cair o dedal por 
diversas vezes, sendo alvo da repreensão de sua “bela mestra”, que lhe dava puxões de 
orelha. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 14 
 
21 – Segundo Domingo: Brincando com Bonecas 
Após uma semana de saudades, Augusto segue para a ilha, convicto de seu amor e 
ansioso por mostrar à sua “mestra” a lição aprendida: um lenço com seu nome bordado. 
Ao receber o trabalho, entretanto, a Moreninha desconfia da perfeição da marca e acusa 
Augusto de ter outra mestra. O garoto se assusta com o acesso de ciúmes de sua amada 
e assume que pediu a uma senhora que fizesse o bordado, esperando impressioná-la. 
Desfeito o mal-entendido, a garota determina o fim das lições e propõe uma nova 
atividade: que brinquem com suas bonecas. O autor reflete sobre o poder que tem o 
amor em convencer-nos a realizar ações antes impensadas. 
À tarde, como de costume, todos seguiram para um passeio pela praia. D. Ana permitiu 
que Augusto acompanhasse sua neta. O jovem casal apreciava a intimidade dos braços 
dados e conversavam sobre o amor, até que o estudante revelou que era ela o objeto de 
seus sentimentos. A menina revela que também ama, mas recusa-se a dizem quem. 
22 – Mau Tempo 
O pai de Augusto apareceu na corte e, sabendo do mau desempenho do filho nos 
estudos, trancou-o no quarto, impedindo-o de ir à ilha no domingo seguinte. Uma força 
que contrarie uma paixão, no entanto, quase sempre atinge o objetivo contrário: 
incendeia ainda mais o coração. 
Assim aconteceu com Augusto, que protestou recusando-se a comer e acabou 
adoecendo. Ao médico, contou que o único mal do qual sofria era amor. Seu estado só 
melhorou após uma conversa privada que seu pai teve com ele. 
Na ilha também havia uma crise: após a falta de Augusto no domingo, a Moreninha 
fechou-se em ciúmes e amarguras. 
Na sexta-feira D. Ana recebeu uma carta que a deixou pensativa. No dia seguinte um 
velho amigo da família veio visitá-la e teve com ela uma longa conversa. 
23 – A Esmeralda e o Camafeu 
A noite de sábado foi mais tranqüila para a Moreninha: sua avó compartilhou com ela a 
notícia que recebera de Augusto, que estava doente, mas se recuperando; sua ausência 
estava justificada. 
Na manhã de domingo, movida por uma leve esperança, a Moreninha foi ao alto da 
gruta e logo avistou uma embarcação que trazia Augusto junto a um senhor, que depois 
saberia ser seu pai. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 15 
 
D. Ana reuniu-se com o pai de Augusto enquanto o jovem casal mantinha-se em 
silêncio, com olhares fogosos e suspiros. Quando chamados para dentro do gabinete, o 
pai de Augusto revelou que já obtivera de D. Ana a autorização para a união de sua neta 
com seu filho, restando apenas que o próprio Augusto fizesse o pedido oficial. 
D. Carolina pediu licença para ir à gruta, onde ela daria a resposta ao pedido dentro de 
meia hora. D. Ana propôs que Augusto fosse atrás dela e ele assim o fez. Junto a fonte, 
a Moreninha lembrou Augusto da promessa que fizera sete anos atrás à garota com 
quem trocara seu camafeu por uma esmeralda, torturando-o ao dizer que seu pedido de 
casamento era apenas mais uma prova de sua inconstância amorosa. 
Augusto já chorava, quando Carolina decidiu fazer a revelação final: era ela a garota 
com quem havia trocado o camafeu, que ainda levava consigo. Augusto beijou 
fervorosamente os pés da garota ao descobrir que ela era a “sua mulher”. 
Epílogo 
Mais tarde chegaram Filipe, Fabrício e Leopoldo á ilha, que estava em clima de 
comemoração. Como fazia um mês da aposta dos rapazes, Filipe cobrou o romance de 
Augusto, que o declarou pronto: intitulado “A Moreninha”. 
FIM 
 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 16 
 
QUESTÕES DE VESTIBULAR 
 
“Ora, o tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as 
circunstâncias e de obrigá-los a fazer quanta parvoíce há neste mundo. o amor faz o 
velho criança, o sábio doido, o rei humilde, cativo; faz mesmo. Ás vezes, com que o 
feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. O amor seria capaz de obrigar um coxo 
a brincar o tempo-será, a um surdo o companheiro e a um cego o procura quem te deu. 
O amor foi inventor das cabeleiras, dos dentes postiços e de outros certos postiços 
que… mas, alto lá! Que isto é bulir com muita gente; enfim, o amor está fazendo um 
estudante do quinto ano de medicina passar um dia inteiro brincando com 
bonecas.”(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha.) 
1. A passagem extraída do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, 
refere-se ao seu protagonista masculino, o estudante de medicina Augusto. 
O tema abordado neste texto corresponde: 
(A) ao caráter inconstante da paixão amorosa 
(B) à relação problemática entre o amor e juventude. 
(C) à exaltação romântica do amor juvenil. 
(D) às alterações de comportamento provocadas pelo amor. 
(E) aos paradoxos afetivos que caracterizam os enamorados. 
 
2. Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo: 
(A) Relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do Império. 
(B) Estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural. 
(C) História de fidelidade ao amor de infância, na sociedade do Rio 
(D) Crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século. 
(E) Narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado 
 
3. Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim 
Manuel de Macedo. 
I - A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos 
pilares de nossa literatura romântica. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 17 
 
II - Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é 
uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos 
e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em 
meados do século XIX. 
III - O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século 
XIX e criticado pelo autor que já era considerado realista-naturalista. 
 Quais são corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas I e II. 
(C) Apenas II e III. 
(D) Apenas I e III. 
(E) I, II e III. 
 
4. Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim 
Manuel de Macedo. 
I - Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, 
criando para o leitor momentos de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a 
desfazer a tensão, enquanto o narrador prepara o final feliz reservado para os 
protagonistas. 
II - O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em 
diversos aspectos da estrutura: há a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade 
adulta; há a manutenção do mistério da identidade dos amantes; há até o traço 
nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena. 
III - Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou 
grande sucesso de público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins 
escritos por autores brasileiros. 
Quais são corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) I, II e III. 
(C) Apenas I e II. 
(D) Apenas II e III. 
(E) Apenas I e III. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 18 
 
5. Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho 
reproduzido e responda à questão seguinte. 
“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será 
porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?… não! ele esperava isso 
como castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilhade … não está na sala! 
Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda 
nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em 
regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. 
Carolina está ausente!… 
Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela ideia 
absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a 
interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, 
que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está 
em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, 
ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua 
agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue 
flor e voeja nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”MACEDO, Joaquim 
Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124. 
A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é: 
(A) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando 
os hábitos e costumes da época. 
(B) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do 
Romantismo, e serve para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina. 
(C) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de 
o jogo estar monótono. 
(D) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e 
extravagante, após alguns dias devidamente instalado na ilha de… 
(E) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto na 
aposta realizada com seu amigo Filipe. 
 
6. Sobre o contexto histórico-literário da obra “A Moreninha” e seu autor, analise as 
afirmações a seguir. 
I. Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro romancista a alcançar sucesso junto ao 
novo público romântico formado por jovens senhoras e estudantes. 
II. O contexto da publicação da obra revela um Rio de Janeiro imperial e seus costumes 
urbanos. 
A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 19 
 
III. A burguesia mantém-se como personagem e consumidor dos romances românticos, 
fato esse herdado da estética literária anterior. 
Quais são corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas I e II. 
(C) Apenas II e III. 
(D) Apenas I e III. 
(E) I, II e III. 
 
7. Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo. 
I - Joaquim Manuel de Macedo foi médico, político, professor, romancista, teatrólogo e 
poeta, numa época de euforia da burguesia, classe social dominante, em pleno Brasil 
pós independente. 
II - Foi aceito de imediato pelo público porque explorou com muita felicidade a 
“psicologia feminina e a sociedade da época” bem como por usar a linguagem do 
leitor. 
III - Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos inconfundíveis: os estudantes, 
a moça namoradeira, a criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora fofoqueira, todos 
eles envolvidos em cenas que se desenrolam em espaços claramente brasileiros (a Ilha 
de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos do Rio de Janeiro. 
 Quais são corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas I e II. 
(C) Apenas II e III. 
(D) Apenas I e III. 
(E) I, II e III.

Outros materiais