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A Moreninha: Resumo Por Capítulo Paráfrase da obra “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, por Bruno Alves Todos os direitos reservados. © 2012-2017 ResumoPorCapítulo.com.br contato@resumoporcapitulo.com.br http://resumoporcapitulo.com.br/ mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br http://resumoporcapitulo.com.br/ ÍNDICE PARA ENTENDER A OBRA 2 1 – Aposta Imprudente 2 2 – Fabrício em Apuros 3 3 – Manhã de Sábado 3 4 – Falta de Condescendência 4 5 - Jantar Conversado 5 6 – Augusto com seus Amores 6 7 – Os Dois Breves, Branco e Verde 6 8 – Augusto Prosseguindo 7 9 – A Sra. D. Ana com suas Histórias 8 10 – A Balada no Rochedo 8 11 – Travessuras de D. Carolina 8 12 – Meia Hora Embaixo da Cama 9 13 – Os Quatro em Conferência 10 14 – Pedilúvio Sentimental 10 15 – Um Dia em Quatro Palavras 11 16 – O Sarau 11 17 – Foram Buscar Lã e Saíram Tosquiadas 12 18 - Achou Quem o Tosquiasse 12 19 – Entremos nos Corações 13 20 – Primeiro Domingo: Ele Marca 13 21 – Segundo Domingo: Brincando com Bonecas 14 22 – Mau Tempo 14 23 – A Esmeralda e o Camafeu 14 Epílogo 15 QUESTÕES DE VESTIBULAR 16 A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 2 PARA ENTENDER A OBRA Considerado o primeiro “romance romântico” brasileiro, A Moreninha foi escrito por Joaquim Manuel de Macedo em 1844 e retrata a classe média daquela época. Misturando ideais românticos (realização do amor da infância) a traços culturais locais (lenda da gruta), a obra tornou-se um clássico dos mais lidos em sua época. Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da época, há links que podem ser acessados diretamente no texto. Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para contato@resumoporcapitulo.com.br. Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 1 – Aposta Imprudente Quatro jovens estudantes de medicina reúnem-se após um jantar. Filipe convida seus companheiros a passarem o feriado de Sant'Ana na casa de sua avó, Ana, em uma ilha, onde ocorrerá uma patuscada (uma reunião, festividade). Leopoldo e Fabrício aceitam o convite prontamente, mas Augusto demonstra desinteresse pela programação, até que Filipe destaca a presença de suas primas e de sua irmã no evento. A prima mais velha, Joana, com dezessete anos, tem olhos e cabelos negros e uma pele pálida - um perfil romântico, segundo Augusto. Um ano mais nova, Joaquina é loira de olhos azuis e pele rosada - clássica e bela. A irmã de Filipe é descrita como uma moreninha de quatorze anos, o que leva Augusto a considerá-la possivelmente "interessante, travessa e engraçada". Com a expectativa de conhecer tais moças, ele concorda em participar do passeio à ilha. Discutindo sobre as preferências dos jovens entre as parentes de Filipe, é ressaltada a característica romântica de Augusto, que se diz capaz de se encantar por todas as garotas e, por outro lado, inapto a limitar seu pensamento a uma só moça por mais que quinze dias. Filipe duvida dessa possibilidade, afirmando que seu colega iria se apaixonar longamente por uma de suas primas, e propõe uma aposta, escrita em papel, acerca destes fatos. Após certa discussão, conclui-se que o perdedor da aposta deveria escrever um romance no qual fosse relatada a sua derrota - um amor que durasse mais de quinze dias, no caso de Augusto, ou o triunfo da inconstância dos desejos de Augusto, no caso de Filipe. Fabrício e Leopoldo serviram de testemunhas em tal acordo. http://resumoporcapitulo.com.br/ mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 3 2 – Fabrício em Apuros Na véspera do final de semana em que iriam à ilha, os estudantes reuniram-se na casa de Augusto. Fabrício não desejava ir embora, mas foi levado embora por Filipe e Leopoldo. Solicitou o acompanhamento, portanto, de Rafael, criado de Augusto, para que ele entrega-se ao seu patrão uma carta. Na correspondência Fabrício se descreve como um clássico que havia experimentado, por sugestão de Augusto, um amor romântico, o qual agora lhe dava dores de cabeça. Tudo havia começado em um teatro, onde Fabrício decidiu enamorar-se por uma jovem que observava à distância, sem mesmo saber se era feia ou bonita - como um bom romântico. Para entrar em contato com a garota serviu-se do crioulo Tobias, jovem servo da família, em troca de alguns cobres. Apesar da inicial indiferença da garota, o romance avançou e, com ele, surgiram diversos compromissos: Fabrício precisava passar em frente à casa da moça quatro vezes por dia, escrever para ela quatro vezes por semana, acompanhá-la a bailes e teatros, além de atender a diversas outras exigências de sua amante. O jovem Tobias também passou a persegui-lo, sempre esperando algum pagamento por seus serviços de cupido. Tudo isso custava-lhe muito dinheiro e o aborrecia profundamente. Além de tudo, a moça era feia e amarela - não "pálida", como os românticos gostavam de fantasiar. A tal garota era Joana, prima de Filipe, com quem passariam o dia de Sant'Anna. Considerando a situação, Fabrício pede a Augusto que o ajude: ele deveria galantear a moça durante o feriado, mesmo diante de si; Fabrício demonstraria irritação, ciúmes, e acabaria por encerrar seu relacionamento com ela, alegando não suportar sua inconstância e volubilidade; por fim os dois amigos voltariam a unir-se. Augusto ri como um doido ao terminar de ler a carta. 3 – Manhã de Sábado Eram onze da manha quando Augusto chegou à ilha onde vivia a avó de Filipe. Leopoldo o recebeu e o levou à casa, que era cercada por um jardim e um pomar. Além de uma sala espaçosa, o ambiente era formado por dois gabinetes, um para os homens, outro para as mulheres. Já estavam lá reunidas diversas moças e senhoras. D. Ana, a avó de Filipe, com sessenta anos, demonstrava ser uma senhora bondosa e muito apaixonada por sua neta, irmã de Filipe, a qual criou desde os oito anos, quando seus pais faleceram. Ao seu lado estavam a pálida e a loira, primas de Filipe, sendo que os cabelos claros de Joaquina chamaram mais atenção de Augusto, ainda que os traços românticos de Joana também o agradassem. A irmã de Filipe era garota travessa, que não parava quieta, demonstrando- se muito curiosa e até mesmo impertinente, fazendo com que Augusto tivesse algumas A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 4 reservas para com ela. Havia ainda duas velhas, uma que só se interessava em falar sobre a beleza de suas duas filhas, que também lá estavam, e outra que tinha o costume de manter um homem junto de si por horas, prendendo-o em enfadonhas conversações. Após os tradicionais cumprimentos, Augusto sofreu o infortúnio de ser fisgado justamente por esta última velha, a Sra. D. Violante. Com a intenção de não parecer grosseiro, o jovem ouviu a mulher por horas, tentando por vezes levantar-se com uma desculpa qualquer, porém sem sucesso. Augusto já imaginava que a velha estava enamorada por ele, quando ela confessou um outro interesse: sendo o jovem um estudante de medicina, gostaria que ele desse um diagnóstico de alguns males pelos quais passava. Após ouvir a descrição de inúmeros sintomas, Augusto resolveu vingar- se de D. Violante pelo cansativo diálogo e, assim, afastá-la de uma vez: afirmou que ela sofria de hemorroidas. A velha enfureceu-se com a resposta e afirmou que o rapaz não seria um bom médico. Procurando uma nova companhia, Augusto recebeu de D. Ana o convite para que se sentasse ao lado de sua neta, com quem poderia “se divertir” por instantes. Ouvindoessas palavras, a garota afirmou que não era uma “boneca” para “divertir” alguém, e ainda ironizou que gostaria de proporcionar ao estudante momentos tão agradáveis quanto os que passara com a Sra. D. Violante. Augusto apreciou a espirituosidade da menina e interessou-se em conversar com ela, porém foi interrompido por Fabrício, que disse ter um assunto importante a tratar com ele, a sós. 4 – Falta de Condescendência No gabinete dos rapazes Fabrício reforçou seu pedido de ajuda, conforma havia escrito em sua carta (Capítulo 2), mas não recebeu uma resposta positiva de Augusto: além de estar irritado pela exaustiva conversa com a velha, o estudante encantou-se pelo ambiente formado pelas belas jovens e não achava uma boa ideia importuna-las com a armação proposta pelo amigo. Fabrício tentou convencê-lo de que o procedimento era necessário, além de não ser custoso, mas Augusto lembrou que, após feita a cena, ele precisaria entender-se com Joana, podendo ficar em maus lençóis. Infeliz em seus planos, Fabrício ameaçou uma retaliação contra Augusto: iria revelar a todas as moças presentes as atitudes de seu amigo, que vivia de iludir jovens como ela, bem como seu controverso ponto de vista em relação ao amor. Augusto aceitou a provocação, afirmando que essa atitude só faria com que as garotas se interessassem ainda mais por ele. Filipe surgiu, chamando-os para o jantar. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 5 5 – Jantar Conversado Damas e cavalheiros dirigiram-se à sala de jantar, em pares. Augusto acompanhou Joaquina, chamada de Quinquina pelos amigos, e que conversava de forma sofrível e sentimental, podendo ser considerada uma sonsa. Outra jovem, D. Clementina, demonstrou muito mais vivacidade e malícia em seus comentários acerca das outras moças, ridicularizando-as perante os homens com quem conversava. Augusto, admirando esta habilidade da moça, resolveu questionar sua visão sobre a irmã de Filipe, a Moreninha, que estava sentada à sua frente. A menina, chamada Carolina, ouviu esta proposição e interrompeu o discurso de Clementina, como se desafiasse a colega a continuá-lo. Os comentários foram feitos, portanto, de maneira mais sutil, e a Moreninha ainda reforçou, de forma irônica, a preocupação que todas as moças tinham de serem ofuscadas pelo brilho da espirituosa conversa de Clementina, que já devia estar encantando Augusto, mas finalizou o diálogo ressaltando que isso não a impedia de manter um bom relacionamento com a colega. Augusto percebeu, naquele momento, que Carolina não era somente uma menina tola, conforme supunha. Joaquina puxou conversa com Augusto, que aproveitou o momento para lançar galanteios a todas as moças presentes, ressaltando, com um discurso romântico, o prazer de estar em tão boas companhias. A Moreninha, percebendo o palavreado inflado do rapaz, lançou novas ironias sobre essa postura, além de insinuar que Quinquina já teria sido conquistada por ele, afirmando que por baixo da mesa os seus pés poderiam estar se tocando. D. Ana repreendeu a neta por seus gracejos, mas Augusto fez questão de afirmar que apreciava o espírito da garota. Carolina novamente arrematou a conversa, dizendo entender as pretensões do jovem estudante com suas palavras, e recebeu aplausos de todos à mesa – afinal, era a neta da dona da casa e também muito rica. Fabrício aproveitou o momento para iniciar o prometido ataque ao seu colega: afirmou ser uma lástima que Quinquina conquistasse alguém como Augusto. O rapaz atacado reagiu com ironia, dizendo que seu adversário seria, sem dúvida, uma melhor conquista – a Moreninha identificou-se com essa postura irônica do jovem. Fabrício retrucou afirmando, diretamente, que para Augusto não havia qualquer amor que durasse mais de três dias. Observando a confirmação de tal fato por Leopoldo e Filipe, todas moças e senhoras da mesa espantaram-se com a inconstância de Augusto. Após mais alguns golpes sofridos, em um discurso romântico e inflamado de Fabrício, Augusto resolveu defender-se: primeiramente assumiu que as tantas belezas e encantos de tantas mulheres realmente o faziam vacilar entre umas e outras, mas concluiu que descobriu-se um amante constante de uma só figura: aquela que unia tudo de bom que encontrava nas jovens que se encantava, afinal, os belos olhos de uma moça não anulavam as lindas madeixas de outra, nem o elegante talhe de uma terceira jovem. A lógica desse argumento conquistou as mulheres presentes, que também se sentiram lisonjeadas pelos elogios indiretos que Augusto professava. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 6 Leopoldo estourou o champanhe naquele momento, propondo o cumprimento de uma tradição: que os homens da mesa declarassem, no brinde, a primeira letra do nome da jovem a quem amassem. Filipe observou que, dada a última discussão, Augusto deveria ficar de fora do ritual, já que era necessário pronunciar uma só letra. Carolina, entretanto, defendeu o rapaz, sugerindo que ele dedicasse o brinde ao alfabeto inteiro – e tal ideia foi prontamente aceta pelo jovem. Após saírem da mesa, Leopoldo dirigiu-se a Augusto, perguntando quem ganharia a aposta acertada anteriormente e qual seria a jovem escolhida pelo rapaz. Augusto confessou estar interessado em três moças, sendo que sua opinião sobre a irmã de Filipe havia se transformado durante o dia: de travessa, importuna e feia, ela havia passado a considerá-la engraçada e bonitinha. 6 – Augusto com seus Amores Após o jantar todos saíram para um passeio pelo jardim, aos pares, de braços dados. Augusto procurava a companhia de Carolina, mas a moça queria andar livre e sozinha, correndo entre os casais. Após ser desprezado por outras damas, por conta de seu discurso sobre o amor durante o jantar, Augusto passou a acompanhar D. Ana em sua caminhada. A senhora se disse espantada com as opiniões do moço, pois punham em xeque a organização da sociedade, já que a constância nos relacionamentos é um fator essencial para a estrutura das famílias. Augusto revelou que sua inconstância com diversas moças não impedia que ele desejasse ser constante com uma só jovem, a quem ele amava. D. Ana interessou-se em saber quem seria tal menina e Augusto a convidou para conversarem em uma gruta, onde ninguém os ouviria. 7 – Os Dois Breves, Branco e Verde Há sete anos Augusto, que tinha treze, foi à Corte com sua família. Na praia conheceu uma graciosa garota que aparentava sete anos de idade, a quem ajudou a coletar uma concha que desejava. As duas crianças logo criaram um vínculo de amizade e passaram a tarde brincando juntas. A certa altura a menina, da qual nem soube o nome, perguntou e ele a achava bonita. Após a resposta positiva a garota combinou que ambos deveriam ser marido e mulher no futuro. Surgiu outro garoto, chorando, e disse que seu pai estava morrendo. O jovem casal desejou visitar sua casa. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 7 Chegando à humilde residência, encontraram algumas crianças desnutridas, uma pobre velha e o pai moribundo deitado no leito. O mulher contou ao Augusto e à garota que seu marido morria de fome. Espantados com um sofrimento com o qual nunca haviam se deparado, ambos deram os trocados que tinham em seus bolsos para ajudar aquela família. Vendo o ato de generosidade das crianças, o velho agradeceu ambos e perguntou qual a relação entre eles. Tendo a menina contado que seriam marido e mulher no futuro, o homem professou que o desejo deles haveria de se realizar. Simbolizando o compromisso, pediu à mulher que pegasse dois breves, um verde e um branco,*** que havia numa gaveta e os costurasse a um camafeu e a um botão de esmeralda, que eram posses de Augusto e da garota, respectivamente: eles trocariam estes presentes e os guardariam como prova de suas futuras intenções. Voltando àpraia soou a ave-maria e ambos se despediram, prometendo cumprir o acordo combinado pelo moribundo. Augusto interrompeu sua narração ao ouvir o barulho de alguém que escutava sua conversa com D. Ana, na gruta. Viu apenas, à distância, sua neta, D. Carolina. 8 – Augusto Prosseguindo Continuando seus relatos, Augusto contou que escreveu sua experiência assim que chegou em casa e seu pai descobriu o seu relato, elogiando a generosidade do filho com a pobre família e orientando que ele guardasse o breve com muito cuidado. Passados cinco anos Augusto avançava nos estudos e participava de bailes, despertando em si o desejo de amar e ser amado. Sua mãe achava loucura sua obsessão pelo breve recebido ainda na infância e ele resolveu apaixonar-se por outras garotas. Suas aventuras, no entanto foram todas malfadadas. A primeira jovem por quem se enamorou, uma moreninha, o deixou para casar-se com um senhor de sessenta anos. A segunda, uma moça corada, exibia ciúmes exagerados, porém o traía, conforme descobriu certo dia. A terceira, uma pálida, usava-o como um divertimento: pedia que ele escrevesse em seu lugar cartas a um primo que lhe correspondia, fazendo o mesmo jogo com tal primo. Decidido a não amar qualquer jovem morena, corada ou pálida, Augusto confessou suas decepções à esposa de seu amigo. A garota cantou-lhe algumas quadrinhas em que se revelavam os hábitos das jovens da época, que não amavam a nenhum homem, mas seduziam todos os possíveis pretendentes. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 8 Daí em diante Augusto decidiu que também se divertiria com todas garotas, guardando sempre seu coração para sua única amada, a que havia lhe dado o breve. Estas eram suashistórias, que justificavam sua inconstância amorosa. Mais uma vez ouviu-se alguém que espiava a conversa e novamente viu-se D. Carolina próxima à gruta. 9 – A Sra. D. Ana com suas Histórias Após tanto falar, Augusto dirigiu-se à nascente que havia no fundo da gruta e bebeu um copo d’água. D. Ana riu-se, dizendo que aquela fonte guardava uma antiga história, que casava-se muito bem com as histórias de amores do rapaz. Dizia-se que antes de os portugueses ali chegaram, vivia na gruta a índia Aí. Apaixonada pelo índio Aoitin, que visitava a ilha para caçar, a moça não recebia nenhuma atenção de seu amado, por mais que sempre o ajudasse em seu trabalho e que o cuidasse enquanto descansava na gruta. Decepcionada, Aí chorava e cantava esperando enternecer Aoitin. Suas lágrimas cobriram a gruta e fizeram surgir aquela nascente. Algumas gotas caíram nos olhos do caçador, que passou a olhar para Aí; depois outras gotas caíram em seus ouvidos, e ele passou a ouvir sua canção; e por último uma gota caiu em seu coração e ele passou a amá-la. A canção de Aí havia sido traduzida para o português e ainda era entoada pela neta de D. Ana. Havia a crença que quem bebesse da água daquela fonte não sairia da ilha sem se apaixonar por alguém, e para lá voltaria em busca desse amor. Augusto ouviu novamente alguém que parecia escutá-los na entrada da caverna, mas somente enxergou D. Carolina correndo nas redondezas. Ele afirmou a D. Ana que desejava ouvir da garota a tal canção, quando coincidentemente a menina começou a cantá-la sobre a gruta. 10 – A Balada no Rochedo D. Ana e Augusto saíram da gruta e subiram o rochedo, onde encontraram a Moreninha cantando a canção de Aí. São versos que refletem a história narrada por D. Ana na visão da índia que tem seu amor rejeitado. 11 – Travessuras de D. Carolina Carolina tinha uma energia infinita: corria e um lado para o outro no jardim, fazendo crescer em todos a admiração por ela. Leopoldo encontrou-se com Augusto e comentou que ele já parecia apaixonado pela garota, assim como todos outros rapazes, mas que ela A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 9 parecia preferi-lo. Augusto afirmou que somente a amava assim como às demais meninas. Em certo momento a Moreninha procurou por Fabrício, junto a sua prima D. Joaninha, segurando uma rosa. Após o rapaz fazer comentários sobre a flor, Carolina ofereceu-lhe o botão, mas ferindo-o com os espinhos ao entregar-lhe. Fabrício insistiu que o sangue derramado ao menos havia lhe valido um prêmio e a garota deu um tapa na flor, que se desmanchou completamente. Mais tarde, quando era servido o café, Carolina levou uma xícara a Fabrício, que conversava com Augusto. Temendo uma nova travessura da garota, o rapaz demorou a aceitar a gentileza. Quando o fez, a xícara caiu no chão e ele deu passos para trás, tropeçando numa raiz e também caindo. Todos riram da situação, inclusive Fabrício, que apontava para a calça branca de Augusto, que recebeu a maior parte do café derramado. 12 – Meia Hora Embaixo da Cama Filipe chamou Augusto para irem à casa onde o visitante poderia trocar sua calça. Vendo o quarto das moças vazio, o anfitrião sugeriu que Augusto o utilizasse, aproveitando a oportunidade de conhecer todos os produtos de beleza das garotas. O rapaz resistiu, mas aceitou a proposta ousada. Augusto começava a tirar suas roupas quando ouviu a chegada das meninas e decidiu esconder-se embaixo da cama. Eram quatro garotas: D. Joaninha, D. Quinquina, D. Clementina e Gabriela, que falavam sem parar. Inicialmente zombavam da aparência física das demais mulheres, depois decidiram falar de si mesmas, culminando no momento em que colocaram as pernas para fora com o intuito de compararem as medidas de suas coxas. Augusto se contorcia debaixo da cama com a visão que tinha, chegando a desejar morder um dos pés femininos. Em certo momento as meninas passam a comentar seus casos românticos do final de semana: Gabriela se orgulha de manter comunicação com cinco rapazes ao mesmo tempo, mas lastima que a preta que fazia as vezes de carteiro tenha confundido dois destinatários e estragado algumas relações ao entregar a carta errada; D. Clementina comenta um acordo romântico que fizera com Filipe, de lhe deixar em um lugar secreto uma trança de seus cabelos; Quinquina ressalta sua alegria em contrariar todos os pedidos possessivos de seu admirador; D. Joaninha assume que Fabrício é o único que lhe chamara a atenção. Ao comentarem sobre suas conquistas, as garotas criticam a posição dos homens que querem possuir todas as mulheres, citando o caso de Augusto. Aproveitam para criticarem a aparência física do rapaz e chegam a propor planos para zomba-lo. Neste momento um grito chama a atenção das moças, que saem em disparada do aposento. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 10 Augusto, também assustado, sai depressa de baixo da cama, veste-se e apanha uma das cartas recebidas por Gabriela, de Joãozinho, em resposta à mensagem errada que ela enviara. Saindo da casa, descobre que o grito fora dado por D. Carolina. 13 – Os Quatro em Conferência O grito de D. Carolina devia-se ao susto que tomou com a situação de Paula, senhora que fora sua ama e agora vivia com D. Ana. A mulher havia tomado muitas taças de vinho, a convite de Keblerc, um senhor alemão amante do álcool, e caiu subitamente ao tentar andar. As senhoras que foram acudi-la acreditavam que havia algum problema de saúde, já que Paula nunca foi de beber. Os quatro jovens estudantes de medicina, ao serem chamados para averiguar a situação, logo perceberam do que se tratava, mas não tiveram coragem que dizer a verdade a todos. Aproveitaram para fazer uma brincadeira: formaram uma conferência em que inventavam inúmeros diagnosticos e tratamentos para o suposto mal da mulher. Augusto fora o mais convincente de todos, ganhando grande admiração de D. Carolina pela forma como se expressava. Apesar de seu desempenho, o jovem foi fortemente contrariado pelas senhoras presentes ao não recomendar um escalda-pés à “doente”. 14 – Pedilúvio Sentimental Jogos de cartas entreos mais velhos e brincadeiras amorosas entre os jovens fizeram esquecer do episódio e da situação de Paula. Augusto, somente, estava incomodado pela falta que lhe fazia D. Carolina. Confidenciando seu sentimento a D. Ana, recebeu desta o aval para procurar por sua neta, que deveria estar no quarto da “enferma”. Chegando ao quarto Augusto observou Paula deitada numa cama com D. Carolina e uma escrava a seus pés, prestes a fazer o escalda-pés – ou pedilúvio. A escrava reclamava da temperatura muito elevada da água, quando D. Carolina irritou-se e pegou a bacia de suas mãos, fazendo ela mesma o serviço. Augusto apreciava a personalidade da garota, assim como suas mãos, que ficavam roxas sob a água quente. Ele interveio dizendo que deveria ter cuidado para não se queimar, e que deveria pedir a um escravo que fizesse aquele trabalho. D. Carolina alegou que nenhum escravo faria aquilo com jeito. Augusto afirmou que ele mesmo, como seu escravo, poderia dar um bom pedilúvio – e o deu. Após a cena romantica, Augusto garantiu a D. Carolina que Paula ficaria boa no dia seguinte e convidou-a para irem à sala. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 11 15 – Um Dia em Quatro Palavras Na manhã do dia de Sant’Ana todos acordaram tarde. A agitação havia durado a noite toda, ainda mais depois que D. Carolina e Augusto se juntaram à festa. Augusto fora o último a se deitar, depois de um miterioso passeio noturno pelo jardim. No quarto dos garotos, que dormiam lado-a-lado, houve uma cena inusitada: enquanto sonhava com D. Carolina, Augusto deu um beijo na testa de Fabrício, acordando espantado com seu próprio ato. Após a almoço voltaram as brincadeiras e jogos entre os convivas. Os rapazes jogavam voltarete quando as moças invadiram a mesa, lideradas por D. Carolina. Augusto proferiu elogios a D. Joaquina, que usava uma rosa em seu penteado, despertando ciúmes em D. Carolina, que a certo ponto despedaçou a flor. Brincando com o “crime” cometido por D. Carolina, os jovens decidiram montar um “julgamento’ do caso, com direito a testemunhas, advogados e jurados. A cena chamou a atenção até mesmo dos mais velhos. O veredito foi que D. Carolina era culpada e, como punição, deveria dar um beijo no dono da rosa – que Quinquina indicou ser Augusto. Usando o poder de seu olhar e do sorriso em seus lábios, D. Carolina convenceu Augusto a perdoá-la, escapando da “punição”. O jovem deliciou-se, entretanto, com o sincero beijo que lhe deu em suas mãozinhas. 16 – O Sarau Conversas, bebidas, jogos e danças formam o sarau noturno. D. Carolina se destaca entre as jovens por sua vestimenta humilde e sensual. Esperta, a moreninha nega contradanças a Fabrício, alegando já ter aceito doze pedidos como o dele, mas concorda em uma terceira contradança com Augusto. Ao rapaz, ela confidencia que Fabrício a incomoda por falar-lhe coisas de amor. Augusto revela que também está prestes a cometer o mesmo erro e a menina o ameaça com o cancelamento da contradança. Após o animado sarau, as moças conversam no toilette, abismadas com tantas juras de amor recebidas por todas, vindas do mesmo homem: Augusto. Decidem armar contra o rapaz, enviando a ele uma carta anônima na qual marcam um encontro na gruta: ali o galanteador barato seria desmascarado. Assustadas com um barulho no toilette, as moças descobriram que era D. Carolina quem, aparentemente, dormia escondida no fundo do cômodo. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 12 17 – Foram Buscar Lã e Saíram Tosquiadas Augusto encontrou dois bilhetes em seus bolsos: um convidando-o para um encontro romântico na gruta, outro denunciando que o suposto encontro era uma armadilha armada por aquelas a quem ele declarou seu amor e que por isso pretendiam zombar dele. Assim que amanheceu, Augusto dirigiu-se para a gruta e encontrou as quatro moças. Preparado para tal situação, ele discursou sobre as propriedades mágicas da fonte que ali havia e bebeu um copo de sua água: isto faria com que segredos fossem revelados. Chamou, portanto, uma a uma para conversas particulares. Para D. Gabriela, Augusto revelou saber de sua comunicação amorosa simultânea com cinco rapazes e mostrou-lhe um dos escritos, que ele teria recebido da “fada da gruta”. Envergonhada, Gabriela aceitou sair da gruta acompanhada pelo moço. A Quinquina Augusto apresentou um cravo, presente que ela havia ganhado do Sr. Gusmão, seu namorado, e que teria repassado ao Sr. Lúcio, outro pretendente, se não fosse a “fada” intervir em seu destino. Mais uma vez Augusto convenceu a garota em seguir com ele para fora da gruta. Em seguida convidou D. Clementina, revelando-lhe uma trança de seus cabelos, que seria destinada ao Sr. Filipe, mas teria sido também roubada pela “fada da gruta”. A garota logo pediu que ele a acompanhasse para fora do local, em troca de seu segredo. Restou apenas Joaninha, a quem Augusto alertou que era muito exigente para com seu amado, pedindo que lhe escrevesse quatro vezes por semana e que passasse quatro vezes em frente a sua casa todos os dias. A moça, entendendo que tais revelações só poderiam ter partido do próprio Fabrício, mostrou-se contente por saber de sua indiscrição, que era um bom motivo para que deixasse de amá-lo. Sozinho na gruta, comemorando o revés das quatro garotas, Augusto é surpreendido por alguém que o chama para “a sua vez”. 18 – Achou Quem o Tosquiasse A Moreninha adentrou a gruta e bebeu da água da fonte, afirmando que vingaria as quatro moças revelando a Augusto segredos do seu passado, presente e futuro. O rapaz se dispôs a ouvir tudo o que ela dissesse. Sobre o passado, D. Carolina citou seu primeiro amor, o caso do velho moribundo, a esmeralda e o camafeu, assim como as três moças a quem cortejou, porém fora repetidamente enganado. Sobre o futuro, a “fada” revelou que ele perderia a aposta que fizera com seus colegas. Quanto ao presente, sabia-se que todo o ritual da água A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 13 milagrosa não passava de uma encenação premeditada por Augusto, que tivera acesso aos “segredos” das garotas por meios próprios. Encantado pela capacidade da “fada” em descobrir tantos mistérios, Augusto resolveu revelar a D. Carolina aquilo que se passava em seu coração. A garota, percebendo suas intenções, o distraiu e fugiu pelo fundo da gruta, deixando-o sozinho com seus sentimentos. 19 – Entremos nos Corações Passado o final de semana, Augusto está aborrecido e desanimado com as aulas. Leopoldo lhe faz companhia, ouvindo repetidas vezes as histórias que se passaram na gruta, bem como as esperanças e desesperanças de seu amigo em ter o amor da Moreninha. Os dois amigos dialogam sobre os efeitos contraditórios que o amor provoca e sobre as diferenças de personalidade entre quem vive na corte e quem vive na roça – que inviabilizariam um romance entre dois mundos tão distintos. Questionado sobre quando começaria a escrever seu romance, Augusto reage afirmando que ainda pretende amar outras moças nos próximos dias. Enquanto isso, na ilha, D. Carolina também apresenta mudanças de comportamento: se antes estava sempre alegre e alegrando quem a rodeava, agora a garota anda melancólica, a suspirar pelos cantos. Este desânimo pareceu espalhar-se por todos os habitantes do local. O motivo de tal angústia da Moreninha era uma mistura de saudades e de temor pela inconstância de Augusto. Tal sentimento só foi amenizado quando Filipe revelou que seu amigo viria passar mais um domingo com a família. 20 – Primeiro Domingo: Ele Marca Chegando bem cedo à ilha, Augusto foi recebido por D. Ana com alegria. Ela confidenciou o abatimento causado em sua neta por conta de sua ausência e Filipe confirmou que o mesmo se passara com ele. Carolina fingia ler um livro enquanto ouvia atenciosamente a tal conversa. Duranteo almoço Augusto reparou em um lenço marcado (bordado) que a Moreninha trazia consigo. A garota sugeriu que o rapaz aprendesse com ela a arte de marcar e ele aceitou. Durante a lição o “aprendiz” arrebentava a linha e deixava cair o dedal por diversas vezes, sendo alvo da repreensão de sua “bela mestra”, que lhe dava puxões de orelha. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 14 21 – Segundo Domingo: Brincando com Bonecas Após uma semana de saudades, Augusto segue para a ilha, convicto de seu amor e ansioso por mostrar à sua “mestra” a lição aprendida: um lenço com seu nome bordado. Ao receber o trabalho, entretanto, a Moreninha desconfia da perfeição da marca e acusa Augusto de ter outra mestra. O garoto se assusta com o acesso de ciúmes de sua amada e assume que pediu a uma senhora que fizesse o bordado, esperando impressioná-la. Desfeito o mal-entendido, a garota determina o fim das lições e propõe uma nova atividade: que brinquem com suas bonecas. O autor reflete sobre o poder que tem o amor em convencer-nos a realizar ações antes impensadas. À tarde, como de costume, todos seguiram para um passeio pela praia. D. Ana permitiu que Augusto acompanhasse sua neta. O jovem casal apreciava a intimidade dos braços dados e conversavam sobre o amor, até que o estudante revelou que era ela o objeto de seus sentimentos. A menina revela que também ama, mas recusa-se a dizem quem. 22 – Mau Tempo O pai de Augusto apareceu na corte e, sabendo do mau desempenho do filho nos estudos, trancou-o no quarto, impedindo-o de ir à ilha no domingo seguinte. Uma força que contrarie uma paixão, no entanto, quase sempre atinge o objetivo contrário: incendeia ainda mais o coração. Assim aconteceu com Augusto, que protestou recusando-se a comer e acabou adoecendo. Ao médico, contou que o único mal do qual sofria era amor. Seu estado só melhorou após uma conversa privada que seu pai teve com ele. Na ilha também havia uma crise: após a falta de Augusto no domingo, a Moreninha fechou-se em ciúmes e amarguras. Na sexta-feira D. Ana recebeu uma carta que a deixou pensativa. No dia seguinte um velho amigo da família veio visitá-la e teve com ela uma longa conversa. 23 – A Esmeralda e o Camafeu A noite de sábado foi mais tranqüila para a Moreninha: sua avó compartilhou com ela a notícia que recebera de Augusto, que estava doente, mas se recuperando; sua ausência estava justificada. Na manhã de domingo, movida por uma leve esperança, a Moreninha foi ao alto da gruta e logo avistou uma embarcação que trazia Augusto junto a um senhor, que depois saberia ser seu pai. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 15 D. Ana reuniu-se com o pai de Augusto enquanto o jovem casal mantinha-se em silêncio, com olhares fogosos e suspiros. Quando chamados para dentro do gabinete, o pai de Augusto revelou que já obtivera de D. Ana a autorização para a união de sua neta com seu filho, restando apenas que o próprio Augusto fizesse o pedido oficial. D. Carolina pediu licença para ir à gruta, onde ela daria a resposta ao pedido dentro de meia hora. D. Ana propôs que Augusto fosse atrás dela e ele assim o fez. Junto a fonte, a Moreninha lembrou Augusto da promessa que fizera sete anos atrás à garota com quem trocara seu camafeu por uma esmeralda, torturando-o ao dizer que seu pedido de casamento era apenas mais uma prova de sua inconstância amorosa. Augusto já chorava, quando Carolina decidiu fazer a revelação final: era ela a garota com quem havia trocado o camafeu, que ainda levava consigo. Augusto beijou fervorosamente os pés da garota ao descobrir que ela era a “sua mulher”. Epílogo Mais tarde chegaram Filipe, Fabrício e Leopoldo á ilha, que estava em clima de comemoração. Como fazia um mês da aposta dos rapazes, Filipe cobrou o romance de Augusto, que o declarou pronto: intitulado “A Moreninha”. FIM A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 16 QUESTÕES DE VESTIBULAR “Ora, o tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as circunstâncias e de obrigá-los a fazer quanta parvoíce há neste mundo. o amor faz o velho criança, o sábio doido, o rei humilde, cativo; faz mesmo. Ás vezes, com que o feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. O amor seria capaz de obrigar um coxo a brincar o tempo-será, a um surdo o companheiro e a um cego o procura quem te deu. O amor foi inventor das cabeleiras, dos dentes postiços e de outros certos postiços que… mas, alto lá! Que isto é bulir com muita gente; enfim, o amor está fazendo um estudante do quinto ano de medicina passar um dia inteiro brincando com bonecas.”(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha.) 1. A passagem extraída do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, refere-se ao seu protagonista masculino, o estudante de medicina Augusto. O tema abordado neste texto corresponde: (A) ao caráter inconstante da paixão amorosa (B) à relação problemática entre o amor e juventude. (C) à exaltação romântica do amor juvenil. (D) às alterações de comportamento provocadas pelo amor. (E) aos paradoxos afetivos que caracterizam os enamorados. 2. Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo: (A) Relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do Império. (B) Estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural. (C) História de fidelidade ao amor de infância, na sociedade do Rio (D) Crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século. (E) Narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado 3. Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo. I - A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos pilares de nossa literatura romântica. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 17 II - Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século XIX. III - O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século XIX e criticado pelo autor que já era considerado realista-naturalista. Quais são corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas I e II. (C) Apenas II e III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. 4. Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo. I - Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, criando para o leitor momentos de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a desfazer a tensão, enquanto o narrador prepara o final feliz reservado para os protagonistas. II - O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em diversos aspectos da estrutura: há a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade adulta; há a manutenção do mistério da identidade dos amantes; há até o traço nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena. III - Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou grande sucesso de público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros. Quais são corretas? (A) Apenas I. (B) I, II e III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) Apenas I e III. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 18 5. Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho reproduzido e responda à questão seguinte. “Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?… não! ele esperava isso como castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilhade … não está na sala! Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. Carolina está ausente!… Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela ideia absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124. A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é: (A) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando os hábitos e costumes da época. (B) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do Romantismo, e serve para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina. (C) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de o jogo estar monótono. (D) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e extravagante, após alguns dias devidamente instalado na ilha de… (E) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto na aposta realizada com seu amigo Filipe. 6. Sobre o contexto histórico-literário da obra “A Moreninha” e seu autor, analise as afirmações a seguir. I. Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro romancista a alcançar sucesso junto ao novo público romântico formado por jovens senhoras e estudantes. II. O contexto da publicação da obra revela um Rio de Janeiro imperial e seus costumes urbanos. A MORENINHA: RESUMO POR CAPÍTULO ResumoPorCapítulo.com.br 19 III. A burguesia mantém-se como personagem e consumidor dos romances românticos, fato esse herdado da estética literária anterior. Quais são corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas I e II. (C) Apenas II e III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. 7. Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo. I - Joaquim Manuel de Macedo foi médico, político, professor, romancista, teatrólogo e poeta, numa época de euforia da burguesia, classe social dominante, em pleno Brasil pós independente. II - Foi aceito de imediato pelo público porque explorou com muita felicidade a “psicologia feminina e a sociedade da época” bem como por usar a linguagem do leitor. III - Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos inconfundíveis: os estudantes, a moça namoradeira, a criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora fofoqueira, todos eles envolvidos em cenas que se desenrolam em espaços claramente brasileiros (a Ilha de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos do Rio de Janeiro. Quais são corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas I e II. (C) Apenas II e III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.
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