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ARQUITETURA IMPERIAL PRIMEIRO REINADO, REGÊNCIA E SEGUNDO REINADO 1808 – Chegada da Família Real ao Brasil. 1815 – Inicio do Reino Unido. 1816 – Coroação de D. João VI. Chegada da Missão Artística Francesa 1821 – D. João VI. retorna a Portugal. 1822 – D. Pedro I. proclama a Independência do Brasil. 1831 – Abdicação de D. Pedro I, início do Período Regencial. 1840 – Golpe da maioridade, Pedro II assume o trono. Inicio do Segundo Reinado. 1889 – Proclamação da República. ARQUITETURA NEOCLÁSSICA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Colunas e frontão. Simetria marcante. Composição perfeitamente equilibrada. Retorno à moda dos templos clássicos. Platibanda escondendo os telhados. Portas e janelas com vergas em arcos plenos. Os edifícios deveriam transmitir dignidade, imponência, austeridade, verdadeiros símbolos de uma nova forma de poder. O repertório clássico revisitado incorporava essas qualidades, compostas com harmonia e racionalidade, reflexos diretos do Iluminismo setecentista. A partir do Primeiro Reinado, sob a égide de D. Pedro I, definiu-se o neoclassicismo com arquitetura oficial no Brasil. ANTECEDENTES HISTÓRICOS A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (fundada sob influência dos franceses) incluía um curso completo de arquitetura efetivamente ministrado por Grandjean de Montigny em 1826, a Aula de Arquitetura Civil, que, após a Aula de Fortificações (em Salvador) e a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho (no Rio de Janeiro), constituiu a terceira escola regular de ensino arquitetônico fundada no Brasil. OBRAS PRECURSORAS Joaquim José Codina, aquarela. Aspecto da fachada do palácio residência dos governadores da Capitania do Pará, de autoria do arquiteto Giuseppe Landi. Joaquim José Codina, aquarela. Frontaria da Capela de São João, de autoria de Giuseppe Landi. Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Projetada e iniciada nas últimas décadas do século XVIII, apresentava filiação direta do Capitólio Italiano. Projeto de Luís da Cunha Menezes, então governador da região. Candelária, projeto do engenheiro militar Francisco João Roscio, foi praticamente reconstruída a partir de 1755. O projeto novo apresenta filiação com O Convento de Mafra ou a Basílica da Estrela, que já Revelavam uma transição do barroco para o neoclassicismo, Convento de Mafra Basílica da Estrela Real Teatro de São João no Largo do Rocio (prédio com arcos), por Debret. Teatro Imperial - por Loeillot, 1835 Real Teatro de São João de 1810, projeto atribuído Ao Marechal De Campo Manuel da Silva, com nítida influência dos teatros São Carlos, em Lisboa e do Escala de Milão. Edificação para a Praça do Comércio, Salvador, Bahia, 1811. Projeto do sargento-mor Cosme Damião da Cunha Fidié. Arquitetos do Primeiro Reinado. Auguste Henri Victor Granjean de Montigny (1776-1850), formado pela Escola de Belas Artes. Fez parte da Missão Francesa, professor de arquitetura na Academia Imperial de Belas Artes, até sua morte, inaugurando este ensino oficial no Brasil Pierre Joseph Pézerat, oriundo da Politécnica de Paris. Contratado para ser o arquiteto de D. Pedro I., e com sua abdicação em 1831, volta a Europa, se estabelecendo em Lisboa. Variantes da composição neoclássica no Brasil. Primeira variante: Pórtico em destaque. Grandjean de Montigny. Projeto da Praça do Comércio. Rio de Janeiro, RJ Grandjean de Montigny. Projeto da Praça do Comércio. Rio de Janeiro, RJ Grandjean de Montigny. Vista da Praça do Comércio, Rio de Janeiro, RJ. Grandjean de Montigny. Vista da Praça do Comércio, Rio de Janeiro, RJ. Grandjean de Montigny. Solar do arquiteto na Gávea. Rio de Janeiro, RJ Grandjean de Montigny. Solar do arquiteto na Gávea. Rio de Janeiro, RJ Grandjean de Montigny. Solar do arquiteto na Gávea. Rio de Janeiro, RJ Grandjean de Montigny. Solar do arquiteto na Gávea. Rio de Janeiro, RJ Segunda variante: Pórtico alinhado com fachada. Segunda variante: Pórtico alinhado com fachada. Pierre Joseph Pézerat. Fachada principal da Academia Militar, RJ. Terceira variante: Pórtico avançado. Terceira variante: Pórtico avançado. Palácio Imperial de Petrópolis. Solar do Barão Rodrigues Mendes na Avenida Rui Barbosa: exemplo de casa neoclássica no Recife Teatro de Santa Isabel: ícone da arquitetura neoclássica do Recife, na Praça da República. Projeto de Louis Léger Vauthier. Louis Léger Vauthier, formado na Escola Politécnica. Permaneceu em Recife entre 1839-1846. Quarta variante: Templo. A simetria típica da casa neoclássica pode ser apreciada na Rua Soares de Azevedo, no Poço da Panela, Recife. Principais obras da arquitetura oficial neoclássica do Primeiro Reinado e da Regência. Os primeiros palacetes. Solar da Marquesa de Santos. Pierre Joseph Pézerat. Arquitetura oficial do Segundo Reinado. 1840-1889 Depois, em 1856, um novo incêndio atingiu o teatro. Graças ao empenho do ator e empresário João Caetano, ele foi reerguido nove meses depois, reabrindo em janeiro de 1857 com uma nova fachada. Teatro João Caetano em 1930 Casa de Detenção do Recife. O Palácio Imperial de Petrópolis. De Joaquim Guilhobel e Jacinto Rebelo, 1845/1862. O Palácio de Cristal foi construído nas oficinas de S.A de Saint-Sauver-Les Arras (1789) na França, e inaugurado em 2 de fevereiro de 1884. Casa da Alfândega, Florianópolis, 1875. Palácio do Campo das Princesas Engenheiro Moraes Âncora, 1841 Recife. Teatro da Paz, Belém, PA. Projetado pelo engenheiro José Tiburcio Pereira Magalhães. 1869 e 1874 Santa Casa de Misericórdia, rj Hospicio dos Alienados, rj. Arquitetos: Domingos Monteiro, Joaquim Guilhobel e Jacinto Rebelo. 1852. Casa da Moeda, RJ. Engenheiros: Teodoro de Oliveira e Antonio G. Pinheiro, 1868. Assembleia Provincial de Fortaleza, de Adolpho Hebster, 1856/1871. O despertar de um novo estilo: Ecletismo Rompe-se a rigidez dos cânones clássicos, fosse nas proporções ou no excesso de ornamentos. Temos a transição para o Ecletismo. Instituto de Meninos Cegos. Bethencourt da Silva, 1872. Fachada monumental e desproporcional. Imprensa Nacional do Rio de Janeiro, 1874 Paula de Freitas. Palácio Nova Friburgo, 1860. Gustav Waehneldt. Arquitetura Rural no Séc. XIX. O ciclo do café. No plano rural, continuava vigente o modelo Casa-grande e senzala, mais as edificações para produção cafeeira, que divergiam em necessidades das usinas de açúcar. Edifícios dispostos em quadras, em torno de um grande pátio, espaço de lavagem e secagem dos grãos. Casa-grande de um ou dois pavimentos, capela, senzala em galeria, casa dos capatazes, depósitos e local de beneficiamento dos grãos. Os projetos adotam o partido neoclássico nas fachadas. Os interiores tornam-se sofisticados. Materiais e sistemas construtivos Algumas soluções são mantidas: Fundação em pedra e barro, paredes autoportantes no mesmo material ou em taipa, paredes internas de pau a pique, pisos em tabuado corrido, forros de estuque ou madeira em saia e blusa, madeiramento de caibro armado, sustentando telha de capa e bica. Arrematando a edificação, paredes caiadas, esquadrias em madeira maciça pintada, associada às janelas em guilhotina com caixilharia em vidro miúdo. Mais tarde: Já edificam-se paredes de tijolos maciços, parquets nos pisos nobres, ladrilhos hidráulicos em áreas molhadas. Os telhados usam telhas planas, da Marselha, apoiadas em tesouras francesas, beirais arrematados com vistosas cimalhas ou telhões de louça esmaltada. Fazenda Gavião Fazenda Resgate. Bananal, SP Fazenda Piedade. Vera Cruz, RJ. Fazenda Aliança. Barra do Piraí, RJ. Fazenda Rio Novo. Paraíba do Sul, RJ. Fazenda Santa Genoveva. Rio das Flores, RJ Fazenda Secretário. São José do Barreiro, SP.
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