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NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 1 Dosagem de proteína pelo método de Biureto I Como quantificar proteínas de uma amostra biológica? Muitos métodos podem ser empregados porém, para a escolha da técnica correta, fatores importantes devem ser considerados, como: Natureza da proteína (enzima, solubilidade, tamanho, localização celular); Presença de interferentes (tipos de solventes empregados nas etapas iniciais); Rapidez; Sensibilidade; Eficiência. Muitos métodos para determinar proteínas utilizam técnicas espectrofotométricas. Espectrofotômetro O Espectrofotômetro é um instrumento de análise capaz de medir e comparar a quantidade de luz (radiação eletromagnética) absorvida, transmitida ou refletida por uma determinada substância em solução. *Este equipamento será usado na aula prática. Em geral, um espectrofotômetro possui uma fonte estável de energia radiante (normalmente uma lâmpada incandescente), um seletor de faixa espectral (monocromatizadores como os prismas, que seleciona o comprimento de onda da luz que passa através da solução de teste), um recipiente para colocar a amostra a ser analisada (a amostra deve estar em recipientes apropriados como as cubetas e tubos de ensaio) e, um detector de radiação, que permite uma medida relativa da intensidade da luz. A base da espectrofotometria, portanto é passar um feixe de luz através da amostra e fazer a medição da intensidade da luz que atinge o detector. O espectrofotômetro compara quantitativamente a fração de luz que passa através de uma solução de referência e uma solução de teste. Espectrofotometria Técnica que baseia na absorção de luz (P) pela amostra a ser analisada (analito). A concentração da substância a ser quantificada na amostra é proporcional à quantidade de luz absorvida (Absorbância). Introdução A substância é colocada na cubeta para ser analisada Amostra Fonte de luz Monocromador (prima) https://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/tubos-de-ensaio/ NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 2 Parte da luz incidida é absorvida pela substância e a outra parte emerge do lado oposto (Transmitância). A concetração do analito é proporcional à quantidade de luz absorvida ou transmitida. Se uma dada substância tem Absorbância nula, isso significa que ela possui 100% de Transmitância (Observe a escala acima) Trasmitância (T) X Absrorbância (A) Absorbância X Concentração de proteínas Determinação Espectrofotométrica de Proteínas pelo método de Biureto Para que as proteínas do leite possam ser detectadas no espectrofotômetro, elas serão conjugadas com o reagente de Biureto para apresentar coloração: Método do Biureto se baseia em: Compostos contendo duas ou mais ligações peptídicas (proteínas) reagem com sais de cobre (Cu2+) resultando em uma solução de coloração violeta. Forma-se um Complexo de Coordenação. Sensibilidade do método: 1 a 5 mg/mL (mg de proteínas por mL de solução) Coloca-se o reagente de Biureto em contato com as proteínas em um meio básico e então as cadeias polipeptídicas vão interagir com os íons cúpricos do reagente. O resultado disso é uma solução colorida, na qual quanto mais intensa a coloração, mais proteínas conseguiram reagir com os íons. O espectrofotômetro vai dar uma relação numérica da intensidade de cor formada. NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 3 Ao final da prática, o estudante deverá ser capaz de aplicar o método de Biureto para a dosagem das proteínas do leite, e de calcular as concentrações das Caseínas e Lactoproteínas (Lactoalbumina e Lactoglobulina) no leite. Definir e interpretar a lei de Lambert- Beer; Aprender a utilizar o espectrofotômetro para quantificar substâncias; Construir o gráfico da absorbância em relação à concentração da substância (curva-padrão); Utilizar a equação da reta e a curva- padrão para determinar a concentração de proteínas no leite; Aprender e calcular o fator de diluição de uma amostra; Expressar o teor de proteínas de uma amostra de leite em mg/mL ou g/L; % (p/v) e % (p/p). Preparo da Curva de Calibração (ou Curva Padrão) 1. Preparar amostras-padrão para montar a Curva de Calibração de Proteína x Absorbância (contendo 1, 2, 3, 4 e 5 g/L caseína); 2. Preparar o branco para a Curva de calibração (sem caseína, para leitura de absorbância do solvente = 0 g/L caseína); 3. Selecionar o comprimento de onda: λ = 540 nm; 4. Fazer a leitura do branco em zero para ajustar o equipamento e determinar a absorbância de cada amostra-padrão; 5. Calcular a equação e projetá-la graficamente, tendo as Concentrações de Proteínas na abscissa (x) e as Absorbâncias (540 nm) na ordenada (y). Após realizar as leituras das absorbâncias das amostras de leite, esta Curva de calibração (equação y=a.x+b) será utilizada para calcular as concentrações das proteínas nas amostras de leite de concentrações desconhecidas: Determinar A540 e converter em [Proteínas] usando a equação. Soluções de proteínas de concentrações conhecidas (amostras-padrão) Obejtivo Geral Obejtivos Específicos Cuidados Necessários Procedimentos NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 4 Cálculo da equação da reta linear Preparo das amostras de leite Determinação da concentração de proteínas em amostras de leite desconhecidas: Quantificação das Proteínas do Leite Separadamente, calcular a concentração da amostra 1 e 2 usando os valores de absorbância (y = Abs540) obtidos pelas leituras no espectrofotômetro. Utilizar curva-padrão gerada das 5 soluções-padrão: Inicialmente enumera-se os tubos de ensaio de 0 a 5, sendo que o 0 é o branco e o restante diferentes concentraçõoes conhecidas de proteína. Para pepitar no tubo branco, utiliza-se 4 mL do reagente de biureto + 1 mL de água. (Coloca água no lugar da concentração conhecida de proteínas). Total = 5 mL. Adiciona-se 4 mL do reagente de bireto + de1g/L da solução-padrão nos outros tubos. Na amostra 1, retira-se a caseína para ficar apenas as lactoproteínas. Para isso, faz-se a precipitação utilizando ácido clorídrico, então realiza-se a titulação. O primeiro passo é diluir a amostra de leite (10 mL) com 10 mL de água. Agora está pronto para começar a titulação isoelétrica. A ideia é manter o leite sendo homogeneizado enquanto o ácido vai sendo gotejado aos poucos na amostra. Após um tempo a caseína fica precipitada e com a ajuda de um funil e um chumaço de algodão faz-se a filtração. Quando o filtrado do leite termina, faz-se o preparo da amostra 1 e 2. Na amostra 1, pipeta-se 1 mL de amostra do leite (que foi filtrado e que nela contém as lacoproteínas) + 4 mL do reagente de biureto. Na amostra 2, é preciso proceder com a diluição do leite. Pipeta-se 1 mL de leite e tranfere-se da proveta (já aferida) 19 mL de água. Desta amostra diluída pega-se 1 mL e coloca-se junto com 4 mL do reagente de biureto em dois tubos. Aula Prática NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 5 Deixa em repouso por um tempo para depois prosseguir para a leitura no espectrofotômetro. Foi feita a leitura da curva-padrão e os valores de absorvância serão apresentados adiante. Neste momento, faz-se a leitura das amostras. Resultados obtidos das amostras de leite: AMOSTRA I 0,172 AMOSTRA II 0,101 Resultados obtidos dos padrões: [CASEÍNA] g.L-1) A540nm 0 0 1 0,041 2 0,084 3 0,116 4 0,165 5 0,205 1. Concentração de proteínas nasamostras 1 e 2 2. Concentração de proteínas no leite: corrigir pelo fator de diluição 3. Concentração de caseína no leite ou [Caseína] 4. Teor de proteínas no leite (em %): Resultados e Discussão
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