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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
 	 ENSINANDO E APRENDENDO
ESTUDO DE CASO EM ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO
Leia, atentamente o caso abaixo e analise-o dentro da perspectiva da Teoria da crise e planeje a sua intervenção de Aconselhamento psicológico através da perspectiva psicológica de sua preferência. Com relação à primeira, fale sobre a classificação descritiva e etiológica da crise, os sentimentos predominantes, os riscos, a medida de prevenção e os objetivos da prevenção na crise. Com relação à Teoria de aconselhamento psicológico faça o seu planejamento o qual deverá conter os objetivos do aconselhamento e atitudes/estratégias do aconselhador.
Dados de Identificação: Fernanda (nome fictício), 36 anos, separada, um filho de seis anos
Entrevista inicial: Fernanda é enfermeira e trabalhava no setor de oncologia de um hospital geral, mas agora foi deslocada para a triagem de pacientes com suspeita de COVID-19, procurou atendimento psicológico na instituição (disponibilizado online ou por telefone). Durante o atendimento, chorou com frequência e relatou insônia, perda de apetite, taquicardia, muita preocupação e tristeza. Fernanda está separada há cinco anos e o marido reside em outro Estado. Tem um filho de 6 anos, que está sob os cuidados de uma tia materna, em função da demanda e da quantidade de horas extras que tem que estar no trabalho. Verbalizou sentir muita falta do filho, apesar de conversar com ele pelo telefone várias vezes ao dia. Há uma semana esteve com ele, foi a última vez. Gostaria de vê-lo, mas tem medo de contaminá-lo. Apesar de todo o sofrimento, acredita ser a melhor decisão para proteger o filho.
Situação de crise: quando F mudou de setor para a triagem de pacientes de Covid e aumentou sua carga de trabalho, teve que se separar do filho e apresenta insônia, perda de apetite, taquicardia, muita preocupação e tristeza.
Classificação descritiva: acidental, pois foi repentina ou inesperada
Classificação etiológica: perda, pois teve diminuição no seu universo pessoal ao se separar do filho, a estar sobrecarregada no trabalho, a não ter autonomia para ficar no setor antigo.
Sentimentos: ansiedade, impotência diante da nova situação, saudade pelo afastamento do filho, medo de contrair a doença e passar pro filho, tristeza e preocupação trazidos por ela
Riscos: ansiedade, impotência diante da nova situação, saudade pelo afastamento do filho, medo de contrair a doença e passar pro filho, tristeza e preocupação trazidos por ela
Medida: passiva porque a crise está instalada
Objetivos de prevenção: 
- Aceitar a perda: Reforçando que tomou a decisão certa, mas que precisa se cuidar. Tentar fazer um diário sobre os sentimentos para trazer pra consulta
- Lidar com os sentimentos de medo, insegurança, tristeza e desamparo: como? Escuta psicológica bem realizada
Evitar os riscos: 
- Da depressão se instalar: Procurar psiquiatra caso necessário; encaminhar para grupos de apoio no próprio hospital; 
- Pegar Covid: Uso dos EPIs adequados, cuidar da imunidade, 
 - Adoecimento físico, Sugerir congelar comida na sua folga, sugerir cozinhar para o filho, evitar tomar café, fazer relaxamento, 
- Abandonar o trabalho e/ou ser demitida. Licença de saúde e diminuir a escala no trabalho
- Reinteressar-se pelo universo pessoal: fazer curtigrama e foca nas atividades que gosta e deixou de fazer. 
Objetivos e atitudes/estratégias do aconselhador: Comportamental 
· OBJETIVO: Ajudar o aconselhando a analisar a função e a elaborar novos comportamentos mais eficazes para lidar com esta situação crítica
· ESTRATÉGIAS: 
· Na fase inicial do aconselhamento, são desejáveis a compreensão e a empatia para o estabelecimento do relacionamento e para identificação da problemática. 
· Serão utilizadas estratégias que visam o alívio dos sintomas e a modificação dos comportamentos não adaptados na direção desejada, em pequenas e progressivas etapas.
· Primeiro trabalharemos com relaxamento; depois a ideia será utilizar técnicas de conscientização da nova situação e reforço da autoestima de maneira a habilitá-la a reagir de maneira mais adequada a sua situação de crise. 
· Técnicas principais: Treinamento em resolução de problemas e ou manejo de contingências. A utilização de tais técnicas visam não somente em solucionar seus problemas imediatos, mas também resultará na aprendizagem de técnicas para a melhor solução de problemas futuros, dando-lhe mais autonomia e o reestabelecimento do controle da situação. 
· Atitude do Aconselhador: o aconselhador deverá ser igual a um analista do comportamento. Para tanto deve ter habilidade analítica, criatividade, versatilidade, ética e ser conhecedor de estratégias de intervenção adequadas a cada caso.
Objetivos e atitudes/estratégias do aconselhador: GESTALT
· OBJETIVO: Estimular o crescimento pessoal, ou seja, ajudar a pessoa a tomar consciência de si e das suas necessidades, desenvolver formas de interação adequada com o meio e com os outros, aprender a viver no presente, libertando-se de experiências mal resolvidas no passado, completando assim, as “gestalts’ interrompidas
· Estratégias: 
· Retificar conceitos do paciente sobre si mesmo e sua situação de crise e tentar melhorar sua autoestima.
· Oferecer subsídios para que o indivíduo não antecipe sofrimento através de atitudes tranquilizadoras (técnica) e para que se sinta amparado. No caso, poderia ser solicitado uma interconsulta do psiquiatra para ministrar um ansiolítico para este começo difícil.
· clarificar a sua vivência emocional e restabelecer sua capacidade produtiva ( o paciente se sente incapaz de utilizar algumas tarefas no seu cotidiano);
· resgatar com o paciente o sentido da sua vida, trabalhando o que antes lhe dava prazer como o os filhos, sair com os amigos, o casamento, retomando os programas de lazer e hábitos que lhe davam prazer.
· sugerir que a paciente possa participar de grupos de escuta para profissionais da saúde e assim auxiliar na demanda de fala.
· Atitude: O conselheiro é como um facilitador do crescimento do cliente em direção à auto responsabilidade. Deve possuir habilidades diagnósticas para reconhecer o comportamento defensivo do cliente. O cliente ainda é responsável pelos resultados, mas o conselheiro pode usar técnicas muito ativas para promover a auto percepção. Técnicas usadas: dramatização, troca de papel, cadeira vazia, exageração, eu assumo responsabilidade, etc. O conselheiro tenta remover as barreiras, a fim de permitir ao cliente a liberdade para vir a viver mais integralmente. 
Objetivos e atitudes/estratégias do aconselhador: ACP
· OBJETIVOS: Ajudar Fernanda a buscar suas potencialidades inerentes para enfrentar a situação de crise pela qual está passando. Criar condições para que ela perceba quais são os obstáculos que fazem com que ela se sinta “incapaz” de “atuar na linha de frente”. 
· ESTRATÉGIAS: num primeiro momento é fundamental que se crie com a cliente uma relação empática, demonstrando interesse, compreensão destes sentimentos vividos por ela
· Posteriormente, fazer Fernanda perceber que ela é quem é responsável por ela e pela relação dela com o seu meio. 
· Durante o processo, conduzir para que entre em contato com os seus próprios sentimentos para posteriormente trazê-los aqui e agora para que ela possa se reorganizar e se perceber na situação crítica
· No caso de piora da depressão, poderia ser solicitado uma interconsulta do psiquiatra para ministrar um ansiolítico para este começo difícil.
· ATITUDE: Será a partir das atitudes facilitadoras do terapeuta (aceitação positiva incondicional, empatia e congruência) que ao cliente será dada a chance de se reorganizar. Tudo o que o facilitador sente em relação com a cliente deve ser dito, com cuidado, carinho, respeito, mais principalmente com autenticidade. O facilitador tem que ter a capacidade em aceitar o outro sempre de maneira positiva. Se o facilitador acredita e tem claro dentro de si a tendência atualizante,fica mais fácil aceitar o outro, mesmo que não entendendo ou não concordando. Aceitar não significa concordar. 
Objetivos e atitudes/ estratégias do aconselhador: PSICANÁLISE 
· OBJETIVO: Proporcionar um ambiente que, partindo da situação vivida, ampliar sua a consciência a respeito da crise, promovendo insight. Procurar ampliar a potencialidade egóica de Fernanda até que ela possa compreender o que a levou a se sentir deste modo. Assim ela poderá se reorganizar psiquicamente, restabelecer o equilíbrio e desfazer os principais sintomas.
· ESTRATÉGIAS: estabelecimento da transferência (transferência positiva), formulando uma intervenção inicial baseada na angustia que motivou a procura por auxílio e estabelecer um sentido de EU neste momento. 
· Auxiliá-la a entender, por meio da promoção de juízo da realidade, o que se passa com ela e facilitar seu insight, possibilitando à paciente uma reflexão sobre si mesmo. 
· Concluídas estas fases, a paciente, supostamente, deve ter melhor noção do que se passa com ela, já mostraria consciente se tem ou não demanda para mudar ou apenas deseja retornar ao equilíbrio anterior. 
· Se necessário, fazer a indicação para psicoterapia ou análise.
· ATITUDES: Criar um ambiente que facilite a exposição do material significativo pelo cliente. Manter-se relativamente anônimo e objetivo, encorajando-a falar o mais livremente possível sobre situações incômodas. Seu principal instrumento de condução é a interpretação seletiva, sendo muito importante a produção de material significativo pela cliente. Cabe ao conselheiro a tarefa de interpretar as experiências da cliente, de modo que ela passe a ter uma maior percepção de si mesmo e seu ego se fortaleça e possa apresentar respostas efetivas, ao invés de defensivas, às demandas do meio.

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