Já tem cadastro?
Você viu 1 do total de 1 páginas deste material
Prévia do material em texto
De acordo com Newark (2009), assim como a maioria das atividades humanas, o design está diretamente ligado ao desenvolvimento da sociedade. “O design é formado por forças que o atraem e o estendem em formas novas”. A primeira dessas forças seria a mecânica, atrelando o design ao desenvolvimento tecnológico. Como explica Bonsiepe (2011), tecnologias abarcam uma série não só de artefatos, mas também de processos, criados a fim de produzir mercadorias físicas e/ou semióticas com fortes reflexos na nossa vida cotidiana. A segunda força que deu forma à área do design está diretamente relacionada com a tecnologia – é o comércio. Reforçando essa ideia, Bonsiepe (2011) aponta que o desejo de fomentar a economia seria o principal motivo para agregar valor aos produtos. Um valor que é subjetivo e/ou emocional, além da simples funcionalidade. A própria evolução das embalagens, resulta da necessidade em desenvolver técnicas para preservar e acondicionar alimentos, tendo, porém, como motivação, a obtenção de lucro. Até mesmo o desenvolvimento dos meios digitais se deu, em grande parte, por interesses mercadológicos em produzir conteúdo e disseminar essas informações com intenção de gerar riqueza. Essas forças, deram origem a uma terceira força, ou seja, a padronização, e conforme Newark (2009), não é visto com bons olhos pela área do design por causa da defesa de uma liberdade criativa, porém, a padronização propiciou o estabelecimento de muitos dos processos de produção, a massificação dos bens de consumo, o padrão de eficiência e a qualidade na indústria de maneira geral. Como se pode observar, as três forças não serviram apenas como mote do desenvolvimento da área de produção gráfica, mas também para o design como um todo, até porque, não se pode entender o design como algo separado da evolução cultural. Compreender os aspectos permite uma visão mais ampla sobre o papel do design na sociedade em constante mutação. Também nos ajuda a estabelecer a relevância da produção gráfica como processo que fomentou mudanças na comunicação e na linguagem. Além disso, conhecer processos e técnicas da produção gráfica nos permite manter a qualidade estética e comunicacional em peças físicas no contato direto com o público, levando as ideias e a mensagem que o designer deseja transmitir com mais eficiência. Não consigo acreditar e nem imaginar um mundo onde a produção gráfica seja totalmente esquecida ou trocada por uma nova tecnologia totalmente digital, pois ela não consiste apenas em jornais e revistas, catálogos e flyers. A produção gráfica está em tudo que utilizamos como os copos personalizados que ganhamos de nossos entes/amigos queridos, na formica impressa imitando madeira de nossos móveis entre outras tantas coisas que poderia passar umas 72 horas apenas falando sobre produtos que utilizam da produção gráfica.
Compartilhar