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TECNOLOGIA GRÁFICA A4

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Abordamos três tipos de impressão, que utilizam diferentes modelos de matrizes de impressão, sendo: a xilografia, a rotogravura (um processo encavográfico) e a impressão digital (um processo digital com matrizes virtuais). 
A xilografia (ou xilogravura) foi um dos primeiros processos de gravação de matrizes para a reprodução em quantidade. Seu processo se encaixa no tipo de impressão relevográfica, porque, apesar de a matriz ser entalhada para formar o desenho, é a parte em relevo que recebe a tinta e é a que será passada para o papel.
Podemos descrever o processo da xilografia da seguinte maneira: 
A imagem é entalhada na madeira com uso de um formão ou de outro material afiado.
1. Passa-se um rolo de borracha entintado sobre a matriz, nas partes em relevo.
2. A imagem é transferida para o suporte, por meio de pressão.
Essa técnica tem origem na China, e foi largamente usada pela Igreja Católica, antes da invenção da imprensa, para propagar suas ideias por meio de imagens detalhadas.
Os processos gráficos são nomeados conforme o tipo de matriz utilizada. As matrizes possuem características particulares, que dão origem aos processos encavográficos de impressão.
A matriz encavográfica deriva do método da gravura em metal que consiste, segundo Collaro (2012), nos seguintes processos:
[...] usar uma placa de metal maleável, como cobre, e desenhar por meio de traços e pontos as imagens que se quer reproduzir em seguida, a placa já desenhada recebe uma camada de verniz sintético, em outra etapa, com objeto perfurante e cortante, sulca sobre o verniz exatamente nos traços e pontos que compõem a imagem. Em seguida, aplica-se sobre a placa uma solução ácida conhecida como água forte, que penetra no sucos e rebaixa os traços feitos no cobre inicialmente, Pois sua característica é de ataque ao metal, mas não ao verniz, tornando a imagem baixo relevo. No próximo passo, remove-se o verniz com o diluente e a imagem está escavada no metal para obter as imagens, aplica-se tinta sobre a placa e remove se o excesso. A tinta ficará impregnada nos sulcos e, por pressão, será transferida para o suporte (COLLARO, 2012, p. 179).
Nesse tipo de processo, podem ser incluídas as técnicas conhecidas como: água-forte, talho-doce e rotogravura.
Água-forte
Processo de impressão em que se utiliza uma matriz encavográfica. A imagem em baixo-relevo é obtida aplicando-se um verniz sobre a chapa de metal. Após esse processo, é submetida ao contato com o ácido nítrico – elemento químico também conhecido pelo nome de água-forte e, por isso, a denominação da técnica –, que corrói o metal nas áreas de imagem. A tinta se aloja na imagem sulcada e, posteriormente, passa para o suporte de impressão (VILLAS-BOAS, 2010).
Talho-doce
O talho-doce é outro processo encavográfico, que deriva da técnica da água-forte. É utilizado até os dias atuais em impressos que necessitam de alta qualidade e grau elevado de detalhamento (em escala microscópica), para evitar falsificações de cédulas, cheques, alguns tipos de selos etc. Também é usada em casos especiais, em razão do seu alto custo e por ser um processo lento (VILLAS-BOAS, 2010).
Rotogravura
A rotogravura é um processo encavográfico, em que é utilizado um cilindro de ferro, porém, é revestida de uma camada de cobre, ao invés de verniz, eletronicamente, por um processo conhecido como cuprificação (COLLARO, 2012).
A cuprificação consiste em:
[...] colocar o cilindro de aço imerso em um tanque com solução ácida, com placas de cobre presas ao fundo. Quando ligado o sistema, o cilindro começa a girar com carga elétrica positiva e a placa de cobre, com carga negativa. Com o ataque do ácido ao cobre, e está com cargas negativas, moléculas se desprenderam e se depositaram sobre o cilindro por atração de polaridade, formando uma camada de cobre.
Continuando o processo, a retícula e o polimento da camada de cobre prepararam o cilindro para a gravação. Camadas de níquel e cromo serão adicionadas ao processo para dar resistência a matriz de reprodução. A gravação atualmente é feita com pontas de diamante que geram furos de profundidade diferentes, responsáveis pelas diversas tonalidades da tinta (COLLARO, 2012, p. 179-180).
O processo de gravação dos cilindros descritos, segundo LUGLI (2019), tem sido substituído pela gravação do tipo CtP (computer to plate). Segundo a autora, depois que a matriz foi preparada, o processo de impressão ocorre de maneira simples: a matriz é submersa em tinta, para que esta fique armazenada nas partes encavadas (a imagem); uma espécie de rodo metálico (chamada racle) retira o excesso de tinta da superfície do cilindro para; o suporte passa por entre a matriz e o cilindro de impressão para que a tinta –  depositada nos alvéolos (formas côncavas que formam a imagem) – seja transferida para o substrato (FERNANDES, 2003 apud LUGLI, 2019, p. 94).
As principais características da rotogravura são: um processo direto, de alta velocidade, que pode imprimir nas duas faces do papel ao mesmo tempo; pode imprimir todas as cores em uma única passada na máquina e tem a possibilidade de trabalhar em módulo contínuo de papel. É um processo caro, em razão do tipo de matriz que utiliza, e só é recomendável para grandes tiragens. É aplicada, principalmente, na parte interna de revistas, em embalagens flexíveis e semirrígidas, papéis para embrulho e papéis de parede.
Recomendações para layouts
A escolha de um tipo de impressão com muitas possibilidades e de custo elevado, como a rotogravura, deve ser considerada desde o layout, para que a relação entre custo/benefício seja justificável. 
Processos híbridos: tampografia
A tampografia pode ser considerada um processo híbrido, pois possui características de dois tipos de impressão, podendo usar matriz de um e o método de impressão de outro. Na tampografia, a matriz é utilizada com características de encavográfica, com baixo-relevo associado ao processo flexográfico, ampliando a possibilidade de suportes, como impressão em superfícies rígidas e superfícies curvas (LUGLI, 2019).
A principal característica, no processo de tampografia, é a utilização do tampão, que funciona como um carimbo, transferindo a tinta da imagem da matriz para o suporte. Esse tampão não tem relevo de tipo algum (alto ou baixo), pois é entintado apenas na área definida pela matriz, sendo este – diferentemente da rotogravura – um processo indireto (LUGLI, 2019).
Uma característica única da tampografia, é o uso do tampão, uma peça flexível de silicone, geralmente esférica ou similar, que coletará a tinta da matriz e aplicará a imagem, adaptando-se ao formato da superfície ponto. Com isso, há uma impressão de contato, também semelhante ao carimbo.
Esse processo tem larga utilização na confecção de brindes e cerâmica em variadas formas, mas também podem ser usadas em papel e papelão. Todavia, a complexidade do processo limita sua utilização em casos em que outras técnicas mais baratas não podem ser utilizadas pelo formato tridimensional (COLLARO, 2012).
A impressão digital difere das impressões apresentadas até agora, principalmente em termos de matrizes. Esse tipo de processo tem origem na evolução do sistema de xerografia, não precisando, porém, do original físico, pois a entrada dos dados é feita por meio digital (VILLAS-BOAS, 2010).
Segundo Lugli (2019), a categoria de impressões digitais abarca uma série de processos diferentes, que são determinados pelo tipo de equipamento empregado.
No processo de design de peças impressas, são utilizados, progressivamente, os meios digitais, tanto nas etapas de provas de layout dentro da própria agência como no escritório ou nas gráficas, mas não apenas para provas. Exploraremos alguns tipos de impressão digital e suas aplicações.
Jato de tinta
A impressão jato de tinta tem sido utilizada há algum tempo para uso doméstico e dentro das agências, como prova de layout. Por esse motivo, é um dos processos mais conhecidos (LUGLI, 2019).
Segundo Lugli (2019), o processo de impressão por jato de tinta ocorre quando há uma entrada de dados digitaisgerados em aplicativos gráficos: a impressora faz uma leitura dos dados e combina as cores de pequenos cartuchos para compor a imagem no suporte, linha por linha, borrifando pequenos jatos de tinta, de maneira digitalmente controlada.
Existem alguns tipos de impressoras a jato de tinta. As menores servem para aplicação doméstica e existem também as de grande porte, cujo uso é em escala industrial. Seja qual for o porte da impressora, o processo de impressão é basicamente o mesmo, diferindo no tamanho dos cartuchos de tinta, na qualidade do impresso – as impressoras industriais conseguem um alto controle na liberação dos jatos de tinta e uma grande qualidade dos detalhes – e no tipo de suporte usado, com papéis de tamanhos grandes e até alguns tipos de polímero e tecidos. Também têm uma velocidade muito mais alta do que as de jato de tinta domésticas (LUGLI, 2019).
Além do porte, outro aspecto que pode variar nesse processo de impressão é o tipo de tinta utilizada.
Segundo Villas-Boas (2010), as impressoras jato de tinta podem ser de dois tipos, quanto ao tipo de tinta que utiliza: jato de tinta líquida e jato de tinta sólida. O processo do jato de tinta líquida difere do jato de tinta sólida, pois, neste último, a tinta entra na máquina em forma de barra e passa por duas etapas a mais do que na primeira – derretimento da barra de tinta – antes de o jato ser borrifado no suporte e do processo de fixação. Ao entrar em contato com o suporte, que está com uma temperatura mais baixa, a tinta solidifica-se novamente e passa por dois cilindros, realizando um processo de resfriamento e pressão para fixar a imagem no suporte. A impressão a jato de tinta sólida também é conhecida como impressão por mudança de fase, pelos estados físicos diversos pelos quais a tinta passa. É um processo caro e raro no Brasil, e as características principais são a vivacidade das cores e a boa resolução (VILLAS-BOAS, 2019).
A impressão jato de tinta líquida é mais comum, porém, o trabalho terá baixa resistência à luz, quando comparado a outros processos. Por esse motivo, é preciso avaliar o custo/benefício, pois a jato de tinta é acessível em pequenas tiragens, podendo ser vantajosa na produção de banners e de produtos promocionais (BAER, 2005 apud LUGLI, 2019).
Impressão a laser
A impressão a laser tem substituído os jatos de tinta na aplicação doméstica, em razão da redução dos custos de maquinário. Porém, os melhores resultados são obtidos em impressoras de maior porte, que ainda têm custo bastante elevado.
Segundo Villas-Boas (2010), os equipamentos de impressão a laser têm um princípio em comum: a relação entre a matriz, o toner (tinta em forma de pó, que pode ser colorida, CMYK ou P&B) e a transferência da imagem para o papel se baseia nas ações eletrostáticas opostas. O processo pode ser feito, resumidamente, conforme Freire (2015) apud Peruyera (2018), pelos seguintes passos:
· o papel recebe uma carga negativa para aderir ao cilindro carregado positivamente, dentro da impressora;
· os dados digitais são transmitidos para a impressora por meio de um aplicativo de gerenciamento de impressão;
· os dados são transmitidos para o cilindro fotorreceptor (com carga positiva), por meio de um raio laser, que transformam a parte atingida pelo laser em carga negativa, formando a imagem;
· o toner recebe uma carga positiva, é atraído pela parte com carga negativa do cilindro e repelido pela parte não sensibilizada pelo feixe de laser;
· o papel recebe o toner por pressão;
· o papel passa por dois cilindros aquecidos, chamados fusores, que fundem o toner, que, por sua vez, adere ao papel.
As diferenças entre as impressoras a laser recairão sobre os diferentes equipamentos e os insumos (provenientes de diferentes fornecedores, muitos patenteados). As vantagens da escolha do processo em um projeto de design podem ser avaliadas pela ausência de custos fixos, com matrizes de impressão e lavagem de máquina na offset, por exemplo, fazendo com que o custo unitário seja o mesmo, em pequenas ou grandes tiragens. Por esse motivo, quanto maior a tiragem, menos atrativo será esse tipo de processo. Também se deve considerar a possibilidade de fazer alterações imediatas no trabalho durante o processo de impressão, sem acarretar custos com novas matrizes (VILLAS-BOAS, 2010).
Há desvantagens em comparação com outros processos. Em relação à rotogravura que tem uma qualidade inferior, especialmente em grandes áreas de cor chapadas e também nas nuances de meios-tons, a impressão a laser não consegue simular todas as sutis variações de luz e sombra. Pode haver, também, um problema de gerenciamento de cores, ocasionados pela complexidade do processo e pela pouca preparação dos operadores (VILLAS-BOAS, 2010).

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