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Gabriele Babel | MED FURB LII CABEÇA E PESCOÇO A cabeça é a parte superior do corpo e está fixada ao tronco através do pescoço. A cabeça é formada pelo encéfalo e por seus revestimentos protetores: as orelhas e a face. A face tem aberturas e passagens, com glândulas lubrificantes e válvulas para fechar alguma delas, tem dispositivos mastigatórios e as órbitas que abrigam o aparelho visual. Tipos de faces: • FACE ANATÔMICA: para baixo, não tem osso frontal participando • FACE FISIONÔMICA: para cima, são separadas pelo arco superciliar. Inclui a parte frontal do crânio. ZONAS DE RESISTÊNCIAS CRÂNIOFACIAIS → são áreas do crânio que ficam mais espessas, conduzem a força para a base do crânio e assim as forças são anuladas. Há pilastras, pilares e trajetórias. OSSOS DO CRÂNIO É formado por uma parte fixa e uma parte móvel (mandíbula); É formado pelo neurocrânio e pelo viscerocrânio. Vários ossos do crânio são pneumáticos (frontal, temporal, esfenoide e etmoide), contendo espaços aéreos para diminuir seu peso • Neurocrânio: é a caixa óssea do encéfalo e das meninges, contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vasculatura do encéfalo. É formado por 8 ossos: -Osso frontal -Osso etmoide -Osso esfenoide -Osso occipital -Ossos temporais (2) -Ossos parietais (2) O neurocrânio tem um teto em forma de cúpula: calvária, e um assoalho, chamado de base do crânio. Os ossos da base do crânio são basicamente irregulares, enquanto os ossos da calvária são basicamente planos (frontal, parietal e temporal) O osso etmoide é um osso irregular que forma uma parte mediana do neurocrânio, mas faz parte também do viscerocrânio. A medula espinal mantém a continuidade com o encéfalo através do forame magno. Os principais constituintes do neurocrânio da vista lateral são a fossa temporal, poro acústico externo e processo mastóide. • Viscerocrânio: é o esqueleto facial. Forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca, nariz, cavidade nasal e a maior parte das órbitas. Formado por 15 ossos irregulares: -Mandíbula -Etmoide -Vômer -Maxilas (2) -Conchas nasais inferiores (2) -Ossos zigomáticos (2) -Ossos palatinos (2) -Ossos nasais (2) -Ossos lacrimais (2) O viscerocrânio aloja os órgãos dos sentidos, e aqueles que formam os caracteres individuais (grande valor social). O desenvolvimento do viscerocrânio quando criança é pequeno, Com 6-7 anos há desenvolvimento com profundidade. Acompanha o desenvolvimento dos seios e erupções dos dentes nesta época. As maxilas e mandíbula abrigam os dentes. As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior. A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel pois se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares (ATM). MAXILA: Formam o esqueleto dental superior Gabriele Babel | MED FURB LII São ossos bilaterais que se articulam no plano sagital mediano, através da sutura intermaxilar. Ocupa o terço médio da face fisionômica. Osso irregular e pneumático (seio maxilar no interior). É responsável por alongar os dentes superiores O seio maxilar cresce a medida que aumenta-se a potência de mastigação e há a troca dos dentes, por isso geralmente recém nascidos e crianças não tem casos de sinusite, já que praticamente não possuem o seio maxilar formado. É responsável pela formação de grande parte da face Forma a parede de 4 cavidades: teto da cavidade oral, assoalho e a parede lateral da cavidade nasal, o assoalho da órbita e o seio maxilar Aloja os dentes superiores no processo alveolar da maxila. Corpo: ➢ Forame infra-orbital- é passagem para vasos e para o nervo infra-orbital ➢ Face orbital – forma a maior parte do assoalho da órbita ➢ Seio maxilar ➢ Espinha nasal anterior- onde fica o ponto craniométrico nasoespinal. A sutura palatina mediana une as duas lâminas horizontais do osso palatino e os processo palatino da maxila Processos: ➢ Frontal ➢ Zigomático ➢ Alveolar ➢ Palatino Fossa pterigopalatina fica entre a maxila, o processo pterigóide e lateralmente a lâmina vertical do osso palatino Forame esfenopalatino- comunica cavidade nasal com a fossa pterigopalatina ZIGOMÁTICOS: Osso bilateral e irregular. Forma a parede lateral do crânio e o assoalho da órbita. É a área de proeminência superior à bochecha Participa da formação da margem infra-orbital. Processos: ➢ Frontal ➢ Maxilar ➢ Temporal Faces: ➢ Malar- possui o forame zigomaticofacial, que é passagem do nervo e vasos zigomaticofaciais ➢ Temporal ➢ Orbital- forma parte do assoalho e parede lateral da órbita Forames: ➢ Zigomático-orbital ➢ Zigomaticofacial ➢ Zigomático-temporal Fossa pterigopalatina Forame esfenopalatino Gabriele Babel | MED FURB LII Arco zigomático é local de origem do M. masseter. É formado pelo processo temporal do osso zigomático e pelo processo zigomático do osso temporal. NASAIS: Forma a parte óssea da raíz do nariz É um osso par e plano São ossos laminares Articula-se com 4 ossos: • Frontal- sutura frontonasal • Maxila- sutura nasomaxilar • Etmoide- sutura nasoetmoidal • Osso nasal do lado oposto- sutura internasal LACRIMAIS: É um osso par que localiza-se na parte medial da órbita Aloja o saco lacrimal. É o menor e mais frágil osso da face Articula-se com 4 ossos: etmoide, maxila, frontal e concha nasal inferior Participa da parede medial da órbita e também da parede lateral da cavidade nasal. Há nesse osso as cristas lacrimais anterior e posterior e, entre elas, encontra-se a fossa do saco lacrimal, que é onde fica alojado o saco lacrimal. A parede lateral da órbita possui a glândula lacrimal, constituída por 10-15 ductos, que se abrem no saco conjuntival, local onde as lagrimas são encaminhadas. Canalículos lacrimais superior e inferior se unem, formando uma bolsa na fossa do saco lacrimal. O conteúdo se dirige para a cavidade nasal, concha nasal inferior, meato nasal inferior, pelo ducto/canal lacrimonasal – isso explica porque o nariz escorre quando choramos → são as vias lacrimais. Para produzir as lágrimas, precisamos de nervos do SNC autônomo parassimpático, através do NERVO LACRIMAL, proveniente do nervo oftálmico. Ação do NERVO PETROSO MAIOR → ramo do nervo facial, é parassimpático, passa pelo forame lacerado e vai em direção ao canal pterigóideo (lateralmente ao hámulo pterigóideo). Se junta com o nervo petroso profundo, é simpático, sai do gânglio cervical superior, que faz parte do tronco simpático. A união desses dois nervos forma o NERVO DO CANAL PTERIGÓIDEO, que se relaciona com o nervo maxilar através do gânglio pterigopalatino, que é parassimpático e trocam então sinapse. Esse nervo caminha pela alça de comunicação entre o nervo lacrimal e o nervo zigomático, chegando finalmente na glândula lacrimal. Ou seja, há uma constituição simpática para produção das lágrimas e parassimpática para bloquear a ação das lagrimas. VÔMER: É um osso ímpar e plano. Forma a parte posterior e inferior do septo nasal Articula-se com 6 ossos: esfenoide, etmoide, maxilas (2) e ossos palatinos (2) Localiza-se acima da espinha nasal anterior Gabriele Babel | MED FURB LII Para formar a parte óssea do nariz, o vômer se junta com a lâmina perpendicular do etmoide. Há a única sutura esquindilese, entre a base do vômer e a crista no corpo do esfenoide No sulco do vômer corre a nervo, veia e artéria esfenopalatina (passam pelo forame esfenopalatino- saem da fossa pterigopalatina para ir para a cavidade nasal) e fornecem sangue para a parede septal da cavidade nasal. A continuação da artéria esfenopalatina passa pelo forame incisivo e irrigao palato. PALATINOS: É um osso par que possui a forma da letra “L” Forma a parte posterior do palato duro, parte do assoalho e a parede lateral da cavidade nasal e o assoalho da órbita (forma de triângulo) É formado por uma lâmina vertical e uma lâmina horizontal. A margem posterior livre do palato duro projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. Superiormente à margem posterior do palato há 2 grandes aberturas: coános, que são separadas pelo osso vômer Processos: ➢ Piramidal- articula com a maxila e o esfenoide ➢ Orbital- articula-se com a maxila, esfenoide e etmoide ➢ Esfenoidal- articula-se com o esfenoide PALATO DURO → 2 processos palatinos da maxila + 2 lâminas horizontais do osso palatino. É localização do ponto craniométrico estafílio (fica na base da espinha nasal anterior). MANDÍBULA: Osso ímpar e irregular Contém a arcada dentária inferior- o processo alveolar sustenta os dentes mandibulares. Gabriele Babel | MED FURB LII Consiste em uma parte horizontal (corpo) e duas partes perpendiculares (ramos), que se unem ao corpo em um ângulo quase reto. 1- ângulo da mandíbula 2- tuberosidade massetérica 3- tuberosidade pterigóidea 4-forame da mandíbula 5-língula da mandíbula 6- canal da mandíbula 7- sulco milo-hióideo 8- processo coronóide 9- incisura da mandíbula 10- processo condilar a- cabeça da mandíbula b- colo da mandíbula c- fóvea pterigóidea Pelo sulco milo-hióideo, passa o nervo milo-hióideo, proveniente do nervo alveolar inferior, ramo do nervo mandibular, este ramo do trigêmeo. Fóvea pterigóidea é local de inserção do músculo pterigóideo lateral, feixe inferior Pelo forame da mandíbula e pelo canal da mandíbula corre o nervo, artéria e veia ALVEOLAR INFERIOR, que caminham até o forame mentual, de onde surgem o NERVO MENTUAL. Ligamento esfenomandibular da ATM se prende na língula da mandíbula. Na parte interna do corpo da mandíbula, há espinhas genianas, duas superiores (insere o M. genioglosso) e duas inferiores (insere o M. geniohióideo) Músculo temporal se insere no processo coronóide: CONCHAS NASAIS INFERIORES: Ossos bilaterais Localizados na parede latero-inferior da cavidade nasal. Revestida por mucosa para aquecimento, filtragem e umidificação na passagem do ar. Articula-se com 4 ossos: palatino, maxila, lacrimal e etmoide A face medial é convexa e a lateral é côncava A borda superior apresenta 3 processos: lacrimal, etmoidal e maxilar. A borda inferior é livre e espessa. Há ainda uma saliência anterior da concha nasal para aumentar a superfície de mucosa: FRONTAIS: Osso ímpar e plano; Gabriele Babel | MED FURB LII Situado antero-superiormente para formação de parte da calota craniana; Apresenta 2 partes: • ESCAMA -é vertical. Durante o parto, o diâmetro da cabeça do feto precisa diminuir, por isso é chamada de escamosa, já que os ossos passam uns sobre os outros. • HORIZONTAL – forma os tetos das cavidades da órbita e nasal O osso frontal articula-se com o osso nasal, zigomático, maxila, esfenoide, etmoide, lacrimal. Pode acontecer de existir a sutura metópica (variação anatômica) persistente (desde a moleira) ou remanescente, na linha mediana da glabela Arcos superciliares são cristas logo acima das margem supra- orbitais e se estendem lateralmente de cada lado da glabela. Em geral, o arco superciliar é mais proeminente nos homens. Em alguns crânios, a margem supra-orbital do osso frontal pode ter um forame ou incisura supra-orbital, que é local de passagem do nervo e do vasos supra-orbitais. O túber frontal no homem é mais saliente que na mulher. Internamente, a crista frontal de continua como crista etmoidal, de onde há a lâmina cribiforme com seus forames. A interseção dos ossos frontal e nasal se dá pelo ponto craniométrico násio. Os supercílios são áreas lineares de pelos sobre a margem orbital superior. A região sem pelos entre os supercílios está a glabela. As cristas proeminentes que se estendem lateralmente de cada lado acima dos supercílios são os arcos superciliares. OLHOS: É formado por 3 túnicas: • EXTERNA/ FIBROSA: o ESCLERA: 4/5 posterior o CÓRNEA: 1/5 anterior • MÉDIA/ VASCULAR: o COROIDE- reveste a esclera internamente. Está em contato com a retina para vascularizá-la. o CORPO CILIAR – é um espessamento do coroide. É formado por M. ciliar. o ÍRIS- diafragma pigmentado, tem uma abertura, chamada de pupila. • INTERNA/ NERVOSA/ SENSITIVA: o RETINA- camada internamente ao coroide. Composta por cones (capta luz e cores) e bastonetes (capta imagens em penumbra/ na sombra/ com pouca luz) *Fóvea central da retina é uma área onde há muitos cones, por isso a pupila dilata na sombra, pra abrir o espaço e então a luz entrar em contato maior com a retina. Perto dela sai o NERVO ÓPTICO (2º par de nervo craniano). o CRISTALINO/ LENTE- entre os corpos ciliares. Dentro do cristalino também a músculo ciliar, que é circular, contrai e relaxa, como todo músculo, fazendo o cristalino ficar mais espesso ou mais delgado- isso ajuda na acomodação da visão. MÚSCULO DO OLHO ➢ M. RETO SUPERIOR- faz olhar para cima. Inervado pelo nervo oculomotor (3º par). Se fixa na esclera. ➢ M. RETO INFERIOR- faz olhar para baixo. Inervado pelo nervo oculomotor (3º par). Se fixa na esclera. ➢ M. RETO MEDIAL -faz olhar para a medial. Também é inervado pelo nervo oculomotor (3º par). ➢ M. RETO LATERAL- faz olhar para a lateral. É inervado pelo 6º par de nervo craniano NERVO ABDUCENTE- faz estrabismo divergente. ➢ M. OBLÍQUO SUPERIOR- inervado pelo NERVO TROCLEAR (4º par)- faz estrabismo convergente. ➢ M. OBLÍQUO INFERIOR- inervado pelo nervo oculomotor (3º par) A artéria oftálmica (ramo da carótida interna) faz inervação principal da órbita. A função das pálpebras é proteger o bulbo dos olhos contra lesões excessivas. Gabriele Babel | MED FURB LII PARIETAIS: Forma a maior parte da calota craniana É um osso bilateral e plano A linha temporal divide-se em superior (fixação da fáscia do M. temporal) e inferior (fixação do M. temporal) É da crista infratemporal que sai o feixe profundo do M. temporal. Faces: • Externa: convexa, lisa e lateral. • Interna: côncava medial e apresenta sulcos dos ramos da artéria meníngea média Ângulos: • Frontal • Esfenoidal- é a região mais delgada do crânio • Mastóideo • occipital Bordas: • Superior (sagital ou parietal) • Anterior (frontal ou coronal) • Posterior (occipital ou lambdoide) • Inferior (escamosa ou temporal) Há os forames parietais, localizados perto da sutura sagital. Possui os pontos craniométricos: • Bregma- junção da sutura coronal e parietal • Vértex- ponto mais alto da calvária, fica perto do ponto médio da sutura sagital. TEMPORAIS: Osso par e irregular. É também um osso pneumático (junto com o osso frontal, maxilar, etmoide e esfenoide), dentro do processo mastóideo, chamado de ANTRO MASTÓIDEO, é formado por células mastoideas. Divide-se em 5 partes: • Escamosa -processo zigomático -fossa mandibular- local da ATM -tubérculo articular- é onde fica preso o ligamento temporomandibular lateral • Timpânica -poro acústico externo • Petrosa- separa a fossa craniana média e posterior. -fossa jugular (aloja o bulbo da V. jugular interna, nervo glossofaríngeo, nervo vago e nervo acessório, ou seja, nervos 9,10 e 11) -forame estilomastóideo- passa o NERVO FACIAL (7º par) e A. estilomastóidea. -canal carótico (passa A. carótida interna e o plexo nervoso carótico) -poro acústico interno (passa o nervo facial, nervo vestibulococlear e o ramo auditivo interno da artéria basilar) • Estilóidea -processo estiloide• Mastóidea -processo mastoide Músculos e ligamentos que vão para o ângulo da mandíbula: ➢ Estiloglosso ➢ Estilohióide ➢ Estilofaríngeo ➢ Ligamento estilohióideo ➢ Ligamento estilomandibular M. esternocleideomastoideo se fixa no processo mastóide. Na parte anterior da fossa temporal há o ponto craniométrico ptério. Ele é indicado pelas suturas que unem o frontal, parietal, esfenoide. ORELHAS: é dividida em externa, média e interna. As partes externa e média estão relacionadas principalmente com a transferência de som para a orelha interna. A membrana timpânica separa a orelha externa da orelha média; Ela é uma divisória entre o meato acústico externo e a cavidade timpânica da orelha média. Gabriele Babel | MED FURB LII Orelha externa → Estruturas do pavilhão auricular + Meato acústico externo O meato acústico externo é o canal que conduz o som até a membrana timpânica. A membrana timpânica transforma onda sonora aérea em onda mecânica que, na orelha média, é circundada por ossos. Orelha média → é a CAVIDADE TIMPÂNICA. Onda aérea → onda mecânica É composta pela tuba auditiva- une a cavidade timpânica à parte nasal da faringe. Sua função é igualar a pressão na orelha média à pressão atmosférica Fica na parte petrosa do temporal. É composta pelo martelo, bigorna e estribo, que são unidos por articulações sinoviais. Quando a borda do estribo vibra por conta das ondas, elas são passadas para a janela oval. Orelha interna → é o LABIRINTO. Formada pelo órgão vestibulococlear Onda mecânica → onda líquida Nele há líquido, chamado de PERILINFA. A vibração da perilinfa transforma a onda sonora mecânica em onda sonora líquida. A perilinfa também pode vibrar pela janela redonda, que capta vibrações da cabeça. O labirinto ósseo é formado pelo osso temporal, onde é encontrado o VESTÍBULO, que é o local de onde sai a CÓCLEA (espiral óssea que dá 2 voltas e meia) e os CANAIS SEMICIRCULARES. O labirinto membranáceo é composto por: • Sáculo- dilatação inferior • Utrículo- dilatação superior. • Ductos semicirculares • Ducto coclear A ENDOLINFA é líquido que banha o labirinto membranáceo. Há estereocílios, responsáveis por movimentação e posterior vibração em um impulso nervoso. Dentro da cóclea há o ducto coclear. Os ductos semicirculares correm no canal semicircular. Há a formação do NERVO VESTIBULOCOCLEAR (8º par), a partir de um ramo vestibular (vem do utrículo) e um ramo coclear (vem diretamente da cóclea). Esse nervo passará pelo meato acústico interno, junto com o nervo facial. OCCIPITAL: É um osso ímpar e plano Responsável pela formação da parede posterior da calota craniana Possui o ponto craniométrico occipúcio. Na protuberância occipital externa fica o ponto craniométrico ínio. O ponto craniométrico lambda indica a junção das suturas parietal e lambóidea. É perfurado por uma abertura grande e oval (forame magno/occipital), através da qual a cavidade craniana comunica- se com o canal vertebral. Apresenta 4 partes: ➢ Escamosa: lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame occipital Externamente: o Protuberância occipital externa o Crista occipital externa (entre o ápice do osso e o forame magno) o Linha nucal suprema- local de inserção da gálea aponeurótica o Linha nucal superior o Linha nucal inferior Internamente o Eminência cruciforme (divide a face interna em quatro fossas) o Protuberância occipital interna o Crista occipital interna o Sulco do seio transverso o Fossas cerebral posterior (encaixe do cerebelo) Gabriele Babel | MED FURB LII ➢ Basilar: anterior ao forame occipital ➢ Laterais: são laterais ao forame occipital ESFENOIDE: Osso irregular, ímpar e situado na base do crânio. Fica entre o osso frontal, temporal e occipital. Partes: • Corpo (1) Face superior: ▪ Sela turca (aloja a hipófise na fossa hipofisária) ▪ Tubérculo da sela- limita a sela turca anteriormente ▪ Dorso da sela- limita a sela turca posteriormente ▪ Sulco pré-quiasmático: é um local onde ocorre cruzamento (X) de tecido nervoso. No canal óptico passa a artéria oftálmica e o nervo óptico- porém do olho direito vêm informações do lado esquerdo e vice-versa. A área de encontra desses nervos é chamada de quiasma óptico. Face anterior: ▪ Seio esfenoidal Face lateral: ▪ Sulco carótico (sulco em forma de S)- há curvaturas (SIFÃO CAROTÍDEO) da artéria vertebral e da artéria carótida, justamente para diminuir a velocidade do fluxo de sangue, já que a distância da cabeça e do coração é pequena, a pressão seria muito grande se não houvesse as curvaturas. ▪ Língula (crista óssea no ângulo entre o corpo - medialmente- e a asa maior -lateralmente-) • Asas menores (2)- há fixação da dura-máter e de seus seios (recebem sangue venoso do encéfalo) ▪ Canal óptico (passagem do nervo óptico e da artéria oftálmica) ▪ Processo clinóide anterior • Asas maiores (2) -face cerebral -face temporal -face infratemporal -face temporal ▪ Forame redondo- nervo maxilar. ▪ Forame oval- nervo mandibular e A. meníngea acessória. ▪ Forame espinhoso- vasos meníngeos médios e ramo meníngeo do nervo mandibular. ▪ Espinha do esfenoide • Processo pterigoideos (2) ▪ Lâmina pterigóidea medial ▪ Lâmina pterigóidea lateral o M. pterigóideo lateral- na face lateral. o M. pterigóideo medial – na face medial ▪ Fossa pterigóidea ▪ Fossa escafóidea- fixação do M. tensor do véu palatino. ▪ Incisura pterigóidea- entre as duas lâminas. É um espaço virtual, onde fica o forame piramidal. O CLIVO é um declive da sela turca. Nessa região repousa a ponte do tronco encefálico. Processos clinóideos anterior, médio e posterior fazem fixação de meninge! ETMOIDE: Osso leve, esponjoso, irregular e ímpar Situa-se na parte anterior do crânio. Pode ser visto na órbita, fossa anterior do crânio e na cavidade nasal. Possui as conchas nasais superiores e médias e forma parte do septo nasal. Lâmina horizontal (crivosa): ▪ Crista etmoidal (Galli) ETMOIDE Gabriele Babel | MED FURB LII ▪ Lâmina cribiforme- pode receber o nervo olfatório na cavidade nasal para formar cheiro ▪ Forames olfatórios Lâmina perpendicular ▪ É uma lâmina achatada que faz parte do septo nasal Massas laterais (labirintos): ▪ Concha nasal superior ▪ Concha nasal média Seio etmoidal: ▪ Células etmoidais anteriores ▪ Células etmoidais médias ▪ Células etmoidais posteriores FOSSA CRANIANA ANTERIOR É ocupada pelas partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo. Formada pelo osso frontal anteriormente, etmoide no meio e corpo e asas menores do esfenoide posteriormente. A crista frontal é uma extensão óssea mediana do frontal. Em sua base está o forame cego. A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmoide. De cada lado dessa crista há a lâmina cribiforme do osso etmoide, semelhante a uma peneira. Seus forames dão passagem aos nervos olfatórios. FOSSA CRANIANA MÉDIA Tem uma parte central, formada pela sela turca. A fossa craniana média situa-se posteroinferiormente à fossa craniana anterior do crânio O limite entre a fossa média e posterior do crânio é a margem superior da parte petrosa do temporal. A sela turca é a formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos processos clinóides anteriores e posteriores. Clinóide significa “pé de cama”, e os quatro processos (dois anteriores e dois posteriores) circundam a fossa hipofisária, o “leito” da hipófise, como os quatro pés de uma cama. Tubérculo da sela → forma o limite posteriordo sulco pré- quiasmático e limite anterior da sela turca. Fossa hipofisária → depressão mediana no corpo do esfenoide que aloja a glândula hipófise. Dorso da sela → forma o limite posterior da sela turca e seus ângulos súperolaterais proeminentes formam os processos clinóides posteriores. “Meia-lua” de forames: • Fissura orbital superior • Forame redondo • Forame oval • Forame espinhoso Gabriele Babel | MED FURB LII FOSSA CRANIANA POSTERIOR Aloja o cerebelo, ponte e bulbo; A partir do dorso da sela, há uma inclinação acentuada, o clivo, que leva ao forame magno. Posteriormente ao forame magno, a fossa posterior do crânio é parcialmente dividida pela crista occipital interna e pelas fossas cerebelares lateralmente. A crista occipital interna termina na protuberância occipital interna, que é formada pela confluência dos sulcos dos seios transversos ÓRBITA Ossos que formam a órbita: • Frontal • Zigomático • Maxila • Lacrimal • Etmoide • Esfenoide • Palatino INERVAÇÃO Há 12 pares de nervos cranianos, ditos em números romanos: I- olfatório II- óptico III- oculomotor IV- troclear V- trigêmeo VI- ascendente VII- facial VIII-vestibulococlear IX- glossofaríngeo X- vago XI- acessório XII- hipoglosso NERVO TRIGÊMEO (V) → é responsável pela inervação cutânea (sensitiva) da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo, além de nervo motor dos músculos da mastigação. “Origina-se entre a ponte e o pedúnculo cerebral médio, passa pela parte superior da parte petrosa do temporal” Origina-se na face lateral da ponte do mesencéfalo por meio de duas raízes: raíz motora e raíz sensitiva. A raíz sensitiva consiste em processos centrais de neurônios pseudounipolares localizados no gânglio trigeminal, este contornado pela raíz motora, formada por axônios neuronais multipolares A partir do gânglio trigeminal, divide-se em 3 ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. O nervo oftálmico e o maxilar são apenas sensitivos, ou seja, só recebe fibras da raíz sensitiva do trigêmeo. O nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas recebe fibras da raíz motora do trigêmeo, que supre os músculos da mastigação. • Nervo oftálmico (NC V1) –é a divisão superior do trigêmeo e é a menor das 3 divisões. Ao entrar na órbita através da fissura orbital superior, entre a asa maior e menor do esfenoide, trifurca-se em: ➢ Nervo nasociliar: é o ramo intermédio do nervo oftálmico. Envia ramos para o bulbo e divide-se na órbita em: o Infra-troclear- ramo terminal o Etmoidal anterior o Etmoidal posterior ➢ Nervo lacrimal – é o menor ramo da trifurcação. Há uma comunicação/alça nervosa entre o nervo zigomático e o nervo lacrimal ➢ Nervo frontal: é o maior ramo. Segue ao longo do teto da órbita em direção à abertura da órbita, bifurcando-se no meio do caminha para formar os nervos cutâneos/ sensitivos: o Nervo supra-orbital o Nervo supra-troclear • Nervo maxilar (NC V2) – é a divisão intermediária do nervo trigêmeo. Segue anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame redondo, na base da asa maior do esfenoide. Esse nervo entra na fossa pterigopalatina, onde emite ramos para o gânglio pterigopalatino e entra na órbita pela fissura orbital inferior. ➢ Nervo infra-orbital: passa pelo forame infra- orbital. É a continuação do nervo maxilar. ➢ Nervo esfenopalatino – passa pelo forame esfenopalatino para se direcionar pela cavidade nasal, até chegar no forame incisivo, onde vira o nervo nasopalatino Nervo trigêmeo → nervo maxilar → nervo esfenopalatino → nervo nasopalatino ➢ Nervo zigomático – sai da fissura orbital inferior e segue pela parede lateral da órbita, dando origem aos nervos: o Nervo zigomáticofacial- passa pelo forame zigomáticofacial Gabriele Babel | MED FURB LII o Nervo zigomáticotemporal- passa pelo forame zigomáticotemporal • Nervo mandibular (NC V3) – é a divisão maior e inferior do nervo trigêmeo. Passa pelo forame oval. Supre os músculos da mastigação. ➢ Nervo auriculotemporal- segue profundamente à glândula parótida em seu trajeto até a pele ➢ Nervo alveolar inferior o Nervo milo-hióideo- inerva o ventre anterior do digástrico o Nervo mentual ➢ Nervo lingual ➢ Nervo bucal NERVO FACIAL (VII)- Existe entre a ponte e o bulbo o sulco bulbopontino, de onde surgem os pares de nervos cranianos 6 (abducente), 7 (facial) e 8 (vestibulococlear). Nervo abducente faz inervação do M. reto-lateral do olho Nervos facial e vestibulococlear penetram no osso temporal pelo meato acústico interno. Esse meato se separa num canal que faz uma curva para a posterior e para a inferior, que seria uma continuação do meato. Uma parte do canal vai para a orelha interna, de onde vai o nervo vestibulococlear. O nervo facial vai correr por dentro do canal do nervo facial e vai passar pelo forame estilomastóideo e vai se penetrar entre os dois lobos da glândula parótida. Dentro da parótida se divide em 2 troncos, formando o plexo intraparotídeo. TRONCO TEMPOROFACIAL: • R. temporal • R. zigomático • R. bucal superior TRONCO CERVICOFACIAL: • Bucal inferior • Marginal da mandíbula • Cervical -vai para o platisma Outros ramos: • Nervo auricular posterior • Ramo posterior para o M. estilo-hióideo • Ramo para o ventre posterior do M. digástrico (o ventre anterior é inervado pelo nervo milo-hióideo.) Na dobra do canal do nervo facial (joelho externo do facial), há o gânglio do facial ou GANGLIO JENICULADO, que tem corpos dos neurônios sensitivos pseudounipolares. Desse gânglio surge um ramo: nervo petroso maior, que passa no sulco do nervo petroso maior e chega no forame lacerado, é parassimpático. Esse nervo se junta com o nervo petroso profundo, que é simpático e vai para víscera. Quando se unem, passam pelo canal pterigóideo, como NERVO DO CANAL PTERIGÓIDE. Esse canal comunica a fossa infratemporal com a fossa pterigopalatina (passa o nervo maxilar). Esse nervo vai trocar sinapse, pelo gânglio pterigopalatino. Desse gânglio sai ramo que passa pelo forame esfenopalatino e pega carona com os ramos do nervo maxilar para inervar glândulas Tem ramo que pega carona com o nervo zigomático e se conecta com o nervo lacrimal para inervar a glândula lacrimal- há uma alça de comunicação entre o lacrimal e o zigomático. Do canal do facial sai o NERVO CORDA DO TÍMPANO (vai para orelha média) que vai pra uma fenda no alto da fossa mandibular, que é a FISSURA PETROTIMPÂNICA, passando na região infratemporal. Nervo mandibular passa pelo forame oval, onde emite o nervo auriculotemporal, nervo alveolar inferior e nervo lingual. Nervo corda do tímpano desce e pega carona com o nervo lingual. Quando o nervo lingual passa pelo assoalho de boca, surge o GÂNGLIO SUBMANDIBULAR, que é parassimpático. Troca sinapse no gânglio e volta para o nervo lingual. INERVAÇÃO DE LÍNGUA: Para sensibilidade geral (gustação): • 2/3 anteriores é pelo nervo facial via nervo corda do tímpano, capta sensibilidade gustativa. • 1/3 posterior é o 9º (glossofaríngeo) • Na epiglote é o vago- 10º (vago) Para inervação geral: • 2/3 anteriores é pelo nervo trigêmeo (5º par) • 1/3 posterior é pelo nervo glossofaríngeo (9º par) Para motricidade: NERVO HIPOGLOSSO (12º) VASCULARIZAÇÃO ARTÉRIAS A artéria carótida comum passa profundamente ao M. esternocleideomastoideo. Junto a ela, caminha a veia jugular interna e o nervo vago, pela fáscia profunda do pescoço, também chamada de BAINHA CAROTÍDEA. Gabriele Babel | MED FURB LII Até o nível da C4 é artéria carótida comum, correndo entre a cartilagem tireóidea e o osso hióide. Depois disso se divide em interna e externa: ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA → caminhaposteriormente. Possui o seio carotídeo e o corpo carotídeo. Tem relação com o nervo glossofaríngeo (IX par de nervo craniano), já que esse nervo leva informações de pressão arterial até o seio carotídeo. Essa artéria segue até o canal carótico, ao lado do osso esfenoide, onde faz o sifão carotídeo (curva em S), que é envolvido pela dura-máter e seus seios; mais especificamente, é envolvido pelo seio cavernoso. Apenas quando passa pelo canal carótico a artéria carótida interna sofre ramificações. ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA → surge a nível da C4, entre a tireóide e o osso hióide. Forma a maioria das artérias superficiais da face. RAMOS COLATERAIS ANTERIORES (3): -A. tireóidea superior -A. lingual- caminha até a região de assoalho de boca, entre o músculo genioglosso e hioglosso -A. facial- é a principal responsável pelo suprimento arterial da face. É dividida pela glândula submandibular o Parte facial da artéria facial: quando cruza anteriormente o músculo masseter. Ramos: → A. labial inferior → A. labial superior. → A. angular (nível da asa do nariz) o Parte cervical da artéria facial: em direção à glândula submandibular → A. palatina ascendente → A. tonsilar → A. submentual (por baixo do músculo milo-hióideo) POSTERIORES (2): A. occipital (caminha no sulco da artéria occipital) e A. auricular posterior. MEDIAL (1): A. faríngea ascendente RAMOS TERMINAIS Artéria temporal superficial- é o menor ramo terminal da artéria carótida externa. Emite vários ramos colaterais (artérias facial transversa, zigomático orbital, temporal média). Depois divide-se em ramo frontal e ramo parietal. Junto com a artéria temporal superficial corre a veia temporal superficial e o nervo aurículo temporal. Artéria maxilar – caminha dentro da glândula parótida até o colo da mandíbula e caminha anteriormente. Vai em direção à fossa pterigopalatina. É dividida em 4 partes: 1. Parte mandibular – surge a artéria auricular profunda (meato acústico externo), artéria timpânica anterior (vai pra cavidade timpânica) e outra que vai para o forame espinhoso, que é a artéria meníngea média. (irriga dura- máter), e o último ramo é a artéria alveolar inferior, vai pro interior da mandibula e dá origem a artéria mentual 2. Parte muscular-saem dessa parte artérias que irrigam músculos. Artéria temporal profunda posterior e anterior, pterigoidea medial e lateral, bucal e massetérica. 3. Parte maxilar- está na área do túber da maxila. Sai a artéria alveolar superior posterior (penetra no corpo da maxila e chega até os alvéolos, que chegam nos dentes) e outra artéria que passa na fissura orbital superior, junto com o nervo infra-orbital, a artéria infra-orbital. 4. Parte pterigopalatina: são ramos terminais: artéria palatina descendente, e se divide em dois, dando origem a artéria palatina maior e artéria palatina menor passam. Tem uma artéria que passa no forame esfenopalatino, que é a artéria esfenopalatina e vai para a cavidade nasal. SEIO CAVERNOSO → transporta sangue venoso do encéfalo e conduz esse sangue até o forame jugular, onde inicia-se a veia jugular. Canal carótico Gabriele Babel | MED FURB LII VEIAS VEIA FACIAL → é uma veia avalvular, segue com a artéria facial. Suas tributárias incluem a veia facial profunda. Inferiormente à mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior da veia Retromandibular A veia facial drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna. Veia Retromandibular → junção da veia temporal superficial e veia maxilar. Divide-se em ramo anterior e ramo posterior, quando emerge do polo inferior do glândula parótida. O ramo posterior se une a veia auricular posterior para formar a veia jugular externa, que passa superficialmente ao M. esternocleideomastoideo. DRENAGEM LINFÁTICA O couro cabeludo não possui linfonodos e, com exceção das regiões parotideomastóidea e da bochecha, a face não tem linfonodos. A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drenam para o ANEL SUPERFICIAL DE LINFONODOS, localizado na junção da cabeça com o pescoço e inclui as cadeias submentual, submandibular, parotídea, mastóidea e occipital. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias e os vasos linfáticos profundos acompanham as artérias. Todos os vasos linfáticos da cabeça e pescoço drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos, localizados ao longa da veia jugular interna. A linfa desses linfonodos seguem até o tronco jugular linfático, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à veia jugular interna ou veia braquiocefálica no lado direito. OSSOS DO ESQUELETO CERVICAL OSSO HIÓIDE: É um osso sesamoide (assim como a patela), ou seja, se encontra no meio de tendões de músculos; É importante para a fala, mastigação e deglutição. VÉRTEBRAS CERVICAIS: Vértebras típicas: C3-C6; Não há forame do processo transversário em C7 → há o forame do processo transversário apenas a partir de C6, que é onde passa a artéria vertebral. Os nervos espinais passam pelo forame intervertebral; Articulações zigoapofisárias das vértebras cervicais estão no plano horizontal. A maioria dos processos espinhosos são bífidos (C7 é exceção) 1-Face intervertebral 2-Epífise anular do corpo da vértebra 3-Unco do corpo vertebral 4-Forame vertebral 5- Lâmina do arco vertebral 6- Pedículo do arco vertebral 7- Incisura vertebral superior 9- Processo espinhoso 10- Tubérculo anterior do processo transverso 11- Tubérculo posterior do processo transverso 12-Sulco do nervo espinal 13- Forame transversário ATLAS: Face articular superior tem formato elíptico e se articula com o côndilo do occipital. Ligamentos que unem os processos espinhosos → interespinhais e supraespinhais. O ligamento nucal é uma lâmina fibrosa originada da continuação do ligamento supraespinhal Gabriele Babel | MED FURB LII 1- Face articular superior 2- Face articular inferior 3- Arco anterior do atlas 4- tubérculo anterior do atlas 5- Fóvea do dente 6- Impressão do ligamento transverso do atlas 7- Arco posterior do atlas 8- Tubérculo posterior do atlas 9- Sulco da artéria vertebral → pode formar o canal da artéria vertebral AXIS: 1- Ápice do dente 2- Face articular anterior → se articula com a fóvea do dente do atlas 3- Face articular posterior 4- Impressão dos ligamentos alares MÚSCULOS ➢ M. occipitofrontal: é digástrico. Seus ventres frontal e occipital possuem uma aponeurose em comum: aponeurose epicrânica. ➢ M. orbicular da boca: é o primeiro músculo da série de esfíncteres do sistema digestório. Circunda a boca no lábios, controlando a entrada e a saída através da rima da boca. É um importante musculo para a fala. ➢ M. bucinador: se fixa lateralmente aos processos alveolares da maxila e da mandíbula. Este músculo ocupa um plano mais profundo e mais medial que os outros músculos da face. Passa profundamente à mandíbula, de modo que está mais perto da túnica mucosa da boca do que da pele da face. Na parte anterior, as fibras do músculo bucinador se juntam as fibras do musculo orbicular da boca ➢ M. platisma: lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço. ➢ M. orbicular da boca: suas fibras formam círculos concêntricos em torno da margem orbital e das pálpebras. Possui parte orbital e parte palpebral. TOPOGRAFIA DE CABEÇA A cabeça é o segmento mais alto da porção axial do corpo. Possui órgãos essenciais à vida, como o encéfalo. Há órgãos contidos em segmentos pequenos e muito próximos e, por isso, um processo patológico de um órgão poderá repercutir em outro. Seio cavernoso envolve a carótida interna. Funções: protege o encéfalo, serve de receptáculo paraórgãos sensoriais, possui aberturas para a passagem do ar e do alimento. Apresenta estruturas necessárias para a mastigação (principalmente mecânica). Gabriele Babel | MED FURB LII Posição de cabeça: na posição anatômica, a cabeça não está em equilíbrio (em viagens longas, por exemplo, a cabeça tende a cair pra anterior). Mantêm-se estável graças à contração da musculatura extensora. Plano para a posição da cabeça no espaço: a) órbito-meático (horizontal de Frankfurt) -margem inferior da órbita (ponto infraorbital) -margem superior do meato acústico externo (ponto pório) LIMITE QUE SEPARA A REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO: a) linha que segue pela margem inferior do corpo da mandíbula; b) prolonga-se horizontalmente para trás até atingir a borda ventral do M. esternocleidomastóideo; c) acompanha essa margem até o processo mastóideo e segue pela linha nucal superior; LIMITE SUPERFICIAL ENTRE O CRÂNIO E A FACE: Linha, que parte da raiz do nariz, segue a margem supra-orbital, acompanha o arco zigomático, desce pela base de implantação do tragus e chega ao ápice do processo mastóideo. SUBDIVISÃO DO NEUROCRÂNIO TOPOGRAFIA DA REGIÃO NASAL: área em forma de pirâmide, que compreende ao nariz externo ➢ Pele: é fina, exceto na região occipital; contém muitas glândulas sudoríferas e sebáceas, além de folículos pilosos. A irrigação arterial é abundante e há boa drenagem venosa e linfática. ➢ Tela subcutânea: tem diferentes espessuras. Há a fáscia profunda que envolve a musculatura da mastigação Gabriele Babel | MED FURB LII principalmente (músculos da mímica não tem fáscia profunda, pois se inserem na própria pele), ou seja, na face não há fáscia profunda. ➢ Vasos: -Ramo nasal lateral (vem da artéria facial) -A. dorsal do nariz -A. angular (continuação da artéria facial) -A infra-orbital (ramo da artéria maxilar) -Vv. Nasais externas ➢ Nervos: -Ramos bucais (motores do N. facial) -N. infra-orbital (exclusivamente sensitivo) -N. supra-troclear (vem do N. frontal, que é ramo do nervo oftálmico, ramo do trigêmeo). -N. infratroclear (ramo do N. nasociliar, que é ramo do nervo oftálmico) -Ramo nasal externo do N. etmoidal anterior *TRÓCLEA é uma polia fibrosa onde o M. oblíquo superior do olho faz sua curva, para se inserir na esclera. Há o plexo cervical na região anterior do pescoço. A região posterior do pescoço é inervada pelos ramos dorsais dos nervos espinais. ➢ Músculos: -M. nasal -M. levantador do lábio superior e da asa do nariz -M. prócero ➢ Ossos e cartilagens: -Nasais -Processos frontais da maxila -cartilagens nasais (laterais, alares e do septo)- correspondem a 2/3 anteriores. CAVIDADE NASAL: Estruturas importantes: • Vestíbulo do nariz • Limiar do nariz (para baixo é o vestíbulo e para cima é mucosa do nariz) • Conchas nasais (na superior fica a região olfatória e a média e inferior compreende a região respiratória.) • Meatos nasais (no médio há a bolha etmoidal e o hiato semilunar, no inferior há o óstio do ducto lacrimonasal) A parte mais anterior do hiato semilunar é o infundíbulo etmoidal, que corresponde a região de drenagem do seio frontal. No meato médio há pequenas aberturas para as células etmoidais anteriores e médias. Superoposteriormente à concha nasal superior, há o recesso esfenoetmoidal- é a área de abertura do seio esfenoidal, faz drenagem. ➢ Nervos: -Nervos olfatórios -Nervo nasopalatino (septo nasal, ramo do N. maxilar-passa pelo forame esfenopalatino) -N. etmoidal anterior (parte anterior do septo nasal) -Ramos nasais do nervo maxilar, N. palatino maior e N. etmoidal anterior ➢ Vasos: -A. esfenopalatina (passa pelo forame esfenopalatino) -A. palatina maior Gabriele Babel | MED FURB LII -Aa. Etmoidais anteriores e posteriores (ramo da artéria oftálmica, que é ramo da artéria carótida interna). -V. esfenopalatina (plexo pterigóideo) -Tributárias das Vv. Facial e infra-orbitária -Tributárias das Vv. Oftálmicas. REGIÃO LABIAL: ➢ VASOS: -Artérias labiais superior e inferior (ramo da artéria facial) -Tributárias das veias faciais e submentuais *A vascularização e as glândulas labiais passam na submucosa. ➢ NERVOS: -Ramos bucais superior e inferior (ramo do N. facial- são motores) -Ramo marginal da mandíbula (ramo do N. facial- é motor) -Ramos terminais do infra-orbital (sensitivo) -N. mentual (ramo do N. alveolar inferior- é sensitivo)- inerva o M. orbicular da boca, glândulas labiais e mucosa labial. CAVIDADE ORAL: Divisão: - Vestíbulo da boca - Cavidade própria da boca (do vestíbulo até o istmo das fauces) Limites: • Anterior: lábios • Lateral: região da bochecha • Superior: região palatina • Inferior: região sublingual. O músculo milo-hióideo separa, acima dele é a cavidade oral e abaixo dele é região de pescoço. • Posterior: istmo das fauces REGIÃO PALATINA: a) palato duro b) palato mole VASOS: • A. palatina maior – vai pra palato duro • A. palatina menor (- vai pra palato mole, ambas são ramos da A. palatina descendente) • A. palatina ascendente (parte cervical da A. facial) • Tributárias para o plexo pterigóideo, Vv. da mucosa nasal, língua e da tonsila palatina. NERVOS: • N. palatino maior e menor (ramos do N. maxilar) • N. nasopalatino • N. vago (é motor para o M. da úvula e para o M. levantador do véu palatino) • N. trigêmeo (é motor para o M. tensor do véu palatino) REGIÃO SUBLINGUAL: Limites: • Antero-lateral: corpo da mandíbula • Póstero-medial: Mm. genioglosso, hioglosso e gênio- hióideo • Superior: Mucosa do assoalho da boca • Inferior: M. milo-hióideo. Gabriele Babel | MED FURB LII Mm. genioglosso sai das espinhas genianas superiores do corpo da mandíbula e se abre em leque abaixo da língua. Parte anterior do M. hioglosso é chamado de “condroglosso” M. gênio-hióideo sai das espinhas genianas inferiores CONTEÚDO: a) Glândula sublingual b) Prolongamento anterior da glândula submandibular (boa parte da glândula submandibular fica abaixo do M. milo-hióideo, perto do ângulo da mandíbula) c) Ducto submandibular- vai em direção à carúncula sublingual. Vasos: -A. sublingual – profundamente ao M. hioglosso -V. acompanhante do nervo hipoglosso (“V. ranina”) Nervos: -N. lingual- passa lateralmente ao M. estiloglosso (faz inervação de 2/3 anteriores da língua) -N. hipoglosso (12º par)- acompanha a veia ranina. É o principal nervo motor pra musculatura de língua. REGIÕES INFRA-ORBITAL, ZIGOMÁTICA E DA BOCHECHA Limites: • Anterior: nariz externo, sulcos nasolabial e labiomarginal • Posterior: margem anterior do M. masseter • Superior: margem infra-orbital • Inferior: base na mandíbula Camada muscular superficial: • M. orbicular do olho • M. levantador do lábio superior e da asa do nariz • M. levantador do lábio superior • M. zigomático menor • M. zigomático maior • M. risório • M. levantador do ângulo da boca • M. platisma Camada muscular profunda: • M. bucinador- é perfurado pelo ducto parotídeo. Osso: • Osso zigomático • Corpo da maxila e processo alveolar • Corpo da mandíbula e parte alveolar M. zigomático menor + M. levantador do lábio superior + M. levantador do lábio superior e da asa do nariz = MÚSCULO QUADRADO DO LABIO SUPERIOR. Gabriele Babel | MED FURB LII Vasos: • A. lacrimal (ramo da oftálmica, que é ramo da carótida interna) • A facial transversa (ramo da A. temporal superficial) • A. infra-orbital (da A. maxilar) • Ramos das artérias facial, bucal e alveolar superior posterior • Tributárias das veias faciais, temporal superficial e plexo pterigóideo Nervos: • Ramos zigomáticos (motores- N. facial) • Ramos bucais (motores-N. facial) • Ramos terminais do infra-orbital (sensitivo) • N. bucal (sensitivo- N. mandibular) • N. zigomáticofacial (sensitivo) REGIÃO PAROTIDEOMASSETÉRICA A glândula parótida e o M. masseter são envolvidos por uma fáscia comum, por isso são envolvidos na mesma região. Limites: • Anterior: margem anterior do M. masseter • Posterior: processo mastóide e margem anterior do M. esternocleideomastoideo • Superior: arco zigomático até o poro acústico externo. • Inferior: plano que tangencia a base da mandíbula • Medial: processo estilóide e parede lateral da faringe. Camada muscular superficial: (ambos se prendem na mandíbula) • M. zigomático maior • M. platisma Fáscia parotídeomasseterica da origem ao M. risório, no qual as fibras vão em direção ao ângulo da boca; Glândula parótida tem lóbulo superficial e um lóbulo profundo e, entre os lobos, há várias estruturas passando, como o nervo facial + artéria carótida externa (vai até a altura do colo do côndilo) + artéria auriculotemporal + veia retromandibular + nervo auriculotemporal (ramo posterior do trigêmeo, é sensitivo, sobe junto com os vasos temporais superficiais). Pode haver a glândula parótida acessória, que tem relação com o ducto parotídeo (atravessa superficialmente o masseter e se aprofunda perfurando o corpo adiposo da bochecha) e então esse ducto se abre na área do vestíbulo da boca pela papila do ducto parotídeo. VASOS: • A. carótida externa • A. auricular posterior • A. temporal superficial • A. facial transversa • A. zigomático-orbital • V. retromandibular • V. maxilar • V. temporal superficial LINFONODOS: • Parotídeos superficiais- por cima da glândula parótida • Parotídeos profundos- profundamente, dentro da massa da parótida. Veia maxilar + veia temporal superficial = veia retromandibular. Esta se divide em anterior (se une com a veia facial, formando a veia facial comum, que é tributária da V. jugular interna) e posterior (se une a auricular posterior para formar a V. jugular externa). NERVOS: • Ramos terminais do nervo facial – são todos motores, para os músculos de mímica. • Nervo auricular posterior -é motor e sensitivo, ramo do N. facial • Nervo auricular magno- é sensitivo • Ramo estilo-hióideo (motor- ramo do nervo facial) • Ramo digástrico – (motor- ramo do nervo facial) • N. auriculotemporal – (sensitivo- ramo do N. trigêmeo- sobe junto com a veia e artéria temporal superficial) REGIÃO TEMPORAL LIMITES: • Anterior: face temporal do osso zigomático • Posterior: crista supramastóidea • Superior: linha temporal superior. • Inferior: plano horizontal que atravessa o arco zigomático • Medial: ossos frontal, esfenoide, parietal e temporal • Lateral: pele Linha temporal superior dá fixação para a fáscia temporal Linha temporal inferior- fixação do feixe superficial do M. temporal VASOS: • A. temporal superficial • V. temporal superficial • Aa. Temporais profundas anterior e posterior (ramos da parte muscular da artéria maxilar). • A. temporal média As veias que drenam a região temporal chegam no plexo pterigóideo (envolve a artéria maxilar). Gabriele Babel | MED FURB LII NERVOS: • N. auriculotemporal • Ramos terminais do N. facial • Nervos temporais profundos anterior e posterior Artéria temporal média é ramo da artéria temporal superficial e corre em posição intermediária entre a artéria temporal superficial e profunda. Veia temporal superficial se ramifica em ramo frontal e parietal. Espaço temporal- tem tecido aureolar profundo. Feixe superficial do temporal: sai da face medial fossa do temporal, se prende na medial do processo coronóide. Feixe profundo do temporal: sai do tubérculo esfenoidal, se prende na crista temporal do processo coronóide. REGIÃO INFRATEMPORAL Limites: • Anterior: túber da maxila • Posterior: glândula parótida • Superior: face infratemporal da asa maior do esfenoide • Inferior: plano inferior que tangencia a base da mandíbula • Medial: processo pterigóide e Mm. constritores superior e médio da faringe • Lateral: face interna do ramo da mandíbula. Essa região é dividida em planos, tomando como referência o M. pterigóideo lateral. ➢ PLANO SUPERFICIAL: lateralmente ao M. pterigóideo lateral o Superior o inferior ➢ PLANO PROFUNDO: medialmente ao M. pterigóideo medial. o Superior o Inferior PLANO SUPERFICIAL SUPERIOR: • M. pterigóideo medial • M. pterigóideo lateral • A. meníngea média • Aa. Temporais profundas • A. alveolar superior posterior • A. infra-orbital • A. alveolar inferior • A. massetérica • A. bucal • Plexo venoso pterigóideo • Linfonodos profundos superiores • N. massetérico • Nn. Temporais profundos • N. bucal PLANO SUPERFICIAL INFERIOR: • Artéria alveolar inferior Plexo pterigóideo Gabriele Babel | MED FURB LII • A. milo-hióidea • A. lingual • N. alveolar inferior • N. lingual • N. bucal PLANO PROFUNDO SUPERIOR: • A. maxilar • N. auriculotemporal • N. alveolar inferior • N. lingual • N. bucal • N. corda do tímpano • Gânglio ótico Nervo alveolar inferior surge do plano profundo superior, para depois correr pelo plano superficial inferior. O mesmo ocorre com o N. bucal e N. lingual. PLANO PROFUNDO INFERIOR: • Mm. da faringe Inervação da glândula parótida: Nervo glossofaríngeo (9º par) e N. petroso menor. FOSSA PTERIGOPALATINA Tem forma de pirâmide invertida de base quadrangular. É a menor região da cabeça. LIMITES: • Ápice (para baixo): articulação entre túber da maxila, processo pterigóide do esfenoide e o processo piramidal do palatino. • Base (para cima): comunica-se com a cavidade orbital PAREDES: • Anterior: túber da maxila • Posterior: face anterior do processo pterigóide • Medial: lâmina perpendicular do osso palatino • Lateral: fissura pterigomaxilar Nervo maxilar e a artéria maxilar passam pela fossa pterigopalatina, além do gânglio pterigopalatino (faz parte do nervo facial, para fazer inervação de glândulas). VASOS: • A. infra-orbital • A. do canal pterigóideo • A. esfenopalatina • A. palatina descendente • Tributárias do plexo pterigóideo (localizadas na região infratemporal) • Linfonodos retrofaríngeos e cervicais profundos superiores Gabriele Babel | MED FURB LII NERVOS: • N. infra-orbital • N. zigomático • N. alveolar superior posterior • N. pterigopalatino • N. nasopalatino • Gânglio pterigopalatino (N. facial) Nervo zigomático possui alça de comunicação com o nervo lacrimal. TOPOGRAFIA DE PESCOÇO O pescoço compreende ao segmento intermediário entre a cabeça e o tórax. Ele é responsável por suportar a cabeça e é local de passagem de várias estruturas. LIMITES: O pescoço é dividido em duas grandes áreas: • VENTRAL/ ANTERIOR: relacionada à face. Inclui os músculos escalenos e o plexo braquial. • POSTERIOR/DORSAL: relacionado ao crânio O limite profundo entre essas duas grandes áreas é o ápice dos processos transversos e o limite posterior superficialmente é a margem anterior do M. trapézio SUBDIVISÃO: • Região anterior a) trígono submentual: entre os dois ventres anteriores do M. digástrico, hioide e mandíbula b) trígono submandibular: entre a mandíbula, ventre anterior e ventre posterior do digástrico c) trígono carótico: entre ventre posterior do digástrico, esternocleidomastóideo e M. omo-hióideo d) trígono muscular (omotraqueal): hióideo, esternocleidomastóideo e M. omo-hióide. É neste trígono que fica os Mm. infra-hióideos. • Região lateral: a) trígono omoclavicular (fossa supraclavicular maior): b) trígono occipital (região cervical posterior): • Região esternocleidomastóidea: Como o M. esternocleidomastóideo tem duas cabeças(esternal e clavicular), entre as duas cabeças há a fossa supraclavicular menor Gabriele Babel | MED FURB LII PELE DO PESCOÇO Parte ventral do segmento superior é mais espessa por conta dos folículos pilosos, torna-se mais fina a medida que desce em direção à incisura jugular. A parte dorsal do pescoço (nuca) é mais espessa que a região ventral. A pele da região anterior também apresenta mais mobilidade do que a pele da região dorsal. TELA SUBCUTÂNEA DO sPESCOÇO Região antero-lateral: extremamente fina, delaminada (dividida) pelo M. platisma, assim, uma parte da tela subcutânea passa anteriormente à essa músculo e outra parte passa posteriormente. Região dorsal: não há delaminação, trabeculado denso, Há maior fixação. FÁSCIAS DO PESCOÇO Fáscia são lâminas de tecido conjuntivo, de espessura variável, situadas profundamente à pele e podem envolver várias estruturas, como os músculos, vasos, nervos e vísceras. As fáscias podem atuar formando espaço ou compartimento, sofrer espessamento, delaminação (dividir em duas), formar fendas (espaços entre duas fáscias). Divisão: • Fáscia superficial ou tela subcutânea • Fáscia profunda = fáscia cervical profunda Divisão: • Lâmina superficial- em vermelho. Sai do ápice do processo espinho, se delamina pra envolver o M. trapézio, se juntam na lateral do pescoço e se delaminam novamente pra envolver o M. esternocleideomastóideo, se juntam para envolver os músculos infra-hióideos e se delamina pra envolver o outro esternocleideomastóideo, e assim por diante, até chegar nos processos espinhosos novamente Posteriormente se fixa na linha nucal superior, vai em direção ao processo mastóide, e vai em direção à base da mandíbula (onde se continua superiormente para se prender ao arco zigomático, passando a ser chamada de fáscia parotídeomasseterica). Não se continua na face já que não existe fáscia profunda na face. Inferiormente, à lâmina superficial se continua como as fáscias torácicas e fáscias do dorso Quando chega a nível do manúbrio do esterno, se delamina, formando o espaço supra-esternal de Burns (clinicamente, passa uma veia comunicantes entre as jugulares anteriores, é preciso lembrar disso em traqueostomia, por isso é bom lembrar desse espaço) • Lâmina pré-traqueal- azul e verde- envolve as vísceras (glândula tireóide, traqueia, laringe, esôfago...) Anteriormente, quando sobe, se prende ao hióide. Posteriormente, se continua pela parede posterior de faringe até chegar na região do clivo do crânio, onde há o tubérculo faríngeo. Inferiormente, se continua como pericárdio fibroso. • Lâmina pré-vertebral- laranja- envolve todas as estruturas ao redor da coluna vertebral. Na inferior, a nível dos escalenos e do plexo pterigóideo, vai para a lateral e forma a fáscia da axila. Se prende na base no crânio anteriormente e posteriormente na linha nucal inferior. • Bainha carotídea-união da lâmina superficial, pré- traqueal e pré-vertebral. Envolve a artéria carótida comum, veia jugular interna, nervo vago e linfonodos cervicais profundos. Gabriele Babel | MED FURB LII ESPAÇOS FACIAIS: São áreas bem delimitadas por fáscias e músculos. Podem ser preenchidos por tecido conjuntivo, tecido adiposo ou por estruturas neurovasculares. Espaços faciais supra-hióideos: Espaços e fendas infra-hióideos: 1- espaço pré-visceral- entre a lâmina superficial da fáscia cervical profunda e a lâmina pré-traqueal. 2- fenda retrovisceral- entre a lâmina pré-traqueal e a lâmina pré- vertebral 3- fenda perigosa (“danger space”)- formada pela própria lâmina pré-vertebral. TRÍGONO CERVICAL ANTERIOR Forma e limites: Forma triangular Limite superior: base da mandíbula e uma linha traçada do ângulo da mandíbula ao processo mastóide. Limite inferior: clavícula Limite anterior: linha mediana Limite posterior: margem anterior do M. esternocleidomastóideo. Divisões: • Trígono submandibular • Trígono submentual • Trígono carótico • Trígono muscular REGIÃO INFRA-HIÓIDEA E ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEA -Pele -Tela subcutânea -M. platisma Superficialmente à lâmina superficial: -V. jugular anterior -Arco venoso jugular (une as duas veias jugulares anteriores) -V. jugular externa Ramos do plexo cervical: N. cervical transverso N. auricular magno Nn. Supraclaviculares N. occipital menor Gabriele Babel | MED FURB LII Profundamente ao M. esternocleidomastóideo: • Músculos infra-hióideos: -M. esterno-hióideo -M. esternotireóideo -M. tireo-hioideo -M. omo-hióideo • Linfonodos cervicais profundos (jugulo-digástrico e jugulo-omohióideos). Ambos são os primeiros a serem atingidos nos casos de tumor em língua. • Bainha carotídea • N. hipoglosso Profundamente à lâmina pré-traqueal: -glândula tireóide -vasos -A. tireóidea superior (vem da artéria carótida externa) -A. tireóidea inferior (vem do tronco tireocervical) Profundamente à lâmina pré-vertebral: -Músculos escalenos anterior e médio -Nervo frênico (corre anteriormente ao M. escaleno anterior) PLEXO CERVICAL: É formado pelos ramos anteriores de C1-C4, que surgem pelos forames intervertebrais. Há alças de comunicação entre C1-C2, C2-C3, C3-c4 Ramo anterior de C1 se junta com o nervo hipoglosso e com o ramo anterior de C2, através de uma alça de comunicação. C1 faz inervação do M. tireo-hióideo e gênio-hióideo. C1 manda fibras que correm profundamente ao M. esternocleideomastóideo, formando a raíz superior da alça cervical, que fica sobre a bainha carotídea. Essa alça cervical faz inervação dos músculos infra-hióideos. Ramo anterior de C2 e ramo anterior de C3 se unem e formam o Nervo cervical transverso, Nervo auricular magno e Nervo occipital menor C3 se une com C4 e forma o Nervo supra-clavicular anterior, médio e posterior C2, C3 e C4 se juntam ao nervo acessório (XI par) e participam da inervação do trapézio e do esternocleideomastóideo. Há ramos saindo de C3 e de C4 que vão para os músculos escalenos e músculos levantadores da escápula Há ramos que saem de C2, C3 e de C4 que vão para os músculos longo da cabeça e longo do pescoço. Comunicação entre C3, C4 e C5 = NERVO FRÊNICO, para inervar o diafragma Gabriele Babel | MED FURB LII REGIÃO SUPRA-HIÓIDEA -Pele -Tela subcutânea Vasos: -Ramos da A. submentual (ramo da A. facial) -Tributárias da V. jugular anterior -N. cervical transverso (sensitivo) -Ramo cervical do N. facial (é motor para o M. platisma) Profundamente à lâmina superficial da fáscia cervical: -Ventre anterior do M. digástrico -Linfonodos submentuais e submandibulares -Parte cervical da glândula submandibular -A. facial -A. submentual -N. milo-hióideo -M. milo-hióideo -M. estilo-hióideo (se prende no tendão do entre os ventres do M. digástrico). -Ventre posterior do M. digástrico. TRÍGONO CERVICAL LATERAL Limites: • Ântero-superior: margem posterior do M. esternocleidomastóideo • Inferior: terço intermédio da clavícula • Posterior: margem anterior do M. trapézio. O trígono cervical lateral é dividido em 2 áreas: a) occipital b) omoclavicular ou fossa supraclavicular maior TOPOGRAFIA DO TRÍGONO CERVICAL LATERAL: -Pele -Tela subcutânea: possui o M. platisma (tela subcutânea é delaminada nos 2/3 inferiores pelo platisma) Superficialmente à lâmina superficial: Vasos: • Ramos da artéria cervical transversa (vem do tronco tireocervical) • Ramos da artéria supraescapular (vem do tronco tireocervical) • As veias dessa região são tributárias da veia jugular externa. Nervos: • Nn. Supraclaviculares • N. occipital menor A. cervical ascendente fica por baixo da veia jugular interna. Profundamenteà lâmina superficial da fáscia cervical: -M. omo-hióideo Vasos e nervos: -A. cervical transversa -A supra-escapular -V. jugular externa -N. acessório (inerva o trapézio e o esternocleidomastóideo, surge pelo forame jugular, tem comunicação com o plexo cervical) -Plexo braquial (surge entre o M. escaleno anterior e M. escaleno médio). -N. frênico (corre na anterior do M. escaleno anterior. Vem do plexo cervical C3+C4+C5) Gabriele Babel | MED FURB LII Assoalho muscular: M. escaleno anterior fica coberto pelo M. esternocleidomastóideo, por isso não aparece no assoalho muscular do trígono cervical lateral. ESTRUTURAS PROFUNDAS DO PESCOÇO Músculos: • M. reto lateral da cabeça (a)- sai da parte petrosa do temporal e vai pro arco anterior do atlas • M. reto anterior da cabeça (b)- sai da parte basilar do occipital e vai pro arco anterior do atlas. • M. longo da cabeça (c) • M. longo do pescoço (d) A. tireóidea inferior geralmente fica abraçada ao Nervo laríngeo recorrente (ramo do N. vago), sobe entre esôfago e traqueia. Quando remover ou raspar a tireóide, há risco de levar esse nervo, causando sequelas na fala do paciente. VASCULARIZAÇÃO DA GLÂNDULA TIREÓIDEA: Artérias: tireóidea superior e inferior Veias: tireóidea superior, média e inferior V. tireóidea inferior pode ser ímpar. Passa anteriormente a traqueia. V. tireóidea superior e média saem da V. jugular interna. Glândula tireóide pode ter o lobo piramidal e passar por cima do ligamento cricotireóideo, que é lesionado durante a cricotireotomia de emergência, pode-se atingir esse lobo piramidal.
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