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Introdução à Fisiologia e Homeostasia dos Líquidos Corporais 1 Introdução à Fisiologia e Homeostasia dos Líquidos Corporais O que é a fisiologia humana? É o estudo da natureza humana, das suas funções e o funcionamento normal Teoria dos 4 humores (fluídos corporais) de Hipócrates e Galeno: equilíbrio entre sangue (coração), fleuma (pulmões), bilís amarela (fígado) e bílis negra (baço) ↳ Doença: desequilíbrio entre os humores ↳ A personalidade das pessoas seria influenciada pelo humor preponderante Como realmente é: estado estável entre íons, pequenas moléculas, pH e equilíbrio dos líquidos corporais Líquidos Corporais A água é o principal constituinte, que está dividida em liquído intracelular (LIC - 2/3 da ACT*) e líquido extracelular (LEC 1/3 da ACT*), os quais são separados pelas membranas celulares *ACT = Água Corporal Total = 0,5 (em mulheres) e 0,6 (em homens) x peso total O líquido extracelular pode se dar de duas formas: Líquido intersticial: no meio das células, banhando as células Plasma: líquido intravascular junto com as células sanguíneas ↳ Esses dois são separados pela parede capilar sanguínea Composição dos Líquidos A diferença de composição é definida pela bomba de NA-K-ATPase Presente na maior parte das células do corpo Coloca 3 Na+ para forma e 2 K+ para dentro Sódio (Na): principal componente do LEC Potássio (K): principal componente do LIC Introdução à Fisiologia e Homeostasia dos Líquidos Corporais 2 Essa diferença de composição (osmolaridade) entre o LIC e o LEC é que vão direcionar o movimento da água Transita livremente entre os compartimentos Entra nas células pelas aquaporinas É quem garante o equilíbrio osmótico Os íons não conseguem ter esse movimento tão livre pois necessitam de canais específicos Solução Isotônica → NaCl 0,9% (Soro Fisiológico) → mesma molaridade do LEC, o volume do LIC não se altera Solução Hipotônica → NaCl 0,45% → metade da osmolaridade do LEC As células ficam hiperosmóticas em relação ao LEC → a água vai até elas para garantir o equilíbrio Consequência: edema celular Compensação: redução regulatória de volume (RRV) → transporte osmoticamente ativo para fora da célula → água vai junto Solução Hipertônica → NaCl 3% → muito mais osmolar que o LEC O LEC fica hiperosmótico em relação às células → a água sai das células para garantir o equilíbrio Consequência: murchamento celular (risco de lise!) Compensação: aumento regulatório do volume (ARV) → transpore osmoticamente ativo para dentro da célula → água vai junto Outras Funções da NA-K-ATPase ↳ Geração do potencial de membrana Ambiente intracelular mais negativo Outros canais eletrogêncios também contribuem Determinantes do potencial: força motriz do íon e condutância do canal Introdução à Fisiologia e Homeostasia dos Líquidos Corporais 3 Íon que mais influencia na magnitude do potencial de membrana → Potássio (o coração sofre muito com as alterações do potássio) Hipocalemia → despolarização dificultada → assistolia Hipercalemia → despolarização facilitada → arritmias cardíacas Tranporte Epitelial Células epiteliais: conectam o ambiente externo com o interno, captam os íons e garantem o equilíbrio eletroquímico Divisão estrutural Superfície → Membrana Apical Base → Membrana Basolateral onde está a bomba de Na-K-ATPase ligado com o tecido conjuntivo Conexão Junções oclusivas: permitem a passagem de um íon do LEC para o LIC sem passar para a célula Junções Comunicantes: permitem o transporte intercelular Introdução à Fisiologia e Homeostasia dos Líquidos Corporais 4 Tipos de Transporte A maior parte dos transportes ocorrem de forma TRANSCELULAR Passa pela célula Geralmente uma etapa ativa e uma passiva Da apical para a basolateral Pode impulsionar o paracelular pelo gradiente elétrico Pode ser PARACELULAR Passa entre as células Em geral passivo Pode ser impulsionado pela Tração pelo Solvente A regulação desses transportes pode acontecer de forma neural, hormonal ou ambas Transdução de Sinal 1 Transdução de Sinal A função celular é coordenada por diversos sinais externos Esses sinais podem ser: Químicos: hormonônio, neurotransmissores, fatores de crescimento Físicos: luminoso, mecânico, térmico O sinal vai ser o ligante, que vai ser recebido por um receptor, uma proteína receptora, que pode estar tanto na membrana quanto dentro da célula - essa proteína vai gerar a sinalização intracelular (proteínas intracelulares sinalizadoras), que são vias sinalizadoras que levam à cascatas de reações Os ligantes atuam no núcleo para fazer a produção das proteínas alvos, que regulam a expressão gênica para ocorrer a produção de proteína alvo Mecanismos de Sinalização A velocidade de entrega do sinal varia de acordo com o mecanismo de sinalização Célula a célula Sináptica Autócrino → a célula produz o ligante para si mesma Parácrina → uma célula vizinha produz o ligante Transdução de Sinal 2 Endócrino → sinal vai para circulação sanguínea para chegar na célula Junções comunicantes Receptores Podem estar localizados tanto na membrana plasmática, quanto no interior da célula (citoplasma ou núcleos) Receptores de Membrana Canais Iônicos Fazem a mediação da sinalização sináptica Sinal = neurotransmissor (molécula sinalizadora) → sinal rápido Abertura ou fechamento do canal iônico pela alteração do potencial de ação da membrana Acoplados à Proteína G A proteína G é uma superproteína composta por várias subunidades: alfa, beta, gama É ativada ou estimulada a ativação de outra proteína efetora e gera uma cascata de sinalização Receptor modifica proteína G, que ativa outra enzima, que leva à cascata de sinalização, levando à expressão gênica adequada Receptores Catalíticos Funcionam como enzimas Catalizam uma reação Receptores que geram sinal secundário O sinal que foi gerada no segundo acontecimento é que leva à expressão gênica Só dão start para o sinal real Transdução de Sinal 3 Receptores Intracelulares Para a passagem pela membrana plasmática, necessitam ser hidrofóbicos ou lipofílicos → vão ser alvo de hormônios hidrofóbicos e lipofílicos Em geral estão ligados à Chaperonas (proteínas que inibem a ação dos receptores até chegar o sinal) Resposta primária precoce → pode produzir proteínas Resposta secundária Sinalização Celular Ligado à proteína G há uma molécula de GDP GDP → GTP que ativa a porção alfa da proteína G, a qual se desliga do receptor, agindo em outra enzima, ocorrendo à cascata e gerando o sinal Exemplo: Adenilil Ciclase: converte ATP em AMPcíclico, que gera PKA, a qual no núcleo, junto com AMPc, vai induzir a expressão gênica querida Transdução de Sinal 4 Isso ocorre se houver ligação com alfa s, já se for alfa i, vai haver a inibição da anilil ciclase Receptor Nuclear O próprio ligante, no seu receptor, se liga à sequências específicas do DNA, em regiões regulatórias dos genes responsivos, levando à alteração conformacional do DNA, para ocorrer a transcrição gênica
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