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Caso Clínico X.Y.Z., 27 anos, G2P1A0, 01 parto normal, DUM: 10/08/2020, USG de primeiro trimestre USG 05/11/2020: 12 sem. 4 dias. Veio a Maternidade com a queixa de dor em baixo ventre tipo cólica e enquanto esperava a consulta rompeu a bolsa. Sem outras queixas. Cartão de pré-natal com 10 consultas. Exames de admissão: Ao exame físico: metrossístoles: 3/60”/10` / FU = 35 cm/ Toque vaginal: Colo 50 % apagado, dilatado 6 cm, perda de líquido amniótico claro com grumos, cefálico, -1 de lee. Sem outras alterações. Exames de admissão: TS: A+ / HIV/ HEP B/ HEP C E SÍFILIS: NÃO REAGENTES EAS DE URINA: AUSÊNCIA DE PIÓCITOS, FB MODERADA, NITRITO NEGATIVO, HEMÁCIAS 02 POR CAMPO. HEMOGRAMA: LEUCÓCITOS: 10.800 / HGB: 11,5/ HTC: 36,2% DIAGNÓSTICO: TRABALHO DE PARTO 1. Calcule a idade gestacional pela DUM e pela USG de primeiro trimestre. R: O cálculo foi baseado no dia 15/05/2021, visto que no caso clínico não foi dito a data em que tudo estava acontecendo. Idade gestacional pela DUM: de 10/08/2020 até 15/05/2021 dão 279 dias, que dividido por 7 (número de dias que consta em uma semana), dá 39 semanas e 6 dias. Idade gestacional pela USG de primeiro trimestre: no dia 05/11/2020, através da USG de primeiro trimestre, a paciente apresentava já 12 semanas e 4 dias de gestação, e até 15/05/2021, isso dá 39 semanas e 6 dias, coincidindo com a DUM. 2. Defina TRABALHO DE PARTO. R: Ocorrência de contrações uterinas espontâneas e rítmicas (pelo menos duas em 15 min), associadas a, pelo menos, dois dos seguintes itens: - Apagamento cervical; - Colo dilatado para 3 cm ou mais; - Ruptura espontânea da bolsa das águas. 3. Paciente está na idade gestacional adequada para iniciar trabalho de parto? R: Sim, paciente possui mais de 39 semanas de gestação. O conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu que cesáreas a pedido da paciente só poderão ser feitas a partir de 39ª semana de gestação. Até agora, a idade gestacional mínima para fazer o parto cirúrgico eletivo era 37 semanas de gravidez. Perguntas Perguntas 4. Quais os sinais que mostram que a gestante iniciou o trabalho de parto? R: - Ela foi a maternidade com queixa de dor em baixo ventre do tipo cólica; - A bolsa dela rompeu, ou seja, teve a ruptura da membrana; - As contrações uterinas estão com frequência de 3 em 10 minutos e duração de 60 segundos; - O colo está 50% apagado e dilatado em 6 cm. 5. Quais as características clínicas que caracterizam a fase latente do parto que a diferenciam da fase ativa? R: Fase latente: Configura-se a fase latente quando tem as contrações uterinas, rítmicas e pouco dolorosas, não determinam ainda a dilatação progressiva do colo. É responsável por dilatação de 3 a 5 cm. Fase ativa: Tem a ocorrência de contrações uterinas espontâneas, rítmicas e dolorosas, pois a frequência e intensidade irão aumentar progressivamente com o intuito de promover a rápida dilatação do colo uterino. 6. E quantas horas levam do início do trabalho de parto até o nascimento? R: Como a paciente é multípara o trabalho de parto leva de 8 a 10 horas. Que são divididos em 4 períodos: - Período de dilatação: O período de dilatação completa de uma multípara tem duração de 6 a 8 horas. - Período de expulsão: Tem duração de 30 a 45 minuto; → Aqui finda com a expulsão completa do recém nascido; - Período de dequitação: Dura de 15 a 30 minutos; - Período de observação: A depender da puérpera. 7. Qual o tempo máximo que posso esperar, sem realizar intervenção, depois da ruptura da bolsa? R: À medida que o tempo passa após a ruptura da bolsa, aumenta o risco de infecção intramniótica e endometrite. Mas esse risco aumenta de forma significativa após 18 horas. A princípio, não existe um tempo máximo. A maioria dos serviços brasileiros espera em torno de 6 a 12 horas. 8. Se houver bolsa rota, a mulher pode ser incentivada a deambular? R: No início do trabalho de parto, a mulher é estimulada a se movimentar livremente. Existem estudos que há vantagens no fatoda mulher deambular durante o trabalho de parto, como auxílio da dor. Logo, uma paciente de risco habitual, que está progredindo bem no trabalho de parto, que teve a rutura artificial ou espontânea de membranas, com bebê encaixado, não alto (plano -1 ou até - 2), não é contra indicado que deambule. Porém, deve-se continuar o monitoramento fetal e continuar ao lado desta paciente. Perguntas OBRIGADA PELA ATENÇÂO! Referência: Obstetricia - Rezende 13ed.pdf file:///C:/Users/Biaol/Desktop/Obstetricia%20-%20Rezende%2013ed.pdf
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