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Paper - folha de pagamento e contabilização

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Folha de Pagamento e Contabilização 
Giselle da Rosa Neves
Dalila Aparecida Neto da Luz
RESUMO
Esse trabalho estuda a folha de pagamento, sua elaboração e sua importância na área contábil. O recolhimento de impostos, o seu impacto no resultado operacional da empesa e como é feita sua contabilização. A folha de pagamento é um resumo de tudo que diz respeito a remuneração dos funcionários, os descontos sofridos e os encargos tributários, sejam do empregado, ou do empregador. Não há uma maneira padrão para elaboração da folha, por essa razão, ela se adapta as necessidades da empresa, contendo informações precisas sobre os fatos ocorridos no período descrito.
Palavras-chave: Folha de pagamento. Proventos. Encargos. Legislação. Contabilização
1. INTRODUÇÃO
A folha de pagamento, popularmente conhecida como contracheque, é com toda certeza um dos pontos que requerem mais atenção no aspecto financeiro ao gerenciar uma empresa. Trata-se de um documento legal de ampla funcionalidade, além de geralmente ser o registro de um dos maiores gastos da organização: a remuneração de funcionários. Assim, é compreensível todo o cuidado reservado ao entendimento desse recurso, como quais são suas diversas funções, quais dados estão inseridos no documento e como geri-lo adequadamente.
A folha de pagamento está sempre em constante modificação devido as leis trabalhistas e por fazer parte do dia-a-dia das empresas, se torna fundamental para sobrevivência das mesmas. Por se tratar de um documento cuja emissão é obrigatória para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária devemos ainda a contabilizar, para assim demonstra-la através de lançamentos contábeis nas empresas que dela utilizam.
Todas as empresas brasileiras instaladas em nosso país têm a obrigação de preparar mensalmente, quinzenalmente ou semanalmente, a folha de pagamentos dos funcionários(FOPAG). Tal obrigação trabalhista foi criada pelo Art.225 do Decreto 3048, em 1999 e deve ser levada à risca pelas empresas para evitar processos trabalhistas desnecessários.
A folha de pagamento é um documento obrigatório para qualquer empresa, independente de seu porte, segmento ou tempo no mercado. Ela deve ser preparada mensalmente para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária, e precisa conter toda remuneração paga, devida ou creditada a todos os funcionários durante aquele mês.
Assim como nos demais processos fiscais da sua empresa, é importante manter as informações da folha de pagamento sempre em ordem e atualizadas. Não existe um modelo oficial deste documento e, por isso, cada empresa pode adotar os critérios que julgar mais pertinentes. As principais divisões da folha de pagamento, entretanto, são as mesmas para qualquer organização brasileira.
Tal documento deve conter alguns itens básicos referentes aos valores pagos aos colaboradores pelos serviços prestados por eles, como é o caso do 13º, o salário em si, INSS, IRRF, aviso prévio e as férias. Ou seja, o valor que deverá constar na folha de pagamento é o salário base acrescido das variáveis de remuneração, incluindo os descontos previstos.
Palavras-chave: Folha de pagamento. Proventos. Encargos. Legislação. Contabilização
2. A importância da folha de pagamento.
Tanto para a empresa com o para o funcionário, a folha de pagamento é
Extremamente importante e só traz garantias e benefícios para ambos. Para a empresa, por ser uma obrigação em lei, é um dever fazer esse documento periodicamente.
A gestão financeira da empresa pode ser controlada com mais eficiência quando
as despesas com capital humano são descritos detalhadamente, auxiliando assim no controle operacional, contábil e fiscal da mesma. Além disso com ela é possível planejar gastos e controlar melhor o setor financeiro
Já para os funcionários, esse documento auxilia em seu próprio controle de ganhos. Caso o colaborador queira realizar a compra de um apartamento, veículo ou outra aquisição que envolva financiamento, a com provação de renda se dá pela folha de pagamento, além de ser exigido como forma de comprovação para solicitar a aposentadoria.
Apesar de ser um documento legal e praticado constantemente, ainda não existe um modelo oficial, porém, é preciso elabora-lo sem que nenhuma legalidade seja afetada, incluindo assim o registro financeiro completo de cada funcionário e suas respectivas informações pessoais. Portanto, a contabilização da folha de pagamento deve ser feita com bastante cuidado e seguindo algumas recomendações básicas. É importante ressaltar que é de total responsabilidade do setor de Departamento Pessoal, conferir as informações inseridas e se organizar para que a folha de pagamentos seja feita com exatidão. Só assim, é possível evitar possíveis processos trabalhistas, que podem vir a prejudicar consideravelmente uma empresa.
3. QUEM É RESPONSAVEL PELA FOLHA DE PAGAMENTO
O setor responsável pela elaboração da folha de pagamento é o Departamento Pessoal, que deve se atentar às leis trabalhistas vigentes, além de ter plenas noções de contabilidade para que nenhum cálculo seja feito erroneamente. Como muitas vezes esses setores têm uma demanda intensa, uma solução muito adotada é fazer uso da tecnologia para automatizar processos.
4 . DIVISÕES DA FOLHA DE PAGAMENTO 
Para começar, é preciso ter conhecimento de que a folha de pagamento é dividida em três partes, 
4.1PROVENTOS
O termo “proventos” se refere aos lucros da empresa que são compartilhados com toda a equipe de funcionários. Nesta primeira divisão da folha de pagamentos. Dentre esses benefícios financeiros podemos aferir de acordo com a lei: (salário, hora extra, adicional de periculosidade, entre outros) ou através de pro gramas do governo (bolsa família, salário maternidade, entre outros).
4.2 DESCONTOS
Nesta parte da folha, deve-se inserir descontos legais como INSS e IRRF, e também aqueles ocasionados pelos próprios colaboradores.
Exemplo disso são aqueles gerados em lei, como INSS, IRRF, Contribuição
Sindical, entre outros. Também pode haver descontos através de episódios referentes ao trabalho do funcionário, como falta, atrasos, entre outros
4.3 BASES
Esta divisão se refere aos valores sobre os quais serão aplicadas as alíquotas, a fim de calcular o tributo que deverá ser pago. É importante manter estes dados sempre em ordem, já que nem todos serão contabilizados. As bases são aqueles eventos que não proporcionam efeito direto no salário dos funcionários. 
Elas estão na folha apenas par a demonstração de cálculos para as atribuições financeiras, como por exemplo, INSS patronal, FGTS, base para FGTS, base para o INSS, salário total etc. Vale ressaltar que essas informações podem ser inseridas apenas como um a demonstração do cálculo e nem sempre se referem ao que foi contabilizado pela em presa para o funcionário.
5. COMO FUNCIONA A FOLHA DE PAGAMENTO.
A folha de pagamento traz dados sobre o empregador e sobre o empregado. Em relação ao primeiro, não há grandes detalhamentos, pois trata-se a penas de uma questão cadastral. Já no que diz respeito aos funcionários é obrigatório que certas informações sejam muito bem declaradas, como nome completo de cada um, cargo na empresa, frequência, divisão dos funcionários por categoria de contribuição à previdência, descontos legais da remuneração, no me das funcionárias com benefício de salário-maternidade, quotas de salário-família, entre outros dados há uma rica descrição de seu vínculo com a empresa, contendo informações que são obrigatórias neste documento. Ou seja, o valor que deverá constar na folha de pagamento é o salário base acrescidos das variáveis de remuneração, incluindo os descontos. Esse pagamento pode ser feito, segundo a lei, até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido, se o pagamento for mensal, ou até o 5º dia útil quando o pagamento for semanal ou quinzenal. Contudo, algumas empresas optam por fazer os pagamentos no último dia do mês. Assim, o fechamento da folha
ocorre alguns dias antes e ganha-se um tempo a mais para o cálculo devido dos proventos e descontos. A legislação Trabalhista e Previdenciária prevê que a empresa faça o cálculo da folha de pagamento à mão, de forma mecânica ou eletrônica, bem como coletivamente por estabelecimento da empresa, por obra da construção civil e por tomador de serviço, com corresponde totalização. Além disso, a empresa deve manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos. No entanto, já sabemos que com a modernização dos setores de Recursos Humanos, além de o colaborador ter acesso à sua folha de pagamento quando e onde quiser, por meio de uma interface online, o próprio RH tem ferramentas disponíveis para fazer os cálculos, conferências e pagamentos totalmente automatizados, inclusive por meio de integrações bancárias, evitando problemas como extravios, furtos e até mesmo erros de pagamentos. A legislação (art. 225, inciso I e § 9º e 273 do RPS – Decreto nº 3.048/99, com as alterações posteriores) estabelece, ainda, alguns requisitos que devem constar na folha de pagamento, como:
nome completo;
cargo ou função;
data de admissão
nome completo;
cargo ou função;
data de admissão
nome completo;
cargo ou função;
data de admissão
nome completo;
cargo ou função;
data de admissão
· Nome completo
· Cargo ou função
· Data de admissão
· Salário e demais proventos e descontos
· Frequência
· Nome das funcionárias que estão recebendo salário-maternidade
· Descontos legais 
· Quotas do salário-família de cada colaborado
· Quantidade de dependentes no Imposto de Renda
· Controle de frequência 
· Forma e prazo de pagamento.
6. QUAIS PRINCIPAIS PROVENTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO
A folha de pagamento é composta, também, por proventos/vencimentos, isto é, os valores de ganho do colaborador. Entenda mais sobre os principais:
6.1 Salário
É a importância fixa, devida e paga pelo empregador ao seu empregado em razão do trabalho realizado e tempo à disposição. O salário deve ser firmado em contrato entre as partes, obedecendo a legislação
6.2 Horas extras
É considerada hora extra o adicional de horas de trabalho realizado além das horas estabelecidas em contrato de trabalho. A legislação prevê que o colaborador poderá trabalhar por até duas horas além da jornada de trabalho normal. Essa jornada deverá ser paga com o acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal paga ao colaborador.
6.3Descanso Semanal Remunerado – DSR
Todo trabalhador tem direito a um dia de descanso remunerado, ou seja, pago. A legislação estabelece que essa folga ocorra, preferencialmente aos domingos, mas isso não é obrigatório. O repouso semanal deve se r de 24 horas, sem possibilidade de divisão desse tempo em horas diárias. Por outro lado, o colaborador que não cumprir sua jornada de trabalho, integralmente, poderá perder esse descanso.
6.4Adicional Noturno
O trabalhador que realize seu trabalho entre às 22h e às 5h para trabalhador urbano e entre às 20h e as 4h para trabalhador rural deverá receber adicional noturno, isto é, o percentual de, no mínimo, 20% do seu valor hora. A hora de serviço noturno é de 52 minutos e 30 segundos.
6.5 Adicional de insalubridade
Previsto no artigo 192 da CLT, o adicional de insalubridade deve ser pago ao colaborador que desenvolve suas atividades profissionais em condições insalubres acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. Esse adicional é calculado sobre o salário mínimo ou sobre o piso da categoria, podendo ser de:
10% para grau mínimo
20% para grau médio
40% para grau máximo
6.6 Adicional de periculosidade
O adicional de periculosidade deve ser pago ao colaborador que desenvolve suas atividades em contato permanente com inflamáveis, eletricidade ou explosivos em condições de risco. O adicional deverá ser de 30% sobre o salário do colaborador, sem
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
6.7 Salário-família
O salário-família pode ser considerado um benefício previdenciário concedido ao colaborador vinculado ao INSS, o qual recebe da empresa o valor referente por filho até 14 anos de idade ou invalidado de qualquer idade, desde que seja comprovada a dependência econômica. O artigo 12 do decreto 53 .153 prevê que o percentual a ser pago a cada filho será de 5% do salário mínimo. O colaborador deve solicitar o pagamento diretamente ao empregador. Anualmente a Previdência Social libera a tabela de valores a pagar de salário família e a faixa salarial ao qual é devido o pagamento.
6.8 Diárias para viagens
As diárias para viagens são os valores pagos ao colaborador para cobrir despesas necessárias em uma viagem, como alimentação, transporte, hotel, entre outros. Esses
valores devem constar na folha de pagamento, mas de acordo com o artigo 457 da CLT, esses valores não integram a remuneração do colaborador, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
6.9 Adicional por tempo de serviço
O adicional por tempo de serviço não é um benefício estabelecido pela legislação trabalhista, mas pode se tornar um benefício concedido pela empresa, se decidido em acordo ou convenção coletiva. Neste mesmo ato, é estabelecido o tempo de casa necessário para receber o valor, bem como o valor que deverá ser pago. Entretanto, uma vez pago ou concedido por determinado período, torna-se um direito do colaborador da empresa e não poderá ser suprimido.
6.10 Auxílio Creche/Babá
Empresas que possuam mais de 30 colaboradoras com mais de 16 anos, têm a obrigação de oferecer um espaço físico para que as mães deixem seus filhos com 
Idade entre 0 a 6 meses, enquanto elas trabalham. Caso esse espaço não seja ofertado pela empresa, e mesma passa a ser obrigada a das auxílio-creche/babá a mulher até que o bebê tenha 6 meses. O valor desse auxílio varia de acordo com a empresa, mas normalmente é estabelecido em acordo ou convenção coletiva.
7. QUAIS OS DESCONTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO.
A folha de pagamento é composta, também, por descontos, isto é, os valores que devem ser deduzidos do colaborador referentes a:
7.1 Desconto de Previdência
O desconto da Previdência é a tributação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social, de acordo com a IN 971/2009. Isso quer dizer que a empresa desconta o valor em folha, referente à previdência, que deverá ser destinado ao colaborador para sua aposentadoria. As alíquotas para desconto variam, com percentuais entre 8% a 11%, dependendo do salário de contribuição. São obrigados a contribuir com a previdência: empregados pela CLT, empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual, com atividade remunerada.
7.2 Impostos de renda
O Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF é a tributação devida sobre os rendimentos de um colaborador. Ele deve ser apurado e retido pela fonte pagadora, isto é, pela empresa responsável por fazer o pagamento ou o repasse de valores à Receita Federal.
Para calcular o IRRF na folha de pagamento é necessário conferir uma tabela de contribuição mensal, que contém as alíquotas que devem ser pagas, de acordo com o salário de contribuição.
7.3 Contribuição sindical
Após a Reforma Trabalhista ser aprovada em 2017, a contribuição sindical passou a ser facultativa. Em março de 2019, a MP 873 tentou estabelecer que nos casos de pagamento da contribuição por parte do colaborador, o desconto não fosse realizado por meio da folha de pagamento, mas sim via boleto diretamente com o sindicato. Porém, a MP não foi votada dentro do prazo máximo e acabou perdendo sua validade em junho de 2019
7.4 Adiantamentos
O adiantamento salarial é realizado ao colaborador que o solicita e, o valor deve ser descontado do pagamento no mês subsequente. O desconto impacta também as deduções sobre a remuneração integral. Contudo, não há muitas normas sobre adiantamentos e ela só é obrigatória se firmada em acordo
ou convenção coletiva.
7.5 Faltas e atrasos
Para faltas ou atrasos sem justificativas, a corporação poderá descontar o dia não trabalhado, bem como o valor correspondente ao DSR. Além disso, se na semana que
houve a falta ocorrer um feriado, o colaborador poderá ter o respectivo dia descontado
7.6Vale-transporte
O vale-transporte é um direito do trabalhador que utiliza o transporte público. Ou seja, a empresa deve pagar as despesas de deslocamento do colaborador de casa para trabalho e vice-versa. Contudo, a empresa tem o direito de descontar até 6% do salário-base do colaborador, de acordo com o custo com o trajeto. E, se ofertar o transporte gratuito, a empresa não deve oferecer este benefício.
7.7 Vale-alimentação
A legislação, além de não obrigar a empresa a oferecer esse benefício, não estabelece, às que adotam, um valor mínimo para o desconto do vale-alimentação na folha de pagamento do colaborador, mas o máximo: não pode ultrapassar 20% do salário.
Além disso, as empresas que aderem ao Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, tem direito a deduzir as despesas com a alimentação dos colaboradores em até 4% do imposto de renda devido.
8. COMO SE ORGANIZAR PARA CONTABILIZAR.
Antes de começar a segmentar a contabilização, o Departamento de Pessoal precisa se organizar com base em passos básicos muito importantes: definição de categoria de cada trabalhador, análise das horas trabalhadas, cálculo de encargos e impostos, e cálculo dos benefícios legais. Ao determinar a categoria de cada funcionário, é possível se organizar melhor e evitar erros nos cálculos na folha, já que as bases para contabilização são as convenções coletivas, como para calcular descontos como o INSS e FGTS, por exemplo. Analisar as horas cumpridas é de suma importância para fazer pagamentos justos, tomando como base as informações de horas trabalhadas, extras, jornada adicional de trabalho e férias remuneradas. Nessa análise, as faltas e atrasos para registrar o ponto, também devem ser levados em consideração para consequentes descontos. Calcular com exatidão os encargos e impostos é de suma importância, tomando como base o FGTS, INSS e IRRF. Só assim, é possível manter uma situação regular do funcionário com a Receita Federal, além de manter a empresa dentro da lei. Quanto aos benefícios legais, que são descontados da folha, também devem ser previamente analisados, como vale-transporte e refeição, adiantamentos, planos de saúde, contribuição sindical, entre outros. Colocando em prática após ter todos esses dados levantados é a hora de contabilizar na prática. Atente-se em dividir a contabilização nas partes já citadas: proventos e descontos.
Proventos: Salário + horas extras = total a ser pago pelo trabalho. Pode ser adicionado, se houve, outros dados como adicional de periculosidade, salário maternidade, salário família, entre outros.
Descontos: Adiantamento Salarial + INSS + IRFF + contribuição assistencial = total a ser descontado na folha de cada funcionário. Podem ser adicionados outros da dos para desconto como: pensão alimentícia, faltas e atrasos, benefícios obrigatórios (vale transporte, refeição e plano de saúde, por exemplo), entre outros. O total líquido que o funcionário irá receber se dará pela diferença entre o total a ser pago pelo trabalho e o total a ser descontado na folha.
Exemplo: R$3300,00. (Proventos) 
– R$1617,45 (Descontos) = R$ 1682,55 (total líquido á receber)
Quanto aos valores de base, elas não vão alterar a contabilização da folha de pagamento, uma vez que servem somente para demonstração de cálculo.
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09. DESONERAÇÃO DA FOLHA.
O termo desonerar significa tirar o ônus, isto é, desobrigar alguém ou algo a fazer
alguma coisa ou reduzir sua obrigação.
No caso da desoneração da folha de pagamento, tratada pelas Leis 12.546/2011 e 13.161/2015, sua função é reduzir a carga tributária paga pelas empresas. Até 2011, as empresas tinham apenas uma forma de tributação ao INSS, a contribuição sobre a folha de pagamento (convencional). Assim, a corporação pagava20% sobre o valor das remunerações dos seus colaboradores. Em 2015, as empresas passam a ter uma segunda opção: a contribuição sobre a receita bruta, conhecida como desoneração, em que o valor recolhido é determinado por um percentual sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor. Se a empresa optar pela desoneração, precisa saber que ela é realizada, na prática, a partir do imposto da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) e o recolhimento é realizado via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), a guia de pagamento que reúne os tributos pagos pelas empresas para a União. Contudo, é preciso ficar atento porque a INRFB nº 1876, de 19 de março de 2019, prevê a dispensa da obrigatoriedade da CPRB na EFD-Contribuições a partir dos prazos de obrigatoriedades de escrituração na EFD-Reinf, de acordo com a INRFB nº1.701/2017.
10. COMO FAZER O CÁLCULO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Hoje em dia, é praticamente impossível fazer o cálculo da folha de pagamento de uma empresa à mão. Por isso, um Sistema de RH é fundamental, afinal, com esse auxílio, podemos evitar erros gravíssimos. E quando pensamos em Sistema de RH nos referimos ao todo, desde o registro do ponto, dos benefícios, da própria folha de pagamento, e até mesmo de interfaces que permitam ao colaborador acompanhar sua vida laboral, incluindo a visualização da sua folha de pagamento. Neste sentido, vale frisar que a folha de pagamento inicia muito antes do seu cálculo. Ela é resultado da junção de diversos processos de RH, por isso, podemos afirmar que a folha de pagamento tem início ainda na estruturação dos cargos da empresa. A partir deste primeiro passo, os demais processos acontecem com mais consistência, desde que integrados por meio de um Sistema eficiente e seguro. A folha de pagamento bem estruturada está alicerçada em diversos processos que ocorrem no setor de Recursos Humanos. Após a construção dessa estruturação, que certamente se dará por meio de um Sistema de RH integrado, é essencial que o profissional responsável pelo cálculo da folha de pagamento atente-se ao registro do ponto do colaborador. Quando a empresa possui um bom Sistema de RH, a importação dos registros para a base da folha acontece de forma automática, sem necessidade de digitação ou conferências minuciosas o que acarreta na perda de tempo. Outras informações importantes que devem ser observadas são as horas extras e os adicionais noturnos, também importados pelo registro do ponto. Após as informações do ponto, o próximo passo é analisar as faltas e os descontos que o colaborador possa ter. Lembre-se de checar os possíveis descontos da folha, que citamos anteriormente neste artigo. Aqui, podem entrar também os descontos de benefícios, como o vale-alimentação e vale-transporte, se o colaborador tiver. Com todos os dados em mãos, é hora de iniciar propriamente o cálculo da folha. Com um Sistema de RH integrado, capaz de executar todos esses processos com assertividade e não faltar nenhuma informação. Para iniciar o cálculo, é levado em consideração o salário bruto do colaborador, as horas trabalhadas, e aplicar os encargos e descontos, como de INSS, FGTS e IRRF, 
11. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
Algumas informações complementares são importantes na hora de fechar a folha de pagamento, por exemplo: rescisão de contrato de trabalho por dispensa sem justa causa; contribuição ao FGTS sobre os salários e valores devidos na rescisão, assim como os depósitos feitos; adiantamento de salário; entre outros. Pronto, você já sabe como contabilizar a folha de pagamento. Passo a passo para organizar as informações
Seguindo uma ordem já preestabelecida, as informações para a FOPAG podem ser ainda mais facilmente coletadas, agilizando o processo de contabilização
12. CONCLUSÃO 
Tanto a contabilização da folha de pagamento como a entrega dos recibos de pagamento
são obrigatórias em qualquer tipo de empresa. Não existe um modelo oficial de FOPAG, mas o documento deve ser feito de maneira que nenhuma legalidade seja prejudicada, incluindo os registros financeiros de cada funcionário. 
Toda folha de pagamento deve conter o nome e o cargo dos funcionários; valor do salário; frequência; forma e data de pagamento; nome das funcionárias que estão recebendo salário-maternidade, quando for o caso; parcelas integrantes ou não do salários; descontos legais e as quotas do salário-família década colaborador. Todas as informações devem vir representadas por valores numéricos. Dessa forma, em primeiro lugar são dispostos todos proventos além dos salários, assim, esses valores são correspondentes a: indenização de aviso prévio e férias; pagamento de abonos do salário-maternidade e família; e quitação do 13º salário. Em seguida, aparecem os descontos referentes ao adiantamento do salário e dos encargos e impostos INSS sobre salários e atrasos, a contribuição sindical e o IRRF sobre salários.
Na segunda parte, aparece o que pode conter na demonstração do INSS, como os valores sobre a remuneração, 13º salário, o que é devido pela empresa e descontado dos empregados, além do salário-família e maternidade. 
Por fim, pode-se encontrar as parcelas que incidem sobre a folha e também a contribuição do Fundo de Garantia sobre o 13º salário com rescisão. Como vimos, a folha de pagamento representa muito mais do que um recibo do salário, tanto para a empresa quanto para o empregado. Apesar de suas várias atribuições e importância para a saúde financeira e de RH, ainda existe muita perda pelas empresas ao negligenciar a organização do documento.
A urgência de a bordar apropriadamente a folha de pagamento se tornou ainda mais evidente, já que esse é um elemento sensível ao novo método de enviar os dados da empresa ao Governo. É fundamental ressaltar que erros nesse documento podem trazer complicações como multas e ações trabalhistas para a empresa.
REFERENCIAS:
https://www.metadados.com.br/blog/folha-de-pagamento-o-que-e-seu-calculo-e-
desoneracao/
https://www.lg.com.br/blog/importancia-folha-pagamento-esocial/
http://www.marlian.com.br/blog/a-importancia-da-folha-de-pagamento/
https://www.jornalcontabil.com.br/saiba-como-fazer-para-contabilizar-folha-de-
pagamento/
forma e prazo de pagamento.

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