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direito a privacidade

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❖ Direito para manter o controle para proteger nossa 
intimidade, dados pessoais 
Tutela da privacidade 
→ “De sua tradicional definição como “direito a ser 
deixado só” passa-se, justamente pela influência da 
tecnologia dos computadores, àquela que constituirá 
um constante ponto de referência na discussão: direito 
a controlar o uso que os outros façam das 
informações que me digam respeito.” 
 
→ “Na sociedade da informação tendem a prevalecer 
definições funcionais da privacidade que, de diversas 
formas, fazem referência à possibilidade de um sujeito 
conhecer, controlar, endereçar, interromper o fluxo 
das informações a ele relacionadas. Assim, a 
privacidade pode ser definida(...) como o direito de 
manter o controle sobre as próprias informações.” 
RODOTÀ, Stefano. A vida na sociedade da vigilância –a privacidade hoje. Rio de Janeiro: Renovar, 
2008. 
A proteção constitucional 
do direito à privacidade 
→ A proteção da privacidade na Constituição da 
República/88 
O direito à privacidade é garantido constitucionalmente no 
Brasil. A Constituição da República contempla não apenas o 
direito à privacidade, por meio do respeito à preservação 
da vida privada e da intimidade da pessoa, mas também 
garante a inviolabilidade da correspondência, do domicílio e 
das comunicações, conforme previsto no artigo5º, incisos, 
X XII e LXXII. Há também previsão própria no rol de 
direitos fundamentais relativa ao habeas data 
Artigo 5 da constituição: Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
 
 
X-são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação 
XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII- é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
→ O direito à privacidade deixa de representar a 
salvaguarda do isolamento individual para se tornar um 
instrumento de combate contra políticas de 
discriminação religiosa, política ou sexual, conferindo à 
pessoa controle sobre as suas informações de caráter 
privado. 
 
Autodeterminação informativa 
→ Tem por postulado a faculdade de o particular 
determinar e controlar a utilização dos seus dados 
pessoais. 
→ Ao se conferir tal função ao direito à privacidade, 
percebe-se como a proteção dos dados pessoais 
opera de forma a impedir discriminações e 
tratamentos indevidos. 
→ Ao se controlar a coleta, o armazenamento e a 
utilização de dados não se buscam apenas resguardar 
o indivíduo cujos dados estão relacionados, mas 
também o grupo social o qual ele faz parte. 
Direito a vida privada 
→ Art. .5º, X, CRFB/88 e Art. 21 do CC 
→ Tércio Sampaio Ferraz Júnior: 
“A vida privada pode envolver, pois, situações de 
Direito a privacidade 
opção pessoal (como a escolha do regime de bens 
no casamento), masque, em certos momentos, 
podem requerera comunicação a terceiros (na 
aquisição, por exemplo, de um bem imóvel). Por aí ela 
diferida intimidade, que não experimenta esta forma 
de repercussão.” 
Não apenas os fatos da vida íntima devem ser 
considerados como pertencentes à vida privada, mas 
também todos aqueles que não apresentarem 
interesse da sociedade, ou seja, aqueles fatos em que 
restar ausente o interesse público. 
Art.21. do CC: A vida privada da pessoa natural é inviolável, 
e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as 
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. 
 
 
 
Intimidade(art.5º,X,CRFB/88) 
Congloba informações mais restritas sobre o ser humano, 
compartilhadas com reduzido número de pessoas de seu 
ambiente familiar, amigos íntimos e profissionais que têm 
conhecimento das informações em razão do ofício. Não há 
repercussão social ou pelo menos não sequer que haja. Na 
intimidade, encontram se os aspectos que envolvem 
apenas a própria pessoa, cabendo apenas a ela decidir 
sobre a divulgação ou não desses aspectos. 
 
Segredo 
É o círculo mais interno das esferas da privacidade lato 
sensu, onde são guardadas as informações mais íntimas do 
Eu, que muitas vezes não são compartilhadas com outros 
indivíduos e sobre as quais o interesse público não poderá 
tomar parte, a exemplo da opção sexual e dos dados de 
saúde. 
 
10 de junho de 2015-STF afasta exigência prévia de 
autorização para biografias 
Conceitos essenciais para 
. a proteção de dados (Art. 5) 
→ LGPD: informação relacionada a pessoa natural 
identificada ou identificável 
‘’ dado pessoal sobre origem racial ou etnia, convicção 
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a 
organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado 
referente à saúde ou a vida sexual, dado genético ou 
biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural’’ 
→ GDPR: informação relativa a uma pessoa singular 
identificada ou identificável 
→ ‘’ 1. É proibido o tratamento e dados pessoais que 
relevem a origem racial ou étnica, as opiniões políticas, 
as.........convicções.......religiosas.......ou filosóficas, ou a filiação sindi
cal, bem como o tratamento de dados genéticos, 
dados .biométricos para identificar uma pessoa de forma 
.inequívoca,. dados relativos à saúde ou dados relativos à 
vida sexual ou orientação sexual de uma pessoa. 
2. O disposto no n. 1 não se aplica se se verificar um 
dos seguintes casos: (...)” (art. 9º) 
 
 
 
 
São dados que em razão da qualidade e das possibilidades 
de uso podem ser utilizados para fins abusivos ou ilícitos, 
sendo, portanto, utilizados para descriminar uma pessoa 
 
As atividades de tratamento de dados pessoais deverão 
.observar a boa-fé e os seguintes princípios (Art. 6º): 
I : FINALIDADE : realização do tratamento para propósitos 
legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, 
sem possibilidade de tratamento posterior de forma 
incompatível com essa finalidade 
II : ADEQUAÇÃO: compatibilidade do tratamento com as 
finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto 
do tratamento 
III : NECESSIDADE: limitação do tratamento ao mínimo 
necessario para a realização de suas finalidades, com 
abranencia dos dados pertinentes, proporcionais e não 
excessivos em relação as finalidades do tratamento de 
dados 
IV : LIVRE ACESSO: garantia, aos titulares, de consulta 
facilitada e gratuita obre a forma e a duração do 
tratamento, bem como sobre a integridade de seus dados 
pessoais 
V : QUALIDADE DOS DADOS: garantia, aos titulares, de 
exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados, de 
acordo com a necessidade e para o comprimento da 
finalidade de seu tratamento 
VI: TRANSPARÊNCIA: garantia, aos titulares, de informações 
claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização 
do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, 
observados os segredos comerciais ou industrial 
VIII : SEGURANÇA: utilização de medidas técnicas e 
administrativas aptas a proteger os dados pessoais de 
acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas 
de destruição, perda, alteração, comunicaçãoou difusão 
VIII: PREVENÇÃO: adoção de medidas para prevenir a 
ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados 
pessoais 
IX : NÃO DISCRIMINAÇÃO: impossibilidade de realização do 
tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos 
X : RESPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS: 
demonstração, pelo agente, d adoção de medidas eficazes 
e capazes de comprovar a observância e o cumprimento 
das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da 
eficácia dessas medidas 
 
Tutela da personalidade após a morte 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a 
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação 
para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou 
colateral até o quarto grau. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à 
administração da justiça ou à manutenção da ordem 
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, 
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de 
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e 
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem 
a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
 Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, 
são partes legítimas para requerer essa proteção o 
cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
 
GUSTAVO TEPEDINO: Os parágrafos únicos dos Arts.. 12 e 
20, em última análise, somente se justificam para assegurar 
direito próprio por lesão sofrida, após a morte, por parente, 
cônjuge ou companheiro. Nestes casos, o legislador 
considera que, sem prejuízo da natureza personalíssima 
dos direitos da personalidade, os quais, por isso mesmo, se 
extinguem com a morte, seus reflexos — como a 
memória, a imagem, a honra do defunto — se projetam 
para além da morte em outras pessoas; e seus entes 
queridos são diretamente atingidos por essas violações 
supervenientes ao seu falecimento 
No âmbito da comunidade familiar surge direito próprio, a 
exigir do legislador norma específica, a um só tempo de 
legitimação e de contenção. Como a dizer: estas e 
somente estas pessoas podem requerer ressarcimento 
pelos danos que sofreram diante da violação à 
personalidade do defunto ou ausente; não já tantas outras 
que, a despeito do liame afetivo estabelecido com o 
falecido — a exemplo de ex-alunos, ex-clientes, ex- 
leitores, ex-admiradores de artistas ou atores, e assim por 
diante —, não são reconhecidas pelo ordenamento como 
partes legítimas para a propositura de ações. Afinal, como 
escreveu há mais de 50 anos o Min. Nelson Hungria, “o 
que a lei protege, aqui, não é propriamente a honra dos 
mortos, mas a de seus parentes sobreviventes” 
(Comentários ao Código Penal, vol. VI, Rio de Janeiro, Editora Forense, 1945, p. 
67).

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