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• Art. 6: a Existência da pessoa natural termina com a morte (...) • O fim da personalidade da pessoa natural dá-se pela morte. Alei exige a morte cerebral, ou seja, que o cérebro da pessoa para de funcionar. Além da necessidade da hora e da data no atestado de óbito lei n.9.434/97- Art3: a retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do conselho federal de medicina • É necessario um laudo médico, visando à elaboração do atestado de óbito, a ser registrado no cartório de registro civil das pessoas naturais, nos termos do Art9, I, do CC • Pode ser presumida com declaração de ausência: Art.6, 2p +22 e ss (os seguintes) • Pode ser presumida sem declaração de ausência (Art.7) • Graças a esses instrumentos jurídicos, os familiares de vítima de catástrofe ou de pessoas que simplesmente desapareceram sem deixar vestígio podem garantir judicialmente seus direitos a herança, pensões, seguro de vida, indenizações e outros procedimentos legais, como encerramento em conta bancária e cancelamento do CPF do desaparecido • O Art. 7 do código civil permite a declaração de morte presumida, para todos os efeitos, sem decretação de ausência: I : se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida (como desastres, acidentes, incêndios, naufrágios, maremotos...) II : se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra Parágrafo único: A declaração a morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento Não abrange somente aqueles que desapareceram em alguma catástrofe, mas também os que estavam em perigo de vida decorrente de qualquer cidadão • morte presumida sem ausência em lei especial: lei N 9.140/95 Foi a lei feita para a questão de mortes durante o período da ditadura militar, na qual não se foi encontrado o corpo da vítima. → Não tem o cadáver/ reconhecimento judicial → Exemplo das pessoas que morreram debaixo da lama, na qual não foi encontrado o corpo. • Art. 8: se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente • Presunção relativa de morte simultânea. \não importa o gênero ou idade dos indivíduos mortos • Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião/ ao mesmo tempo (não precisa ser no mesmo lugar necessariamente), não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro, ‘’presumir-se-ão simultaneamente mortos’’ • Comoriencia: quando a perícia não consegue definir uma hora exata para a morte de uma pessoa do acidente e alega morte simultânea (das vítimas) Definida como a declaração judicial do desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio, sem dar notícias do lugar onde se encontra, sem deixar procurador para administrar seus bens, acarretando por essa razão dúvida a respeito de sua sobrevivência • protege o código, através de medidas acautelatórias, inicialmente o seu patrimônio, pois quer que ele esteja vivo, quer esteja ele morto, é importante considerar o Morte simultânea ou comoriencia Ausência Extinção da personalidade natural interesse social de preservar os seus bens, impedindo que se deteriorem ou pereçam. • A situação do ausente passa por três fases FASE 1) Na primeira, subsequente ao desaparecimento, o ordenamento jurídico procura preservar os bens por ele deixados, para a hipótese de seu eventual retorno. Há apenas a administração dos bens. É a fase da curadoria ou arrecadação de bens, em que o curador cuida de seu patrimônio. Em regra, durará 1 ano. FASE 2) Na segunda fase, prolongando-se a ausência, o legislador passa a preocupar-se com os interesses de seus sucessores, permitindo a abertura da sucessão provisória. Defere-se a posse dos bens aos sucessores, mas impondo uma série de restrições com intuito ainda de proteger o interesse do ausente no caso de seu eventual reaparecimento. FASE 3) Finalmente, depois de longo período de ausência, é autorizada a abertura da sucessão definitiva. A sua morte só será presumida quando da abertura da sucessão definitiva, etapa final do procedimento da ausência. A propriedade dos bens passa para os sucessores, adstritos apenas a restituí-la ao ausente caso este apareça no prazo de 10 anos. • Da curadoria dos bens do ausente Constatado o desaparecimento do indivíduo, sem que tenha deixado procurador com poderes para administrar os seus bens e sem que dele haja notícia, o juiz, a requerimento de qualquer interessado (cônjuge, parente ou credor...), ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomeará curador (CC, art. 22). Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe á curador • O curador é para o patrimônio do ausente e não para o ausente. Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. • Mandatário: é aquele que recebe mandato ou procuração para agir em nome de outro Art. 682. Cessa o mandato: I - pela revogação ou pela renúncia; II - pela morte ou interdição de uma das partes; III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer; IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.* Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato Por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. P 1: O Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos Descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. Tanto faz o regime de bens P 2: O Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. P 3: O Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. (Curador Dativo) • A curadoria do ausente, fica restrita aos bens, não produzindo efeito de ordem pessoal. Essa curadoria dos bens do ausente prolonga-se pelo período de um ano, durante o qual serão publicados editais, para achar o ausente (art. 744 e Art. 745 do CPC) Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, (b) se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. • Cessa a curadoria: → Pelo comparecimento do ausente (do seu procurador ou de Quem o represente). Entra na posse dos bens, descontados os Valores dispensados na sua conservação e na gratificação do Curador. → Pela certeza da morte do ausente, quando se abrirá a sucessão normalmente. Os atos praticados pelo curador na ausência são válidos e eficazes. → Pela sucessão provisória. A abertura desta, com a partilha dos bens, faz cessar, portanto, a curadoria do ausente. Todavia, não há ainda morte presumida para os demais efeitos legais, o que só ocorrerá com a abertura da sucessão definitiva. • Na fase da sucessão provisória, os herdeiros podementrar na posse dos bens do ausente, desde que, como regra, prestem garantia da restituição deles, em caso de retorno do ausente. Essa fase, durará, em regra, 10 anos (contados do trânsito em julgado da decisão que abre a sucessão provisória). → Essa fase se encerra pela confirmação de morte do ausente, pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão definitiva. (CRG) • Quem pode dar início a segunda fase? Cônjuge não separado judicialmente; companheira; herdeiros; credores de obrigações vencidas e não pagas; ministério público... (Art27) • Os bens serão entregues aos herdeiros, porém, em caráter provisório e condicional, ou seja, desde que prestem garantias da restituição deles (como regra), mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos, em razão da incerteza da morte do ausente. Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. (regra – há exceções) P 2: O Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. • Caso o ausente volte, tais garantias serão uteis na hipótese de ter ocorrido depreciação ou perecimento de seus bens • Mitigação: herdeiros necessários dispensados da prestação de garantia Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o Juiz, para lhes evitar a ruína. • Princípio, aos suc. Provisórios é vedada a alienação dos bens do ausente: Precaução, pois a possibilidade de retorno • Desapropriação: iniciativa forçada do poder público • Ruína: faz-se necessário o convencimento do juiz. Vendido o bem é importante converter o valor em bens ou investimentos considerados seguros pelo juiz. Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos Exemplo: o aluguel de um imóvel Art. 36 se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono Cessará a sucessão provisória pelo comparecimento do ausente. • Todavia, ela se converterá em definitiva: Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas • Agora, os herdeiros podem dispor livremente sobre o domínio dos bens • Com o trânsito em julgado da sentença que reconhece a abertura da sucessão definitiva haverá uma presunção de morte do ausente Art. 38 pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provocando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele . (exceção) • Do retorno do ausente Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub- rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo (seguintes à abertura da sucessão definitiva) , o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
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