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Sistema Respiratório

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Sistema Respiratório de Grandes Animais
Prof. Erica Roier
● Semiologia de Grandes Animais
● Marya Eduarda de Souza
INTRODUÇÃO
- Alta particularidade
clínica
-Podem requerer desde poucos recursos até necropsia
- Bom exame físico associado muitas vezes de exames
complementares
- Diferenciar se o problema é respiratório ou de outro
sistema
➔ Anemia intensa (aumento da FR e profundidade para
compensar oxigenação)
➔ Problemas cardíacos (compensação de oxigenação
deficitária devido a alterações circulatórias)
- Vias aéreas anteriores VS posteriores
exame semiológico
➢ Histórico ou anamnese: direcionada para o quadro
apresentado e tipo de acompanhante do animal
➢ Inspeção, palpação, percussão, ausculta e olfação
➢ Localizar as alterações dentro do sistema
respiratório
➢ Diagnosticar a natureza e etiologia
➢ Quanto à incidência:
- Individual ou coletivo?
■Individual: do indivíduo ou início de surto
(surgimento de novos casos)
■Coletivo: quanto do rebanho foi afetado
(morbidade: doentes no total/letalidade:
doentes que vieram a óbito)
➢ Quanto ao início (avalia gravidade do caso e
patogenicidade e transmissibilidade do agente
etiológico):
- Curso agudo: início e evolução rápida
- Curso crônico: evolução lenta,
progressiva ou estacionária
➢ Tratamentos anteriores:
- Antibioticoterapia : manutenção ou
alteração de plano terapêutico conforme evolução
➢ Manejo:
- Sinais percebidos
- Quando ocorrem com maior frequência
➢ Manifestações clínicas observadas pelo cliente: ○
-Corrimento nasal
-Espirro
-Tosse
-Fadiga durante exercício/prostração
-Sons respiratórios anormais (obstrução)
-Taquipnéia (respiração rápida e superficial)
-Dificuldade respiratória (dispnéia)
➢ Dieta:
- Ração pulverulenta ou peletizada?
- Feno, capim fresco ou silagem? Feno: no chão, na rede
ou no gradil?
➢ Qual altura do cocho?
➢ Confinamento
- Umidade
- Temperatura
- Ventilação
- Cama
➢ Principais indícios de envolvimento de sistema
respiratório:
- Tosse
- Corrimento nasal
- Baixa tolerância ao exercício (cavalos de esporte,
touros de rodeio)
- Ruídos respiratórios anormais (obstruções)
- Descarga nasal (infecção, neoplasia, hemorragia)
- Dispneia (inspiratória, expiratória, mista)
- Febre
AVALIAÇÃO FÍSICA - INSPEÇÃO
● Observar sem tocar e/ou excitar: altera FR/tipo de
respiração
● Avaliação em linha oblíqua, observando a transição
costoabdominal
● Contar FR em um minuto
● Verificar tipo e ritmo
● Oscilações fisiológicas da FR:
- Faixa etária
- Animais obesos
- Gestação (aumento)
- Exercício
- Clima quente e úmido
- Estresse
● Oscilações patológicas da FR:
- Taquipnéia: aumento da FR (febre, dor ou
diminuição da saturação de O2 )
- Bradipnéia: diminuição da FR (depressões do
SNC ou próximo ao óbito)
- Apnéia: ausência total de respiração
- Arritmias respiratórias (hipóxia ou a depressões
cerebrais)
Cheyne-Stokes: FR crescente até auge, diminuindo
até apnéia (fases finais de insuficiência cardíaca, em
intoxicações por narcóticos e lesões cerebrais)
Biot: dois ou três movimentos respiratórios, apnéia, um
ou dois movimentos, outra apnéia (lesões cerebrais ou
das meninges)
Kussmaul: inspiração profunda e demorada, apnéia,
expiração prolongada (coma e intoxicação por
barbitúricos)
Atividade respiratória:
• Eupnéia (normal): movimento inspiratório ativo e
mais rápido que o expiratório, que é passivo (relação
temporal 1:1,2)
• Dispnéia (dificultada)
- Inspiratória: vias aéreas anteriores (estenoses,
corpos estranhos, inflamações)
- Expiratórias: diminuição da elasticidade pulmonar
e obstrução de pequenas vias (enfisema, bronquites,
bronquiolites)
- Mista: edema no interstício (edema pulmonar,
broncopneumonia)
• Hiperpnéia: alteração da amplitude (pneumotórax,
transitório após exercício)
Tipo respiratório:
Normal:
- Costoabdominal
Alterados:
- Costal (peritonites, dilatação gástrica)
- Abdominal (pleurite, fraturas de costela)
Nasal
●Espelho ou muflo
- Ressecamento(febre, desidratação,
hipovolemias)
- Erosões (febre catarral maligna)
• Fossas nasais
- Cor rósea, úmida e íntegra
- Úlceras, erosões, pólipos, tumores, corpos
estranhos
corrimento nasal
Unilateral: alterações na narina correspondente (corpos
estranhos, úlceras e ferimentos locais).
Bilateral: comprometimento de ambas as narinas ou
posterior (afecções que aumentam o padrão secretório das
vias).
Seroso (normal em bovinos, relevante quando aumentado)
Mucoso (inflamações virais, alergias)
Purulento (contaminação bacteriana e migração
leucocitária)
Hemorrágico (corpos estranhos, ferimentos, úlceras,
pólipos)
Combinações
Esverdeado (defeitos da deglutição: faringe e/ou esôfago)
Inspeção e Olfação
●Ar exalado:
➢ Odor
• Normal
• Pútrido (laringite necrótica, abscessos
pulmonares, pneumonia aspirativa)
➢ Fluxo (ambos os lados) - alterado por obstruções
➢ Temperatura (inflamação)
COMO AVALIAR???
Avaliação física - Inspeção
Bolsas guturais:
• Presente em equinos
• Divertículos das tubas auditivas
• Abaulamento na base da orelha: guturocistite (empiema,
timpanismo)
Avaliação física – Palpação
● Procura de depressão - afundamento do osso nasal,
fratura de anel traqueal cervical, fratura de costelas ou
aumentos de volume
● Sinais clássicos da inflamação (dor, calor, rubor, tumor)
● Tórax: mão espalmada e com pontas dos dedos apoiadas
nos espaços intercostais
● Linfonodos mandibulares reativos: faringite, laringite ou
abscessos
● Frêmito laríngeo/traqueal : vibração na altura da laringe
ou traqueia (líquido ou membranas)
● Frêmito torácico: presença de líquido (inflamatório ou
não) nos brônquios, atrito pleural (roce pleural)
Tosse
• Mecanismo de limpeza das vias aéreas Seca e
constante: reações inflamatórias (faringite, laringite,
traqueítes)
•Úmida e produtiva: aumento do exsudato
(broncopneumonias)
Estimulação do reflexo de tosse:
- Beliscamento dos primeiros anéis traqueais logo abaixo
da glote
- Obliteração do ar inalado até que o animal comece a
reagir, soltando-o em seguida. O animal irá inspirar uma
grande quantidade de ar rapidamente, tendendo a tossir se
houver inflamação das vias aéreas
(VIDEOS ONLINE)
Avaliação física - Percussão
● Seios paranasais (frontal, lacrimal e maxilar)
● Feita com o cabo do martelo de percussão ou dígito
digital, comparando lado esquerdo e direito
- Som normal (claro) para maciço: coleção de pus,
tumorações
- Som normal para timpânico (acúmulo de gás):
bactérias anaeróbicas
● Tórax: preferencialmente, martelo-planimétrica
- Normal: claro
- Submaciços ou maciços : tecidos sólidos ou que,
pelo menos, diminuam a quantidade de ar no órgão
(pneumonia, abscessos ou tumores pulmonares)
● Timpânico: ar (enfisema pulmonar, pneumotórax)
● Penetração de 4 a 7 centímetros na cavidade
● Técnica:
- Dorsoventral e crânio caudalmente
- Toda a área torácica
- EIC
● Som obtido: Região central: som claro
● Limite posterior: timpânico ou submaciço (conteúdo de
gás nas estruturas abdominais)
● Região inferior: submaciço
● Percussão torácica: limites
- Anteriores: musculatura da escápula (som
maciço)
- Superiores: musculatura dorsal (som maciço)
- Posteriores: de acordo com a espécie animal
(cruzamento de linhas que passam nos EIC com
linhas imaginárias e horizontais que passam sobre
a tuberosidade ilíaca, tuberosidade isquiática e na
articulação escapuloumeral)
aVALIAÇÃO FÍSICA - PERCUSSÃO
Classificação do tórax
Equinos – elástico – respiração tóraco-abdominal
Bovinos – resistente – respiração abdominal
➔ Limites das Áreas Pulmonares de Percussão
➔ Limite cranial- musculatura da paleta
➔ Limite dorsal- musculatura do dorso
➔ Limite caudo ventral
- 17 EIC adjacente à musculatura do dorso
- 16 EIC ao nível da borda ventral da tuberosidade coxaI
- 14 EIC ao nível da tuberosidade isquiática
- 11 EIC ao nível da articulação escapuloumeral (ponta da
paleta)
Avaliação física – Auscultação
●Método diagnóstico que dá maiores informações
●Local de maior intensidade correspondeà origem
provável de sua produção
●Técnica :
- Posição quadrupedal e em repouso (padronização dos
ruídos)
- Direta ou indiretamente, com estetoscópio
- Craniocaudal e dorsoventralmente, por toda área
pulmonar, por 2 movimentos respiratórios
- Exercício leve (caminhada) ou a inibição temporária da
respiração (saco respiratório): intensificar sons respiratórios
Tipo de técnica
utilizada para
diagnosticar
alguma
intercorrência
respiratória nos
animais.
●Ruídos Normais
- Ruído laringotraqueal: vibração das paredes da laringe e
da traquéia (traquéia cervical)
- Ruído traqueobrônquico (bronquial, sopro glótico ou
tubário): tórax, passagem do ar pelos grandes brônquios e
porção final da traquéia (terço anterior do tórax, tanto na
inspiração quanto na expiração)
- Ruído bronco-bronquiolar (murmúrio vesical): brônquios
menores e bronquíolos (dois terços posteriores do tórax,
durante a inspiração)
●Variações dos Ruídos Respiratórios Normais
Aumento dos ruídos normais:
- Aumento na quantidade de ar com maior vibração das
paredes das vias aéreas (aumento na frequência
respiratória (taquipnéia), na amplitude (hiperpnéia) ou
ainda por dificuldade respiratória (dispneia)) ou facilitação
de transmissão (líquido no interstício pulmonar:
pneumonias, congestão, edema pulmonar)
- Geralmente associado a aumento da área de auscultação
do ruído traqueobrônquico (notado em toda a área
pulmonar)
Diminuição dos ruídos normais:
- Interferência na transmissão dos sons, diminuição da
velocidade de penetração de ar (obstruções ou diminuição
da atividade respiratória), obstruções nas vias aéreas
anteriores
- Fisiológico: animais gordos, de pelos longos, com maior
espessura da parede torácica, musculosos e em repouso
prolongado
- Patológico: afecções dolorosas do tórax, diminuição da
elasticidade pulmonar, aderências pulmonares, exsudatos
fibrinosos, edemas ou enfisemas subcutâneos, coleções de
ar ou líquido na cavidade pleural
- Estenoses de vias aéreas : área de silêncio pulmonar
(alvéolos, bronquíolos e pequenos brônquios cheios de
exsudato, grande área de compressão, atelectasia
pulmonar)
Inspiração interrompida (murmúrio vesicular
interrompido): interrupção na inspiração (animais sadios e
nos excitados, enfermidades dolorosas da pleura e na
bronquite com exsudato)
●Ruídos Patológicos ou Adventícios
Crepitação grossa (estertor úmido/bolhoso):
- Aumento de líquido no interior de brônquios. Formação de
uma onda capaz de causar obstrução da luz
- Assemelha-se ao estourar de bolhas
- Broncopneumonia e edema pulmonar
Sibilo:
- Semelhante a chiado ou assobio
- Estreitamento de vias aéreas causado (deposição de
secreção viscosa aderida, broncoespasmo)
- Início da inspiração: processos extratorácicos (estenose
da laringe, compressão da traquéia ou muco espesso
nesses locais)
- Fim da inspiração ou expiração: obstrução das pequenas
vias aéreas (bronquite ou bronquiolite e doença pulmonar
obstrutiva crônica)
Ronco:
- Ruído grave, de alta intensidade
- Vibração de secreções viscosas aderidas às paredes de
grandes brônquios
- Broncopneumonia (tórax), laringite ou laringotraqueíte
(região da laringe ou traquéia)
Rocepleural:
- Atrito das pleuras visceral e parietal inflamadas
- Não auscultável em animais sadios
- Esfregar de duas folhas de papel, esfregar de duas lixas,
de couro molhado, gemido.
- Pleurite com deposição de fibrina
Sopro, roce ou ruído cardiopleural:
- Raspar de duas superfícies ásperas
- Inspiração e coincidente com a movimentação cardíaca
- Atrito da pleura sobre o pericárdio inflamado (pleurite
associada a pericardite)
Sopro ou ruído cardiopulmonar:
- Baixa intensidade, semelhante ao soprar com os lábios
apertados
- Relacionado em animais saudáveis com ciclo sístole
diástole
- Acontece em quadros de excesso de produção de muco
(bronquiolites)
Broncofonia:
- Ruídos acessórios que perturbam a auscultação
- Voz, gemidos, tosse, crepitações ou estridores laríngeos,
Ruídos acessórios que perturbam a auscultação:
- Contrações dos músculos cutâneos, crepitações dos
pelos, de deglutição e gastroentéricos.
- Dificultam o diagnóstico
Avaliação física
● Percussão auscultatória
- Percussão traqueal e a auscultação pulmonar
associada
- Ausculta na área pulmonar
■Tecido normal: ruído débil, impreciso, distante e
difuso.
■Tecido atelectásico ou congesto: ruído breve,
seco e preciso, imediatamente debaixo do ponto de
ausculta
■Coleções líquidas no espaço pleural: ruído ao
longe, mas preciso e breve.
● Punção exploratória
- Coleta de líquido pleural
- Diagnóstico de exsudato ou transudato
- Agulha 6-8x2mm ou sonda mamária
- Localização:
■Equinos: 6º EIC esquerdo ou 5º EIC direito
■Ruminantes: 5º EIC esquerdo ou 4º EIC direito
EXAMES COMPLEMENTARES
➔ Hemograma (leucograma e fibrinogênio)
➔ Exame parasitológico das fezes
➔ Titulação de anticorpos
➔ Exame radiográfico (penetrância)
➔ Ultrassonografia
➔ Endoscopia
➔ Lavado traqueobrônquico e bronco alveolar
➔ Gasometria
➔ Biópsia pulmonar
➔ Toracocentese (citologia e microbiológico)
➔ Necrópsia
ANOTAÇÕES GERAIS :
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Outros materiais