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O consumo de aparelhos eletrônicos se intensificou ao redor de todo o mundo entre 1980 e 1990. Nessas décadas surgiram meios de comunicação digitais como computadores, pager/bip, desktop, laptop/notebook, discman, entre outros. A partir daquele período, contudo, o comportamento dos usuários foi sendo moldado para uma navegação cada vez mais independente do espaço físico. Ou seja, era possível estar conectado à internet sem estar ligado a um cabo de rede. Tal realidade se concretizaria a partir do século XXI, quando smartphones impulsionaram a cultura de dispositivos mobile. Nos anos 2000 e 2010, as marcas atentaram ao constante consumo de internet por meio dos smartphones, tablets e até smartwatches. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, divulgada em 2020, o Brasil conta com 230 milhões de celulares ativos no país – número maior que a população. Outros aparelhos móveis totalizam 180 milhões. Estima-se que a chegada da conexão 5G, com velocidade ampliada para navegar na web, vai intensificar nos próximos anos o consumo de plataformas e recursos online. Com a abundante participação dos consumidores nesses territórios virtuais, cada vez mais, desde o final do século XX, as marcas identificam oportunidades e investigam as melhores práticas. Negócios criam lojas virtuais, websites responsivos, aplicativos, canais em redes sociais, chatbots, entre outras táticas. Nesta primeira aula, é fundamental apresentar exemplos, estudos de caso de empresas tradicionais que embarcaram e se adaptaram aos novos tempos do mobile marketing. Apresentar dados relevantes que comprovam a consistência do tema proposto pela disciplina, destacando números de consumo que explicitam quão importante é falar sobre mobile marketing. É fundamental, também, saber que o conceito já existe há anos, mas que, cada vez mais, o mercado compreende a profundidade das estratégias digitais em aparelhos eletrônicos móveis – e como isso se reflete em números e cifras. Narrar a trajetória histórica que ocasionou o surgimento dos dispositivos móveis. Mencionar os componentes que contribuíram para o cenário contemporâneo, explicando os eventos que conduziram à modernização dos aparelhos de bolso, desde pagers e celulares até tablets e smartwatches. Assim, portanto, evidencia-se a competição tecnológica pela mobilidade. Explorar estudos de caso de empresas que adaptaram suas estratégias para dispositivos móveis. Refletir e debater sobre as transformações no mercado e, Mobile marketing Aula 1: História da mobilidade Introdução Objetivos principalmente, sobre como o mobile marketing se revelou uma mudança necessária nas ações de marcas tradicionais que, no século XXI, mudaram suas táticas para mergulhar em novas possibilidades. Para podermos entender a evolução do consumo a partir do uso de aparelhos de celular, precisamos voltar no tempo e entender a evolução da tecnologia do aparelho e da telefonia móvel, assim como o surgimento e a consolidação da internet, com seus inúmeros produtos digitais, compreendendo como os fenômenos da convergência digital e a internet das coisas mudaram a forma de consumir do homem moderno. A mobilidade móvel é um fenômeno contemporâneo de liberdade e adaptação a qualquer local ou ambiente, podendo contribuir para integrar e unir pessoas na condução do trabalho, tarefas ou atividades de rotina e dia a dia que melhorem a qualidade de vida do homem moderno. Liberdade é a palavra-chave: estar onde, quando e com quem quiser, sem abrir mão da tecnologia. Esse formato, que a mobilidade móvel nos trouxe e continua atingindo nossas vidas cada vez mais, modifica a nossa forma de lidar com o mundo. No momento em que o mundo teve que se readaptar por causa da pandemia da Covid-19, a mobilidade transformou os trabalhos e a educação, modificando e trazendo soluções que estavam muito perto, mas que só foram largamente testadas a partir do momento em que tivemos que ficar reclusos. A mobilidade móvel é uma realidade e só vai crescer e proporcionar novas experiências. O Brasil adotou um padrão de tecnologia americano chamado padrão Advanced Mobile Phone System (AMPS), ou, em português, Sistema Avançado de Telefonia Móvel. Foi o sistema mais estável ofertado na época. Assim, a nossa primeira rede de telefonia celular no Brasil foi a da extinta Telerj, da cidade do Rio de Janeiro, na década de 1990. Segundo Dutra (2016, p. 105), As fraudes das licitações e as barreiras burocráticas foram o problema inicial para a consolidação dos serviços no Brasil, que mais de 300 mil clientes estavam aguardando. Um edital para a concorrência do setor privado foi elaborado pelo governo e, no documento, o secretário de Comunicações divulgaria o vencedor da melhor proposta. No fim das contas, a empresa japonesa de tecnologia NEC foi a vencedora. A multinacional foi a responsável por instalar o primeiro sistema analógico em São Paulo e, posteriormente, o sinal digital. Somente em agosto de 1993 os serviços de telefonia móvel iniciaram na capital, seguido de Campinas e São José dos Campos. Nesse período, com a ausência de operadoras oficiais de telefonia móvel, a Telebrás, matriz do governo para telefonia fixa, assumiu junto com operadoras locais das cidades a operação móvel. Elas eram Telesp Celular, Telerj Celular, Telemig Celular e Telebrasília Celular. O quadro seguinte descreve cada região das operadoras: Quadro 1.1 - Tabelas operadoras de telefonia do Brasil Operadoras Região Telesp Celular São Paulo Telerj Celular Rio de Janeiro Telemig Celular Minas Gerais Telebrasília Celular Brasília Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A mobilidade móvel A evolução da telefonia móvel no Brasil No ano de 1998, o governo Fernando Henrique realizou as primeiras privatizações na telefonia do país, expandindo as melhorias tecnológicas e abrindo o capital do Brasil para o investidor estrangeiro. As operadoras que aqui chegaram formam o bloco das quatro grandes operadoras do Brasil atualmente: Vivo, OI, TIM e Claro. Para entender a evolução dos aparelhos de celular, precisamos primeiro entender que a sua evolução partiu do desejo do ser humano da mobilidade: ligar para o outro de qualquer lugar, sem estar fisicamente em sua residência ou em algum ambiente que possuísse um aparelho de telefone fixo. Segundo Dutra (2016, p. 104), Os primeiros celulares DynaTAC produzidos pela Motorola, entre 1983 e 1994, foram considerados, anos mais tarde, como “tijolos”, devido ao tamanho e ao peso. Cada celular media cerca de trinta centímetros e pesava quase um quilo e, em contraste, o nível de bateria era muito reduzido, com durabilidade que não ultrapassava trinta minutos. Vamos apresentar uma linha do tempo dos aparelhos que marcaram a evolução dos celulares: 1947 - Primeiro experimento relatado sobre a criação de um aparelho de celular, quando foi criado um protótipo primitivo no laboratório da empresa Bell, nos EUA, que depois passou a se chamar Nokia Bell Labs. 1973-1983 - Podemos entender como o primeiro celular o modelo Motorola DynaTAC 8000X, criado pelo engenheiro Martin Cooper. Cooper ficou conhecido como “o pai do aparelho de celular”. Esse modelo começou a ser comercializado pela Motorola em 1983. 1992 - Primeira transmissão de SMS com uma mensagem de texto de Feliz Natal. Ocorreu na empresa Vodafone, operadora do Reino Unido, e foi realizada pelo engenheiro Neil Papworth como teste para a integração da rede GSM. 1994 - Primeiro aparelho com tela touch screen, com o modelo IBM Simon, que executava simples ações para acessar agenda, calendário etc. 1996 - Primeiro celular com acesso à internet, o modelo Nokia 9000 Communicator. 1998 - Primeiro celular em barra, o modelo o Nokia 6160 e 5110. 2001 - Primeiro celular com Bluetooth, o modelo T36 Ericsson, e o primeiro com câmera, o J-SH04. 2002 - Primeiro celular com conectividade com à internet, envio de e-mails e uso de aplicativos foi o modelo BlackBerry. 2007 - Primeiro smartphone do mercado, com acesso à internet, sistema operacional e aplicativos, o Iphone, lançadoem dezembro do mesmo ano por Steve Jobs. Atualmente, para avaliar um aparelho de celular, levamos em consideração o hardware do aparelho como se fosse um computador pessoal. O consumidor escolhe um aparelho como escolhe um computador, por causa do avanço tecnológico do dispositivo e também de acordo com suas necessidades de uso. Assim, o usuário avalia os seguintes itens: desempenho, resolução de tela, duração de bateria, qualidade da câmera, sistema operacional, memória e espaço em disco: Desempenho – está ligado ao funcionamento e performance do aparelho Resolução de tela – qualidade de exibição e visualização de conteúdo em tela Duração de bateria – tempo de vida útil da bateria sobre o uso do aparelho Qualidade da câmera – desempenho e qualidade para fotos e vídeos Sistema operacional – atualização e melhor sistema operacional Memória – capacidade de velocidade de funcionamento e desempenho Espaço em disco – capacidade de armazenamento de dados pelo aparelho Aparelho ou dispositivo móvel A evolução da telefonia móvel é dividida pelo avanço de tecnologia celular pelos países do mundo; podemos dividir a tecnologia móvel em cinco momentos: 1G, 2G, 3G, 4G e 5G. 1G - A primeira geração de telefonia móvel surgiu com a simples missão de oferecer ligações de voz por aparelhos móveis, para operar chamadas em movimento. Tinha a simples função de ligação. Sua tecnologia ainda tinha vários problemas de uso, tanto do ponto de vista tecnológico quanto da usabilidade. 2G - A segunda geração de telefonia móvel adotou a tecnologia digital, passando a operar com circuitos digitais; começou a oferecer chamadas de voz de SMS e pacote de dados com altas taxas de transferência para o usuário. 3G - A terceira geração de telefonia móvel destacou o serviço de videochamada, a comunicação via VoIP, o acesso à TV no próprio celular e a melhoria nos envios de e-mail e SMS. 4G - A quarta geração de telefonia móvel expandiu o serviço e a velocidade de internet, aumentou a quantidade de dados para os usuários, permitindo acessar vídeos, jogar etc. pelo aparelho de celular. 5G - A quinta geração de telefonia móvel tem como missão expandir ainda mais o acesso à internet a vários outros dispositivos, além do aparelho de celular, como para carros, geladeiras, TVs e casas, entre outros aparelhos e ambientes. O 5G é o avanço da internet para todos, em questão da qualidade de serviço, cobertura de sinal e velocidade de uso. Segundo Martins (2016, p. 23), O mundo está evoluindo e suas necessidades em estar conectados aumentam, com a internet das coisas, será necessário um sistema robusto, seguro, rápido e baixa latência e cada vez mais iremos precisar de mais banda para atender às nossas necessidades, principalmente para os serviços na nuvem, streaming, jogos online entre outros. O quadro a seguir apresenta o período de cada geração de telefonia móvel e seu benefício para o usuário. Quadro 1.2 - Avanços das gerações de telefonia móvel Período Tecnologia Benefício Década de 80 1G Ligação móvel Década de 90 2G Transmissão digital, SMS em formato de voz e pacote de dados Década de 2000 3G Videochamada, VoIP, TV pelo celular Década de 2010 4G Aumento e velocidade de internet e mais troca de pacote de dados Década de 2020 5G Expansão e velocidade do serviço de internet para mais dispositivo e aumento do sinal Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A quinta geração de telefonia móvel no Brasil ainda não foi escolhida. O governo atualmente está em processo de estudos sobre qual sistema adotar, que poderá ser o americano ou o chinês. Outro fato importante ocorre com a chegada ao Brasil dos primeiros computadores pessoais a baixo custo e o acesso ao novo meio de comunicação: a internet. O Brasil saía de uma recessão econômica e política nos anos 90 e começava a dar sinais de melhoria; tudo conspirava a favor do país. O Brasil conseguia importar produtos de informática mais baratos sem taxação do governo, o que possibilitou a importação dos primeiros computadores Evolução da telefonia móvel Surgimento do computador pessoal e internet pessoais, os PCs, por um preço menor do que o praticado até aquele momento. Um ponto fundamental para a popularização do PC foi o lançamento do Windows95, que possibilitou ainda mais dinâmica para os sistemas operacionais, junto com o pacote Office. O brasileiro começava a ganhar possibilidade de acesso à tecnologia e avanço sobre novos produtos de informática. A chegada da internet começou a capacitar o cidadão brasileiro a aprender a navegar, informar-se pela rede mundial dos computadores e trocar mensagens pelo e-mail, em novas experiências de comunicação e tecnológicas. O desse período era chamado de “internauta” entre os anos de 1995 até 2001. O quadro a seguir apresenta o avanço da chegada dos computadores pessoais e da internet: Quadro 1.3 - Avanços do computador pessoal até internet Período Tecnologia Avanço 1990 Computador Pessoal - PC Preços mais atrativos 1995 Sistema Operacional – Windows95 Avanço dos sistemas operacionais 1995 Pacote Office Ferramentas para facilitar a vida do usuário 1995 Internet Novo meio de comunicação Fonte: Elaborado pelo autor (2021). O fenômeno da convergência digital é considerado recente, pois começou a ocorrer em um primeiro momento como uma mudança de tecnologia de processos analógicos para o digital, mas isso mudou muito no decorrer do tempo. A tecnologia começou a afetar outras áreas e a estabelecer formas para lidar com a comunicação. Um exemplo muito interessante foi o surgimento de compressão de áudio MP3, que é um formato de áudio digital que passou a ser baixado e vendido no lugar do CD e DVD de música, onde o usuário poderia comprar só a música de forma virtual. Ou seja, o consumidor não mais comprava o álbum do artista, mas passou a comprar só a música e, ainda, personalizar a sua lista de reprodução de músicas, o que antes não seria possível. A convergência digital também trouxe inovação ao criar aparelhos para escutar a sua própria música, como o Ipod, lançado no início dos anos 2000, considerado uma inovação de entretenimento e consumo. Deixamos de comprar mídia física para armazenar nossos arquivos em nuvens de dados. O usuário ganhou novas experiências e culturas que não acessava. A convergência digital veio para ajudar a integrar as pessoas com dispositivos que facilitariam o acesso à internet para os até então excluídos digitais. Um dos fatores facilitadores que possibilitou isso foi o crescimento das lan houses nas comunidades carentes do país, integrando pessoas à internet e desenvolvendo o uso de ferramentas de chat e redes sociais. A convergência digital revolucionou a nossa forma de expressão, de escuta, de interação, de leitura, de acesso a conteúdo e informação por meio de um mesmo aparelho que converte várias mídias em um só. O quadro a seguir apresenta as mudanças em foco por cinco eixos: Quadro 1.4 - Convergência digital e mudança Convergência digital Mudança Tecnologias Comunicação Inovação Cultura Social Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Chegamos aos dias atuais com a revolução da chamada internet das coisas, que vai possibilitar novas mudanças nesses cinco eixos: tecnologia, comunicação, inovação, cultura e social. Trata-se de uma nova forma de usar e consumir pelo celular e por outros aparelhos integrados que vão dar suporte para novas experiências de compra, consumo, entretenimento e informação. Fenômeno da convergência digital e internet das coisas A internet das coisas é como o próprio nome diz: coisas com internet. Carro, geladeira, micro-ondas, televisão, entre muitas outras coisas, passaram a ter acesso à internet e interagir com o usuário, possibilitando novas mudanças e adaptações para ações comuns do dia a dia. Segundo Martins (2016, p. 28): Com advento do IPV6 será possível cada dispositivo ter um endereço próprio e acessível pela internet; com o aumento das velocidades, estes dispositivos terão um gerenciamento remoto em tempo real, facilitando ações para seus fins. Máquinas se comunicarãocom máquinas sem intervenção humana; O mundo estará realmente conectado em todos sentidos, desde um simples lar até empresas gigantes, por exemplo: transporte, logística, produção no campo, cidades conectadas. Os primeiros smartphones tinham pouca memória e espaço em disco para armazenar e processar alguns tipos de aplicativos. Considerando a evolução do hardware e do software (aplicativo), o hardware demorou um pouco a ter capacidade de uso para certos aplicativos que começaram a ser usados a partir da década de 2000. Os smartphones possuem um sistema operacional que determina o funcionamento e o gerenciamento do aparelho, assim como um computador pessoal. Os sistemas operacionais são: macOS da Apple, Android do Google e o extinto Windows Phone, que deixou de ser desenvolvido pela Microsoft. Hoje, os principais sistemas são, portanto, o macOS e o Android. Quadro 1.5 - Sistema operacionais mobile Sistema operacional Empresa macOS Apple Android Google Windows Phone Microsoft Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Os primeiros aplicativos de uso dos usuários nos aparelhos smartphone eram aplicativos que vinham no próprio sistema operacional do aparelho. Esses aplicativos tinham função de gerenciamento e atividades de uso do usuário, como agenda, calendário, calculadora, bloco de notas, entre outras ferramentas auxiliares para o usuário. Podemos indicar esses aplicativos como a primeira geração de app que o usuário teve acesso pelo aparelho. O quadro a seguir indica os tipos de aplicativos que podemos indicar na primeira geração de apps. Quadro 1.6 - Primeira geração de aplicativos Primeira geração Tipo de aplicativo Sistema operacional App agenda App calendário App relógio App calculadora App bloco de notas Outros apps Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A segunda geração de aplicativos que os usuários tiveram acesso envolvia informação e entretenimento, como plataformas jornalísticas, plataformas de filmes e séries, redes sociais, plataformas de fotos, games, entre outros. O quadro a seguir destaca os tipos de aplicativos mais usados na segunda geração de apps. Quadro 1.7 - Segunda geração de aplicativos Segunda geração Tipo de aplicativo Apps de informação e entretenimento Portais de notícias Redes sociais Streaming de filmes e séries Streaming de música Games Outros apps O uso dos sites, plataformas e aplicativos Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A terceira e mais atual geração de aplicativos consiste em serviços diversos, que podem ser descritos resumidamente nas seguintes categorias: streaming, delivery, e-commerce, bancos e transporte. O quadro a seguir apresenta a relação das categorias de aplicativos mais usados na terceira geração de apps. Quadro 1.8 - Terceira geração de aplicativos Terceira geração Tipo de aplicativo Serviço Streaming Delivery E-commerce Bancos Transporte Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Outros aplicativos como as redes sociais continuam em uso, porém, o foco é o crescimento que consolida mais o uso de aplicativos de serviços. CATALDO, Silvana. Mobile Marketing: El marketing y la publicidad através de celulares o dispositivos móviles. Dissertação (Maestría en Comercialización y Comunicación Publicitaria). Universidad del Salvador, Buenos Aires, 2010. LEPPANIEMI, Matti; SINISALO, Jaako; KARJALUOTO, Heikki. A review of mobile marketing research. International Journal of Mobile Marketing, v. 1, n. 1, 2016. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Aprenda mais Exercícios de fixação Questão 1: Qual dos motivos a seguir contribuiu para o surgimento de dispositivos móveis? Computadores estavam com vendas em casa e consumidores deixam de comprar PCs. Ampliação do consumo da internet em casas e investimento impulsionado por marcas. Derrocada das economias globais, em especial na primeira metade do século XX. Oportunidades da ciência e da engenharia na Ásia, ainda no final do século XXI. Ampliação dos investimentos em transporte público, levando mais pessoas às ruas. Questão 2: Em 2000, qual foi o principal impacto dos smartphones no consumo? Nesta aula: Conferimos a trajetória histórica da tecnologia que ocasionou o advento do mobile. Vimos as primeiras transformações tecnológicas, como as de smartphones e notebooks. Usuários começaram a escutar menos músicas e assistir a mais videoclipes. Usuários agora conseguiam produzir fotos e vídeos em alta qualidade. Usuários tinham vertigem ao manusear as interfaces dos smartphones. Usuários não embarcaram na moda dos aplicativos de conversação nativos. Usuários poderiam carregar documentos e acessar a web de modo remoto, nas ruas. Questão 3: De modo resumido, o que é o 5G? Um novo modelo de login em aplicativos móveis. Uma tecnologia de leitura de íris para acesso em dispositivos móveis. Um endereço eletrônico com navegação interativa em websites e apps. Uma tecnologia para conexão ainda mais veloz e integrada à internet. Um formato de celular originado e desenvolvido na Ásia, em 2020. Questão 4: Em qual das opções a seguir reside o futuro da cultura mobile, no curto prazo? Televisores e sistemas de som portáteis e acessórios no pulso dos usuários como smartwatches. Smartwatches vão se revelar obsoletos e o mercado vai se direcionar aos tablets. O surgimento do 5G, o aumento na velocidade da web e nas experiências interativas. Notebooks mais finos vão superar tablets nos lucros de mercado. Celulares dobráveis, comuns nos anos 1990, vão retornar. Questão 5: De acordo com pesquisadores, qual é o possível futuro do mobile marketing? Resgate do SMS como principal canal no disparo de informações em modo privado. Experiências com geolocalização, realidade aumentada e virtual e streaming. O desenvolvimento de apps será simplificado para que todas as marcas os tenham. Websites vão superar o consumo de apps para uma experiência ampliada. Tablets terão uma queda de venda, e as marcas vão investir em smartwatches. Síntese Analisamos empresas tradicionais que repaginaram suas estratégias para o mobile. Refletimos sobre o futuro das tecnologias móveis, com o 5G e novas possibilidades. Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos: As mudanças no comportamento dos consumidores em mobiles. De que modo é possível se conectar com consumidores nesses aparelhos. Qual é o processo de compra do cliente nos espaços mobile. DUTRA, Flora. A história do telefone celular como distinção social no Brasil. Da elite empresarial ao consumo da classe popular. Revista Brasileira de História da Mídia, v. 5, n. 2, p. 102-116, jul.-dez. 2016. GASPARIN, Mirian. Brasil é o quinto maior mercado de smartphones no mundo. 2020. Disponível em: miriangasparin.com.br [https://miriangasparin.com.br/2020/08/brasil-e-o- quinto-maior-mercado-de-smartphones-no-mundo/] . Acesso em: 16 mar. 2021. ERLICHMAN, Gus. Comscore apresenta pesquisa inédita sobre o uso dos dispositivos móveis em todo o mundo. GUS.digital, 2 abr. 2020. Disponível em: gus.digital [http://gus.digital/comscore-apresenta-pesquisa-inedita-sobre-o-uso-dos-dispositivos- moveis-em-todo-o-mundo/] . Acesso em: 16 mar. 2021. MARTINS, Francisco Tacizio. Tecnologia 5G – o futuro das redes móveis. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização MBA em Gestão de Serviços de Telecomunicações). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2016. XAVIER, Jonas. Estudo da evolução da telefonia móvel no Brasil. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 10, 2005, São José dos Campos/SP. Anais [...]. São José dos Campos/SP: Universidade do Vale do Paraíba, 2016. p. 308-311. ZONATO, Anderson Nigro. O celular como ferramenta de comunicação integrada de marketing. Inovcom, vol. 6, n. 2, 2014. Disponível em: www.portcom.intercom.org.br [http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/inovcom/article/download/1984/ 1770] . Acesso em: 16 mar. 2021. Próxima aula Referências https://miriangasparin.com.br/2020/08/brasil-e-o-quinto-maior-mercado-de-smartphones-no-mundo/ http://gus.digital/comscore-apresenta-pesquisa-inedita-sobre-o-uso-dos-dispositivos-moveis-em-todo-o-mundo/http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/inovcom/article/download/1984/1770 Os aplicativos de conversação facilitam a troca comunicacional entre indivíduos. O e-banking agiliza consultas, transações e demais trâmites que demandariam idas às agências físicas. Lojas de vestuário, restaurantes, transportes privados, e muito mais, garantem a personalização de serviços, com atendimento, entrega e experiências individuais. Esses são alguns dos componentes que levam milhões de indivíduos à compra e frequente consumo de dispositivos móveis na atualidade – como smartphones, tablets e muito mais. Na presente aula, contudo, será preciso conferir quais são os serviços e funcionalidades mais utilizados pelos indivíduos. Ou seja, é preciso refletir sobre quais são os elementos manuseados dentro desses aparelhos e de que modo tal uso impacta nos dados. A prática mobile movimenta cifras mercadológicas em larga escala, garantindo que empresas de tecnologia continuem fomentando seus usuários com novidades digitais e, consequentemente, competindo pela inovação para levar a cultura móvel a outros níveis. Observando os números, marcas investem cada vez mais em discursos de marketing, de modo a estimular a compra dos aparelhos. Serão apresentados alguns estudos de caso, como comerciais e peças publicitárias, de modo a exemplificar qual tem sido o tom de voz, a abordagem visual e as demais táticas nas campanhas para atrair consumidores. Assim, portanto, os alunos podem conferir os bastidores que levam à cultura mobile. Apresentar dados atualizados sobre consumo digital, no geral. Destacar como os aparelhos móveis (celulares, smartwatches, notebooks e tablets) estão sendo vendidos na atualidade. Evidenciar a relevância mercadológica, em números, da venda e da compra desses itens. É fundamental, também, conferir quais são os hábitos mais rotineiros desses indivíduos quando estão equipados e utilizando os dispositivos eletrônicos – como a frequente atenção com a vibração ou iluminação repentina do item quando há notificações. Destacar os motivos que levam usuários à compra de dispositivos móveis. Analisar os mercados que mais investem no ramo e quais são as funcionalidades que mais levam os consumidores à busca desses aparelhos. Investigar, a partir daí, quais são os fatores que ocasionam elevados números de compra dos itens. Verificar e refletir, também, sobre os componentes culturais e de influência. Debater sobre a moda de ter um dispositivo móvel como ícone ou símbolo social. Refletir sobre as estratégias das marcas e observar os discursos de venda. Analisar o argumento utilizado pelas marcas para promover os aparelhos: praticidade, mobilidade, esporte, jogos eletrônicos “onde e quando quiser”, entre outros. Analisar, portanto, como grandes empresas constroem incentivos e encorajamentos ao consumo mobile, estimulando o constante crescimento do maior mercado da atualidade, o da tecnologia. Para entender e avaliar melhor o comportamento do consumidor brasileiro, abordaremos como as gerações foram impactadas pelo advento da internet e pela convergência digital, chegando à geração que vai ser influenciada pela internet das coisas, sendo considerado uma terceira geração de mudanças tecnológicas. Mobile marketing Aula 2: Consumidor Introdução Objetivos Geração web 1.0 e 2.0 e internet das coisas As gerações de internet compreendem as pessoas que tiveram as suas vidas impactadas pelo surgimento e chegada da internet durante as décadas de 90, 2000, 2010 até 2020. São pessoas que tiveram que se adaptar ou nasceram durante a evolução da internet nesses últimos 25 anos, período de popularização da internet no Brasil e pelo mundo. As gerações de internet são divididas em três momentos: a primeira geração, no período de 1995 até 2001, a segunda geração, de 2001 até 2019, em alguns países, e a terceira geração, que está ou vai ser impactada com a chegada da terceira geração de internet, a da chamada internet das coisas. No decorrer dessas três gerações de pessoas que se acostumaram ou nasceram na era digital, o homem moderno conheceu a evolução digital em suas rotinas e em seu dia a dia, desde a sua relação de trabalho até a relação de compra, com avanços tecnológicos, culturais, políticos, econômicos e de consumo, entre outros, que melhoraram e alavancaram a vida das pessoas na sua rotina e bem-estar. Hoje conseguimos identificar cinco gerações que foram impactadas ou nasceram com a internet: geração baby boomer, geração X, geração Y, geração X e geração Alpha. A geração baby boomer é uma geração de nascidos entre as décadas de 50 e 60 que foram influenciados pelo surgimento da TV. Tinham ideias revolucionárias, sendo uma geração que começou a romper com os padrões culturais e sociais desse período e a começar uma mudança pelos seus países. Essa geração é muito marcante nos EUA por ser impactada pelo movimento do rock and roll, que desejava viver a juventude vista nas telas de cinema e TV. A geração X é uma geração que nasceu entre a década de 70 e 80. Viu surgir os computadores, celulares e internet, porém, suas vidas não foram tão impactadas por esses avanços tecnológicos. Foi a geração que começou a ver o avanço da tecnologia com a chegada do homem à lua. A TV passou a ser o elo central de consumo de informação, e seu entretenimento se firmou nos lares pelo Brasil e o mundo. A geração Y consiste em nascidos durante a década de 90, também chamada de geração do milênio. Foi diretamente impactada pelos avanços tecnológicos trazidos pela telefonia móvel, popularização da internet e barateamento dos computadores pessoais. Viveu diretamente a transição dos processos analógicos para os digitais logo no início do fenômeno da cultura da convergência. Já a geração Z é composta por jovens nascidos a partir dos anos 2000 até 2010. É uma geração totalmente digital, conectada e que vive simultaneamente offline e online. Figura 2.1 – Geração Z Fonte: RyanJLane/iStock. A geração alpha, por fim, é uma geração dos nascidos a partir de 2010. É uma geração dominada pelas tecnologias. O celular e o tablet foram suas babás, e é totalmente conectada e tecnológica, com seus estímulos sensoriais extremamente apurados pelo uso da tecnologia. Quadro 2.1 – Período de cada geração http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula2/img/2_1.jpg Geração PeríodoGeração Período Geração baby boomer Nascidos nas décadas de 1950 e 1960 Geração X Nascidos nas décadas 1970 e 1980 Geração Y Nascidos na década de 1990 Geração Z Nascidos entre 2000 até 2010 Geração Alpha Nascidos após 2010 Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A primeira geração de internet, marcada pelo período de 1995 até 2001, foi a que começou a conviver com a internet no Brasil. O cidadão brasileiro foi muito impactado com a chegada da internet ao país. Primeiro começou a usar um computador pessoal, antes um objeto de luxo ou visto só em filmes por causa do seu alto custo de compra. Depois, o contato com o sistema operacional Windows 95, com um sistema de janelas com muitas opções e aplicativos internos, além da própria navegação pelos sites e ferramentas digitais, introduziu uma rotina nova de entrar por telas e navegar. Era o mar da rede mundial de computadores, em que o cidadão era chamado de internauta. Navegar era a expressão de entrar e sair dos sites. O e-mail era a principal forma de comunicação, sendo o sistema de correio eletrônico uma coisa nova e que se popularizou rapidamente. Nesse período, o usuário brasileiro então denominado internauta teve que aprender a lidar com esse novo meio de comunicação, alfabetizar-se e aprender a lidar com os novos hábitos da web. Primeiro, os usuários não se identificavam na rede, mas usavam um apelido (nickname) em salas de bate-papo como no site UOL, muito popular nesse período. Depois, passaram a usar um número de identificação em ferramentas como sala de bate-papo ou ferramentas como ICQ, uma das primeiras formas de rede social que os usuários começaram a ter acesso. Na sequência, passaram a ter acessoao sistema de bate-papo da Microsoft, o Messenger, uma ferramenta muito popular nesse período, pois os usuários poderiam falar em tempo real com outros usuários. Sua identificação era feita por e-mail e o usuário só aceitava pessoas que conhecesse. Quadro 2.2 – O usuário de cada rede social Identificação do usuário Ferramenta digital ou rede social Nickname Bate-papo UOL N.I (Número de Identificação) ICQ E-mail Messenger Perfil Digital Rede Social - Orkut Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Com a chegada das redes sociais ao Brasil, como o Orkut no início dos anos 2000, as pessoas começaram a se apresentar com o seu nome e informações reais, passando a ter perfis na rede. Nesse período, o brasileiro começou a entender que as vidas virtuais e reais se confundiam, pois problemas da vida real como infidelidade, fins de relacionamento e amizades, entre outras relações sociais, foram impactados pelas relações na vida virtual. Dessa maneira, o usuário começou a se preocupar com a exposição de suas informações e ações na rede e a cobrar formas de restringir o acesso a seus dados, tanto de empresas de tecnologia quanto de autoridades públicas, fossem elas do Brasil ou não. Isso vem dessa alfabetização digital que o acesso e convivência na web despertou para o usuário. Os sites que essa primeira geração acessava eram portais, sites institucionais e sites corporativos. Os portais eram a principal forma de acesso a conteúdo desse período; era um formato de site que poderia apresentar todo e qualquer tipo de conteúdo informativo para os usuários. Até hoje, muitos desses sites, como UOL, BOL, Terra e IG existem porque os usuários brasileiros consomem os seus variados conteúdos. O quadro a seguir apresenta os principais sites desse período com o endereço para acesso de pesquisa. Quadro 2.3 - Tabela de portais Site Endereço UOL Uol.com.br BOL Bol.com.br TERRA Terra.com.br IG Ig.com.br GLOBO Globo.com R7 R7.com Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Os hotsites são formatos usados também com o perfil temporário para serem usados como campanha publicitária, eventos, entre outras de formas temporárias para anunciar os produtos desses segmentos. Sua Geração Web 1.0 – Internauta Alfabetização digital Sites, ferramentas e plataformas digitais principal característica é ser temporário, com tempo de vida útil para ser usado pela empresa e o usuário. Os sites institucionais ou corporativos são formatos usados até hoje por empresas para se apresentar ao mercado e ao consumidor, destacando a sua história, portfólio de produtos, entre outras informações institucionais que ajudam investidores, consumidores e outras pessoas a acessar essas informações. Outro formato, não muito popular, eram os sites de leilões virtuais, como foi no início do site e aplicativo Mercado Livre. Os sites de leilões se caracterizavam por indicações de produtos, em que os usuários realizavam lances pelos produtos, até chegar no melhor lance para ser vendido pelo anunciante do leilão. Essa experiência é considerada uma das primeiras formas de comércio eletrônico na internet da primeira geração. Outro formato foi o surgimento dos sites de busca: o Brasil teve um site muito popular no país chamado Cadê. A segunda geração da internet data de 2001 até 2019. No Brasil, porém, os anos de 2020 e 2021 ainda são considerados anos da segunda geração, pois o sistema de 5G, um dos pilares da expansão da “internet das coisas”, ainda não foi definido. As diretrizes das tecnologias e empresas dependem disso para avançar com a implementação e desenvolvimento do sistema 5G no Brasil. Essa geração é indicada após o evento da bolha da internet ocorrido em 2001, com a falência de muitas empresas digitais que subfaturaram seus valores e não tinham capital de giro para existir e financiar-se da maneira que se colocaram no mercado. Foi uma quebradeira mundial de empresas desse setor, sendo a queda da bolsa digital americana Dow Jones o principal evento que marca esse período desastroso para a internet. A partir daí, a internet é repensada e centralizada ao usuário, surgindo uma segunda geração de internet, mais madura e consolidada no mundo. Essa geração dá início a uma internet em que o usuário passa de mero expectador a foco da rede, opinando e gerando conteúdo informativo sobre diversos assuntos e conteúdos de forma textual, visual, sonora e audiovisual. Essa internet é dos usuários influenciadores e influenciados. É um período em que a opinião na rede começa a ganhar suas vozes, nichos, tribos e, principalmente, a repensar a sociedade como um todo. No primeiro momento, o usuário expunha suas ideias em diários online, no formato de site chamado blog, onde o usuário começa a escrever online e a trocar ideias, tirar dúvidas, dar soluções e a realizar debates. Figura 2.2 – Influenciadores digitais Fonte: dragana991/iStock. Geração web 2.0 – usuários Influenciadores e influenciados http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula2/img/2_2.jpg Essa evolução passou para as redes sociais, ambiente em que cresceu a construção de conteúdo com o surgimento dos perfis de usuários influenciadores e, depois, com os canais e páginas dos influenciadores digitais, expressão que surge dos formadores de opinião da internet. Hoje, vivemos em uma realidade em que o influenciador é o formador de opinião, os especialistas sobre o assunto, e os usuários são o público que seguem e são chamados de influenciados. Segundo Jordão (2016, p. 27), estes são [...] jovens acostumados com a instantaneidade das tecnologias modernas, onde a vida offline e online são unidas e cada vez mais inseparáveis. Um exemplo é a própria ideia de que escrever tem que ser com lápis e papel, atualmente temos inúmeros exemplos de pessoas que escrevem melhor e mais rápido em seu celular, ipad, etc. Vivemos em um mundo de atualização, onde estamos trocando conceitos antigos por novidades, o que muitas vezes causa um choque de conceitos. A segunda geração de internet é marcada pelo surgimento de várias ferramentas, plataformas e aplicativos novos que vieram de uma só vez para modificar o dia a dia do usuário, com vários segmentos, funcionalidades e usos. O usuário passou do uso do computador pessoal para o notebook, smartphones e tablets, buscando acessar esse mundo novo dos aplicativos. As primeiras ferramentas que surgem para ajudar o usuário a navegar foram os sites de busca, que apresentam a pesquisa como uma forma do usuário buscar informação e se localizar na web. O Google é a principal ferramenta de busca que se padronizou no mercado pela qualidade de pesquisa, velocidade e precisão nos resultados. Figura 2.3 – Sites de busca Fonte: dem10/iStock. Chegam às redes sociais plataformas fechadas para o usuário que precisava ser convidado para participar para encontrar amigos, comunidades e assuntos de interesse pessoal. O usuário brasileiro utiliza várias dessas redes, como o Facebook, Twitter e Instagram, entre outras redes que fizeram e fazem sucesso até hoje. Outra etapa importante foi o surgimento das plataformas de vídeo e streaming de filmes, séries e música, bem como outras que vieram para modificar a forma de assistir conteúdo, com assuntos e temas variados feitos pelo usuário, ou que migraram das mídias convencionais como TV e cinema. As principais marcas são Youtube e Netflix, mas há muitas outras. Também tivemos a migração dos veículos de jornais, rádios e TV para o ambiente digital da internet, integrando conteúdo e programação online para o usuário. Sites, plataformas e aplicativos Aplicativos http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula2/img/2_3.jpg Outra evolução foi a migração dessas ferramentas e plataformas para aplicativos. Tanto as redes sociais quanto as plataformas de vídeo, de streaming e veículos de comunicação também migraram para o formato de aplicativos. Isso fez surgir novas demandas de consumo dessas mesmas ferramentas. Após essa migração, muitos outros aplicativos também surgiram, por exemplo, games e serviços. Os principais formatos de aplicativossão: web-app, nativo e híbrido: Web-app – É um tipo de aplicativo que abre no navegador e pode ser instalado no aparelho de celular. Nativo – É um tipo de aplicativo que só pode ser utilizado no ambiente mobile. Híbrido – É um aplicativo que pode ser acessado em várias plataformas, abrir no navegador, ser instalado no celular ou qualquer outro dispositivo com acesso à internet. Outra mudança vista foi a evolução do consumo digital a experiência de compra na primeira geração, chamada de comércio eletrônico, que é qualquer forma de consumo nos primeiros sites de compra, que ainda não eram chamados de e-commerce. Os primeiros sites de comércio eletrônicos tinham uma forma básica de venda sem utilizar estratégia de marketing digital ou social mídia para atrair os usuários a consumir, porque nesse período o comércio eletrônico, marketing digital e redes sociais engatinhavam para o fator de estratégia de venda para web e mobile. Foi na segunda geração que o comércio eletrônico passou a ser chamado de e-commerce, um formato mais direto dos sites de vendas e uma visão mais com cara do varejo com experiência do real no digital. A partir dessa modificação e avanço da experiência de compra, o consumidor passa a ser chamado de e-consumidor, um consumidor que faz compras pela internet e precisa ser atendido da mesma forma do mundo real. Figura 2.4 – E-commerce Fonte: Tevarak/iStock. Esse consumidor debate, pesquisa, conversa com outros usuários, troca informações de produtos e experiências de compra. É um comprador influente ou influenciado. Ele procura ter conhecimento de todas as etapas de compra e do próprio produto e fornecedor. O e-consumidor compra pelo computador e também pelo celular, e está em total atenção ao movimento da rede. Consumidor e e-consumidor Aprenda mais http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula2/img/2_4.jpg SIMÃO, Mauricio. Consumo mobile: o poder no dedo do consumidor. Agência Tribo, 12 jan. 2017. THINK DIGITAL. Entenda como funciona o consumo mobile e quais seus impactos. Think Digital, 14 ago. 2019. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exercícios de fixação Questão 1: Quais são as principais premissas das marcas sobre os mobiles que vendem? Agilidade e tamanho Multiuso e preço acessível Praticidade e mobilidade Menos recursos e minimalismo Tradicionalismo e visual vintage Questão 2: Quais são os usos mais recorrentes do smartwatch nos anos 2020? Videochamada e acesso à agenda de contatos Aplicativos de design e edição de imagem Calculadora e ligação telefônica de voz Jogos eletrônicos e programas em vídeo Monitoramento da saúde e acesso rápidos às mensagens Questão 3: Sobre o e-banking no mercado mobile, é possível afirmar: Os clientes estão cada vez mais insatisfeitos com a ausência de comprovantes. As transações se mostram mais comuns, com rapidez e praticidade. Os tablets são aliados na gestão bancária pessoal, mais que smartphones. Os óculos inteligentes, os smartglasses, vão mudar esse segmento no futuro. Não está apresentando resultados às instituições financeiras. Questão 4: O mundo da música e da arte está em alta no mobile por conta... de plataformas como webradio e blogs de arte, comuns também em desktop. de novas tecnologias de reprodução de som e captação audiovisual dos dispositivos. dos investimentos financeiros em artistas como influenciadores digitais. da ampliação na produção de caixas de som portáteis. da modernização do bluetooth e do 5G. Nesta aula: Vimos alguns dados atualizados sobre consumo digital. Refletimos sobre os comportamentos que levam usuários ao consumo mobile. Conferimos alguns dos hábitos mais comuns dos indivíduos na tecnologia. Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos: Estratégias de marketing mais comuns para promover dispositivos móveis. Táticas de grandes marcas para incentivar a compra de aparelhos mobile. Cases contemporâneos de venda e promoção de itens. E-COMMERCE BRASIL. 85% dos brasileiros com smartphone compram online, informa Mobile Time e Opinion Box. E-Commerce Brasil, 11 out. 2019. Disponível em: www.ecommercebrasil.com.br [https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/85-dos-brasileiros-compram-online/] . Acesso em: 17 mar. 2021. INTERNATIONAL DATA CORPORATION (IDC). Smartphones, tablets e PCs são os mais afetados pela Covid-19 na América Latina. 2020. Disponível em: www.idc.com [https://www.idc.com/getdoc.jsp? containerId=prLA46227720] . Acesso em: 17 mar. 2021. JORDÃO, Matheus Hoffmann. A mudança de comportamento das gerações X, Y, Z e Alfa e suas implicações. Universidade de São Paulo, São Carlos, 2016. Disponível em: www.gradadm.ifsc.usp.br [http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20162/SLC0631-1/geracoes%20xyz.pdf] . Acesso em: 11 ago. 2021. MERCADO E CONSUMO. Cresce o número de brasileiros que usam smartphone para compras ou pagamentos. 2020. Disponível em: mercadoeconsumo.com.br [https://mercadoeconsumo.com.br/2020/10/08/cresce-o-numero-de-brasileiros-que-utilizam-o- smartphone-para-compras-ou-pagamentos/] . Acesso em: 17 mar. 2021. MONEY TIMES. Aposta para crescimento do mercado de smartphones é de 11% em 2021. Money Times, 20 fev. 2021. Disponível em: www.moneytimes.com.br [https://www.moneytimes.com.br/aposta-para-crescimento-do- mercado-de-smartphones-e-de-11-em-2021/] . Acesso em: 17 mar. 2021. NAIANE, Láise. Pesquisa revela hábitos de consumo com smartphones. Popline, 26 mar. 2021. Disponível em: portalpopline.com.br [https://portalpopline.com.br/pesquisa-revela-habitos-de-consumo-com-smartphones/] . Acesso em: 17 mar. 2021. Questão 5: Lojas virtuais estão ganhando força. Sobre o mobile, é possível dizer: Pequenos negócios não têm oportunidade de entrada ou interesse. E-commerces estão em frequente queda desde 2020, por conta da pandemia. Transações financeiras levam muito tempo, e isso incomoda os usuários. Apps e redes estão ampliando suas possibilidades de compra e venda de itens pessoais. Clientes evitam compras remotas pela desconfiança com segurança online. Síntese Próxima aula Referências https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/85-dos-brasileiros-compram-online/ https://www.idc.com/getdoc.jsp?containerId=prLA46227720 http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20162/SLC0631-1/geracoes%20xyz.pdf https://mercadoeconsumo.com.br/2020/10/08/cresce-o-numero-de-brasileiros-que-utilizam-o-smartphone-para-compras-ou-pagamentos/ https://www.moneytimes.com.br/aposta-para-crescimento-do-mercado-de-smartphones-e-de-11-em-2021/ https://portalpopline.com.br/pesquisa-revela-habitos-de-consumo-com-smartphones/ Em 2020, o mundo foi chacoalhado pela pandemia da Covid-19, conhecido como coronavírus. Com esse evento global, diversas nações implementaram medidas de isolamento social, o chamado lockdown e a quarentena. Na perspectiva do comércio, negócios precisaram repaginar suas ideias sobre o âmbito digital e, assim, levar estratégias para espaços como websites, apps e redes sociais. Nessa lógica, portanto, o comportamento do consumidor foi direcionado para táticas que estavam presentes nesses territórios. Considerando os elevados números de aparelhos móveis, é para lá – para os smartphones, tablets e notebooks – que os esforços foram aplicados. Até então, marcas observavam as estratégias mobile como um dos instrumentos de atração, conquista e retenção dos indivíduos. Contudo, a pandemia da Covid-19 levou o mundo dos negócios a enxergar táticas digitais móveis como espaço para desbloquear experiências ampliadas de marketing: levar usuários a navegações interativas (mesmo sem sair de casa), despertar desejo por notificações “push” (quando o comércio está impedido de abrir), leitura de QR code pela câmera do smartphone durante transmissões ao vivo na TV, entre outras ações que se mostraram cada vez mais comuns durante aquele ano de 2020. Na presente aula, destacaremos algumas das habituais estratégias contemporâneas do século XXI. É fundamental, também, evidenciar de que modo a pandemia do coronavírus levou as marcas a desenvolverestratégias e experiências digitais em aparelhos móveis como uma “manobra” para superar os obstáculos do distanciamento social e dos fechamentos temporários do comércio nesse período. Iremos, portanto, explorar e refletir sobre variados estudos de caso. Verificar as estratégias implementadas por marcas utilizando os dispositivos móveis. Observar de que modo os negócios utilizam aparelhos mobile como instrumento de marketing para atrair novos consumidores. Exibir números/dados que comprovam que as novas tecnologias são aliadas na exibição, na promoção e na conversão de clientes. Refletir sobre o futuro do mobile enquanto ferramenta de atração. Apresentar as táticas mais comuns do mercado, exibindo estudos de caso dessa utilização de dispositivos móveis. Estratégias como navegação em realidade virtual, realidade aumentada, leitura de QR code, geolocalização, webrooming, showrooming e tune-in, entre outras experiências, elevam a proximidade dos consumidores e trazem para perto da marca, de modo a conquistar uma possível conversão. Debater com alunos sobre o futuro dessas estratégias e refletir sobre o futuro do mobile enquanto viés de conquista de clientes para outras mídias. Mencionar como marcas estão observando os dispositivos móveis como primeiro canal de atração, retenção e conversão nas táticas de marketing, desde o desenvolvimento de websites responsivos e apps às experiências interativas mais complexas com inteligência artificial e navegação 360º. Vamos abordar as estratégias de fabricantes e operadoras para atrair o consumidor a comprar seus produtos e serviços, que evoluem e se modificam muito rápido por causa dos avanços na tecnologia com os quais somos bombardeados todos os anos, tornando mais acirrada a disputa entre as empresas para que sejam lembradas na mente do consumidor. Mobile marketing Aula 3: Estratégias de marcas Introdução Objetivos Figura 3.1 – Iphone Fonte: grinvalds/iStock. Desde o lançamento do primeiro smartphoone, o Iphone, lançado em 2007 por Steve Jobs, vários aparelhos e serviços surgiram no decorrer desse tempo e se tornaram produto de consumo em vários períodos. O mercado brasileiro também cresceu e as estratégias de venda de aparelhos e serviços oferecidos no mundo chegaram ao Brasil, sendo adaptadas à sociedade e à cultura local. Para compreender o brasileiro, é importante verificar como o usuário do nosso país acessa a internet: mais pelo celular do que por outro aparelho ou dispositivo com acesso à internet. Hoje existem mais aparelhos de celular no Brasil do que cidadãos, como indica a pesquisa PNAD 2019 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), descrevendo o crescimento do consumo de aparelhos e serviços de internet móvel. Dessa maneira, o brasileiro acessa mais a internet de forma mobile. As principais fabricantes de celulares no mundo são Apple, Samsung, Motorola e Nokia, fornecendo seus aparelhos nos países na forma de coleções anuais. Desde o lançamento do primeiro computador pessoal, a Apple criou um produto próprio, uma linha que pudesse ser usada de forma simples e com aprendizado intuitivo, com produtos modernos e à frente do seu tempo, com o objetivo de criar demanda e consumo. A Apple criou uma variedade de novos lançamentos de produtos, gerando grandes expectativas de inovação. Dessa maneira, foi criada uma cultura sobre o consumidor da Apple como applemaníacos: mais do que consumidores, eles são fãs dos produtos e da própria marca. Essa estratégia vem desde o lançamento dos primeiros produtos até os dias de hoje, com novos computadores, smarphones e outros itens, todos criados nesse universo da Apple fundado por Steve Jobs e sua equipe. O Iphone trouxe as seguintes novidades tecnológicas: a tela sensível ao toque HVGA (320×480 px em 160 ppi) com vidro de qualidade óptica, especialmente criada para ser usada com um dedo, ou múltiplos dedos, para sensibilidade multi-touch; telefone que permite conferência, chamada em espera, união de chamadas, identificador de chamadas e integração com outros serviços de operadoras celulares; e um layout da biblioteca de música diferente dos modelos anteriores de iPod, com seções divididas de modo alfabético e mais claro e um tamanho de fonte maior. Possui wi-fi embutido, cliente de e-mail HTML e IOS sistema operacional nativo. Para o uso de aplicativos, deve-se fazer o download deles na loja virtual App Store. As estratégias de fabricantes e operadoras para alcançar mais consumidores Apple http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula3/img/3_1.jpg A tabela a seguir apresenta a linha de aparelhos da época desde seu primeiro lançamento no mercado. Tabela 3.1 - Modelo e período dos Iphoneso Modelo Período iPhone 2007-2008 iPhone 3G 2008-2010 iPhone 3GS 2009-2012 iPhone 4 2010-2013 iPhone 4S 2011-2014 iPhone 5 2012-2013 iPhone 5C 2013-2015 iPhone 5S 2013-2016 iPhone 6 2014-2016 iPhone 6 Plus 2015-2018 iPhone 6S 2015-2018 iPhone 6S Plus 2015-2018 iPhone SE 2016-2018 iPhone 7 2016-2019 iPhone 7 Plus 2016-2019 iPhone 8 2017-2020 iPhone 8 Plus 2017-2020 iPhone X 2017-2018 iPhone XR 2018-presente iPhone XS (XS & XS Max) 2018-2019 iPhone 11 2019-2021 iPhone 11 Pro 2019-2021 iPhone 11 Pro Max 2019-2021 iPhone SE 2020-2021 iPhone 12 2020-2021 iPhone 12 Pro 2020-2021 iPhone 12 Pro Max 2020-2021 iPhone 12 Mini 2020-2021 Fonte: elaborado pelo autor A Samsung é uma empresa da Coreia do Sul fundada em 1937 por Chull Lee. Sua principal operação como empresa era a exportação de produtos para a China, porém foi só em 1969 que partiu para a criação e lançamento de eletrodomésticos. Dessa maneira, a empresa evoluiu para ser uma das principais do planeta em lançamentos de eletrodomésticos, eletrônicos, TV, celulares etc. O principal modelo de celular da sua linha é o modelo Galaxy S. É um produto com design segmentado, funções de inovações próprias, como se fosse o melhor carro da linha de produtos. A Samsung segue um padrão de variações nas suas linhas de celulares pensando em públicos e gêneros diferentes de consumo. São produzidas linhas de celulares mais baratos e tecnologias inferiores para poder chegar a todos os públicos, diferentemente da Apple, que padroniza o padrão de tecnologia e modelos de aparelhos. A Samsung tem estratégias segmentadas para os públicos de seus celulares, de modo a facilitar que os aparelhos cheguem até eles. O Galaxy S é o carro-chefe da empresa, que lançou a sua primeira versão em 2010 para tentar superar o Iphone da Apple como um dos principais produtos do setor. A tabela a seguir apresenta a linha e o período de cada aparelho Galaxy S lançado desde 2010 até 2020. Tabela 3.2 – Galaxy S (2010-2020) Modelo Período Galaxy S 2010 Galaxy S2 2011 Galaxy S3 2012 Galaxy S3 Mini 2013 Galaxy S4 2013 Galaxy S4 Zoom 2013 Galaxy S4 Active 2013 Galaxy S5 (2014) 2014 Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge 2015 Galaxy S6 Edge Plus 2015 Galaxy S7 e Galaxy S7 Edge 2016 Galaxy S8 e S8 Plus 2017 Samsung Modelo Período Galaxy S9 e Galaxy S9 Plus 2018 Galaxy S10 e S10 Plus 2019 - 2020 Fonte: elaborado pelo autor Conforme indicado, a Samsung criou segmentos de linhas de aparelhos inferiores para poder atingir mais públicos e criar demandas de mercado que não eram atingidos pelas concorrentes, como aconteceu em 2013 com as linhas de aparelhos Galaxy S3 Mini, Galaxy S4, Galaxy S4 Zoom e Galaxy S4 Active, que são aparelhos que se diferenciam entre os aparelhos no hardware e na qualidade de câmera, com opções de acordo com a necessidade do cliente/consumidor. A empresa teve sua fundação na década de 30, especificamente em 1928, na cidade de Chicago (EUA), pelos irmãos Paul e Joseph Galvin. Um dos primeiros aparelhos de sucesso foi um rádio portátil para carros. Porém, foi nas décadas seguintes que a empresa se consolidou como uma das principais em aparelhos eletrônicos. Os aparelhos de celular da Motorola surgem em 1973. Com a criação do engenheiro eletrônico Martin Cooper, líder do projeto, desenvolvem o primeiro protótipo do aparelho que viria a ser comercializado na década de 1980, o modelo “MotorolaDynaTAC 8000”, considerado a primeira geração desse tipo de aparelho. Depois disso, a Motorola se estabeleceu como uma das principais fabricantes de celulares do mundo. Em 2011, foi vendida ao Google para lançar uma linha própria de smartphones com a chancela do Android como sistema operacional. A linha de smartphones lançados pela Motorola foi o Modelo X, que existe até hoje em várias versões. Era um sonho da empresa Google ser hegemônica nesse mercado também de aparelhos, como já era de sistema operacional. O projeto foi à frente depois da venda. Porém, essa fusão entre as empresas não deu muito certo e a empresa foi revendida para a empresa francesa Lenovo, que tocou o projeto da Motorola com a linha X que é explorada até hoje. A Nokia foi fundada 1865 como uma fábrica de papel pelo engenheiro Fredrik na Finlândia, um dos países nórdicos da Europa. A empresa sai do mercado de papel a partir da década de 20, quando passa a desenvolver equipamentos, peças e tecnologias para projetos elétricos. Só em 1984 a empresa passa a trabalhar com tecnologia de celulares, pois comprou uma fabricante finlandesa chamada Salora Oy transformou a parceria na “Nokia-Mobira Oy”. A partir daí, alavancou sucesso nessa área de aparelhos de telefonia. Depois de uma primeira década, a partir dos anos 2000, com muita dificuldade de se manter no mercado de aparelhos de celulares, a Microsoft compra a Nokia para concorrer com o Android do Google e o IOS da Apple por uma fatia do mercado mundial do mobile. Essa fusão só durou 18 meses, com a tentativa da Microsoft de abrir mercado para o Windows Phone, mas todos os aparelhos de celular e tablets tiveram uma recepção ruim pelos consumidores pelo mundo, que não aceitaram a versão do Windows para celular, sendo renegado pelo mercado. A Nokia foi vendida e o Windows Phone descontinuado pela Microsoft. O mercado brasileiro foi o segundo mercado de vendas da empresa, que ainda guardava uma fama antiga de seus aparelhos celulares, conseguindo vender tablets e celulares com Windows Phone. A Nokia depois foi vendida novamente para o grupo taiwanês Foxconn, que tem intensificado o retorno da empresa ao mercado com novos aparelhos, mas o consumo ainda não avançou muito pelo mundo. Os outros fabricantes se aventuram no mercado nacional sem tanta repercussão de consumo como ocorre com as outras marcas citadas. A mais relevante é a empresa nacional Positivo, que lançou nos últimos anos linhas de aparelhos a custo mais baixo e tecnologia inferior para poder concorrer com as grandes que já se estabilizaram no mercado nacional. Com a chegada do 5G, empresas do mercado chinês de celulares e serviços já chegaram para atender aos nossos consumidores. As empresas chinesas presentes no Brasil são: Xiaomi e Huawei, que já contam com lojas próprias no território nacional. No Brasil, as operadoras de telefonia, desde a abertura do mercado interno para o capital estrangeiro para a exploração do mercado nacional de telefonia móvel, vêm passando por modificações, fusões e reposicionamento de marcas. Todas essas mudanças vêm de uma discussão da implementação dos serviços de dados móveis no país. O Brasil oferece dois tipos de serviço para o consumidor local: nas residências e empresas, o serviço é feito via consumo ilimitado de dados a um custo baixo; já o serviço móvel é o consumo de dados móveis, ou seja, o usuário paga de forma limitada pelo seu pacote de dados. Isso acarretou muito problemas para as operadoras que oferecem o serviço local e móvel. Motorola Nokia Outras fabricantes de celulares Operadoras Dessa maneira, existe uma pressão das operadoras para padronizar os planos de pacotes e poder ter um valor local justo para a internet local e móvel. Com a expectativa do 5G, muitas mudanças podem ocorrer nessa questão no Brasil. Figura 3.2 – 5G Fonte: MARHARYTA MARKO/iStock. As operadoras no Brasil atualmente são divididas em quatros grandes grupos: Vivo, OI, TIM e Claro. Essas quatro empresas dividem as concessões de serviços de internet móvel pelo território nacional. Já a internet local é dividida pelos quatro grupos e outros grupos menores que atendem fragmentos de regiões onde essas empresas não atendem. O Brasil não fez ainda a escolha da tecnologia e das empresas que vão explorar a concessão do sistema pelo território nacional e que serão responsáveis por expandir, implementar e desenvolver o sistema do 5G no país. Tanto as fabricantes como as operadoras já começaram a se mover para realizar testes de transmissão de sinal pelo país, mesmo sem ter o leilão de concessão. Isso ocorre porque as fabricantes precisam já apresentar ao consumidor brasileiro as suas linhas de produtos novos com as várias possibilidades de inovação tecnológicas que os aparelhos trazem, cativando os consumidores a testarem e já até comprarem ou reservarem seus novos produtos. Os fabricantes e as operadoras estão em conjunto fazendo testes, eventos remotos e ações de divulgação para preparar o consumidor a essa nova fase da tecnologia no Brasil, com os avanços do 5G. DAMASCENO, Rafael. Como o mobile marketing influencia suas taxas de conversão? Supersonic, 21 dez. 2020. UOL. Mobile commerce: A revolução no comércio eletrônico já começou. UOL, 19 maio 2020. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online As estratégias para o 5G das fabricantes e operadoras Aprenda mais http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula3/img/3_2.jpg Exercícios de fixação Questão 1: São os principais motivos para estratégias envolvendo dispositivos móveis: Aparelhos pequenos demandam menos tempo de desenvolvimento. Menores custos e menor necessidade de profissionais qualificados. Redes sociais estão enfraquecendo e abrindo margem para o retorno do SMS. Maior presença, alcance e consumo do público; praticidade e mobilidade. Dispensa da contratação de desenvolvedores e atração de mais designers. Questão 2: O que são as push-notifications? Ferramentas de disparo de mensagens em massa. Alertas que convidam usuários a interação mobile. Vírus digital, presente principalmente em tablets. Tecnologia moderna para exibição de vídeos. Um nome dado ao “vício” por redes sociais. Questão 3: Qual é a utilização mais comum do QR code no marketing? Facilita o pagamento de transportes urbanos. Permite a compra de tablets por preços acessíveis. Aumenta a conexão em perfis de redes sociais. Habilita o smartwatch para compras online. Simplifica o acesso aos endereços eletrônicos. Questão 4: O que é tune-in? Um tipo de aplicativo para compras virtuais. Uma estratégia para atrair usuários da web para a TV. Uma nova tecnologia para solicitação de transporte via mobile. Uma tática usada para levar ouvintes de rádio para a web. Uma metodologia de desenvolvimento de apps. Questão 5: Qual foi o papel das “lives” na pandemia, em 2020? Conquistar vendas de álbuns físicos. Promover, ao vivo, a pesquisa científica na busca por vacina anti-coronavírus. Angariar fundos para famílias e ampliar a exposição de marcas e artistas. Facilitar compras integradas entre lojas físicas e lojas virtuais. Impulsionar o acesso aos websites e downloads de apps. Nesta aula: Conferimos dados recentes de estratégias mobile por marcas. Vimos algumas das estratégias mais comuns nos dispositivos móveis. Avaliamos estudos de caso e pensamos o futuro dessas práticas. Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos: Economia da atenção Fenômeno da segunda tela Mais estratégias e estudos de caso ALCÂNTARA, Joyce. A influência do mobile no varejo para o aumento das vendas. 2018. Disponível em: e- millennium.com.br [https://e-millennium.com.br/a-influencia-do-mobile-no-varejo-para-o-aumento-das- vendas/] . Acesso em: 18 mar. 2021. UOL. 3 motivos para sua loja virtual ter, também, uma versão mobile. UOL, 16 abr. 2020. Disponível em: meunegocio.uol.com.br [https://meunegocio.uol.com.br/blog/3-motivos-para-sua-loja-virtual-ter-tambem- uma-versao-mobile/#rmcl] . Acesso em: 18 mar. 2021. VX COMUNICAÇÃO. Mobile marketing:saiba como usar e aumentar suas conversões. Resultados Digitais, 24 nov. 2018. Disponível em: resultadosdigitais.com.br [https://resultadosdigitais.com.br/blog/mobile-marketing/] . Acesso em: 18 mar. 2021. Síntese Próxima aula Referências https://e-millennium.com.br/a-influencia-do-mobile-no-varejo-para-o-aumento-das-vendas/ https://meunegocio.uol.com.br/blog/3-motivos-para-sua-loja-virtual-ter-tambem-uma-versao-mobile/#rmcl https://resultadosdigitais.com.br/blog/mobile-marketing/ Com o crescente número de aparelhos móveis na atualidade, o século XXI fornece um cenário de múltiplas telas: desde que acordam até repousar na noite, indivíduos se habituam aos dispositivos eletrônicos do momento. A frequente conexão, contudo, muitas vezes se dá além de um único item. O chamado fenômeno da segunda tela trata-se do comportamento no qual usuários permanecem antenados à utilização de mais de um aparelho – como a pessoa que assiste à televisão e navega pelo Twitter, por exemplo, ou aquela que “passeia” pelo Instagram enquanto assiste Netflix no notebook. Esse contexto moderno, no entanto, pode apresentar um complexo desafio às marcas: a dificuldade de atrair, conquistar e reter o foco dos usuários uma vez que eles são bombardeados com múltiplas telas e com os diversos estímulos em cada uma delas. São notificações, conteúdos sofisticados e narrativas híbridas que tentam convidá-lo à interação, à participação e, claro, ao consumo concreto. Esse movimento é compreendido por especialistas estudiosos como economia da atenção. Na presente aula, exploram-se ambos os conceitos. Mais que isso, é essencial debater e refletir sobre estudos de caso que evidenciam esses termos a fim de tornar palpáveis e compreensíveis suas aplicações. Exemplos disso são ações em reality shows como Big Brother Brasil, transmissões ao vivo no YouTube, notificações da Ifood, entre outras medidas estratégias constantemente adotadas por negócios na atualidade. Apresentar o conceito do Fenômeno da Segunda Tela e sua presença na atualidade. Refletir sobre o consumo de dispositivos eletrônicos, em especial a utilização de variados aparelhos na rotina dos indivíduos. Explorar, com auxílio de referências bibliográficas, as estratégias das marcas para manter usuários conectados com conteúdos que trabalham com a sinergia entre diversas telas. Analisar o conceito da economia da atenção. Debater de que modo as marcas estão investigando novas estratégias na atualidade a fim de atrair, conquistar e reter o foco dos usuários. Logo, evidenciam-se as ações desenvolvidas por grandes negócios para fazer com que meros indivíduos sintam-se atraídos por campanhas digitais a ponto de se tornarem clientes: redação de notificações “push”, SMS, personalização na navegação, experiência no atendimento, entre outras táticas. Refletir sobre estudos de caso que tangibilizam os conhecimentos explorados na presente aula. Ou seja, debater sobre como as marcas estão atentas às oportunidades para lidar com consumidores contemporâneos, cercados de variadas telas e sempre sendo alvo de diversos estímulos que disputam e competem por suas atenções no decorrer do dia. Abordaremos a conceituação da segunda tela como forma de integração do usuário com o conteúdo e suas percepções de atenção e sensoriais. Também vamos investigar e entender a economia da atenção, que descreve como somos impactados em todos os momentos por conteúdos que dirigem a nossa atenção e percepção para o consumo. Por último, vamos entender todas as possibilidades das novas telas e plataformas de acesso que hoje o usuário encontra para interagir. Mobile marketing Aula 4: Táticas de atenção Introdução Objetivos A segunda tela O brasileiro sempre foi um povo que se informou e buscou entretenimento pela tela da TV, desde a sua chegada nos anos 50. Também o cinema é a grande tela em que assistimos às obras cinematográficas e saímos de nosso mundo real. Dessa maneira, podemos compreender como o brasileiro é apegado às telas. Depois da chegada dos smartphones, passou a ser cada vez mais conectado à web para acessar vários tipos de conteúdo e ambientes digitais. Os indivíduos com smartphones, tablets, computadores e notebooks interagem de formas dinâmicas ou individuais com um mesmo conteúdo ou com vários conteúdos ao mesmo tempo. Então, podemos dizer que a segunda tela é o nome dado ao comportamento de adicionar um dispositivo para interagir com ou sobre um conteúdo transmitido em um meio de comunicação principal. O conceito também pode ser entendido como o ato de complementar, compartilhar ou expandir uma experiência estimulada pela programação de um dispositivo. Observa-se que a adoção natural por parte dos usuários de seus dispositivos móveis como uma segunda tela complementar ao conteúdo da TV apresenta-se como uma oportunidade para as empresas de mídia estreitarem as relações com sua audiência. Uma vez que os usuários já estão ambientados com esse novo contexto de experiência, cabe a essas empresas investir no desenvolvimento de soluções especificamente voltadas para esse cenário de uso. (LOHMANN; BURLAMARQUI, 2013, p. 21). Podemos demonstrar isso quando estamos reunidos na frente da TV para assistir a um reality show como o Big Brother Brasil. Um indivíduo resolve votar pelo celular, o outro procura informações dos candidatos do programa, os familiares discutem em quem votar por ferramentas de bate-papo, ou seja, a segunda tela integra a interação entre os indivíduos da família. Figura 4.1 – Exemplo de “segunda tela” Fonte: Rainer Puster/iStock. Outro exemplo é o momento em que estamos assistindo a um evento musical pela TV e interagimos com amigos por ferramentas de bate-papo, participamos de ações e conversamos nas redes sociais com músicos e artistas, entre outras interações fora da atenção centrada em uma única tela. A segunda tela não foi criada propriamente pela mídia. A mídia se apoderou da segunda tela como uma oportunidade, pois, afinal, sempre foi um hábito das pessoas trocar opiniões sobre os programas de TV, filmes em cartaz ou músicas. A diferença é que, agora, principalmente com a internet móvel, não é mais necessário esperar que o programa acabe. A interação pode ser simultânea. O crescente avanço tecnológico e a consolidação da Internet como ambiente de consumo midiático ao longo das últimas décadas proporcionaram uma condição propícia para o desenvolvimento de O aperfeiçoamento hábito da segunda tela http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula4/img/4_1.jpg práticas colaborativas. Cada vez mais, o ser humano encontra condições de colocar-se ativamente como agente das ações interativas, exercendo sua tendência natural de socialização, agora sem os limites impostos por barreiras geográficas ou espaciais. A crescente participação dos usuários nas chamadas redes sociais comprova essa tendência e retrata um comportamento de maior engajamento, onde esse usuário exerce um papel cada vez mais ativo na produção, filtragem e seleção do conteúdo. (LOHMANN; BURLAMARQUI, 2013, p. 18). Não há nada mais interativo do que fazer com que seu público participe ativamente de uma ação, programa ou qualquer outro conteúdo, aproveitando as telas disponíveis: votações em tempo real, participação em programas ou mesmo a busca de informações sobre bastidores de alguma produção. A TV social pode ser considerada um fenômeno intimamente ligado ao da segunda tela. Acontece no compartilhamento da conversa na rede social do indivíduo, enquanto assiste ao conteúdo de um programa de TV. Neste contexto, Lohmann e Burlamarqui afirmam que: Em uma terceira geração, que está se desenvolvendo no presente momento, as emissoras de TV começam a explorar formas de oferecer conteúdo verdadeiramente novo e complementar na internet, aproveitando-se justamente da possibilidade do uso simultâneo das duas telas (TV e dispositivo móvel). Nesse sentido, o conteúdo oferecido tende a evoluir para o uso das potencialidades que se apresentam em cada uma das mídias, proporcionando uma experiência realmentenova no consumo de conteúdo e na interatividade entre telespectadores e as próprias emissoras de TV (LOHMANN; BURLAMARQUI, 2013, p. 24). Assim, o conceito de TV social precisa ser entendido não somente como complemento da programação de uma emissora, mas como também estratégia de comunicação. O foco é o engajamento do público, para aumentar a audiência e a participação do telespectador. É, então, uma oportunidade para interagir e, além disso, integrar, complementar e potencializar a informação que se quer passar. Ao invés de competir com dispositivos móveis, passa-se então a integrá-lo, expandindo a programação em um diálogo multiplataformas. Nisso, inúmeras vantagens se conectam: engajamento, feedbacks imediatos, coleta de dados e análise de desempenho – fica possível até mesmo readaptar ao gosto do telespectador de acordo com os resultados analisados em tempo real. A segunda tela também traz uma sensação de pertencimento ao telespectador. Um interessante case de sinergia entre TV e redes sociais é o Programa do Porchat, que era exibido na TV Record. A dinâmica era a de que, se os espectadores batessem uma meta estipulada de tweets com a hashtag do dia, um conteúdo exclusivo seria liberado no canal do programa no Youtube. Figura 4.2 – Engajamento dos usuários nas redes Fonte: scyther5/iStock. A TV social http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula4/img/4_2.jpg Percebemos uma estética jovem nessa modalidade de interação com conteúdos. É fato que jovens adultos e adolescentes já percebem com naturalidade essa evolução e é claro que esses jovens encabeçam o fenômeno. Eles estão acostumados e precisam de experiências personalizadas e únicas, que reflitam escolhas e pontos de vista próprios. Enquanto a geração de millenials se expande, os smartphones crescem em relação à TV. Essa mudança de audiência nos faz pensar sobre a inversão do conceito da segunda tela. A tela principal passa a ser a tela móvel, com a conversão gerada, por exemplo, por redes sociais – muitas vezes já fomos assistir vídeos do Youtube ou séries na Netflix através de informações obtidas das redes sociais, por exemplo. Assim, entendemos que a era da comunicação unilateral e focada na TV não existe mais. Para um planejamento de conteúdo eficiente, é preciso focar nesta nova demanda. Ou seja, qualquer produto precisa poder ser consumido em multiplataformas. Lohmann e Burlamarqui resumem bem as relações das gerações em relação à integração da TV com a internet: Em uma primeira geração da relação entre TV e Internet, as emissoras posicionavam-se através de websites que serviam apenas à divulgação e promoção dos programas e da grade televisiva. Nesse sentido, pode-se dizer que o conteúdo continuava apenas na TV, e os websites e ferramentas na Internet tinham como propósito dar suporte a este consumo nas próprias TVs. Em uma segunda geração, esses websites evoluíram para ambientes que possibilitavam ao usuário rever programas ou consumir conteúdo extra (bastidores, entrevistas, etc.). Nesse sentido, o mesmo conteúdo da TV se fazia presente na Internet, com poucos recursos verdadeiramente novos, e a interatividade se dava em permitir ao usuário a construção de novos fluxos de consumo deste mesmo conteúdo. Aqui, o consumo do conteúdo não ocorria de maneira simultânea e complementar, e sim de maneira exclusiva e independente. Resumidamente, o que o usuário não conseguiu assistir na TV poderia ser visto acessando o website. Em uma terceira geração, que está se desenvolvendo no presente momento, as emissoras de TV começam a explorar formas de oferecer conteúdo verdadeiramente novo e complementar na Internet, aproveitando-se justamente da possibilidade do uso simultâneo das duas telas (TV e dispositivo móvel). Nesse sentido, o conteúdo oferecido tende a evoluir para o uso das potencialidades que se apresentam em cada uma das mídias, proporcionando uma experiência realmente nova no consumo de conteúdo e na interatividade entre telespectadores e as próprias emissoras de TV. (LOHMANN; BURLAMARQUI, 2013, p. 24). O conceito de multitela é também entendido para os aparelhos indicados a seguir que podem, em algum momento, serem a segunda com a relação com os usuários. Passa pelo smartphone, tablet, smart TV, Apple Watch, entre outros aparelhos que possam ser usados dessa maneira. A seguir veremos a definição dos principais aparelhos e dispositivos atuais. A inversão das telas Multitelas Figura 4.3 – Tablet Fonte: Lyndon Stratford/iStock. Smartphone: significado da palavra inglesa “telefone inteligente”. É um telefone celular que, além de fazer ligações, combina recursos similares aos computadores pessoais, com diversas funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de aplicativos executados através dos seus sistemas operacionais. Esses sistemas permitem que desenvolvedores criem milhares de programas adicionais. Inúmeros deles podem ser baixados de lojas online, por exemplo, o Google Play (para Android) ou Apple Store (para IOS). Um smartphone possui características mínimas de hardware e software, sendo obrigatoriamente preparado para acesso à internet por redes de dados ou Wi-Fi, e pode ter ou não a possibilidade de expansão de memória. Tablet: é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à internet, visualização ou registro de fotos e vídeos, organização pessoal, leitura de livros, jornais ou revistas, entretenimento, jogos e interação com outras pessoas através de apps específicos. É acionado pela ponta dos dedos ou com uma caneta especial para telas. Apresenta um conceito novo, não podendo ser igualado, porém com funcionalidades de um computador completo ou de um smartphone. Smart TVs: variam não apenas no tamanho, tipo e tela, mas também no sistema operacional. Uma smart TV obrigatoriamente deve ser conectada à internet, principalmente para poder instalar aplicativos de serviços de streaming e conteúdos de áudio e vídeo. Os sistemas instalados nas smart TVs mais modernas já vêm dos fabricantes, tendo inclusive teclas próprias nos controles. Elas são, também, preparadas para conectar ou espelhar conteúdos de outros dispositivos móveis. As smarts mais modernas ganham conexão com outros dispositivos inteligentes da casa, como lâmpadas, tomadas e eletrodomésticos, tornando-se também uma espécie de painel de controle da casa. Apple Watch: é a linha de relógios inteligentes da Apple que possuem sistema IOS e assistente virtual Siri. Foi criado para trabalhar em conjunto com o iPhone. Possui tela safira touch e uma roda lateral chamada digital crown. Pode ser usado para controlar as funções do aparelho e os apps. A economia da atenção está ligada ao gerenciamento de tempo. A atenção é finita, o tempo é escasso. Cada vez mais somos impactados por inúmeros conteúdos de diversas plataformas, e o desafio é reter a atenção e o tempo das pessoas. Apesar da expansão do conhecimento ser em sua maior parte positiva, há um embate frequente em relação a este novo comportamento adquirido pela sociedade pós-industrial. A informação foi dispersada, porém, questiona-se em qual informação priorizar e direcionar, ao menos, 8.25 segundos da atenção. É necessário um aprofundamento no processo de habilidade seletiva do ser humano. (SILVA; LIMA, 2016, p. 2). Economia da atenção – um recurso disputado http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC089/aula4/img/4_3.jpg Herbert Simon, economista americano, disse que a riqueza de informação cria pobreza de atenção, e com ela a necessidade de alocar a atenção de maneira eficiente em meio à abundância. Podemos compreender então como a economia da atenção se relaciona diretamente com o gerenciamento de tempo das pessoas. Figura 4.4 – Economia da atenção Fonte: grinvalds/iStock. Cada vez mais disputados pelas mídias e marcas, o fenômeno da economia da atenção, assim como afirmou Simon, surgiu do excesso de informações pelas quais somos impactados diariamente. Quantos e-mails, mensagens, vídeos, publicações e programas temos acesso por dia? Esse
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