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Execução em geral para os títulos judiciais e extrajudiciais

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Ana Bonfim- Processo Civíl 
 1 
Execução em geral para os títulos judiciais e extrajudiciais, seus princípios, exigibilidade e 
responsabilidade patrimonial 
1- NECESSIDADE DA SATISFAÇÃO DO CRÉDITO. DISTINÇÃO FILOSÓFICA ENTRE DECLARAÇÃO 
DE DIREITO E SUA CORRESPONDENTE SATISFAÇÃO. DISTINÇÃO ENTRE PROCESSO DE 
EXECUÇÃO E FASE EXECUTIVA DO PROCESSO: 
Se eu entro com um processo de conhecimento, gera uma sentença que chega a uma 
certa altura que transita em julgado, e o processo judicial reproduz o saber, querer e agir. 
Conheço o direito, garantia as provas e profiro uma sentença que pode ser 
espontaneamente satisfeita a finalidade do processo de execução é a satisfação do crédito. 
Temos títulos de duas naturezas: judiciais e extra judiciais 
O titulo judicial → é o credito constituído por um crédito judicial para chegar na sentença 
já tive um contraditório, tenho um processo com duas fases, a de conhecimento e a de 
cumprimento de sentença. 
Título extrajudicial → eu entro com o processo de execução, onde não teve prévio 
contraditório, eu entrei com um processo de execução, sabemos que o titulo é extrajudicial 
No processo de execução o executado é citado para pagar a dívida em 3 dias, caso ele 
já tenha pagado vai abrir uma outra ação chamada embargos à execução. 
Vamos tratar de regras gerais que se aplicam a fase de execução e ao processo de 
execução. 
Sentenças de execução imprópria ou sentenças auto executáveis→ sentenças que 
dispensam a fase de execução pois elas se auto executam. Ex.: despejo, se eu não desocupar 
espontaneamente a força policial entra em ação, não há um procedimento de execução. 
 
Lembrar! – Espécies de créditos possíveis de serem conquistados no processo: 
a) Obrigação de fazer ou não fazer; 
b) Obrigação de dar coisa certa ou incerta; 
c) Pagar; 
d) Declaração de vontade. 
-A declaração de vontade é autoexecutável, uma vez procedente ela se auto executa. 
As outras todas precisam de execução 
 
2- PRINCÍPIOS GERAIS DA EXECUÇÃO 
a) Princípio da autonomia do processo→ é o único que só se aplica ao título extrajudicial, 
ao processo de execução, bastante simples em sua compreensão, só se aplica ao extra 
judicial pois se estivéssemos em uma fase de conhecimento não há autonomia, pois 
tenho um processo civil com duas fases, a de conhecimento e a execução, então é 
natural que a fase executiva esteja atrelada a sentença na primeira fase. Portanto 
somente se aplica em processo calcado em título extrajudicial, pois não teve outro 
processo anterior, sendo um processo novo é preciso que haja citação, enquanto que 
na fase de cumprimento não terá nova citação, apenas a intimação, pois não é um 
processo novo, mesmo que ele tenha sido revel na fase de conhecimento, ele sabe da 
 
 
 
 
Ana Bonfim- Processo Civíl 
 2 
existência do processo, já foi citado lá atras, não pode alegar surpresa, já no processo 
de execução pode-se alegar surpresa. 
 
b) Princípio da Patrimonialidade→ Se aplica aos dois. Art 789 CPC 
 
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes 
e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as 
restrições estabelecidas em lei. 
A fotografia patrimonial que ele tem ou não tem bens não é definitiva em relação ao devedor, 
tanto na fase de execução quanto no processo, pode ficar suspenso aguardando nova 
condição patrimonial do executado, bens presentes ou futuros, pode ser por exemplo, uma 
penhora do inventário que ele está para receber, penhora os bens de A de uma herança que 
ele ainda nem recebeu, está em processo, pode ocorrer penhora de direitos. 
c) Princípio do exato adimplemento → Art. 831 CPC 
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos 
bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, 
das custas e dos honorários advocatícios. 
Se eu tenho um crédito de 10 mil, ao apresentar a execução, seja processo seja fase, ao credor 
compete apresentar uma memória atualizada do cálculo, onde inclui atualização dos juros custas 
e honorários do advogado. 
d) Princípio da disponibilidade do processo → Art. 775 CPC 
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a 
execução ou de apenas alguma medida executiva. 
 
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o 
seguinte: 
No processo de conhecimento eu posso desistir só antes da contestação, depois preciso da 
concordância, já estar no processo de execução nos embargos à execução (uma ação de 
conhecimento), se eu estou em fase de cumprimento a forma do devedor se defender é 
através de impugnação, um incidente processual, na ação a forma de defesa é uma ação. 
Serão extintos tanto a impugnação (fase de cumprimento) ou os embargos (execução) que se 
tratarem apenas sobre questões processuais, nos demais casos dependerá da concordância do 
impugnante e do embargante. O exequente pode desistir como regra independente da 
concordância, mas se o executado já apresentou incidência ou embargos, se tratar somente 
de coisa processual não será ouvido se concorda ou não, até porque não será aceito, o 
exequente somente responderá por custas, a única hipótese em que há necessidade de 
concordância quando já houver impugnação ou embargos que se trate de temas materiais e 
está discutindo mérito. 
e) Princípio da utilidade da execução → 
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar 
evidente que o produto da execução dos bens encontrados 
será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da 
execução. 
§ 1o Quando não encontrar bens penhoráveis, 
independentemente de determinação judicial expressa, o 
oficial de justiça descreverá na certidão os bens que 
 
 
 
 
Ana Bonfim- Processo Civíl 
 3 
guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, 
quando este for pessoa jurídica 
§ 2o Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal 
será nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior 
determinação do juiz. 
A deve 10 mil reais, título extrajudicial, entra com ação, apresento uma petição para fazer a 
penhora online, encontra nas contas apenas valores baixíssimos, como por exemplo 93,90 reais, 
o legislador diz que não vale a pena uma quantia tão mínima, em um processo de valor tão 
alto, em comparação a quantidade de atos processuais que isso acarretará 
§1º e 2º o oficial de justiça se certifica de tudo o que tem na casa do devedor, e leva 
essa relação ao juiz, enquanto o juiz decide o que vai penhorar nomeia um depositário, 
não se pode livrar desses bens enquanto isso. 
f) Princípio do contraditório restrito → A ideia é que se eu já tenho em mãos um 
título executivo eu já posso entrar direto com o processo de execução – 
questão da posição filosófica do juiz, a dúvida que fica é, o juiz tem que ter a 
mesma posição no processo de conhecimento e no de execução? NÃO! Pois 
no processo de conhecimento não se tem certeza do direito do autor, estão 
buscando seu direito, não formou conhecimento, portanto essa posição tem 
que ser de absoluto distanciamento, já no de execução é a satisfação de um 
crédito á constituído, está ali buscando satisfazer uma execução, o foco do juiz 
não será mais se aprofundar para saber se tem ou não direito, já está 
constituído, mas pode ser discutido, mas até que haja uma certeza do 
embargos incidente, a execução tem que fluir, por isso para dar efeito 
suspensivo aos embargos ou impugnação já tem que ter garantia em juízo, 
uma penhora, um depósito. Se não houver garantia da execução ela se 
segue. 
g) Princípio da menor onerosidade → também conhecido como principio do 
menor gravame Art 805 CPC 
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder 
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo 
menos gravoso para o executado. 
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida 
executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais 
eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos 
atos executivosjá determinados. 
Na medida do possível o juiz tem que proteger o executado tem que satisfazer o crédito 
e não ser desproporcional com o executado. Ex.: tem um apartamento e um carro, 
querem piorar o imóvel em um credito de 10 mil reais, falo para penhorar o carro, por 
conta da implicância desse princípio do menor gravame. 
 
3- DISPOSIÇÕES GERAIS DA EXECUÇÃO 
 
3.1- PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE NA SUPRESSÃO DAS LACUNAS 
PROCEDIMENTAIS 
 
 
 
 
 
Ana Bonfim- Processo Civíl 
 4 
 
 
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução 
fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, 
também, no que couber, aos procedimentos especiais de 
execução, aos atos executivos realizados no procedimento de 
cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou 
fatos processuais a que a lei atribuir força executiva. 
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as 
disposições do Livro I da Parte Especial. 
Princípio da reciprocidade, um olhando para o outro, execução bebendo da fonte do 
conhecimento – art 313 CPC, não faz sentido eu repetir esse código, regras gerais no processo 
civil que se aplicam no processo de execução, não preciso repetir, o processo de conhecimento 
quando houver lacunas na fase de cumprimento de sentença, vou beber da fonte da execução. 
Trocar de regras para que o legislador não se repetisse. 
3.2- PODER DO JUIZ NA EXECUÇÃO 
Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: 
I - ordenar o comparecimento das partes; 
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato 
atentatório à dignidade da justiça; 
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam 
informações em geral relacionadas ao objeto da execução, 
tais como documentos e dados que tenham em seu poder, 
assinando-lhes prazo razoável. 
 
Art. 773. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar 
as medidas necessárias ao cumprimento da ordem de entrega 
de documentos e dados. 
Parágrafo único. Quando, em decorrência do disposto neste 
artigo, o juízo receber dados sigilosos para os fins da execução, 
o juiz adotará as medidas necessárias para assegurar a 
confidencialidade. 
Lembrar do Art 139 nos poderes do juiz, principio da reciprocidade, o artigo 772 e 773 traz 
poderes específicos na execução e cumprimento, mas não ignota a incidência do 139 
Ordena o comparecimento das partes adverte ao executado a ato atentatório, sujeito 
indicado forneçam informações sobre documentos e etc, EX.: executo uma empresa e o 
sócio não é claro sobre o faturamento dele, todos devem colaborar com a justiça, ele 
tem que fornece 
773- sobre determinar de oficio ou a requerimento, medidas necessárias, dá poder para 
o juiz perseguir. Ex.: busca e apreensão. 
3.3- ATOS ATENTATÓRIOS A DIGNIDADE DA JUSTIÇA 
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a 
conduta comissiva ou omissiva do executado que: 
 
 
 
 
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I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e 
meios artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens 
sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de 
sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. 
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará 
multa em montante não superior a vinte por cento do valor 
atualizado do débito em execução, a qual será revertida em 
proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, 
sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou 
material. 
Lembra da litigância de má-fé, art 80, ato atentatório e espécie de má-fé pois é 
específica da execução, se houver conduta devo primeiro se enquadra no 774 e depois 
no 80 CPC. 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou 
fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato 
do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
I- Veremos mais para frente 
II- Absorve os outros incisos, se opuser maliciosamente a execução empregando 
meios ardilosos 
O parágrafo único prevê multa de 20% 
 
3.4- RESSARCIMENTO AO DEVEDOR, COBRANÇA DE MULTA E 
INDENIZAÇÕES 
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que 
este sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, 
declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que 
ensejou a execução. Ver tópico (2291 documentos) 
 
Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes 
de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à 
 
 
 
 
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dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do 
processo. 
776- ex.: A entra com execução falando que B deve 10 mil, como não garanti a execução 
ela penhorou meu carro, provei nos embargos que eu paguei, mas tive prejuízo quando 
perdi meu bem, a maioria da jurisprudência e da doutrina entende que o legislador 
deveria ter falado em perdas e danos. Humberto Theodoro cita o Art 520 II, onde fala que 
liquidando prejuízo nos mesmos autos, se eu tive prejuízo de ficar sem meu bem e o juiz 
viu que eu tinha pagado, eu peço a indenização nos mesmos autos, por conta da 
celeridade processual.

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