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Perdas Auditivas Surdez ou hipoacusia perda auditiva (déficit da audiococomunicação) Considerações Históricas: Marcada por sofrimentos, danos físicos e morais, lutas e esforços para conviver em uma sociedade ouvinte; nascidos surdos eram sacrificados e isolados. DESENVOLVIMENTO DAS VIAS AUDITIVAS: 1- Pavilhão auricular – inicia 4 semanas e completa no 3º mês 2- Conduto auditivo externo – inicia 4ª a 5ª semana e a 21ª assume a forma de canal 3- Orelha média – desenvolve por volta da 3ª semana, época da diferenciação dos ossículos, mm e tendões 4- Martelo e bigorna – atinge tamanho adulto na 15ª semana e o estribo na 18ª semana 5- Cóclea – completo na 20ª semana 6- Núcleos cocleares- formados por volta da 33ª semana O feto humano percebe, reage e armazena informações auditivas a partir da 26ª semana Neuroplasticidade: habilidade de agrupamentos de neurônios ajustarem a sua função de acordo com a estimulação; · No nível cortical, baseia-se na experiência e no aprendizado; · A sinaptogênese atinge desenvolvimento máximo por volta dos 3 anos e 6 meses a partir daí pode haver destruição de sinapses não usadas funcionalmente; · Após os 7 anos de idade, há queda significativa da neuroplasticidade. · Cross modal: recrutamento das áreas auditivas por outras modalidades sensitivas 2 vias auditivas - binauralidade é importante para a comunicação e para o aprendizado. Prevalência por etiologia: Infância (ao nascimento): · Genéticas não sindrômicas; · Baixo peso ao nascimento; · Hipóxia; · Prematuridade; · Rubéola; · Meningite Quando a inflamação da meningite atinge a cóclea, calcifica essa região, o que impossibilita a realização do implante coclear. · Uso de medicação ototóxicas; · Traumatismo cranioencefálico; · Citomegalovirose; · 40% não tem diagnóstico. Epidemiologia na população adulta: · Entre 46 a 60 anos prevaleceu a exposição ao ruído; · Acima de 60 anos, presbiacusia; · População acima de 60 anos: 73% brancos; 54% masculinos; 68% cursou até o ensino fundamental; 54% portador de HA; 77% renda de até 3 salários mínimos CARACTERÍSTICAS FÍSICAS RELACIONADAS A PERDA AUDITIVA: · Anomalias craniofaciais; · Malformações de orelha, apêndices ou colobomas préauriculares; · Alteração da implantação da orelha; · Alteração da pigmentação da pele (manchas café com leite); · Mecha de cabelo branco ou outras malformações de cabelo; · Heterocromia, telecanto, miopia grave ou retinopatias; · Cistos, fístulas branquias, bócio. AVALIAÇÃO AUDITIVA: Audiometria tonal: Através desse exame, pode-se analisar: · Tipo de perda (condutiva, neurossensorial ou mista); · Grau da parda; · Configuração audiométrica; · Lateralidade. · Exame subjetivo TIPOS DE PERDA AUDITIVA: 1. Perda condutiva: · Limiares de via óssea menores ou iguais a 15dBNA e limiares de via aérea maiores do que 25dBNA, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 15dB; · Quer dizer que está acontecendo algo na orelha externa ou na orelha média que impede a passagem da energia sonora de maneira correta. · Ouvido interno do paciente se encontra normal 2. Perda neurosensorial: · Limiares da via óssea maiores do que 15dBNA e limiares de via aérea maiores do que 25dBNA, com gab aéreoósseo de até 10dB. · O comprometimento se encontra a nível do ouvido interno 3. Perda auditiva mista: · Limiares de via óssea maiores do que 15dBNA e limiares de via aérea maiores do que 25sBNA, com gap aéreoósseo maior ou igual a 15dB. GRAUS DE PERDA AUDITIVA: · Menor ou igual a 25dB: normal; · Entre 26 a 40dB: perda leve; · Entre 41 a 70dB: perda moderada; · Entre 71 a 90dB: perda severa; · Entre 91 a 119dB: perda profunda; · Acima de 120dB: cofose. AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO: Avaliação subjetiva da audição: · Teste de diapasão; · Audiometria tonal; · Audiometria vocal; · Audiometria de observação comportamental; · Audiometria de reforço visual; · Testes para diagnósticos de alteração do processamento auditivo. Avaliação objetiva da audição: · Emissões aotoacústicas: · Transientes; · Pontos de distorção. · Respostas auditivas de tronco encefálico: · Potenciais evocados auditivos por cliques; · Potenciais evocados auditivos por frequência específica; · Potencial evocado auditivo por via óssea; · Respostas auditivas de estado estável REABILITAÇÃO AUDITIVA: Aparelho de amplificação sonoro individual (AASI): Composição de um aparelho auditivo: Quanto menor o grau da perda, menor o aparelho que o paciente deve usar, e quanto maior a perda, maior o aparelho. Cirurgias de reabilitação auditiva: MEIOS PASSIVOS DE REABILITAÇÃO AUDITIVAS: · Interposição ossículo na cadeia ossicular; · Próteses sintéticas: · Prótese de reconstrução total (PROT); · Prótese de reconstrução parcial (PROP). · Prótese de estaédotomia/estapedectomia. INDICAÇÕES DE PRÓTESES: Indicação de próteses auditivas ancoradas no osso temporal: · Todos os pacientes devem fazer teste de limiares em campo livre com vibrador ósseo adaptado em faixa tipo hadband; · São considerados quando os AAIs convencionais e com CROS são ineficientes. Indicações de próteses auditivas ancoradas em osso unilateral: · Má formação congênita de orelha bilateral que impossibilita adaptação de AAIs; · Com gap maior que 30dB na média das frequências de 0,5; 1; 2 e 3Khz; · Limiar médio melhor que 60dB para via óssea NAS FREQUÊNCIAS DE 0,5;1;2 E 3Khz na orelha a ser implantada; · Índice de reconhecimento de fala em conjunto maior que 60% em monossílabos sem AASI. Indicações de próteses auditivas ancoradas em osso bilateral: · Má formação congênita de orelha bilateral que impossibilita adaptação de AASI; · Com gap maior que 30dB na média das frequências de 0,5;1;2 e 3Khz; · Limiar médio melhor que 60dB para via óssea nas frequências de 0,5;1;2 e 3 Khz na orlha a ser implantada; · Índice de reconhecimento de fala em conjunto maior que 60% em monossílabos sem AASI; · Diferença interaural entre as médias dos limiares por via óssea de 0,5;1;2 e 3Khz não devem exceder a 10dB e deve ser menor que 15dB em todas as frequências isoladas. Indicação de próteses auditivas (implante coclear): · Crianças com até 4 anos de idade incompletos, SNS severo ou profundo bilateral; · Crianças de 4 a 7 anos de idade incompletos, que apresentem SNS severo e ou profunda. Resultado igual ou menor que 60% de reconhecimento de sentenças em conjunto abeto com AASI na melhor orelha e igual ou menor de 50% na orelha a ser implantada. · Adolescentes a partir de 12 anos de idade: o Resultado igual ou menor que 60% de reconhecimento de sentenças em conjunto aberto com uso de AASI na melhor orelha e igual ou menor que 50% na orelha a ser implantada, com percepção de fala diferente de zero em conjunto fechado; Presença de código linguístico oral estabelecido e adequadamente reabilitado pelo método oral. · Adolescente a partir de 12 anos pós-lingual; · Em adultos pré-linguais: Presença de código linguístico estabelecido e adequadamente rebilitado pelo método oral; Uso de AASI efetivo desdo o diagnóstico da SNS severa e profunda. · Em adultos pós-linguais. Critérios de contraindicação de IC: · Surdez pré-lingual em adolescentes e adultos não reabilitados por método oral; · Pacientes com agenesia coclear ou do nervo coclear bilateral; · Contraindicações clínicas. TIPOS DE PRÓTESES AUDITIVAS (NÃO PRECISA SABER): Tipos de próteses auditivas de condução óssea: · Bone-anchored Hearing Aid – BAHA: · Soundbite: Sonitus; Prótese removível. · Ponto: Oticon; Percutâneo. · Sophono: Transcutâneo; Criado em 1986. · Bonebridge: Vibrant Med-EI; Ativo transcutâneo; · Vibrant Soudbrige: Med-EI; Parte interna: receptor/demodulador; Parte externa: processador de áudio. · Maxum: Soudtech; Neodímio ferro boro. · Esteem: Envoy Medical; Tecnologia piezoelétrica. · Carina: Otologics LLC; Totalmente implantável. Tipos de próteses auditivas (implantes cocleares): IMPLANTE DE TRONCO ENCEFÁLICO: · indicado em todos os casos nos quais não está ou não é possível realizar implante coclear Como ocorre a transmissão do estímulo no implantecoclear: 1. O som é recebido pelo microfone; 2. Em seguida o som é enviado para o processador de fala que seleciona e codifica os sons úteis; 3. O código é encaminhado ao transmissor; 4. O transmissor encaminha o código por meio da pele para o receptor e ele converte o código em estímulos elétricos; 5. Os estímulos elétricos são encaminhados para os eletrodos e vão estimular as fibras nervosas; 6. Os sinais são reconhecidos como sendo som pelo cérebro, provocando a sensação de audição. OUTROS MÉTODOS DE RESTAURAÇÃO AUDITIVA (NÃO PRECISA SABER): Farmacológica: · AHLi-11 – controle da expressão gênica do gene p53 (fator de transcrição e supressor tumoral implicado no reparo de DNA e no mecanismo de apoptose das células cardíacas); · SPL128 – inibe a expressão do inibidor de quinase dependente de ciclina; · Corticoide; · Dexametasona; · Antioxidantes. Biologia molecular: · Atoh 1; · Via Notch, sox2 e eya1
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