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FILARIOSE É uma doença negligenciada que acomete o sistema linfático. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O O QUE É UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA? É um grupo de doenças infecciosas/infectoparasitárias, que afetam uma população negligenciada (mais pobre e com acesso limitado aos serviços de saúde). INTRODUÇÃO • No mundo: 1,3 bilhões de pessoas em risco, 12 milhões afetados em 83 países endêmicos. • No Brasil: A única área endêmica é Pernambuco, mais especificamente na região do Recife. • Metas da OMS para eliminar a filariose: (2 pilares) o Interrupção da transmissão o Redução da morbidade do tratamento e prevenção de novos casos • Distribuição da filariose linfática no mundo: RESUMÃO GERAL • Transmissão → Por mosquitos: No BR, o agente etiológico é o Wuchereria bancrofti. • Sintomas: • Diagnóstico: Por teste rápido de gota espessa, o paciente é encaminhado para uma UBS ou postos específicos e o sangue coletado para análise. • Tratamento: Dietilcarbamazina (DEC). DOENÇA CRÔNICA: MORBIDADE FILARIAL • Linfedema: Nas mulheres, principalmente em membros inferiores. • Hidrocele: Nos homens é a principal causa. TIPOS DE LINFEDEMA PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIA DO LINFEDEMA • Risco de infecção: O paciente tem muita erisipela por conta do linfedema. • Feridas e tumores: Estase, linforreia, o líquido é ácido e leva à formação. • Comprometimento da regeneração tecidual: Pelo comprometimento da vasculatura. • Lesão de ADM e desconfortos físicos • Alterações posturais, funcionais e respiratórias AVALIAÇÃO DO LINFEDEMA • Anamnese: Dados gerais, história clínica, epidemi- ologia, comorbidades e medicamentos atuais e fazer a Avaliação do Funcionamento (independên- cia, atividades da vida diária). o Avaliação da dor: EVA, avaliar o nível de comprometimento das atividades pela dor • Exame físico: • Inspeção detalhada da pele: especialmente da área do linfedema, busca por erisipela. o Alterações de coloração: Cianose, palidez, rubor cutâneo. o Alterações tróficas: Alopecia, manchas arrocheadas, linfedema, rachaduras, ulceração, pele seca. • Palpação do linfedema: Avalia textura da pele, temperatura. o Sinal de Godet/Cacifo: • Avaliação da higiene: Uma higiene precária leva à maior risco de infecções. Muitas vezes aqueles pacientes tem a higiene comprometida por conta da dificuldade de limpeza, ele precisa de ajuda. • Avaliação de sensibilidade: Procurar por parestesi- as nas áreas afetadas (dormência, formigamento). • Avaliação de TVP → Sinal de Homans: Presença de dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O GRADAÇÃO DO LINFEDEMA • Grau I: “Edema de grávida”, paciente acorda com o pé inchado e cede quando você coloca as pernas para cima, ou movimenta. • Grau II: Edema irreversível, o paciente dorme e acorda daquele jeito. • Grau III: Edema com presença de dobras e pele toma aspecto de casca de laranja. • Grau IV: Pregas profundas, tumores chamados de “knobs”, peso importante. • Grau V: Marcado pela presença de dobras de pele profundas, deformação completa da anatomia. • Grau VI: Associado a tudo isso, o paciente apresen- ta lesões fúngicas. • Grau VII: O maior grau, o paciente perde a capaci- dade de cuidado pessoal e atividades cotidianas, apresentam erisipela recorrente, as dobras e o volume aumenta bastante. *PERIMETRIA: Avaliação da evolução do linfedema, feito de forma cotidiana. TRATAMENTO • Linfedema não tem cura! Mas pode ser reduzido e controlado para minimizar a incapacidade de melhorar a qualidade de vida. • Drenagem linfática: Uma das alternativas para tentar minimizar esse linfedema. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O • Enfaixamento compressivo / Terapia complexa descongestiva: Padrão-ouro de tratamento! É realizado a compressão do membro por enfaixa- mento por malha para reduzir o edema. • Meias de alta compressão: Indicado em pacientes com edema mais reduzido, tem indicações terapêuticas consolidadas. • Dietilcarbamazina (DEC): É o anti-helmíntico utilizado para tratar a doença.
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