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PV Medicina - 1 Fase - Ciclo 5 - Resoluções

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Prévia do material em texto

2013
Banca Poliedro
Medicina
Verifique se este caderno de questões contém um total de 90 questões de múltipla escolha, assim distribuídas: 9 Interdisci-
plinares, 16 de Português, 10 de História, 5 de Inglês, 10 de Geografia, 10 de Biologia, 10 de Química, 10 de Matemática 
e 10 de Física. Caso o caderno apresente alguma divergência, solicite ao fiscal da sala outro caderno de questões. Não 
serão aceitas reclamações posteriores.
Para cada questão, existe apenas uma resposta correta.
Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta. Essa 
alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você 
recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe:
 
Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora.
É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova.
Você terá 5 horas para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas.
Não é permitida a saída antes de 2 horas de duração da prova.
 A
ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO
A A A
1
2
3
4
5
6
7
Instruções para a prova
Boa prova! 
Ciclo 5
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 2 DE 51
 » InterdIscIplInares
1 Leia o outdoor a seguir.
Disponível em: <flickr.com>.
Analise as seguintes afirmativas sobre a publicidade em questão. 
I. O termo brinquedos elevado ao quadrado pressupõe que 
todo dia 12 é dia de brinquedo.
II. A linguagem empregada no anúncio permite concluir que 
é possível relacionar, semanticamente, a matemática e o 
português.
III. O significante “+”, empregado no anúncio, também estaria 
presente semanticamente na frase “Não só tocava Chopin, 
mas Vivaldi, Villa-Lobos...”.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Resposta correta: E
I. Incorreta. O que fica implícito é que no Dia das Crianças ga-
nha-se mais brinquedos (brinquedos ao quadrado).
II. Correta. A relação entre matemática e português se eviden-
cia pela construção da fórmula.
III. Correta. A conjunção mas, nesse contexto, tem sentido de 
adição e poderia facilmente ser substituída por “como tam-
bém”.
 
2 No delta do Rio Tana, no Quênia, muitas terras estão sendo 
cotadas por um plano de desenvolvimento nacional que pre-
tende, dentre outras ações, expandir as atividades agrícolas na 
região. Uma das propostas é a conversão de manguezais em 
áreas para a plantação de cana-de-açúcar, com o objetivo de 
produzir álcool para o mercado internacional, processo no qual 
muitas tribos correm o risco de serem expulsas de suas terras.
Rio
Tana
Nairobi
Quênia
Oceano
Índico
A forma de exploração dos recursos naturais, o destino da produ-
ção e o tratamento dos povos locais fazem correspondência com:
a) o modelo de desenvolvimento sustentável, pois o álcool é 
um combustível renovável.
b) o modelo de atividade econômica do tipo plantation, voltado 
à exploração para a exportação. 
c) a atividade voltada para a melhoria da pegada ecológica, 
com bom gerenciamento de recursos.
d) a valorização dos povos tradicionais, preservando sua identi-
dade e seu direito a terra.
e) o incentivo ao desenvolvimento de sistemas coletivistas, vol-
tados à produção de gêneros agrícolas complementares.
Resposta correta: B
O caso apresentado faz paralelo com a atividade econômica do 
tipo plantation, com seu modelo centrado na exportação de 
produtos (como o açúcar) para o mercado internacional.
Alternativa a: incorreta. O desenvolvimento sustentável não en-
volve apenas uso de recursos renováveis, mas também a preser-
vação de valores culturais das populações.
Alternativa c: incorreta. A atividade apresentada mostra aumen-
to da pegada ecológica, com desequilíbrio ambiental e social.
Alternativa d: incorreta. No processo descrito, os povos tradicio-
nais são seriamente afetados.
Alternativa e: incorreta. Os sistemas coletivistas estão voltados 
ao melhor desenvolvimento econômico da população local, si-
tuação contrária à descrita no enunciado.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 3 DE 51
3 Leia o trecho de um poema a seguir.
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida: Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar. 
[...]
Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Disponível em: <www.ufrgs.
br/proin/versao_1/exilio/index02.html>. Acesso em: jul. 2013.
Escrita no início da segunda metade do século XIX, a poesia de 
Gonçalves Dias é uma expressão da poesia indigenista, que mar-
cou esse momento da literatura brasileira. Considerando a situa-
ção política do país e a produção literária daquele período, leia 
as afirmativas a seguir.
I. A poesia indigenista liga-se a um momento em que se bus-
cava afirmar uma identidade nacional, tendo no índio um 
símbolo dessa brasilidade.
II. Há influência do pensamento iluminista na glorificação do in-
dígena, notadamente de Rousseau e sua concepção do bom 
selvagem.
III. A exaltação do nacionalismo não é uma característica apenas 
brasileira, marcou também a produção literária do Ocidente, 
sendo uma característica do Romantismo.
IV. Os cantos de natureza guerreira fazem parte de um momen-
to em que a Monarquia brasileira buscava se afirmar por meio 
de guerras contra seus vizinhos platinos.
Estão corretas:
a) apenas I e II. 
b) apenas I, II e III.
c) apenas I, II e IV. 
d) apenas I e IV. 
e) todas.
Resposta correta: B
O nacionalismo foi uma característica típica do Romantismo e, 
no Brasil, teve na figura do índio um símbolo desse sentimento 
nacional. Por outro lado, não se pode afirmar que se buscava valo-
rizar aspectos bélicos da atitude do índio, mas sim características 
como a honra, a firmeza e a coragem, o que elimina a afirmação IV.
 
4 Leia o texto a seguir acerca dos malefícios do consumo 
excessivo de sal.
[...] O cardiologista Heno Lopes, do Incor (Instituto do Coração 
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), explica 
que o aumento da pressão arterial ocorre por conta de uma pro-
priedade do cloreto de sódio, principal componente do tempero. 
“Quando o sal entra no corpo, ele é absorvido pelo intestino e vai 
direto para o sangue. Se é consumido em grande quantidade, cai 
na mesma proporção nos vasos. Como a água do corpo é sugada, o 
organismo, na tentativa de manter o equilíbrio e normalizar a falta 
de água, eleva a pressão arterial para aumentar o fluxo de sangue 
circulando”, esclarece Lopes. [...]
Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/hipertensao/
por-que-o-excesso-de-sal-faz-mal-a-saude>. (Adapt.).
O trecho faz referência à propriedade osmótica do cloreto de 
sódio (NaCl) e à ação deste no organismo humano. Sabendo 
que o fator de Van’t Hoff para o NaCl é igual a 2 e considerando 
uma solução aquosa desse sal com concentração de 0,2 mol/L 
a 25 °C, assinale a alternativa que indica corretamente a pressão 
osmótica da solução e o que acontecerá nas células de uma pes-
soa que a ingerir em grandes quantidades. 
Dado: R = 0,082 L ∙ atm/mol ∙ K.
a) 2,4 atm e passagem de soluto através da membrana plasmá-
tica das células.
b) 4,8 atm e passagem de solvente através da membrana plas-
mática das células
c) 4,8 atm e passagem de soluto através da membrana plasmá-
tica das células.
d) 9,8 atm e passagem de solvente através da membrana plas-
mática das células.
e) 9,8 atm e passagem de soluto através da membrana plasmá-
tica das células.
Resposta correta: D
Para o cálculo da pressão osmótica, tem-se: 
π = iRTM = 2∙(0,082 L∙atm/mol∙K) ∙ (298 K) ∙ (0,2 mol/L) = 9,77 atm 
O fenômeno da osmose ocorre no organismo quando há a 
passagem do solvente, no caso a água, através da membranaplasmática das células, da solução hipotônica para a hipertônica 
extracelular ocasionada pela ingestão do sal.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 4 DE 51
5 Considere os textos a seguir.
Texto I
José Malhoa. Os bêbados (1907).
Texto II
Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de 
manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de 
madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom 
seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça 
pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea 
das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, 
no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miu-
dinhos davam cintilações escarlates. Tinham acabado de almoçar.
A sala esteirada, alegrava, com o seu teto de madeira pintado 
a branco, o seu papel claro de ramagens verdes. Era em julho, um 
domingo, fazia um grande calor; as duas janelas estavam cerra-
das, mas sentia-se fora o sol faiscar nas vidraças, escaldar a pedra 
da varanda; havia o silêncio recolhido e sonolento de manhã de 
missa; uma vaga quebreira amolentava, trazia desejos de sestas ou 
de sombras fofas debaixo de arvoredos, no campo, ao pé da água; 
nas duas gaiolas, entre as bambinelas de cretone azulado, os caná-
rias dormiam; um zumbido monótono de moscas arrastava-se por 
cima da mesa, pousava no fundo das chávenas sobre o açúcar mal 
derretido, enchia toda a sala de um rumor dormente.
Eça de Queirós. O primo Basílio. Disponível em: <www.dominiopublico.
gov.br/download/texto/ua00087a.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012.
O Naturalismo, que também pode ser entendido como um Rea-
lismo mais exacerbado (intenso), tem características bastante 
contundentes. Ao observar a pintura de Malhoa e compará-la 
com o trecho da obra de Eça de Queirós, é possível constatar, 
em ambos, uma importante característica naturalista. Assinale 
a alternativa que cita essa característica.
a) Personagens animalizadas, decadentes.
b) Presença de uma descrição física objetiva. 
c) Descrição subjetiva do ambiente.
d) Valorização do espaço urbano.
e) Visão bucólica pouco descritivista.
Resposta correta: B
O naturalista é um detalhista, e a descrição é uma das maneiras 
que ele utiliza para representar a realidade. A obra de Eça de 
Queirós tem uma característica bastante descritiva, bem como 
a pintura de José Malhoa, que apresenta um caráter objetivo; 
apontando detalhes, o artista faz com que sua obra ganhe vida 
e aproxime-se da realidade.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 5 DE 51
6 A tabela a seguir apresenta os potenciais elétricos das rea-
ções de redução apresentadas e a equação química da reação 
global em uma pilha de Daniell, formada por zinco e cobre. Os 
potenciais foram medidos com base em um eletrodo de referên-
cia de hidrogênio, o qual, por convenção, apresenta potencial 
elétrico nulo.
Reação Potencial de redução
Zn2+(aq) + 2e
– → Zn(s) Eº = –0,76 V
Cu2+(aq) + 2e
– → Cu(s) Eº = +0,34 V
Zn(s) + Cu
2+
(aq) → Zn
2+
(aq) + Cu(s)
Suponha que seja feita uma pilha de Daniell e que seja colocada 
uma lâmpada cuja resistência é de 1 Ω, como indica a fi gura a 
seguir.
Fio
metálico Lâmina
de zinco
Lâmina
de cobre
Ponte
salina
Solução aquosa
de ZnSO4
1,0 mol/L
(incolor)
2 0
(aq) (s)
Semicela
Zn / Zn+
Fio
metálico
Solução aquosa
de CuSO4
1,0 mol/L
(azul)
2 0
(aq) (s)
Semicela
Cu / Cu + 
Considerando o exposto, assinale a alternativa que corresponde 
à potência dissipada pela lâmpada.
Dado: Considere a lâmpada ôhmica.
a) 1,21 W
b) 2,44 W
c) 4,16 W
d) 5,66 W
e) 10,04 W
Resposta correta: A
A diferença de potencial gerada nos terminais da lâmpada de 
Daniell, formada por terminais de zinco e cobre, é dada por: 
∆V = 0,34 – (–0,76) = 1,10 V.
A potência dissipada é dada por:
P
V
R
W= ( ) = ( ) =∆
2 2110
1
121
,
,
 
7 Observe a imagem a seguir.
Disponível em: <http://p2.trrsf.com.br/image/fget/cf/407/305/images.terra.
com/2013/06/19/faixabrasil1906celsopaiva.JPG>. Acesso em: 23 jun. 2013.
Os movimentos que mobilizaram o Brasil em junho deste ano 
não alcançaram apenas as ruas. Na imagem, um torcedor no 
jogo Brasil e México, na Arena Castelão (Fortaleza), exibe um car-
taz como forma de protesto. Analisando a mensagem exposta 
no cartaz, pode-se afi rmar que:
a) a indignação desse torcedor é claramente representada pela 
expressão “only 20 cents”.
b) a palavra stolen remete ao ato de devolução das verbas des-
viadas pelos políticos brasileiros.
c) o elemento but estabelece um efeito de oposição, tendo em 
vista os valores “20 cents” e “69 billion”.
d) a expressão “public coff ers” denota os paraísos fi scais em que 
os políticos guardam seu dinheiro.
e) a expressão “69 billion” é apresentada como centro da discus-
são em torno dos protestos, no campo e nas ruas.
Resposta correta: C
O termo but é o elemento que estabelece uma relação de opo-
sição. 
Alternativa a: incorreta. A indignação do torcedor é claramente 
demonstrada pela expressão “69 billion stolen from the public 
coff ers”.
Alternativa b: incorreta. A palavra stolen refere-se ao ato de rou-
bar, e não ao de devolver.
Alternativa d: incorreta. A expressão “public coff ers” signifi ca “co-
fres públicos”.
Alternativa e: incorreta. A discussão dos protestos está centrada 
em diversos fatores de ordem política e social, e o mais contun-
dente deles são 20 centavos, expressos por “20 cents”, elemento 
que se refl etiu nas manifestações.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 6 DE 51
8 Admitindo-se que o volume resultante de uma mistura seja 
igual à soma dos volumes envolvidos, diz-se que um álcool tem 
30% de pureza quando uma mistura de 100 L tem 30 L de álcool 
e 70 L de água. Dessa forma, o grau de pureza de uma mistura 
resultante da adição de 80 L de um álcool a 25% de pureza e 
20 L de outro álcool a 50% é de:
a) 30% 
b) 35%
c) 40%
d) 45%
e) 50%
Resposta correta: A
 
80 25
20
60
20 50
10
10
L
L de alcool
L de agua
L
L de alcool
L de ag
% %( ) + ( )
´
´
´
uua
Mistura
L de alcool
L de agua
de pureza
´
´
´
30
70
30
100
30⇒ = %
 
9 O continente africano é bastante diversificado, apresenta re-
giões com características específicas quanto ao clima, à diversida-
de étnica, à religião majoritária e à presença ou não de recursos 
naturais muito valiosos no mercado global. Dentre as regiões mais 
estáveis do continente africano está o Magreb, que se localiza:
a) na África Subsaariana, que inclui países que permaneceram 
independentes após o Congresso de Berlim, como a Costa 
do Marfim e Gana.
b) na porção Noroeste do continente, formada, dentre outros 
países, por Marrocos e Argélia, ambos colonizados pela França.
c) na porção meridional do continente, onde estão localizados 
países como a Namíbia, que se industrializaram intensamen-
te após a partilha da África realizada pelos europeus.
d) na faixa cortada pela linha do Equador, onde os territórios dos 
países foram definidos previamente, em comparação com as 
outras regiões do continente. 
e) no Sul do continente, onde há conflitos tribais pela delimi-
tação de fronteiras mesmo após a independência de países 
como a Nigéria.
Resposta correta: B
Magreb é uma designação geográfica que se aplica especifica-
mente à região apontada na alternativa b.
Alternativa a: incorreta. A independência dos países citados 
aconteceu apenas no século XX, após o Congresso de Berlim, 
que data do século XIX. Além disso, os países ao sul do Saaranão 
se enquadram na região do Magreb.
Alternativa c: incorreta. A Namíbia não figura entre os países 
mais industrializados do continente africano, além de não inte-
grar a região do Magreb.
Alternativa d: incorreta. As fronteiras políticas da África não fo-
ram consolidadas de acordo com nenhum padrão, de forma que 
não se pode afirmar que os países próximos à linha do Equador 
definiram suas fronteiras antes de outras regiões.
Alternativa e: incorreta. A Nigéria não se encontra no Sul da Áfri-
ca; além disso, faz parte da região do Golfo da Guiné, e não da 
região do Magreb.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 7 DE 51
 » pOrtUGUÊs
Texto para as questões de 10 a 13
Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizonte 
para sua casa no interior do Estado. Era bom viajar de ônibus, 
vendo, parecia-lhe que pela primeira vez, o verde rebrotando com 
força. Ouviu um passageiro falando pra ninguém: que cheiro de 
mato! Sol farto e os moradores desses conjuntos habitacionais de 
caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das 
rodovias, aproveitavam pra esquentar o couro rodeados de criança 
e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado 
com bota de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com 
certeza à casa de uma tia da moça, comunicar que pretendiam 
se casar. Uma avó gorda com seu neto também passou, ela de 
sombrinha, ele de calcinha comprida de tergal. Iam aonde? Célia 
fantasiou, ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma 
amiga dela de juventude. O menino ia sentir demais a morte 
daquela avó que lhe pegava na mão de um jeito que nem sua mãe 
fazia. Desceram três moços de bermuda e camisa do Clube Atlético 
Mineiro, e um quarto com grande inscrição na camiseta: SÓ CRISTO 
SALVA! Camiseta e bermuda não favorecem a ninguém, ela pensou 
desgostosa com a feiura das roupas. Bermudas principalmente, 
teria que se ter menos de dez anos pra se usar aquela invenção 
horrorosa. Teve dó dos moços que só conheciam futebol e dupla 
sertaneja. Foi um pensamento soberbo, se arrependeu na hora. 
Tinha preconceitos, lembrou-se de que gostara muito de um jogo de 
futebol em Londrina, rodeada de palavrões e chup-chup com água 
de torneira e famílias inteiras se esturricando gozosamente entre 
pão com molho e adjetivos brutais, prodigiosamente colocados, 
lindos e surpreendentes como as melhores invenções da poesia. 
Concluiu sonolenta, o mundo está certo. Uma criança começou 
a chorar muito alto: quero ficar aqui não, quero sentar com meu 
pai, quero o meu pai. A mãe parecia muito agoniada e pelo tom 
do choro Célia achou que ela abafava a boca da criança com uma 
fralda ou a apertava raivosa contra o peito, envergonhada de ter 
filha chorona. Suposições. Tudo estava muito bom naquele dia, não 
sofria com nada, nem ao menos quis ajudar a mãe, botar a menina 
no colo, estas coisas em que era presta e mestra. Assistia ao mundo, 
rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem protagonista nem 
autora, era figurante, nem ao menos fazia o ponto naquele teatro 
perfeito, era só plateia. Aplaudia, gostando sinceramente de tudo. 
Contra céu azul e cheiro de mato verde Deus regia o planeta. Estava 
muito surpresa com a perfeita mecânica do mundo e muitíssimo 
agradecida por estar vivendo. Foi quando teve o pensamento de 
que tudo que nasce deve mesmo nascer sem empecilho, mesmo que 
os nascituros formem hordas e hordas de miseráveis e os governos 
não saibam mais o que fazer com os sem-teto, os sem-terra, os 
sem-dentes e as igrejas todas reunidas em concílio esgotem suas 
teologias sobre caridade discernida e não tenhamos mais tempo 
de atender à porta a multidão de pedintes. Ainda assim, a vida é 
maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da estrada. 
Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida, um deserdado 
daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu 
compadre de infortúnio: vem cá, homem, repara se já viu o céu mais 
estrelado e mais bonito que este! Para isto vale nascer.
Adélia Prado. “Rodando”. 
Disponível em: <www.releituras.com/aprado_rodando.asp>. (Adapt.).
10 No texto em questão, nota-se a presença do discurso indire-
to livre e do discurso direto, respectivamente, em:
a) “Assistia ao mundo, rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem 
protagonista nem autora, era figurante [...]”/“Foi quando teve 
o pensamento de que tudo que nasce deve mesmo nascer 
sem empecilho”. 
b) “[...] vem cá, homem, repara se já viu o céu mais estrelado e 
mais bonito que este!”/“Contra céu azul e cheiro de mato ver-
de Deus regia o planeta”.
c) “Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizon-
te para sua casa no interior do Estado.”/“Ainda assim, a vida 
é maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da 
estrada”.
d) “[...] ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma 
amiga dela de juventude.”/“[...] quero ficar aqui não, quero 
sentar com meu pai, quero o meu pai”.
e) “[...] um quarto com grande inscrição na camiseta: SÓ CRIS-
TO SALVA!”/“Teve dó dos moços que só conheciam futebol e 
dupla sertaneja”.
Resposta correta: D
Na primeira passagem, tem-se o pensamento de Célia sobre 
outras personagens; na segunda, a fala da criança que chora; 
portanto, tem-se, respectivamente, o discurso indireto livre e o 
discurso direto, o que não ocorre nas demais alternativas.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 8 DE 51
11 É característica da crônica o emprego de linguagem colo-
quial como forma de se criar um efeito de realidade. Dessa forma, 
nesse gênero literário, a transgressão à norma-padrão da língua 
portuguesa é comum e aceitável. Dentre as alternativas a seguir, 
assinale aquela em que se observa o desvio de norma.
a) “Foi um pensamento soberbo, se arrependeu na hora.”
b) “Tudo estava muito bom naquele dia, não sofria com nada [...].”
c) “Aplaudia, gostando sinceramente de tudo.”
d) “Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida [...].”
e) “Estava muito surpresa com a perfeita mecânica do mundo [...].”
Resposta correta: A
Depois de pausa (nesse caso, a vírgula), emprega-se, em norma-
-padrão, a ênclise: “[...] soberbo, arrependeu-se na hora”. Nas de-
mais alternativas, não há transgressão à norma.
 
12 Releia a seguir uma passagem do texto. 
Sol farto e os moradores desses conjuntos habitacionais de 
caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das 
rodovias, aproveitavam pra esquentar o couro rodeados de criança 
e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado com 
bota de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com certeza 
à casa de uma tia da moça, comunicar que pretendiam se casar.
São feitas as seguintes afirmações sobre o excerto. 
I. Para deixar evidente a grande quantidade de conjuntos 
habitacionais, faz-se, de forma denotativa, uma analogia com 
a grama, que cresce em qualquer lugar.
II. Ao empregar o substantivo deserdados, faz-se uma referência 
a uma realidade de nosso país: a má distribuição de renda.
III. Na expressão “com certeza”, há juízo de valor com relação à ação 
das personagens, assim como em “caixa de papelão e zinco”.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) todas.
Resposta correta: B
Na afirmação I, trata-se de conotação, e não de denotação; na 
afirmação III, em “caixa de papelão e zinco” não há juízo de valor.
 
13 Assinale a alternativa em que há uma asserção correta sobre 
a visão de mundo implícita na narrativa de Adélia Prado.
a) Os deserdados são pessoas miseráveis, que nunca terão aces-
so à felicidade por causa da falta de dinheiro e de uma me-
lhordistribuição de renda.
b) A viagem ensinou à personagem que é muito fácil assistir à 
vida, difícil é vivê-la, pois são muitos os empecilhos.
c) Apesar dos infortúnios da vida, como a miséria, é um privilé-
gio nascer e poder contemplar o que a natureza nos oferece.
d) A miséria é um espetáculo que ensina a qualquer um como 
viver com pouco e ser feliz viajando, por exemplo, de trem.
e) A pobreza deve ser combatida, pois dela deriva a infelicidade 
do ser humano e resulta a violência urbana.
Resposta correta: C
A asserção presente na alternativa c está contemplada neste ex-
certo: “Chama seu compadre de infortúnio: vem cá, homem, re-
para se já viu o céu mais estrelado e mais bonito que este! Para 
isto vale nascer”. As demais alternativas não contemplam a visão 
de Adélia acerca da vida, que deve (e vale) ser vivida independen-
temente da classe social.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 9 DE 51
14 Observe a imagem publicitária a seguir.
Disponível em: <revistamakingof.com.br>. Acesso em: mar. 2013.
Pode-se afirmar corretamente que:
a) o texto faz alusão à ecologia e emprega linguagem denotati-
va como forma de chamar a atenção.
b) a publicidade faz uso de efeitos de aproximação, como a 
conversa com o leitor.
c) no texto publicitário, há uso da ambiguidade como efeito de 
sentido.
d) a imagem da árvore entra em contradição com a frase ao 
centro; trata-se de um recurso expressivo.
e) o anúncio é dirigido exclusivamente aos que derrubam ár-
vores, considerados criminosos por prejudicar o ecossistema.
Resposta correta: C
Na frase “A vida está por um fio”, a palavra vida, comumente rela-
cionada ao ser humano, também se refere à natureza contempla-
da na imagem, aliás, derrubando a árvore, derruba-se o ser huma-
no, pois ele precisa dela para respirar. A linguagem é conotativa, 
o que invalida a alternativa a, e não há efeito de aproximação 
nem conversa com o leitor, o que invalida a alternativa b. Não há 
contradição entre a imagem e a frase, mas sim uma analogia. A 
publicidade realizada pelo Greenpeace é para toda a população.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 10 DE 51
Texto para as questões de 15 a 17
[...] Nessa mesma tarde, se bem recordo, sob uma luz macia e 
fina, penetramos nos centros de Paris, nas ruas longas, nas milhas 
de casario, todo de caliça parda, eriçado de chaminés de lata negra, 
com as janelas sempre fechadas, as cortininhas sempre corridas, 
abafando, escondendo a vida. Só tijolo, só ferro, só argamassa, só 
estuque: linhas hirtas, ângulos ásperos: tudo seco, tudo rígido. E 
dos chãos aos telhados, por toda a fachada, tapando as varandas, 
comendo os muros, tabuletas, tabuletas...
– Oh, este Paris, Jacinto, este teu Paris! Que enorme, que grosseiro 
bazar! E, mais para sondar o meu Príncipe do que por persuasão, insisti 
na fealdade e tristeza destes prédios, duros armazéns, cujos andares 
são prateleiras onde se apinha humanidade! E uma humanidade, 
impiedosamente catalogada e arrumada! A mais vistosa e de luxo 
nas prateleiras baixas, bem envernizadas. A reles e de trabalho nos 
altos, nos desvãos, sobre pranchas de pinho nu, entre o pó e a traça.
Jacinto murmurou, com a face arrepiada: – É feio, é muito feio! 
E acudiu logo, sacudindo no ar a luva de anta: – Mas que 
maravilhoso organismo, Zé Fernandes! Que solidez! Que produção! 
Onde Jacinto me parecia mais renegado era na sua antiga e quase 
religiosa afeição pelo Bosque de Bolonha. Quando moço, ele 
construíra sobre o Bosque teorias complicadas e consideráveis. [...]
Eça de Queirós. A cidade e as serras. São Paulo: Ática.
15 Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta 
sobre os diferentes elementos linguísticos presentes no texto.
a) O termo destacado em “sob uma luz macia e fina” é uma 
preposição que relaciona termos e significa acima.
b) Os adjetivos seco e rígido, em “ângulos ásperos: tudo seco, 
tudo rígido”, denotam qualificações opostas.
c) Em “Oh, este Paris, Jacinto, este teu Paris!”, fica evidente que o 
narrador não se reconhece como alguém de Paris.
d) No trecho “cujos andares são prateleiras onde se apinha 
humanidade! E uma humanidade, impiedosamente catalo-
gada e arrumada!”, há um processo em que o homem ganha 
qualidades de objeto.
e) A conjunção em destaque no trecho “Mas que maravilhoso 
organismo, Zé Fernandes!” é adversativa, ligando duas orações.
Resposta correta: D
Há uma metáfora desenvolvida no texto por meio da compara-
ção que se faz entre prédios em que vivem muitos habitantes de 
Paris e as prateleiras de um armazém. Nesse processo, o homem 
é comparado, portanto, a produtos de mercadores, o que coisi-
fica o ser humano.
 
16 No trecho em destaque em “Nessa mesma tarde, se bem 
recordo, sob uma luz macia e fina, penetramos nos centros de 
Paris”, há a figura de linguagem denominada:
a) comparação.
b) metonímia.
c) eufemismo.
d) sinestesia.
e) hipérbole.
Resposta correta: D
Há a fusão de sentidos humanos, visão (luz) e tato (macio), sinte-
tizados na construção “luz macia e fina”.
 
17 Nos dois primeiros parágrafos do texto, sobretudo no se-
gundo, a descrição de Paris feita pelo narrador, a personagem 
Zé Fernandes, é construída principalmente com base em uma:
a) ironia, visto que ele deprecia, a todo momento, aquilo que 
observa na cidade.
b) refutação, pois ele inicialmente deturpa a vida na cidade para, 
em seguida, valorizar a vida no campo.
c) comparação, evidenciando a aspereza e a falta de humani-
dade em Paris.
d) explicação de que na cidade a exploração do trabalho priva o 
homem da vida saudável.
e) fábula, na qual todo ser humano se torna objeto de um grande 
armazém.
Resposta correta: C
A descrição que o narrador faz de Paris é baseada em uma metá-
fora (comparação implícita); ele compara a habitação de muitos 
moradores da cidade e as prateleiras de armazéns. Nessa analo-
gia, explicitam-se a vida dura desses indivíduos e a desumanida-
de que os envolve.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 11 DE 51
Texto para as questões de 18 a 20
[...] Antes de concluir este capítulo, fui à janela indagar da 
noite por que razão os sonhos haviam de ser assim tão tênues 
que se esgarçavam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e 
não continuavam mais. A noite não me respondeu logo. Estava 
deliciosamente bela, os morros palejavam1 de luar e o espaço 
morria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos 
já não pertenciam à sua jurisdição. Quando eles moravam na ilha 
que Luciano2 lhes deu, onde ela tinha o seu palácio, e donde os 
fazia sair com as suas caras de vária feição, dar-me-ia explicações 
possíveis. Mas os tempos mudaram tudo. Os sonhos antigos foram 
aposentados, e os modernos moram no cérebro das pessoas. Estes, 
ainda que quisessem imitar os outros, não poderiam fazê-lo; a ilha 
dos sonhos, como a dos amores, como todas as ilhas de todos os 
mares, são agora objeto da ambição e da rivalidade da Europa e 
dos Estados Unidos.
Era uma alusão às Filipinas. Pois que não amo a política, e ainda 
menos a política internacional, fechei a janela e vim acabar este 
capítulo para ir dormir. Não peço agora os sonhos de Luciano, nem 
outros, filhos da memória ou da digestão; basta-me um sono quieto 
e apagado. De manhã, com a fresca, irei dizendo o mais da minha 
história e suas pessoas.
Machado de Assis. Dom Casmurro. Editora Globo. (Adapt.).
1palejar: tornar-se pálido, empalidecer.
2Luciano: escritor nascido na província de Samósata, na Síria, sob domínioromano; 
criador do diálogo satírico.
18 A interlocução criada no excerto em questão, da obra de 
Machado de Assis, envolve:
a) o narrador-personagem e a noite.
b) o narrador-personagem e os sonhos.
c) o narrador-personagem e Luciano.
d) a noite e os sonhos.
e) Luciano e os sonhos.
Resposta correta: A
A explicitação dos interlocutores está no primeiro período do 
texto, com reforço no segundo. O narrador-personagem per-
gunta à noite, elemento personificado, a respeito dos sonhos.
 
19 Releia o seguinte trecho do texto: “[...] por que os sonhos 
haviam de ser assim tão tênues que se esgarçavam ao menor abrir 
de olhos ou voltar de corpo, e não continuavam mais”. O fragmento 
em destaque, em relação ao trecho que o antecede, indica:
a) causa.
b) consequência.
c) explicação.
d) finalidade.
e) concessão.
Resposta correta: B
No texto, afirma-se que os sonhos são tênues, frágeis, o que, por 
consequência, significa que, ao menor movimento do corpo ou 
abrir dos olhos, é fácil perder os sonhos.
 
20 Considere as seguintes substituições propostas para dife-
rentes trechos do texto. 
I. “onde ela tinha o seu palácio” = aonde ele construíra seu castelo.
II. “donde os fazia sair” = de onde os fazia partir.
III. “dar-me-ia explicações possíveis” = dariam explicações plausíveis.
IV. “Era uma alusão às Filipinas” = era uma referência às Filipinas.
A correção gramatical está preservada apenas no que foi 
proposto em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Resposta correta: D
Somente a II e a IV seguem a norma-padrão do português. Na I, 
há erro de regência verbal – o correto seria “onde ele construíra 
seu palácio; na III, de concordância verbal – o sujeito sintático do 
verbo dar é oculto; todavia, o semântico é “noite”, o que impossi-
bilita a marca de plural em “dariam”.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 12 DE 51
21 Leia o poema a seguir.
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava longe do céu...
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma, subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Alphonsus de Guimaraens. Disponível em: <www.jornaldepoesia.
jor.br/al1.html#ismalia>. Acesso em: 3 jul. 2013.
O poema “Ismália”, do simbolista brasileiro Alphonsus de Guima-
raens (1870-1921), prima pelo tratamento plástico impressionista 
e pela musicalidade. Analise as seguintes afirmações acerca do 
poema.
I. Temas como a loucura, o sonho, o devaneio são amplamente 
explorados, e o cenário se coloca entre céu e mar.
II. Ao longo do texto, conforme o tempo passa, há uma espécie 
de gradação do desvario de Ismália, o qual a leva ao suicídio. 
III. A divisão de Ismália em alma e matéria se faz nas duas últimas 
estrofes, quando o anjo vai para o céu, e o corpo desce ao mar.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas II e III.
c) apenas I e III.
d) apenas I e II.
e) todas.
Resposta correta: E
Há uma dualidade eterna no poema; Ismália olha para a Lua e se 
enfeitiça por ela, o que causa o seu desvario de querer alcançá-
-la. No final, isso culmina em sua morte, com seu corpo descen-
do ao mar e sua alma subindo ao céu.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 13 DE 51
22 Leia o trecho a seguir.
IV 
Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
[...]
Meu pai a meu lado 
Já cego e quebrado, 
De penas ralado, 
Firmava-se em mi: 
Nós ambos, mesquinhos, 
Por ínvios caminhos, 
Cobertos d’espinhos 
Chegamos aqui! 
O velho no entanto 
Sofrendo já tanto 
De fome e quebranto, 
Só qu’ria morrer! 
Não mais me contenho, 
Nas matas me embrenho, 
Das frechas que tenho 
Me quero valer. 
Então, forasteiro, 
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro 
Com que me encontrei:
O cru dessossego 
Do pai fraco e cego, 
Enquanto não chego 
Qual seja, – dizei! 
Eu era o seu guia 
Na noite sombria, 
A só alegria 
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava, 
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou. 
Ao velho coitado 
De penas ralado, 
Já cego e quebrado, 
Que resta? – Morrer. 
Enquanto descreve 
O giro tão breve 
Da vida que teve, 
Deixai-me viver! 
Não vil, não ignavo, 
Mas forte, mas bravo, 
Serei vosso escravo: 
Aqui virei ter. 
Guerreiros, não coro 
Do pranto que choro:
Se a vida deploro, 
Também sei morrer. 
Gonçalves Dias. I-Juca Pirama. Disponível em: <www.dominiopublico.
gov.br/download/texto/bv000113.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2013.
O indianismo foi uma das mais fortes temáticas da primeira fase 
do Romantismo brasileiro. Na terra recém-independente, era 
preciso construir um herói que afastasse a figura do português 
opressor. Para isso, os escritores escolheram o índio, elemento 
que estava nessas terras antes da chegada do europeu. Sobre o 
poema, são feitas as seguintes afirmações. 
I. O herói do texto é um índio tupi que cuidava do pai, que já 
era velho e sofrido.
II. O eu lírico conta, de forma onisciente, a história de índios e de 
um herói.
III. No texto, há uma metáfora para a cegueira do velho índio (pai 
do herói).
IV. O herói chora diante da morte e se envergonha perante os 
índios.
Estão corretas apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Resposta correta: D
Afirmativa I: correta. Pelo trecho “Meu pai a meu lado [...] Firma-
va-se em mi”, percebe-se que o herói cuidava de seu pai.
Afirmativa II: incorreta. É o próprio herói, Juca Pirama, quem nar-
ra a história, por isso, não há onisciência.
Afirmativa III: correta. A metáfora para a cegueira do velho índio, 
pai de Juca, é “Eu era o seu guia/Na noite sombria”.
Afirmativa IV: incorreta. O herói não se envergonha do choro pe-
rante a morte porque, na verdade, não sente medo: “Guerreiros, 
não coro/Do pranto que choro”.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 14 DE 51
23 Observe o poema.
Vaso chinês 
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o. 
Casualmente, uma vez, de um perfumado 
Contador sobre o mármor luzidio, 
Entre um leque e o começo de um bordado. 
Fino artista chinês, enamorado, 
Nele pusera o coração doentio 
Em rubras flores de um sutil lavrado, 
Na tinta ardente, de um calor sombrio. 
Mas, talvez por contraste à desventura, 
Quem o sabe?... de um velho mandarim 
Também lá estava a singular figura; 
Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a, 
Sentia um não sei quê com aquele chim 
De olhos cortados à feição de amêndoa. 
Alberto de Oliveira. Disponível em: <www.jornaldepoesia.jor.br/ao06.html>. 
Acesso em: 4 jul. 2013.
Realismo, Naturalismo e Parnasianismo foram escolas literárias 
concomitantes, que marcaram a segunda metade do século XIX. 
Entretanto, o Parnasianismo afastava-se sobremaneira das outras 
em termos de ideais, visto que sua proposta era explorar “a arte 
pela arte”, sem envolvimento social, ao contrário do Realismo e 
do Naturalismo, que denunciavam as mazelas da sociedade. A 
característica do poema que expressa o ideal de “arte pela arte” é:
a) o apreço pelo misticismo oriental.
b) o excesso de detalhes na apresentação.
c) o gosto pelo descritivismo do objeto.
d) a negação da objetividade do olhar.
e) a valorização do indivíduo (eu lírico).
Resposta correta: C
A “arte pela arte” implicaem uma poesia que supervaloriza o objeto 
artístico. Portanto, o elemento descritivo sempre está presente, 
sob um olhar distante e objetivo do eu lírico.
 
24 Leia o texto a seguir.
Floriram por engano as rosas bravas
Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Por que me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?
Castelos doidos! Tão cedo caístes! ...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que num momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!
E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...
Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze – quanta flor! – do céu,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?
Camilo Pessanha. Disponível em: <http://users.isr.ist.utl.
pt/~cfb/VdS/v118.txt>. Acesso em: 10 mar. 2013.
Analisando o poema sob a óptica do Simbolismo, é correto afirmar 
que ele:
a) apresenta contradições (antíteses e paradoxos) próprias do 
Barroco, visto que a primeira estrofe leva o leitor a inferir a 
existência de um diálogo que se perde na tristeza do texto.
b) apresenta uma mulher etérea e uma atmosfera fluida, bem 
ao gosto dos ultrarromânticos (segunda geração do Roman-
tismo), influência ainda apresentada pelos simbolistas.
c) retoma o lirismo clássico de Camões, contido e racional, refle-
tindo de forma platônica sobre um amor inalcançável no tex-
to, representado de forma simbólica pela “acrópole de gelos”.
d) demonstra uma ligação que o Simbolismo ainda mantém 
com o Parnasianismo, não apenas no aspecto formal, mas 
também com relação à objetividade do tema.
e) mostra a natureza (rosas, vento, neve, pétalas, flor) e exalta o 
bucolismo, uma das características mais importantes do Ar-
cadismo, com o qual o Simbolismo dialoga.
Resposta correta: B
O Simbolismo mantém um diálogo com o Romantismo. Ao su-
gerir climas, cromatismos, sinestesias, também irá trabalhar a 
mulher delicada, de sonhos, imaginada, que no poema encon-
tra-se sob um véu de neve.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 15 DE 51
25 Leia o excerto a seguir.
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas 
cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam 
de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. 
O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espo-
cados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e 
choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo 
desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-
-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. 
E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; 
mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma 
fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno 
trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua 
crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas 
selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. 
E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, 
vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente 
vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeira-
mento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a 
louca num montão de brasas.
Aluísio de Azevedo. O cortiço. São Paulo: Ática, 1999.
O trecho é parte de uma das grandes obras do Naturalismo bra-
sileiro, O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913). Sobre a 
obra e o trecho em questão, analise as afirmativas a seguir.
I. Há a predominância de certo anonimato das pessoas que 
correm de um lado para o outro (os “marimbondos”) tentando 
salvar as casas do fogo.
II. O sentido visual é bastante estimulado pela cena, além do 
sentido auditivo: “balbúrdia de doidos”, “gritos sem nexo”, 
“pragas arrancadas”.
III. O parágrafo referente à Bruxa, além de destacar sua loucura 
emoldurada pelo fogo, demonstra sua animalização (“crina 
preta”, “égua selvagem”).
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas II e III.
c) apenas I e III.
d) apenas I e II.
e) todas.
Resposta correta: E
Afirmativa I: correta. As pessoas enlouquecidas tentando se sal-
var do fogo são comparadas a um bando de marimbondos e 
não são identificadas, o que demonstra um anonimato.
Afirmativa II: correta. Os sentidos mencionados ajudam a com-
por a cena de desespero que se passa no cortiço.
Afirmativa III: correta. Com o incêndio, a Bruxa sai à janela e co-
meça a se desfigurar em meio ao fogo. O narrador atribui uma 
característica animalesca a ela: “[...] a sua crina preta, desgrenha-
da, escorrida e abundante como as das éguas selvagens [...]” (ca-
belo preto e longo).
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 16 DE 51
 » HIstÓrIa
26 Leia o excerto a seguir.
O Poder Moderador de nova invenção maquiavélica é a chave 
mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da 
liberdade dos povos. É princípio conhecido pelas Luzes do presente 
século que a soberania reside na nação essencialmente, logo é sem 
questão que a mesma nação ou pessoa da comissão é quem deve 
esboçar a sua constituição, purificá-la das imperfeições e afinal 
estatuí-la.
 Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. “Crítica da 
constituição outorgada”, 1824. In: Celina Junqueira (Org.), 
Ensaios políticos. Rio de Janeiro, Documentário, 1976.
A Confederação do Equador, ocorrida em 1824, foi uma clara re-
ação das elites ao fechamento da Assembleia Constituinte e à 
outorga da Constituição por D. Pedro. 
Dentre os principais elementos que motivaram a reação das 
elites do Nordeste, pode-se incluir:
a) a aprovação de uma indenização a ser paga pelos brasileiros 
à Monarquia portuguesa em troca do reconhecimento por-
tuguês da independência do Brasil.
b) a ação tímida de D. Pedro na repressão à revolta na Cisplatina, 
o qual não conseguiu impedir a independência desta.
c) o estabelecimento na Constituição do critério censitário de 
participação política, o que contrariava os princípios liberais 
dominantes na época.
d) os entendimentos entre o Imperador D. Pedro e o governo 
dos EUA no reconhecimento da independência do Brasil.
e) o caráter autoritário da Constituição, com a criação do Poder 
Moderador e a retirada de qualquer autonomia das províncias.
Resposta correta: E
Os episódios de 1823 (fechamento da Constituinte) e 1824 (ou-
torga da Constituição) atingiram duramente os interesses das 
elites pernambucanas, que desejavam maior autonomia local e 
também maior participação nas decisões do poder central, por 
meio do controle sobre a Assembleia. A criação do Poder Mode-
rador tornava o Legislativo um poder consideravelmente mais 
fraco. Além disso, a centralização do poder nas mãos do impera-
dor, retirando qualquer autonomia das províncias, também pro-
vocou a reação pernambucana, dando início a um movimento 
separatista que se alastrou pelo Nordeste.
 
27 Observe a charge a seguir, de Angelo Agostini, publicada na 
Revista Illustrada, em 1887.
Considerando o contexto histórico do país naquele momento, 
pode-se concluir que a charge:
a) procura projetar a figura de um imperador informado, culto e 
atento aos problemas do mundo e do Brasil.
b) trata de um momento de declínio da Monarquia, no qual a 
figura do imperador é vista como a de um velho, fraco e su-
perado, assim como o regime que ele representava.
c) trata da tranquilidadedo imperador, símbolo da estabilidade 
política vivida pelo Brasil durante o Segundo Reinado.
d) apresenta uma crítica à estrutura da Monarquia, na qual o 
parlamento exercia o poder de fato, provocando o afasta-
mento do imperador.
e) representa apenas uma caricatura de D. Pedro II, sem qual-
quer menção à vida política do país naquele momento.
Resposta correta: B
O ano em que a charge foi criada, dois anos antes da queda do 
regime monárquico, é significativo para sua compreensão. Cabe 
lembrar que a ideia da República vinha carregada com um tom 
de eficiência e modernidade, totalmente contrário à figura de 
D. Pedro II, satirizada na charge.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 17 DE 51
28 Os primeiros anos da República no Brasil, de 1889 até 1894, 
são conhecidos como República da Espada, com militares ocu-
pando o governo e assumindo a presidência. Com relação a esse 
caráter militar dos primeiros governos republicanos, assinale a 
alternativa correta.
a) A Proclamação da República foi fruto de um golpe militar que 
não tinha apoio de setores das elites ou das classes médias 
do país.
b) A luta pela abolição da escravidão fora marcada por intensas 
revoltas de escravos, que assustaram as elites e passaram a 
apoiar um poder baseado nos militares.
c) A necessidade de consolidar a nova ordem e conter os focos 
de reação monarquista levou as novas elites a se submete-
rem, inicialmente, ao poder militar.
d) O prestígio obtido pelo exército, desde a vitória na Guerra do 
Paraguai, gerou a crença de que ele era a única instituição 
capaz de salvar o país.
e) Manifestou-se nesse momento a influência dos demais re-
gimes republicanos da América do Sul, nos quais ditaduras 
militares sempre foram uma característica comum.
Resposta correta: C
A oligarquia cafeeira paulista, embora fosse o setor mais forte eco-
nomicamente do país, ainda não tinha a força e as alianças neces-
sárias para a sustentação do novo regime, o que motivou a sua 
aliança com o exército, de quem inclusive brotou a ação efetiva 
que derrubou a Monarquia. Com isso, coube ao exército, e à sua 
presença oficial no poder, garantir a nova ordem, contendo vários 
focos de reação, como a Revolução Federalista e as duas Revoltas 
da Armada, até a passagem do poder aos civis, em 1894, com a 
eleição de Prudente de Morais.
 
29 O messianismo foi uma manifestação importante nos mo-
vimentos sociais, notadamente os rurais, durante a República 
Velha, dando origem a lideranças como a de Antônio Conse-
lheiro, em Canudos, ou a do beato João Maria, na Guerra do 
Contestado. Dentre as razões que explicam essa manifestação 
da religiosidade vinculada a movimentos sociais e políticos, é 
correto incluir:
a) a forte presença da Igreja Católica na vida brasileira desde o 
período colonial, gerando lideranças que sempre ocuparam 
cargos políticos.
b) a ignorância da população, incapaz de se manifestar politi-
camente, abrindo espaço para lideranças carismáticas com 
ambições políticas.
c) a atitude deliberada dos oligarcas locais, que usavam líderes 
religiosos como forma de assegurar o controle sobre as po-
pulações sob seu domínio.
d) a miséria das populações rurais, bem como a falta de direitos 
políticos e o abandono pelo Estado, tornando as lideranças 
religiosas sua única esperança.
e) a aliança entre líderes religiosos e autoridades políticas, tendo 
na figura do Padre Cícero o maior exemplo, gerando movi-
mentos em favor dos interesses dessas elites.
Resposta correta: D
O messianismo ocupou o espaço deixado pela ausência do Esta-
do, em um país assolado pela miséria, pela fome, pelo latifúndio 
e pela exclusão da população de qualquer acesso às decisões 
políticas. Na ausência de qualquer perspectiva racional de me-
lhoria das condições de vida, restou a crença em lideranças que 
extraíam seu poder da postura religiosa e da necessidade de 
crença da própria população.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 18 DE 51
30 Leia o trecho a seguir.
[...] Irrompe o movimento revolucionário em São Paulo. Todo 
o tempo absorvido nas providências para combatê-lo. Morosi-
dades, confusões, atropelos, deficiências de toda ordem, felonias, 
traições, inércia. Algumas dedicações revolucionárias. Um ato 
impressionante a solidariedade do Rio Grande, através de Flores 
da Cunha. A unanimidade do Norte, a solidariedade e colabora-
ção dos demais estados [...]
Diário de Getúlio Vargas, 10 e 11 de julho de 1932. FGV, 1995.
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi o principal evento de 
oposição ao regime de Vargas. Com base no trecho e na análise 
do movimento, é correto afirmar que:
a) a reação da oligarquia paulista à sua perda de poder teve o 
apoio de setores que estavam descontentes com o autorita-
rismo do regime de Vargas, como a falta de uma Constituição 
e a nomeação de interventores.
b) a ação militar paulista foi inesperada, surpreendendo o go-
verno de Vargas, dado o clima de tranquilidade política no 
país desde 1930.
c) a defesa da convocação de uma Assembleia Constituinte es-
timulou o apoio de vários estados aos paulistas, isolando o 
governo de Vargas.
d) a solução para o conflito veio por meio de um acordo pro-
posto por Vargas, no qual ele se comprometeu a convocar 
uma Assembleia Constituinte.
e) a reação paulista ocorreu logo após a decretação da legislação 
trabalhista por Vargas, considerada pelos cafeicultores paulis-
tas excessivamente liberal e defensora dos trabalhadores.
Resposta correta: A
Na origem do movimento constitucionalista está, efetivamente, 
o descontentamento da oligarquia paulista com a perda do po-
der gerada pela Revolução de 1930. Entretanto, mesmo setores 
que haviam apoiado Vargas, como o Partido Democrático e se-
tores ligados aos operários em São Paulo, rapidamente se volta-
ram contra o autoritarismo do regime de Vargas, que, em dois 
anos, não havia dado um sentido legal a seu governo, gover-
nando por decretos e nomeando interventores para os estados.
 
31 Leia o texto a seguir.
Na Inglaterra, por volta de 1640, a Monarquia dos Stuart era 
incapaz de continuar governando de maneira tradicional. Entre as 
forças sociais que não podiam mais ser contidas no velho quadro 
político, estavam aqueles que queriam obter dinheiro, como tam-
bém aqueles que queriam adorar a Deus seguindo apenas suas pró-
prias consciências, o que os levou a desafiar as instituições de uma 
sociedade hierarquicamente estratificada. 
Christopher Hill. “Uma revolução burguesa?”. Revista Brasileira 
de História. São Paulo, v. 4, n. 7, 1984. (Adapt.).
A Revolução Puritana, de 1642 a 1660, constitui um marco na 
luta contra o Absolutismo, ao depor o Rei Carlos I e implantar, 
pela primeira e única vez na história inglesa, uma República. Ao 
analisar o movimento, é correto afirmar que:
a) as questões religiosas associaram-se à luta política, uma vez 
que o caráter católico da Monarquia Stuart teve na burguesia 
protestante seu principal opositor.
b) embora tenha conseguido derrubar a Monarquia, não repre-
sentou um avanço político, visto que Oliver Cromwell insti-
tuiu uma ditadura semelhante à velha ordem.
c) o êxito da burguesia inglesa na derrubada da Monarquia in-
fluenciou a ocorrência, ainda no mesmo século, de uma série 
de movimentos semelhantes em outros países europeus.
d) a nova ordem republicana contou com amplo apoio popular, 
o que levou a burguesia a conspirar contra Cromwell, provo-
cando sua queda e o retorno da Monarquia.
e) apesar de ter tido fortes implicações políticas, a Revolução 
Puritana caracterizou-se como um movimento pacífico, a 
exemplode outros momentos da história inglesa.
Resposta correta: A
De fato, e sendo uma característica comum aos movimentos eu-
ropeus nos séculos XVI e XVII, as questões religiosas e políticas 
se confundem nas revoluções inglesas. A reação ao Absolutismo 
de Carlos I teve nos protestantes liderados por Cromwell o prin-
cipal grupo opositor, apoiado pela burguesia que desejava não 
apenas tomar o poder, mas também a liberdade religiosa.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 19 DE 51
32 Leia com atenção o trecho a seguir.
Os colonos americanos exerciam, desde o início, direitos de 
soberania. Nomeavam os seus magistrados, concluíam a paz, de-
claravam a guerra, promulgavam as leis, como se sua fidelidade só 
fosse devida a Deus. [...] Nas leis da Nova Inglaterra encontramos o 
germe e o desenvolvimento da independência local que é a mola da 
liberdade americana de nossos dias.
Alexis de Tocqueville. A democracia na América. Leis e 
costumes. Livro I. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Tocqueville, intelectual e político francês do século XIX, apresen-
ta algumas características das colônias inglesas da América do 
Norte que foram decisivas para sua independência. Dentre essas 
características, é correto mencionar:
a) a influência da Revolução Francesa, cujas ideias de liberdade 
encontraram eco em uma sociedade que prezava esse valor.
b) a liderança já exercida pelos colonos da América do Norte 
sobre áreas da América Central e do Caribe, tornando inviável 
a manutenção de sua condição de colônia.
c) a forte religiosidade dos colonos, em sua maioria protestan-
tes, que não aceitaram o fato de a Monarquia inglesa ter pas-
sado para o domínio dos Stuart, católicos.
d) a autonomia de que os colonos sempre gozaram e que pas-
sou a ser restringida pela Inglaterra a partir da segunda meta-
de do século XVIII, provocando sua reação.
e) a unidade existente entre as colônias inglesas, cuja seme-
lhante estruturação econômica e social facilitou uma ação 
comum na luta pela independência.
Resposta correta: D
Alexis de Tocqueville trata da liberdade de que os colonos ingle-
ses gozavam, tanto em termos comerciais quanto administrativos, 
muito maior do que a dos colonos espanhóis ou portugueses, por 
exemplo. Entretanto, a partir da segunda metade do século XVIII, 
a política inglesa passou a se caracterizar por um arrocho colonial, 
impondo sobre suas colônias não apenas uma carga muito maior 
de tributos como também o monopólio e um controle sobre sua 
vida interna. Foi essa mudança na política inglesa que motivou a 
reação dos colonos, reação que teve nos princípios da liberdade e 
da igualdade de direitos suas principais bandeiras.
 
33 Leia o texto a seguir.
Os habitantes da paróquia de Chateaubourg, na Bretanha, con-
sideram que o regime priva o proprietário do direito da propriedade, 
o mais sagrado, pois todo ano ele é obrigado a pagar a seu senhor 
uma renda em dinheiro ou em espécie. A dependência em relação 
aos moinhos também deve ser levada em consideração: ela sujeita 
[camponês] a utilizar os moinhos do senhor; dessa forma, ele é for-
çado a levar suas sementes a moleiros de honestidade nem sempre 
reconhecida, embora pudesse moer mais perto e escolher um mo-
leiro de sua confiança.
Caderno de queixas de Rennes para os Estados-gerais de 1789. Coletânea 
de documentos históricos para o 1º grau. São Paulo: SE/CENP, 1980.
A leitura do trecho permite concluir que:
a) coube aos camponeses o papel predominante nas reivindi-
cações sociais que levaram à Revolução Francesa, uma vez 
que a estrutura do Antigo Regime, que ainda marcava o país, 
afetava-os mais diretamente.
b) há, nesse momento, forte influência de ideias socialistas, que 
acabaram marcando a ação tanto das massas camponesas 
quanto dos setores urbanos durante a Revolução Francesa.
c) mesmo ao final do século XVIII, persistiam na França antigos 
direitos e obrigações que remontavam à Idade Média, estando 
esses entre os principais motivos de reação da população rural.
d) os estados-gerais foram convocados pelo Rei Luís XVI em 
uma tentativa de realizar uma série de reformas para moder-
nizar as estruturas sociais e econômicas da França, a fim de 
conter a crise da Monarquia.
e) embora os camponeses tenham sido o primeiro setor social 
a apresentar reivindicações específicas, sua ação durante a 
revolução foi praticamente nula, tendo nos trabalhadores ur-
banos a grande força popular do processo.
Resposta correta: C
O arcaísmo da estrutura agrária francesa, ainda marcada, em gran-
de parte, pela persistência de características feudais, como as an-
tigas obrigações pagas pelos camponeses, era um dos principais 
símbolos da estrutura do Antigo Regime que a revolução buscou 
destruir.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 20 DE 51
34 O ciclo revolucionário de 1848, conhecido como Primavera 
dos Povos, apresentou aspectos que o diferenciam tanto das 
revoluções de 1830 quanto da Revolução Francesa. Com relação 
a essas diferenças, assinale a alternativa correta.
a) Em 1848, as ideias liberais consolidaram-se na Europa em 
movimentos como a derrubada da Monarquia na França, 
sem que a burguesia tivesse o apoio de outros setores.
b) Nas revoluções de 1848, verificou-se, pela primeira vez, a ação 
do proletariado urbano com um ideário e um projeto político 
próprio, desvinculado da ação e da liderança burguesa.
c) Ao contrário da Revolução Francesa, que atingiu uma impor-
tância mundial, as revoluções de 1848 foram marcadas pela 
tentativa de solução de questões estritamente locais.
d) Houve nas revoluções de 1848 um caráter essencialmente 
nacionalista, como nas lutas pelas unificações italiana e 
alemã, colocando a luta de classes em segundo plano.
e) A necessidade da burguesia de conter a ação do proletariado le-
vou-a a abandonar seus princípios liberais, aliando-se à nobreza 
absolutista, como no caso do regime de Napoleão III, na França.
Resposta correta: B
Tanto na Revolução Francesa, em 1789, quanto nas revoluções 
de 1830, a ação do proletariado foi marcada pela inexistência 
de um projeto político próprio; esse setor servia apenas como 
um instrumento para os interesses da burguesia. Em 1848, ao 
contrário, verificou-se uma ação efetiva do proletariado, já com 
um projeto socialista, exercendo, pelo menos em um primeiro 
momento, a liderança do movimento. Observa-se isso na Fran-
ça, onde as barricadas operárias derrubaram Luís Felipe e foram 
responsáveis pela implantação da República.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 21 DE 51
35 Leia o texto e observe a imagem a seguir.
A Prefeitura de São Paulo apresentou oficialmente [...] candida-
tura para sediar a Expo 2020. Considerado o terceiro maior evento 
internacional, atrás apenas das Olimpíadas e da Copa do Mundo, 
a Exposição Universal (visite o site em inglês e francês) é conhecida 
por deixar a Torre Eiffel como legado a Paris (França), no fim do sé-
culo 19. O evento é realizado a cada cinco anos desde 1851.
Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/
sp/2012-05-24/sao-paulo-se-candidata-a-sediar-exposicao-
universal-em-2020.html> Acesso em: jul. 2013.
Postal da exposição de Paris. 
Disponível em: <http://upload.wikimedia.org>.
As exposições mundiais surgiram no século XIX e tiveram em 
Londres (1851 e 1862) e Paris (1855, 1867, 1878 e 1889) suas maiores 
expressões. É correto afirmar que a existência dessas exposições, 
levando em consideração o momento em que surgiram, pode ser 
vista como uma:
a) tentativa de ampliar o turismo para essas cidades, buscando 
novas alternativas econômicas que permitissemsuperar a crise 
do final do século XIX.
b) cooperação entre o governo da Inglaterra e o da França, vi-
sando fortalecer a aliança entre eles para deter as pretensões 
expansionistas alemãs.
c) forma de satisfazer a necessidade de conhecimento da popu-
lação sobre as culturas e os povos dos respectivos impérios.
d) tentativa de demonstrar a integração entre diferentes cultu-
ras e povos, especialmente em um momento em que a Euro-
pa expandia-se para o Oriente.
e) demonstração do poderio econômico, da superioridade tec-
nológica e do domínio dos países industriais sobre o restante 
do mundo.
Resposta correta: E
Não é um acaso que as exposições mundiais tenham surgido 
justamente na fase do imperialismo trazido pela Segunda Revo-
lução Industrial. Não apenas elas afirmavam as maravilhas tecno-
lógicas e o triunfo do Capitalismo, como também mostravam a 
superioridade europeia sobre os povos africanos e asiáticos. Ser-
viram também como afirmação do poderio dos países europeus 
perante seus rivais, como atesta o fato de França e Inglaterra, as 
maiores nações colonialistas, terem realizado as principais expo-
sições da época.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 22 DE 51
 » InGlÊs
Texto para as questões 36 e 37
New worries about heading the soccer ball
Heading a soccer ball can, on the plus side, score goals and 
impress fans. But it may also adversely affect a player’s ability to 
think, a new study of high school soccer players suggests. 
The neurological effect of concussions and other serious head 
trauma in sports is, of course, a topic of considerable interest to 
scientists, as well as to athletes and, for younger players, their parents. 
But there has been less attention paid to the potential effects of 
so-called preconcussive impacts, or more minor hits to the head, like 
those that might be sustained when someone heads a soccer ball. 
A 2011 brain-scan study of experienced, adult soccer players found 
subtle structural changes in certain parts of the brain that might be 
associated with repeated slight impacts. 
But it has been difficult to measure the actual cognitive 
functioning of soccer players right after they have been heading the 
ball, in part because the equipment required is complicated or lab-
-based. […] 
Gretchen Reynolds, 20 mar. 2013. Disponível em: <http://well.
blogs.nytimes.com/2013/03/20/new-worries-about-heading-the-
soccer-ball/?pagewanted=print>. Acesso em: 15 abr. 2013.
36 De acordo com o texto, cabecear uma bola de futebol:
a) é considerado por jogadores como algo a mais para impres-
sionar torcedores.
b) pode mostrar a habilidade inata de um jogador.
c) é objeto de um estudo conduzido por treinadores de futebol 
de escolas de segundo grau nos EUA.
d) pode provocar pequenos danos ao cérebro, os chamados 
impactos pré-concussionários.
e) não é recomendado para jogadores mais novos, ainda em 
idade escolar.
Resposta correta: D
Segundo o texto, cabecear uma bola de futebol pode provo-
car pequenos danos ao cérebro, os chamados impactos pré-
-concussionários, como se observa no trecho “But there has been 
less attention paid to the potential effects of so-called preconcussive 
impacts, or more minor hits to the head, like those that might be 
sustained when someone heads a soccer ball.”, que, traduzido, sig-
nifica: “Mas tem sido dada menos atenção aos efeitos potenciais 
dos assim chamados impactos pré-concussionários, ou golpes 
menores na cabeça, como aqueles que podem ocorrer quando 
alguém cabeceia uma bola de futebol”.
 
37 Segundo o texto, um estudo com jogadores de futebol 
adultos, realizado anteriormente:
a) obteve menos atenção sobre os potenciais efeitos dos cha-
mados impactos pré-concussionários.
b) descobriu sutis mudanças estruturais em certas partes 
do cérebro que podem estar associadas a leves impactos 
repetitivos. 
c) afirma que podem ocorrer apenas impactos menores na 
cabeça quando jogadores cabeceiam uma bola de futebol.
d) mostra que traumas graves na cabeça, ocasionados por 
práticas esportivas, têm ocorrido com mais frequência entre 
os atletas mais jovens.
e) foi abandonado devido à dificuldade de se colher dados 
durante a prática do esporte.
Resposta correta: B
Um estudo com jogadores de futebol adultos feito anteriormen-
te descobriu sutis mudanças estruturais em certas partes do 
cérebro, que podem estar associadas a leves impactos repetiti-
vos, como se lê no trecho “A 2011 brain-scan study of experienced, 
adult soccer players found subtle structural changes in certain parts 
of the brain that might be associated with repeated slight impacts”, 
que, traduzido, significa: “Um estudo com escaneamento do cé-
rebro de experientes jogadores de futebol adultos feito em 2011 
descobriu sutis mudanças estruturais em certas partes do cére-
bro que podem estar associadas a leves impactos repetitivos”.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 23 DE 51
Texto para as questões de 38 a 40
The doctor is in (Well, Logged in)
Surfing the Web in his all-white Dumbo loft, Dr. Jay Parkinson, 
37, looks like any other young tech visionary. He has a trim beard and 
thick-framed glasses. He wears slim-fitting black outfits and jaunty 
scarves. He speaks with a measured, “This American Life”-like cadence. 
And he’s a firm believer in the utopian promise of the Internet. 
But Dr. Parkinson’s start-up isn’t a new app or social network. 
He is a founder of Sherpaa, a Web site that operates like a virtual 
doctor’s office, examining patients by e-mail and text message. 
“We’re using the Internet to reinvent health care”, Dr. Parkinson 
said proudly, seated next to a Ping-Pong table and a shaggy 
goldendoodle. 
Have a mysterious rash? Send a photo of it to Sherpaa, reply to 
a few e-mails (Are you sure it’s not a bruise? Do you have bed bugs?), 
and proceed to the nearest Duane Reade to pick up your prescription. 
This may seem like health care for the “OMG, I’m sick :(” 
generation, but clients include high-tech players in New York like 
Tumblr, Skillshare, General Assembly and Hard Candy Shell. “We’re 
tech-savvy doctors”, he said, “for tech-savvy patients.”. 
In fact, Dr. Parkinson is perhaps the most prominent of the city’s 
2.0 doctors, who are rethinking the health care model along 21st- 
-century lines. […]
Joshua David Stein, 19 mar. 2013. Disponível em: <www.nytimes.
com/2013/03/21/fashion/jay-parkinson-the-doctor-is-in-well-logged-
in.html?hpw&pagewanted=print>. Acesso em: 15 abr. 2013.
38 Pela descrição contida no texto, pode-se inferir que 
Dr. Parkinson:
a) se parece com qualquer outro jovem sonhador aficionado 
por tecnologia.
b) usa óculos de lentes grossas e tem barba espessa, como 
qualquer estudante.
c) jamais usa as roupas típicas dos médicos em geral, gosta de 
roupas coloridas.
d) fala de forma muito rápida e agitada, além de ter péssima 
caligrafia.
e) defende firmemente seu ponto de vista sobre medicina popular. 
Resposta correta: A
Pela descrição contida no texto, pode-se inferir que o Dr. Parkinson 
se parece com qualquer outro jovem sonhador aficionado por 
tecnologia, como se verifica no trecho “Dr. Jay Parkinson, 37, looks 
like any other young tech visionary.”, que, traduzido, significa: “O Dr. 
Parkinson se parece com qualquer outro jovem sonhador aficio-
nado por tecnologia”.
 
39 Pode-se inferir pela leitura do texto que “Duane Read” 
refere-se a um(a):
a) rede de farmácias provavelmente bem conhecida em certos 
lugares nos EUA.
b) hospital na região de Nova York.
c) site especializado em pacientes que sofrem de alergia.
d) área da cidade ondese concentram empresas de tecnologia.
e) funcionário encarregado de escrever as receitas prescritas 
pelo Dr. Parkinson.
Resposta correta: A
Pode-se inferir pela leitura do texto que “Duane Read” refere-se a 
uma rede de farmácias provavelmente bem conhecida em cer-
tos lugares nos EUA, como se deduz pela leitura do trecho “[...] 
and proceed to the nearest Duane Reade to pick up your prescription”, 
que, traduzido, significa: “[...] e siga até a Duane Read mais 
próxima para pegar a sua prescrição”, dando a entender que 
Duane Read é uma rede de farmácias (procure a mais próxima [...]), 
onde o paciente poderá adquirir o que foi prescrito para ele.
 
40 Pode-se concluir pelas declarações do Dr. Parkinson que 
seu público-alvo é composto de pacientes que: 
a) não têm tempo para se deslocar até um consultório médico 
para uma consulta.
b) ainda preferem formas tradicionais de tratamento médico.
c) estão amplamente familiarizados com o uso da tecnologia 
em seu cotidiano.
d) estão mais acostumados com o uso da medicina alternativa.
e) dependem de novos recursos tecnológicos em seus trata-
mentos de saúde.
Resposta correta: C
É possível concluir pelas declarações do Dr. Parkinson que seu 
público-alvo é composto de pacientes amplamente familiariza-
dos com o uso da tecnologia em seu cotidiano, como se lê no 
trecho “‘We’re tech-savvy doctors', he said, 'for tech-savvy patients.’” 
que, traduzido, significa: “‘Somos médicos familiarizados com a 
tecnologia’, disse ele, ‘para pacientes familiarizados com a tec-
nologia’”.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013PágiNA 24 DE 51
 » GeOGraFIa
41 Leia o excerto a seguir. 
Há três tipos de países desenvolvidos sob o prisma da diferen-
ciação espacial entre áreas urbanas e rurais. Primeiro, um pequeno 
grupo fortemente urbanizado, que reúne Holanda, Bélgica, Reino 
Unido e Alemanha, no qual as regiões essencialmente urbanas 
ocupam mais de 30% do território e as regiões essencialmente ru-
rais menos de 20%, sendo que as intermediárias variam entre 30% 
e 50%. No extremo oposto, há um grupo maior, formado por qua-
tro países do “Novo Mundo” – Austrália, Canadá, Estados Unidos 
e Nova Zelândia –, mas do qual também fazem parte três nações 
muito antigas: Irlanda, Suécia e Noruega. Nesse grupo, as regiões 
essencialmente rurais cobrem mais de 70% do território e as rela-
tivamente rurais têm porções inferiores a 20%. Finalmente, no ca-
minho do meio encontram-se França, Japão, Áustria e Suíça, países 
nos quais entre 50% e 70% do território pertence a regiões essencial-
mente rurais e cerca de 30% a regiões relativamente rurais.
 “Nem tudo é urbano”. José Eli da Veiga. Disponível em: 
<www.advivo.com.br/blog/luisnassif/nem-tudo-e-urbano-
por-jose-eli-da-veiga>. Acesso em: 19 jun. 2013.
Com base no que está explicitado no texto e considerando os 
conceitos de urbano e rural, assinale a alternativa que traz uma 
afirmação correta.
a) A relação entre urbanização e desenvolvimento é direta, sendo 
os países mais urbanizados também os mais desenvolvidos.
b) A urbanização é uma característica restrita às grandes áreas 
metropolitanas, nas quais a economia rural deixou de ter im-
portância.
c) São consideradas urbanas apenas as áreas nas quais a eco-
nomia industrial se sobrepõe à economia agrária na geração 
de riqueza.
d) A alta densidade demográfica pode ser utilizada como um 
dos critérios para a identificação de áreas urbanizadas.
e) Atualmente, o fator que mais impulsiona a urbanização em 
países pobres é o êxodo rural causado pela industrialização.
Resposta correta: D
A urbanização é um processo de adensamento demográfico ge-
rador dos núcleos urbanos (cidades e regiões metropolitanas). 
Tal processo não tem, necessariamente, relação com o desenvol-
vimento socioeconômico, visto que em países pobres os proble-
mas das áreas rurais tendem a promover intensa urbanização, 
embora as áreas urbanas possam também apresentar vários 
problemas, não representando desenvolvimento.
 
42 Leia o texto a seguir. 
Representantes de entidades que estão organizando e partici-
pando de debates sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) 
dos municípios de São Paulo não acreditam que a participação po-
pular no processo será expressiva. Mesmo assim, Maurício Broinizi, da 
Rede Nossa São Paulo, e Ros Mari Zenha, do Fórum Suprapartidário 
por uma São Paulo Saudável e Sustentável, concordam que a partici-
pação será muito maior do que em outros processos participativos e, 
até mesmo, do que as discussões da primeira versão do PDE. [...]
“Para militantes, revisão do plano diretor de SP não terá grande 
participação popular”. Rede Brasil Atual, 26 mar. 2013. 
Disponível em: <www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2013/03/
militantes-nao-acreditam-em-expressiva-participacao-popular-
na-revisao-do-plano-diretor>. Acesso em: 19 jun. 2013.
Com relação aos planos diretores, sua elaboração e sua aplica-
ção na atual realidade das grandes cidades brasileiras, assinale a 
alternativa correta.
a) A baixa participação popular na elaboração desses planos se 
deve ao fato de que tais instrumentos legais não têm relação 
com o cotidiano das cidades.
b) Os conflitos que podem ocorrer em torno da elaboração dos 
planos diretores relacionam-se com interesses acerca de te-
mas como a especulação imobiliária.
c) É crescente a participação popular na elaboração de planos 
diretores devido à geração de empregos que vêm proporcio-
nando à população.
d) O desinteresse pela elaboração de planos diretores nas gran-
des cidades se deve à inutilidade legal de tais instrumentos 
na regulamentação da vida urbana.
e) Segundo a legislação, apenas políticos e técnicos do Estado 
devem participar da elaboração de planos diretores, o que 
limita a participação popular.
Resposta correta: B
O Plano Diretor é um conjunto de regras que normatiza o uso 
do espaço urbano, podendo controlar processos como a espe-
culação imobiliária, o adensamento populacional, a distribuição 
das atividades econômicas na cidade, dentre outros. Segundo a 
legislação vigente, a população pode participar de sua elabora-
ção, porém essa participação ainda é restrita, devido à falta de 
esclarecimento e às dificuldades de tempo e organização do 
cotidiano dos cidadãos.
 
CiClo 5 – MEDiCiNA 2013 PágiNA 25 DE 51
43 Leia o texto a seguir. 
[...] Mobilidade urbana é tudo que diz respeito ao deslocamento 
das pessoas dentro do perímetro urbano. Essa possibilidade de lo-
comoção deve ser provida pela própria cidade, de maneira que seus 
habitantes possam exercer seu direito de ir e vir livremente, de for-
ma rápida e eficiente. A cidade deve disponibilizar a infraestrutura 
e as ferramentas para essa movimentação, com transporte público 
viário, ferroviário e fluvial com sistemas inteligentes. Além disso, as 
condições com o fim de facilitar o transporte individual por meio de 
automóveis ou veículos movidos à tração humana também devem 
ser providas pelas autoridades urbanas. [...]
“Afinal, o que é mobilidade urbana?”, 24 out. 2012. 
Disponível em: <http://mobilidadehumana.wordpress.com/2012/10/24/
afinal-o-que-e-mobilidade-urbana>. Acesso em: 20 jun. 2013.
Com relação ao problema da mobilidade urbana nas grandes ci-
dades brasileiras atualmente, pode-se afirmar corretamente que:
a) a priorização do transporte público na construção de corre-
dores de ônibus tem prejudicado a mobilidade urbana.
b) a aposta no transporte automobilístico particular criou bons 
exemplos de mobilidade urbana no Brasil.
c) o uso de bicicletas em substituição ao de automóveis mos-
tra-se

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