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Página 1 de 70 APOSTILA DE CHOQUE PMPR (2022) Batalhão de Polícia de Choque – BPChoque 01 EDIVANI MATOZO XAVIER 02 GUILHERME DORO MAIDANA 04 LAERTE MENDES VIEIRA JUNIOR 06 PAULO ROBERTO LOPES DA SILVA 08 RONNY BIASUZ 09 ALLAN APARECIDO BRITES 11 AMALIA DIÓGENES GÓIS 12 THIAGO DIONISIO BINDER 14 RAMON JOSÉ DINIZ BODO 15 CARLOS ROBERTO AP. DA CUNHA 16 ROBSON CLEYTON DOS SANTOS 18 JEAN CARLO DA SILVEIRA 19 GREGORY JORGE VIRGINIO DOS ANJOS 20 DANIEL DIAS QUITÉRIO 25 CASSIANO COSTA COELHO 27 PEDRO GONZAGA DE ABREU LOBÃO 29 EDER LUIS LIMA NERI 30 FABRICIO MOREIRA DA ROCHA 31GUILHERME LOPES NETO 32PATRICK ADAMS MORAES F. FERREIRA 34 MARCUS VINICIUS VIANA MARQUES 36 GUILHERME HENRIQUE WINCK TRACZINSKI 38 FABIO VINICIUS VITORINO FERREIRA 39 GUILHERME RISTOW ROLINSKI 42 RICARDO SEBASTIÃO OLIVEIRA 43 WESLEY LORENTE PEREIRA 44 HÉLIO DA PAIXÃO FERREIRA JUNIOR 46 WILIAN DOS SANTOS FERNANDES 47 AGAPITO DA SILVA MARTINS 48 MATHEUS MIGUEL DA SILVA 49 BRUNO WILLIAM RODRIGUES VIEIRA 50 ELIANDRO TEIXEIRA DA SILVA 53 BRUCE LEE FERNANDES PEREIRA 54 FLAVIO BATISTA DE OLIVEIRA Baixe a versão digital Usando sua câmera aqui! Curitiba, 2022 Página 2 de 70 RESUMÃO DO XV CURSO DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS – turma 1 / 2021 Categoria Praças 2º Edição (atualizado de acordo com catálogo Condor 2021) COORDENAÇÃO DO CURSO: Cap. QOPM Erlington José de Medeiros Barros Auxiliares da coordenação: 1º Ten. QOPM Leandro Pereira 1º Ten. QOPM Thyago Chiniski Ferreira 1º Ten. QOPM Cesar Augusto Hey Monitores: 2º Sgt. QPM 1-0 Jefferson Rodrigues Cb. QPM 1-0 Jonathan Luiz de Andrade Sd. QPM 1-0 Alexandre Angelo Faria Martynetz Sd. QPM 1-0 Mauricio Micalichechen Sd. QPM 1-0 Rodrigo Marco Braus Sd. QPM 1-0 Bruno dos Santos Albach Sd. QPM 1-0 Guilherme Pereira Novais Sd. QPM 1-0 Eduardo Francisco da Silva Sd. QPM 1-0 Thiago Worell Sd. QPM 1-0 Fernando Ferreira dos Santos LOCAL DO CURSO: Av. Mal. Floriano Peixoto, 1401 - Rebouças, Curitiba - PR, 80230-110 BPchoque, Inicio do curso: 24 de julho de 2021, término 24 de setembro de 2021 – (61 dias) Iniciaram 54 alunos e conseguiram concluir 34 formandos. Editor do XV RESUMÂO: Sd. QPM 1-0 Allan Aparecido Brites e-mail: allanbrites@hotmail.com – (41) 998843843 allanbrites mailto:allanbrites@hotmail.com Página 3 de 70 Este resumo teve por finalidade auxiliar os alunos durante o curso de especialização do XV CCDC (Curso de Controle de Distúrbios Civis), reunindo os assuntos mais importantes relacionados ao policiamento de Choque. Essa é a 2º Edição a qual atualizou as informações de acordo com o catálogo da Condor 2021, além do Manual de Operações em Controle de Multidões da PMPR 2022 do BPCHOQUE/PMPR. Este manual não substitui os manuais e textos originais, e serve como fonte rápida de consulta apenas. “Aquele que sabe tudo é porque anda muito mal informado” Millôr Fernandes PMPR / 2022 Página 4 de 70 SUMÁRIO Cultura e Tradições 5 Técnicas e Tecnologias Não-letais - TTNL 6 Diferenças entre os lançadores AM-600 e AM-640 7 Munições de impacto controlado 9 Munições Químicas: jato direto e de lançamento 11 Munições explosivas 13 Granadas policiais 15 Técnicas Básicas de CDC 26 Revistas em Estabelecimentos Prisionais 34 AINM (Arma Eletroeletrônica de Incapacitação Neuromuscular) SPARK 36 Espargidores químicos 38 Doutrina de CDC 41 Armamento 43 Máscaras contra gases 48 Legislação aplicada à atividade de CDC 53 Patrulhamento Tático - RONE 55 APH em Combate 57 Intervenção estratégica em Movimentos Sociais (Gestão de Multidões) 61 Canções Militares do Curso 63 Página 5 de 70 CULTURA E TRADIÇÕES ORAÇÃO DO CHOQUEANO Oh! Senhor dos Exércitos emana de ti, a nossa missão e o nosso dever tu és a sabedoria infinita dai-nos os conhecimentos específicos da nossa função a disciplina e o auto-controle para empregá-los a resistência ao desconforto da fadiga a flexibilidade e a confiança para sobrepujar a determinação e a coragem para vencer e se preciso for, oh! Deus pereceremos pela fidelidade à doutrina assim a moral, a dignidade e a força do choqueano ecoarão pela eternidade e quando caminhar em direção a vós terei a certeza de que serei um Homem de Choque nesta e em outras vidas Pela Paz e Pela Ordem Choque! TRECHO DA CANÇÃO DO METALLICA – “ENTER SANDMAN” Now i lay me down to sleep I pray the lord my soul to keep If i die before i wake I pray the lord my soul to take HOMEM HORA A hora é a unidade de medida do tempo que tem como base a velocidade de rotação da terra, que equivale a 3600 segundos, ou 60 minutos, a hora não é antes da hora, a hora não é depois da hora, a hora é agora, e agora é (falar a hora, minuto e segundos) Senhoooor! HOMEM COMPLETA A completa representa a matemática do que somos. Se somamos é porque incidimos ao erro e multiplicamos pelo tributo da nossa culpa, a subtração pode levar a quitação, e a divisão é inerente a todos nós, no momento devemos 1000 completas. ORAÇÃO DO ALIMENTO Obrigado senhor, pelo alimento que temos, pois não sabemos quando outro teremos. CANÇÃO DESLOCAMENTO Choque eu sou do Choque, Choque eu sou do Choque, o Choque é mau, Choque é mau, Choque vai pegar geral, Choque! Choque! Choque! Página 6 de 70 TÉCNICAS E TECNOLOGIAS NÃO LETAIS - TTNL CONCEITOS: MUNIÇÕES NÃO LETAIS: São aquelas projetadas ou empregadas, especificamente, com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade física. MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO São munições ou projéteis que o operador consegue controlar os efeitos que serão causados no oponente, através da distância de emprego e do local de disparo. Utilizada contra agressor ATIVO, CERTO E ESPECÍFICO em ações e operações policiais (NÃO UTILIZADO PARA MOVIMENTAR MASSA). ARMAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Armas projetadas ou empregadas especificamente com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas preservando vidas e minimizando danos a sua integridade. EQUIPAMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Todos os artefatos, excluindo armas e munições desenvolvidos e empregados com a finalidade de conter, debilitar e incapacitar, temporariamente pessoas para preservar vidas e minimizar danos ex: bastão, gradil, espargidor, VLA (veículo lançador de água) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Todos dispositivo ou produto de uso individual (EPI) ou coletivo (EPC) destinado a redução de riscos a integridade física ou a vida dos agentes de segurança pública. CONTER: Limitar expansão individual ex: gradil, presença policial, algema DEBILITAR: reduzir capacidade combativa e operativa ex: uso de mic, espargidor, granadas INCAPACITAR: inabilitar a pessoa fazendo com que perca o controle sobre seus atos: spark INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: Conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas. Página 7 de 70 DIFERENÇAS ENTRE OS LANÇADORES AM600 E AM640 calibre: 37/38 mm peso: 3100g sistema operacional: basculamento do cano ação dupla (dao) material: aço alma lisa miras: tipo flip-up (2 orifícios) empunhadura: polímero (preto ou laranja – opcional) com suporte de borracha. trava de mecanismo anti-disparo por queda acabamento: proteção anticorrosiva – cor preta lançador de munição am-640 calibre: 40mm peso: 2550g sistema operacional: basculamento do cano material: alumínio de alta resistência mira:fixa alma raiada estrutura das empunhaduras: polímero (preto ou laranja – opcional) com apoio de borracha trava de mecanismo (segurança para manuseio e transporte) anti-disparo por queda chave de neutralização (somente para o lançador am- 640/n) acabamento: pintura preta acessórios: trilho picatinny, bandoleira e escova de limpeza acessórios opcionais: mira óptica e cartucheira alcance efetivo: até 150 m O atirador de MIC deve seguir o protocolo IDA (identificar, decidir, agir) MASSA HOMOGÊNEA Aparenta ser constituída por apenas uma substância, ou seja, os indivíduos se misturam por terem mesmos pensamentos/atitudes, portanto, nesse tipo de massa é utilizado munições com múltiplos projéteis que podem ser disparados para acertarem várias pessoas simultaneamente. X MASSA HETEROGÊNEA Uma mistura heterogênea é aquela em que é possível verificar com facilidade que existe mais de uma substância na mistura, ou seja, indivíduos diferentes, por essa razão, são utilizados munições com projéteis singulares nesse tipo de massa, em indivíduos ativos, certos e específicos. Página 8 de 70 QUE DEVE SER OBSERVADO ANTES DO DISPARO: Terreno, topografia, umidade, vento, vegetação. FORMAS DE DISPARO COM LANÇADORES: Parábola ou tenso Ou Página 9 de 70 MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO: Arma Nome Distância Deflexão Característica Massa Cal. 12 AM 403 (Monoimpact) 20m a 30m 17,1cm Projeto cilíndrico preto hetero AM 403 A (Trimpact) 20m a 30m 50cm 3 projéteis esféricos homo AM-403 C 10m a 25m 50cm 3 projéteis cilíndricos homo AM 403 M (multimpact) 10m a 25m ? 18 projéteis de borracha homo AM 403 P (Precision) 20m a 30m 4,9cm Formato aerodinâmico, mola redutora de impacto, saia estabilizadora e cone estabilizador (batoque) hetero AM 403 PSR (Precision Short Range) 5m a 15m 5m 9cm 10m 12cm 15m 15cm 20m 20cm Formato aerodinâmico, mola redutora de impacto, saia estabilizadora hetero AM-403 AM-403/A AM-403/C AM-403/M AM-403/P AM-403/PSR Página 10 de 70 Arma Nome Distância Deflexão Característica Massa AM 600/640 AM 404 (trimpact super) 20m a 30m 100cm 3 projéteis de borracha Homo AM 404/12E (multimpact super) 20m a 30m 100cm 12 projéteis de borracha Homo AM 470 Soft Punch 5m a 20m 32cm Projétil de impacto expansível Hetero AM 640 NT 901 10m a 30m 13cm Projétil de espuma Hetero NT 901 CS² 10m a 30m 13cm Proj. de espuma lacrimogêneo Hetero NT 901 M² 20m a 50m¹ 13cm Marcador vermelho Hetero 1. 1. NT 901m consta apenas no catálogo 2014 da Condor, não constando mais suas atualizações nos catálogos 2019 e 2021. 2. 2. Distância de 10m a 30m para rompimento das cápsulas nas munições 3. AM-404 AM-404/12E AM-470 NT-901 NT-901/CS NT-901/M Página 11 de 70 4. MUNIÇÕES QUÍMICAS: a) JATO DIRETO Cal. 12 Nome Distância Característica GL 103¹ 3m acima da cabeça Jato direto lacrimogêneo (CS) GL 104¹ 3m acima da cabeça Jato direto pimenta (OC) ¹Emissão imediatamente após o disparo GL-103 GL-104 AM 640 Nome Distância Característica GL 103/A¹ 3m acima da cabeça Jato direto lacrimogêneo (CS) GL 104/A¹ 3m acima da cabeça Jato direto pimenta (OC) ¹Emissão imediatamente após o disparo GL-103/A GL-104/A Página 12 de 70 b) LANÇAMENTO Arma Nome Distância Emissão Característica Retardo AM 600/640 GL 201 (projétil médio alcance lacrimogêneo) 90m a 45º 25s Pastilhão no modelo novo, foguetinho no antigo 3s GL 202 (projétil longo alcance lacrimogêneo) 150m a 45º 25s Pastilhão no modelo novo, foguetinho no antigo - GL 203/T (carga lacrimogênea tríplice) 90m a 45º 25s 3 canister - GL 203/L ( carga múltipla lacrimogênea) 90m a 45º 25s 5 canister - GL 204 (projétil fumígeno colorido) 115m a 45º 15s 2 portas de emissão - AM640 NT 902 (projétil de emissão lacrimogênea) 120m a 45º 25s Ponta azul 2s NT 906 (projétil iluminativo com paraquedas) 150m médio 25s Ponta branca 3s GL-201 GL-202 GL-203/T GL 203/L GL-204 NT-902 NT-906 Página 13 de 70 5. MUNIÇÕES EXPLOSIVAS Cal. 12 Nome Distância Característica Retardo GL 101 (projétil detonante lacrimogêneo) 80m a 150m 9s GL 102 (projetil detonante) 80m a 150m 9s GL-201 GL-102 Página 14 de 70 AM 640 Nome Distância retardo Característica NT 907 (projétil luz e som retardo) 20m a 50m 2s Ponta marrom, possui receptáculo NT 907/CS (projétil luz e som lacrimogêneo retardo) 20m a 50m 2s Ponta marrom, possui receptáculo NT 907/I (projétil luz e som impacto) 20m a 50m impacto Ponta amarela NT 907/i/CS (projétil luz e som lacrimogêneo impacto) 20m a 50m impacto Ponta amarela NT 400 (munição de advertência) 80m aprox. 2s Rojão, ponta amarela NT-907 NT-907/CS NT-907/I NT-907I/CS NT-400 NT-400 Página 15 de 70 GRANADAS POLICIAIS Conceito: Artefato bélico de uso restrito ou proibido com peso inferior a 1 kg, com o objetivo de facilitar seu lançamento e transporte. Situações em que uma granada ofensiva pode vir a funcionar de forma defensiva: 1. Alteração do seu funcionamento (EOD – IED) 2. Desrespeito à distância de segurança 3. Falha na fabricação (conferir o material) HIGROSCOPICIDADE: É a tendência que certos materiais possuem em absorver água (é a higroscopia que faz com que o tempo de retardo de algumas granadas se altere, ou deixem de funcionar). TIPOS DE LANÇAMENTO DA GRANADA: Rasteiro, meia altura, parábola, frontal. FORMAS DE IDENTIFICAR UMA GRANADA? Tamanho, cor, nomenclatura e pictograma. QUAIS AS TÉCNICAS DE DESMANTELAMENTO? Desmilitarização = separar as peças ou inutilizar a granada Deflagração = uso de combustível na tolva, simpatia, disparar com cal. 12 Detonação = usar alto explosivo: placa de secção, cone de Munroe Página 16 de 70 QUANTO AO TIPO DEFENSIVAS Lesão permanente, dano ou morte Cinta de estilhaçamento, fragmentação Alto explosivo Granadas militares de uso proibido Detona (deslocamento de ar acima de 1000m/s) OFENSIVAS Utilizadas para diminuir a capacidade combativa e operativa do oponente Baixo explosivo Granadas policiais de uso restrito Deflagra (deslocamento de ar abaixo de 1000m/s) Serve para movimentar massas (vias de fuga, dispersar) QUANTO AO FUNCIONAMENTO: a) EMISSÃO 1. Lacrimogênea 2. Fumigena: 2.1 cobertura 2.2 sinalização b) MISTAS 1. Convencionais 2. Indoor 3. Multi-impacto c) EXPLOSIVAS 1. Convencionais 2. Indoor 3. Multi-impacto a) 1. Emissão Lacrimogênea Desconforto fisiológico (Ortoclorobenzalmalononitrilo) Efeitos: irritação dermal, ocular e das vias aéreas podendo ainda comprometer o sistema gástrico e pulmonar se em grandes exposições. Não há granadas de emissão lacrimogênea com agente pimenta (OC) Não há raio de segurança. Nomenclatura Material Retardo Características Emissão GL 300 T¹ (granada lacrimogênea tríplice)¹ Alumínio 2,5s 3 canister 25s GL 300 TH¹ (granada lacrimogênea tríplice hyper) Alumínio 2,5s 3 canister 25s GL 301³ (média emissão) Alumínio 2,5s Não tem canister, massa química dentro do corpo da granada 35s GL 302 (alta emissão) Alumínio 2,5s Não tem canister, massa química dentro do corpo da granada Mínimo: 20s GL 303 (baixa emissão) Alumínio 2,5s Mini Condor Mínimo: 25s GL 309 (Rubber Ball) Borracha 2,5s 1 canister Mínimo: 20s GL 310 (granada lacrimogênea de movimentos aleatórios) Polímero (acetato butílico etileno) 1 a 2 segundos Bailarina, 2 canister, compensado comcs no interior da granada Mínimo: 15 s GL-311 (granada lacrimogênea de emissão instantânea – outdoor) 2,5s Implosão Instantâneo ¹ não podem ser lançadas em parábola porque pode amassar o corpo em alumínio e impedir o lançamento do canister. Página 17 de 70 ² 45s no antigo manual 2014 Todas essas granas não possuem duplo estagio, não vão expelem o capacete do corpo da granada porque não possuem carga de depotagem ³GL está catalogada no Manual Condor 2014 GL-300/T GL-300/TH GL-301 GL-302 GL-303 GL-309 GL-310 GL-311 Página 18 de 70 a) 2 .1 FUMÍGENA DE COBERTURA Nomenclatura Material Retardo Características Emissão MB 502 Hexacloretano (granada fumígena HC)¹ alumínio 2,5s Granada de cobertura 60s ¹MB 502 está catalogada no Manual Condor 2014 MB-502 b) 2.2 FUMÍGENA DE SINALIZAÇÃO Nomenclatura Composto Retardo Emissão SS 601 (granada fumígena colorida) Clorato de potássio, lactose e corante hexacloretano 2,5s Mínimo 50s SS-601 c) EXPLOSIVAS Página 19 de 70 Nomenclatura Material Retardo Características distância GL 304 (efeito moral) Borracha butílica prensada 2,5s Convencionais 10m GL 306 (identificadora)¹ Borracha butílica prensada 2,5s Convencionais, emissão de partículas de gel à base de carboximetilcelulose 10m GL 307 (luz e som) Borracha butílica prensada 2,5s Convencionais 10m GL 700 (Seven Bang – granada de explosão múltipla) Polímero 2,5s Convencionais 10m GB 704 (efeito moral) Borracha butílica prensada 1,5s Indoor 5m GB 706 (identificadora) Borracha butílica prensada 1,5s Indoor 5m GB 707 (luz e som) Borracha butílica prensada 1,5s Indoor 5m GM 100 (granada multi-impacto outdoor) Elastômero preto 2,5s Multi-Impacto 10m AM 500 (granada de treinamento) Polímero 4,5 convencional ? ¹GL 306 e GB 706 constam catalogadas no Manual Condor 2007 Página 20 de 70 GL-304 GL-306 GL-307 GL-700 GB-704 GB-706 Página 21 de 70 GB-707 GM-100 AM-500 d) MISTAS Nomenclatura Material Retardo Características distância GL 305 (lacrimogêneo) Borracha b0utílica prensada 2,5s Convencionais 10m GL 308 (pimenta) Borracha butílica prensada 2,5s Convencionais 10m GB 705 (lacrimogêneo) Borracha butílica prensada 1,5s Indoor 5m GB 708 (pimenta) Borracha butílica prensada 1,5s Indoor 5m GM 101 (granada multi-impacto lacrimogêneo) Elastômero preto 2,5s Multi- Impacto, 130 balins 10m GM 102 (granada multi-impacto pimenta) Elastômero preto 2,5s Multi- Impacto, 130 balins 10m * As granadas outdoor/convencionais devem respeitar a distância de 10m do oponente e 10m do operador * Nas Granadas Indoor, a distância de segurança adotada pelo Choque é de 5m do oponente e 5m do operador, embora no manual da Condor não especifique, somente diz que podem causar ferimentos. * As granadas Indoor não podem ser lançadas em parábola, pois devido tempo de retardo reduzido (1,5s) elas explodem no ar. Página 22 de 70 GL 305 GL 308 GB 705 GB 708 GM 101 GM 102 Página 23 de 70 INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 1º Coluna de retardo: zarcão, silício e nitrocelulose Carga de depotagem: pólvora negra 2º Coluna de retardo: pólvora negra Ogiva ou carga de arrebentamento: Clorato de potássio, alumínio e magnésio (pólvora branca) Pólvora branca Clorato de potássio, alumínio e magnésio. Mnemônico: CPAM Quais os metais pesados presentes na MB 502 HC? Niquel, Cobalto, Zinco, Ferro e Alumínio. Mnemônico: NI CO ZI F A Quantidade de pólvora presente nas granadas: GL (convencionais de uso externo): 10g de pólvora branca GB (indoor de uso interno): 4g de pólvora branca SEQUÊNCIA DO FUNCIONAMENTO DAS GRANADAS EXPLOSIVAS 1. Retirada do pino e do grampo de segurança 2. Lançamento da granada 3. Liberação da alça de segurança e do percutor 4. Percussão da espoleta e queima do orifício de respiro 5. Queima da 1º coluna de retardo (zarcão, silício e nitrocelulose) 6. Saída da centelha de fogo pelo orifício específico 7. Ignição da carga de depotagem (pólvora negra) e ejeção do EOT (capacete) 8. Queima da 2º coluna de retardo (pólvora negra) 9. Deflagração da ogiva (clorato de potássio, alumínio e magnésio= pólvora branca) Composição do Canister = Clorato de Potássio, açúcares¹ e CS 1º Coluna de Retardo = Zarcão, Silício e Nitrocelulose Carga de depotagem = Pólvora negra 2º Coluna de retardo = Pólvora negra Ogiva ou carga de arrebentamento = Pólvora Branca (clorato de potássio, alumínio e magnésio ¹um exemplo de açúcar utilizado nos canisters é a lactose. Página 24 de 70 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA DESMANTELAMENTO 1º Disparo de Cal. 12 com elastômero É realizado disparo contra a granada, incitando-a ou seccionando suas partes internas. 2º Placa de secção É empregado explosivo em cima da granada, preferencialmente cordel detonante NP (nitropenta) de forma que ao explodir, seccionará as partes internas da granada. 3º Cone de Munroe É montado uma estrutura em cima da granada, com explosivos de forma a criar o “efeito Munroe” que nada mais é que a concentração e direcionamento da onda resultante da detonação da carga 4º Uso de combustível com Tolva Tolva é semelhante a uma panela, onde é descartado as granadas, e com um pouco de estopa e material inflamável, gera-se um fogo que lentamente inutilizará a granada, em alguns locais, é substituído por um buraco profundo. 5º Simpatia (Usar uma GL 307 para deflagrar uma GL 304 falha) Ao deflagrar uma granada potente como a GL307, seu deslocamento de ar incitará a granada colocada ao lado, detonando-a. Página 25 de 70 PASSOS PARA DESMILITARIZAÇÃO DA GRANADA: 1. Retirar o capacete da granada, jogar a pólvora negra (carga de depotagem) em um balde com água. 2. Colocar um pino e grampo de segurança sobressalente no sentido contrário do pino de segurança original, para iniciar o procedimento de percussão forçada da espoleta. 3. Retirar o pino de segurança original, retirando a alça de segurança, momento este em que o percutor será liberado e irá acertar o pino de segurança sobressalente. 4. Retirar o pino de segurança sobressalente, o percutor irá acertar a espoleta, porém não com força suficiente para acioná-la. 5. Utilizando a própria alça de segurança realizar a percussão forçada da espoleta. 6. Realizar um corte com canivete ou estilete no primeiro terço da granada, utilizando força suficiente para cortar apenas a superfície de borracha. 7. No caso da GL 307, que possui o misto ofuscante, jogar este misto em um balde com água para posteriormente descartar esta água. 8. Retirar a ogiva com cuidado para evitar deixar cair pólvora branca no chão. 9. Descartar a pólvora branca no balde com água. 10. Retirar a coluna de segundo retardo do terço superior da granada. Página 26 de 70 TÉCNICAS BÁSICAS DE CDC CONSTITUIÇÃO BÁSICA DO PELOTÃO DE CDC: O pelotão de CDC é organizado de forma que cada homem possua uma função definida. Além disso, os policiais integrantes do pelotão devem ter uma flexibilidade tal, que lhe permita adaptar-se às mais diversas funções e situações. O efetivo do pelotão é de 26 homens, podendo variar de acordo com a disponibilidade de pessoal, mas nunca ter um efetivo inferior a 18 e nem superior a 26 homens. Com exceção do Comandante e dos Sargentos, cada policial possui um número de ordem, que visa facilitar a adoção das formações e o controle do pelotão. OBJETIVO DO PELOTÃO DE CHOQUE: Restaurar a ordem que foi violada atravésda dispersão por vias de fuga FORMAÇÕES BÁSICAS: Em Coluna por três Em Coluna por dois OS COMANDOS POR VOZ POSSUEM, EM GERAL, TRÊS TEMPOS: Advertência, comando propriamente dito e execução. JÁ O COMANDO PROPRIAMENTE DITO DIVIDE-SE EM: Posição, frente e formação. Funções: Comandante de pelotão, Sargento Auxiliar, Sargentos Comandantes de Grupo, Escudeiros, Lançadores, Atiradores, Operador de canhão d’água ou extintor de incêndio, Motorista e Segurança. FORMAÇÕES DE ATAQUE: Carga de cassetete, Linha, Linha emassada, Cunha, Escalão à direita, Escalão à esquerda. FORMAÇÕES DE DEFESA: guarda baixa, guarda baixa emassada, guarda alta, guarda alta emassada FORMAÇÕES DEFENSIVAS DINÂMICAS: Guarda Alta, Guarda Alta Emassada, Escudos ao Alto, Escudos Acima, Meia Lua ou “U” FORMAÇÕES EM APOIO: Apoio complementar, apoio cerrado, apoio lateral, apoio lateral frente para a lateral, apoio central Página 27 de 70 Em Linha Coluna por três Coluna por dois Página 28 de 70 Em linha emassada Em Cunha Página 29 de 70 Escalão à direita Escalão à esquerda Carga de cassetete Página 30 de 70 Guarda alta Guarda alta emassada Escudos ao alto Página 31 de 70 Escudos acima Meia Lua Guarda baixa Guarda baixa emassada Página 32 de 70 Desequipar Em apoio lateral Em apoio complementar Página 33 de 70 Em apoio cerrado Em apoio central Em apoio lateral frente para a lateral Página 34 de 70 REVISTAS EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS FORMAÇÕES: Escudos Acima Escudos ao Alto Formação em U ou “meia lua” Formação em “L”. Célula de tomada de cela QUANDO REALIZAR REVISTAS PRISIONAIS? Fuga frustrada; suspeita de arma de fogo; suspeita de presos mortos ou feridos; transferências de presos; suspeita de túneis; suspeita de envolvimento de agentes penitenciários; solicitação da direção da casa penal ou sistema penitenciário e após rebeliões. SEQUÊNCIA DE AÇÕES Entrada no estabelecimento; posicionamento dos escudeiros; tomada de galerias e celas e retirada dos presos, concentração dos presos para conferência e contenção dos detentos, retorno e guarda dos detentos; saída do raio. ENTRADA NO ESTABELECIMENTO Em silêncio; em coluna por dois, quando possível; com pleno conhecimento do que será feito e; formações de entrada prisional; ordem de entrada no interior das celas, depois de divididos os grupos e; presos sentados, coluna por dois, de cuecas, mãos na cabeça, de costas para a porta e em silêncio. Página 35 de 70 POSICIONAMENTO DOS ESCUDEIROS Determina a um preso que retire cortinas e objetos que estejam atrapalhando a visão; fiscaliza o que se passa no interior da cela e orienta quanto a objetos ilícitos encontrados. TOMADA DE CELA Composta por: escudeiro, comandante da equipe (arma curta), um lançador e um atirador; o graduado ou oficial verbaliza os procedimentos a serem adotados pelos presos; verifica-se tudo, durante uma revista, ainda que a mesma seja realizada por agentes penitenciários. Apenas o graduado verbaliza: • levante-se e vire-se de frente para mim (2 a 2) • mostre as mãos (ambos os lados) • abra a boca e mostre a língua • retire a cueca e bata no chão • agache 2 vezes • coloque a cueca • coloque as mãos sobre a nuca • de cabeça baixa, saia à sua direita, ou esquerda RETIRADA DOS PRESOS Antes da retirada dos presos, realizar varredura no pátio, dois a dois, de cabeça baixa e mãos na cabeça; cuidado com objetos ou água pelo caminho (tropeços); nunca dê as costas para os presos; escudeiros e seguranças indicam o caminho a ser adotado pelos detentos. GUARDA DOS PRESOS NO PÁTIO Ao saírem das celas, os presos deverão permanecer sentados, de costas, e em local pré-definido pelo choque; a segurança é feita pelo pelotão de choque, inicialmente na formação em “l”, e após a retirada de todos os presos, formação em linha, de costa para a saída, enquanto isso os agentes penitenciários continuam a revista. RECOLHIMENTO DE PRESOS Inicia-se após chegar ao conhecimento do comandante do pelotão de choque do término da revista dos agentes penitenciários; depois de verificado as condições das celas, reposiciona-se a célula choque em pontos estratégicos, iniciando o recolhimento dos detentos; os presos retornam às celas, de cabeça baixa e mãos na cabeça e em coluna por um. POSICIONAMENTO DOS PRESOS NO PÁTIO DE CONTENÇÃO ‘ Página 36 de 70 AINM (ARMA ELETROELETRÔNICA DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR) SPARK DIFERENÇA ENTRE OS MODELOS EXISTENTES NA PMPR (diferenças externas, táteis) Mnemônico: BA DI CHA TE PI LE 1. Baterias (DSK 710 blindada, DSK700 recarregável); 2. Display (display apresenta a temperatura na DSK700, (DSK 710 só quando esquenta demais, acima de 95ºC) quantidade de disparos na DSK710); 3. Chave neutralizadora (DSK 710 não tem); 4. Tecla ejetora dos cartuchos interrompe o ciclo (somente na DSK 710); 5. trilho Picatinny (somente na DSK 710); 6. Leds (opção de apagar os sinais luminosos na DSK 710). A U A (diferenças internas, lógicas) 7. Armazenamento dos dados (10h DSK700, 6 meses DSK 710); 8. USB e Bluetooth (DSK 700 USB, DSK 710 Bluetooth) 9. Amperagem (0,0028A DSK700 – 0,0021A DSK710) QUAIS OS MODOS DE UTILIZAÇÃO? Por contato: sem o cartucho, a arma é empregada somente com o choque. Completamento de circuito: um dos dardos não acertou, o operador aproxima a arma e encosta ela no alvo, realizando a função incapacitante. Incapacitante: os dardos atingem o alvo realizando sua função de incapacitar. QUAIS ÁREAS A SEREM ATINGIDAS? Peitoral e parte superior das costas, abdômen, nádegas, coxas e pernas acima dos joelhos, braço e antebraço. PARTES DO CORPO A SEREM EVITADAS: Cabeça, pescoço, virilha, seios. DESACONSELHÁVEL – MAS PODE SER A MELHOR ALTERNATIVA Mulheres grávidas (visualmente), cadeirantes, crianças, pessoas magérrimas (desde que não armadas), pessoas com próteses metálicas (visíveis), com membros artificiais (visíveis), com feridas aparentes. Página 37 de 70 RESTRIÇÕES DE EMPREGO: Água (causar afogamento), queda de nível, somado à espargidor, arma branca, arma de fogo, ambiente com gases inflamáveis, infrator próximo a locais em que sua queda pode ser letal (ex. maquinário, trânsito), portando substâncias inflamáveis. VARIÁVEIS DE EFICIÊNCIA Tempo de duração, pontos de contato, condições do agressor, estado mental, massa corporal, uso de drogas, comportamento. COMO PROCEDER COM O INDIVÍDUO QUE FOI CONTIDO APÓS USO DO AINM 1. Cortar os fios. 2. Encaminhar a unidade de saúde. 3. Constar no boletim de ocorrência. EFEITOS NO CORPO HUMANO 1-2 segundos: Causa ação de soltura e contrações mínimas dos músculos. 2-4 segundos: Causa ação de choque e tende a derrubaro agressor. 5 segundos: Incapacitação temporária, imobilização não letal de curto prazo. PROCEDIMENTO PARA RECEBIMENTO SPARK DSK 700 1. Confira as condições de todos os componentes 2. Verifique as condições da arma 3. Coloque as baterias no porta baterias 4. Introduza o porta baterias na arma 5. Retire a chave neutralizadora 6. Direcione a arma para um local seguro 7. Ligue a arma 8. Verifique as informações do display 9. Verifique os LEDs laterais e o laser 10. Realize um teste de centelha sem a chave neutralizadora. 11. Desligue a arma 12. Introduza a chave neutralizadora 13. Realize dois teste de centelha completo mantendo a tecla do gatinho pressionada 14. Realize dois teste de centelha completo liberando a tecla do gatilho 15. Realize um teste de centelha e interrompa-o antes dos 5s 16. Realize o teste de aparelho de pontaria, ou seja, ligue a arma e aponte o laser a uma distância de 4 à 4,5m do local e realize a visada com o aparelho de pontaria verificando se coincide com o laser 17. Realize 3 testes de centelha completo e observe se ira ocorrer um superaquecimento do dispositivo 18. Desligue a arma e introduza o cartucho e verifique se esta acoplada na arma; 19. Use a tecla de ejeção de cartucho do lado direito; 20. Recoloque o cartucho e acione a tecla de ejeção do lado esquerdo 21. Desligue a arma Página 38 de 70 ESPARGIDORES QUÍMICOS TIPOS DE ESPARGIDORES: MARCA: CONDOR GL-108 OC GL-108/G GL-108/E GL 108/CS Os espargidores GL-108 existe nos tamanhos: mini, med e max Distância de emprego do mini e med: 1m a 2m Max: 2m a 5m (coletivo) MARCA: RJC DEFESA E AEROESPACIAL LTDA G.PIM Utilização: 1m a 2m G.PIM MAX Utilização: 1m a 2m G.PIM SUPER A Utilização: 2m a 5m G.PIM SUPER B Utilização: 2m a 5m Página 39 de 70 CONCEITO DE AGENTES QUÍMICOS Toda substância que, por sua atividade química, produza, quando empregada para fins policiais ou militares, um efeito tóxico, fumígeno ou íncendiário. O CS (Ortoclorobenzalmalononitrilo) é um agente químico irritante lacrimogêneo para emprego em operações de combate à criminalidade e controle de distúrbios. Foi desenvolvido para uso em áreas abertas. Exige do agente da lei, treinamento específico para aplicação, descontaminação e primeiros socorros. CARACTERÍSTICAS GERAIS O CS é um produto químico sintético apresentado na forma de micropartículas sólidas, a solução lacrimomogênea. É classificado como um agente irritante, lacrimejante e esternutatório (que causa espirros). O efeito inicia-se de 3 a 10 segundos após o contato inicial, e causa lacrimejamento intenso, espirros, irritação da pele, das mucosas e do sistema respiratório. Não surte efeito contra animais e pode não ser eficaz contra pessoas alcoolizadas ou drogadas. Causa contaminação em roupas e materiais absorventes. Normalmente após 10 minutos os efeitos da atuação do CS desaparecem. CUIDADOS ESPECÍFICOS O agente lacrimogêneo CS, por ser um produto químico agressivo, deve ser utilizado por profissionais treinados, em locais abertos e arejados. É recomendável o uso de máscara contra gases quando do emprego do agente lacrimogêneo. Usar sempre a favor do vento. DESCONTAMINAÇÃO O CS é persistente e devido à sua dispersão em micropartículas é de difícil remoção. Em ambientes úmidos o efeito se potencializa e dura por um tempo mais longo. ATENÇÃO Este produto só pode ser utilizado por pessoas legalmente habilitadas e treinadas. Se empregado de forma inadequada, pode causar lesão grave ou morte e ainda provocar danos ao patrimônio e ao meio ambiente. PRIMEIROS SOCORROS O CS atua nos olhos, pele, mucosas e vias respiratórias, causando grande desconforto. Para alívio e descontaminação das pessoas afetadas, as seguintes providências devem ser tomadas: 1 - Remover a pessoa da área contaminada. 2 - Estimular a pessoa a remover as lentes de contato. Se necessário, solicitar ajuda médica para remoção das lentes. 3 - Não deixar que a pessoa contaminada esfregue os olhos. 4 - Submeter a pessoa a ventilação prolongada. 5 - No caso de contaminação acentuada, lavar as partes afetadas com água em abundância e sabão neutro, ou solução de bicarbonato de sódio a 10%. 6 - Troque as roupas da pessoa contaminada. 7 - Persistindo os sintomas, procure um médico. TIPOS DE CONTAMINAÇÃO: NÍVEL 1 = ambiente NÍVEL 2 = uma pessoa contaminada acaba contaminando outra “simpatia” NÍVEL 3 = contaminação direta FATORES QUE INTERFEREM NA CONTAMINAÇÃO Processo de dispersão, direção e velocidade do vento, temperatura, umidade, topografia, vegetação, quantidade de agente químico empregado. PRINCIPAIS AGENTES QUÍMICOS EMPREGADOS OC (oleoresina de capsaicina) Utilizado na Guerra entre Índia / China (2000 a.c); empregada nos EUA a partir de 1950 e 1974; Fora sintetizado com sucesso na década de 1930; É extraído através da Capsaicina (substância encontrada na pele da semente da pimenta); CS (Ortoclorobenzalmalononitrilo) Descoberto no ano de 1928 pelos químicos americanos Ben Carson e Roger Stoughton; EFEITOS DO CS Forte sensação de ardência nos olhos; lacrimejamento intenso; sufocação; dificuldade de respiração; fechamento involuntário dos olhos; sensação de queimadura na pele; corrimento nasal e tosse; náuseas e vômitos (alta concentração). Página 40 de 70 DESCONTAMINAÇÃO DO CS DESCONTAMINAÇÃO DO OC Retirar a pessoa da exposição ao agente (sair do local); Procurar uma área arejada (vento); Lavar a área afetada com água em abundância; Retirar as roupas contaminadas; Evitar passar qualquer tipo de pomada ou outra substância; Não se passa vinagre, leite ou álcool; Não ingerir líquidos logo após ser contaminado; Não esfregar a pele; Os efeitos duram aproximadamente 15 minutos, porém variam de cada pessoa, mas raramente ultrapassam 30 minutos. Retirar a pessoa da exposição ao agente (sair do local); Retirar o excesso do agente químico do rosto (lavar comsabãoneutro ou utilizar lenços específicos); Não esfregar a pele com as mãos; Procurar uma área arejada (vento); Lavar a área atingida com água em abundância; Retirar as roupas contaminadas; Evitar passar qualquer tipo de pomada ou outros medicamentos; Não se usa leite ou outras substâncias; Os efeitos duram aproximadamente 45 minutos, porém variam de cada pessoa, podendo a passar de 60 minutos. ESPARGIDORES QUÍMICOS DE GEL E ESPUMA Espargimento direcionado; Jatos de 0,5 a 1 segundo, alcance 2 m (prática entre 0,5m a 1,5m); Coletivo: 5 metros, adequado para ambiente fechado e para alvo específico. ESPARGIDORES TIPO AEROSOL Mesma distância de utilização; ideal para ambiente aberto; facilidade para contaminação; cuidados a serem observados: vento e local. POR QUE OS ALUNOS EM CURSOS DE CHOQUE OU OUTROS OPERACIONAIS PARECEM QUE SUPORTAM MAIS OS EFEITOS DE AGENTES QUÍMICOS? é Por causa de um receptor chamado TRPA1/TRPV1, estudos sugerem que o receptor TRPA1 ativado por uma série de produtos químicos pungentes, como alilisotiocianato, presente no óleo de mostarda e tiossulfinatos presentes no alho. A maioria dos compostos ativadores conhecidos contém grupos químicos eletrofílicos reativos, reagindo com resíduos de cisteína no sítio ativo do canal TRPA1. Esta modificação covalente resulta na ativação do canal e demonstrou ser reversível para vários ligantes. Os gases lacrimogêneos comumente usados CN, CR e CS também são produtos químicos pungentes e, neste estudo, mostramos que são ativadores extremamente potentes e seletivos do receptor TRPA1 humano. Até onde sabemos, esses são os agonistas de TRPA1 mais potentes conhecidos até o momento. A identificação do alvo molecular para esses gases lacrimogêneos pode abrir possibilidades para aliviar os efeitos dos gases lacrimogêneos por meio do tratamento com antagonistas do TRPA1. Fonte: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18501939/O que se percebe, portanto, é que a exposição frequente a agentes químicos acaba por saturar os receptores TRPA1 e TRPV1, fazendo com o que o aluno, fique mais resistente temporariamente aos efeitos dos agentes químicos no decorrer do tempo, todavia, esse efeito acaba passando após alguns dias sem exposição devido à dessaturação. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18501939/ Página 41 de 70 DOUTRINA DE CDC AGLOMERAÇÃO Grande número de pessoas temporariamente reunidas, acidentalmente ex: terminal de ônibus. MULTIDÃO: Grande número de pessoas psicologicamente unidas por um interesse comum, caracterizam-se pelo pronome nós. TURBA: Multidão que passa a promover desordem. MANIFESTAÇÃO: Demonstração, por uma multidão, de sentimento hostil ou simpático a determinada autoridade, ou a alguma condição e/ou movimento político, econômico, social ou religioso. TUMULTO Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio comum, por meio de ações planejadas. DISTÚRBIO CIVIL OU INTERNO Inquietação ou tensão civil, que toma forma de turba. Situação que surge dentro do país, decorrente de atos de violência ou de desordem e prejudicial à lei e à ordem. Origina-se de tumultos ou turbas. CALAMIDADE PÚBLICA Desastres de grandes proporções ou sinistros. Resultam da manifestação de fenômenos naturais em grau excessivo e incontrolável, como: inundações, incêndios em florestas, terremotos, vendavais e outros, de acidentes como: explosões, colisão de trens e outros; da disseminação de substâncias letais, que podem ser de natureza química, radioativa ou biológica. QUEBRA DA ORDEM PÚBLICA São as ações, incluindo as provocadas por calamidades públicas, que possam vir a comprometer a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio, cuja restauração é de responsabilidade das forças policiais disponíveis nos Estados-Membros. CAUSAS DOS DISTÚRBIOS CIVIS Mnemônico: SEP CD Sociais, econômicas, políticas, consequente de calamidade pública, decorrente de omissão ou falência da autoridade constituída. COMPORTAMENTO DA MULTIDÃO OU DA TURBA Mnemônico: AFAE Agressivo, fugitivo ou em pânico, aquisitivo ou predatório, expressivo. PESSOAS INTEGRANTES DA MULTIDÃO OU DA TURBA Impulsivos ou infratores da lei, psicopatas. Sugestionáveis, cautelosos, hesitantes, apoiadores, resistentes NATUREZA DAS MULTIDÕES OU DAS TURBAS Mnemônico: CRCA Casual, reunidas, coesa, agressiva ou violenta Página 42 de 70 INFLUÊNCIA DE FATORES PSICOLÓGICOS Mnemônico: NACINSE Número, anonimato, contágio, imitação, novidades, sugestão, expansão de emoções reprimidas. PRINCÍPOS TÁTICOS NO CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS Mnemônico: SU CU MI CO I 3P ME DI I GRU CO Superação ao efetivo, cumprimento da missão, missão, controle da turba, impacto psicológico, posicionamento da tropa, policiamento de área, policiamento de choque, mediação, dispersão, integridade da tropa, grupos de choque, comando da tropa, ocupação de área. PRIORIDADE NO EMPREGO DOS MEIOS Vias de fugas, demonstração de força, ordem de dispersão, recolhimento de provas, emprego de jato d’água, emprego de agentes químicos e munições de impacto controlado, carga de cassetete, carga de cavalaria, detenção de lideres, atirador de elite, emprego de arma de fogo. Página 43 de 70 ARMAMENTO FUNDAMENTOS DE TIRO Jeff Cooper (1920-2006) BRAVE FS Mnemônico: Base (EME – equilíbrio, mobilidade, estabilidade), respiração, acionamento do gatilho, visada, engajamento, + follow through e SCAN TIPOS DE EMPUNHADURA C Clamp Chamada assim pela semelhança que a mão reativa tem com um uma "braçadeira C". O objetivo desse "abraço" sobre o handguard, é a realização de resistência contrária à direção do recuo (que tenderá, devido ao vetor força, fazer o cano do armamento "subir") dificultando a retomada e correto engajamento do alvo. RODESIANA Uma característica latente desta opção é a utilização do "dedão" (polegar) como uma "ferramenta indexadora", uma espécie de "mira" que perseguirá seu alvo "apontando" diretamente para ele. Digamos que seja mais um fator a auxiliar o jogador no correto engajamento. Página 44 de 70 MAGWELL Esta empunhadura é a mais confortável de todas, pois mantêm o cotovelo flexionado e próximo, permitindo que seu braço (tríceps) fique também apoiado na lateral do seu corpo. Além disso, existem diversos acessórios que visam melhorar a pegada, tornando mais orgânico e permitindo maior contato com o "fosso do carregador" INCIDENTE DE TIRO É a interrupção dos tiros sem danos materiais e/ou pessoais, por motivo independente da vontade do atirador. Resolve-se o problema corrigindo a causa que lhe deu origem, após sua identificação. ACIDENTE DE TIRO O acidente de tiro ocorre quando se produz uma interrupção dos tiros com danos de qualquer natureza, materiais e/ou pessoais. Causas: munição, atirador. QUANTO AO TIPO: De porte: pode ser conduzida em um coldre; Portátil: pode ser conduzido por um só homem, sendo, para facilidade e comodidade de transporte, geralmente, dotado de uma bandoleira; Não portátil: quando, por seu grande peso e volume, só pode ser conduzido em viaturas ou dividido em fardos, para ser transportado por mais de um homem. ARMAMENTO LEVE Definição: - Peso e volume reduzidos; - Pode ser transportada por um homem, ou em fardos por mais de um; - Calibre menor ou igual ao .50 BMG QUANTO AO EMPREGO: Individual, Coletivo QUANTO À ALIMENTAÇÃO: Manual, com carregador, lâmina; fita (lona ou metálica); cofre; cofre discoide. Página 45 de 70 QUANTO À ALMA DO CANO: Lisa: a superfície interna do cano é completamente lisa; Raiada: quando a superfície interna do cano apresenta sulcos, que têm por objetivo imprimir ao projétil um movimento de rotação, por forçamento, dando estabilidade ao projétil. QUANTO AO FUNCIONAMENTO: De tiro unitário, repetição, automática, semiautomática. QUANTO AO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Ação muscular do atirador; ação dos gases resultantes da queima da carga de projeção. (direta ou indiretamente). QUANTO AO TRANCAMENTO: Culatra desaferrolhada ou destrancada: utiliza-se do princípio de massa, ou seja, peso do ferrolho com auxílio da mola recuperadora; Culatra aferrolhada ou trancada: CARACTERÍSTICAS DO CANO Forçamento: diferença entre o diâmetro do projétil e da alma do cano; Câmara: parte do cano ou do tambor destinada ao alojamento do cartucho; Número de raias; Direção (dextrogiras ou sinistrógiras); Passo de raia: intervalo entre duas passagens de uma raia por uma mesma geratriz; Alma: face interna do cano de uma Arma; Raias: sulcos helicoidais paralelos abertos na alma do cano com intuito da dar ao projétil o movimento de rotação necessário à sua estabilidade no ar; Cheios: espaço entre duas raias consecutivas; Fundo: porção escavada e concêntrica à alma do cano; Flancos: duas faces laterais que vão do fundo aos cheios; Calibre: medida do diâmetro entre dois cheios; Boca: orifício de saída do projétil. Página 46 de 70 ESPINGARDA CBC PUMP MILITARY 3.0 PROCEDIMENTOS AO ASSUMIR A ESPINGARDA NA FURRIELAÇÃO 1º Verifique se o percussor está “aflorado” Obs: se ele estiver aflorando, quando você fechar a arma, ela disparará. 2º verificar extrator 3º Verificar ejetor 4º Verificar obstrução do cano 5º Verificar se bujão do depósito está bem apertado 6º Verificar trava de segurança Página 47 de 70 TAURUS SMT 9mm FUZIL/CARABINA 5,56x45mm Imbel IA2 Página 48 de 70 MÁSCARA CONTRA GASES Atualmente existem três modelos de máscara contra gases na PMPR: MSA Millennium Riot Control. Avon C50, MSAAdvantage 1000, AVON C50 MSA Advantage 1000 MSA Millennium Riot Control áreas ventiladas contendo no Segundo os manuais do fabricante, a máscara precisa ser utilizada em mínimo 18% vol. de oxigênio, abaixo disso o operador sofrerá consequências fisiológicas no organismo por decorrência da exposição a agentes químicos. FORMAS DE COLOCAR A MÁSCARA: 1º Forma de colocação a) O Operador deverá esgarçar as tiras de ajuste para frente da máscara Página 49 de 70 b) Levar até o rosto, e ajustar puxando as tiras superiores e inferiores. Página 50 de 70 2º Forma de colocação a) Posicionar a mão esticada com os polegares para cima a) Levar até o rosto, e ajustar puxando as tiras superiores e inferiores. Página 51 de 70 COLOCANDO O FILTRO NA MÁSCARA a) pegue o filtro e rosqueie na entrada com rosca da sua máscara, na fotografia estamos utilizando o modelo MSA Advantage 1000. Página 52 de 70 COMO DESCONTAMINAR MÁSCARA APÓS COLOCAR NO ROSTO? a) Independente do modelo de máscara que estiver utilizando; após você inserir o filtro, tampe a entrada dele com a mão, impedindo a entrada de ar. b) Após isso, puxe o ar com a boca, criando um vácuo interno na máscara, forçando assim, a expulsão de todo o ar contaminado no interior da máscara em contato com a pele. Página 53 de 70 LEGISLAÇÃO APLICADA À ATIVIDADE DE CDC PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 4.226, 2. O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da: legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência. Lei Federal n° 13.060/14 Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos seguintes princípios: I - legalidade; II - necessidade; III - razoabilidade e proporcionalidade. ART. 23 - NÃO HÁ CRIME QUANDO O AGENTE PRATICA O FATO: I - em estado de necessidade II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível: Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. Estado de necessidade: Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1 º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2 º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. Legítima defesa: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão à vítima mantida refém durante a prática de crimes. PRINCIPAIS NORMAS: 1. CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI (Adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, no dia 17 de Dezembro de 1979, através da Resolução nº 34/169) 2. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime. 3. PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública. 4. LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 - Disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional. Página 54 de 70 5. Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em sua XL Sessão, realizada em Nova York em 10 de dezembro de 1984 e promulgada pelo Decreto n.º 40, de 15 de fevereiro de 1991; 6. 2015 - Diretriz 008 - Controle, Segurança e Emprego dos IMPO (alterada pela Diretriz 005-2020- PM3) 7. 2015 - Diretriz 004 - Uso Seletivo ou Diferenciado da Forca http://10.47.0.26/PM3/Documentos%20de%20Estado%20Maior/Diretrizes/2015%20-%20Diretriz%20008%20-%20Controle,%20Seguranca%20e%20Emprego%20dos%20IMPO%20(alterada%20pela%20Diretriz%20005-2020-PM3).pdf http://10.47.0.26/PM3/Documentos%20de%20Estado%20Maior/Diretrizes/2015%20-%20Diretriz%20008%20-%20Controle,%20Seguranca%20e%20Emprego%20dos%20IMPO%20(alterada%20pela%20Diretriz%20005-2020-PM3).pdf http://10.47.0.26/PM3/Documentos%20de%20Estado%20Maior/Diretrizes/2015%20-%20Diretriz%20004%20-%20Uso%20Seletivo%20ou%20Diferenciado%20da%20Forca.pdf Página 55 de 70 PATRULHAMENTO TÁTICO - RONE PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM SSRUA Mnemônico: Segurança, surpresa, rapidez, unidade de comando e ação vigorosa. CONCEITO DE DOUTRINA RONE: Conjunto de regras não formais, não escritas e desprovidas de sanções administrativas, mas aceitas tácita e voluntariamente pelos policiais, por serem consideradas como o elemento fundamental, e diferenciador na qualidade da prestação de serviço. NOVE PASSOS DA ABORDAGEM: ASACA BV VE Mnemônico: Aproximação, saque e apresentação de arma, abertura de ângulo, comandos verbais, aproximação para busca pessoal, busca pessoal, verificação do terreno, verificação de documentos, encerramento da abordagem. MODALIDADES DE BUSCA PESSOAL Ligeira, minuciosa e completa. MISSÃO PRINCIPAL RONE RPABIPE OCC Mnemônico: Recobrimento de área (4º esforço), patrulhamento de alto risco, abordagens, bloqueios, incursões a pé em locais de difícil acesso, Pb em locais estratégicos, escolta de dignitários e numerários, ocorrência envolvendo criminosos homiziados, cumprimento de mandados de alto risco, cerco. MISSÃO SECUNDÁRIA CDC : PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE BLOQUEIO Considerando se a formação básica do Pelotão de RONE com 04 equipes, e efetivo mínimo de 16 homens, deve ser utilizada de modo que sejam desempenhadas as seguintes funções. 1 Oficial Comandante, 1 Sargento Adjunto, 2 Seguranças, 1 Selecionador, 1 Anotador, 6 policiais encarregados das abordagens (03 duplas) 4 policiais (2 em cada viatura) para fuga 1º Homem Cmt . da equipe Antes da assunção do serviço, inteirar se das missões a serem desempenhadas pela equipe, acompanha e fiscaliza o desempenho das funções de cada um dos integrantes de sua equipe, zela pela postura e compostura de sua equipe, fiscalizando o asseio pessoal e a condição da viatura, está a par e a frente de todas as decisões da equipe, reportando sempre as informações pertinentes para o Oficial RONE Comando. 2º Homem Motorista: Manutenção de 1 º escalão na Viatura (calibragem e condição geral dos pneus, funcionamento giroflex e sirene, limpeza, pretinho nos pneus) equipar a viatura com GPS, conferir cartão de abastecimento, dirigir e patrulhar, obedecer as normas de trânsito sempre que possível, usar a viatura de forma racional e parcimônia (ar-condicionado, acesso em canteiros e meio fios) Página 56 de 70 3º Homem Segurança: Responsável pela segurança física, moral e jurídica da equipe e pela inviolabilidade do perímetro de segurança, na assunção do serviço, é responsável por equipar a viatura com os materiais de uso coletivo como regra: 2 carabinas cal 556 cada um com 3 carregadores, 1 Submetralhadora 9 mm 2 carregadores,1 Ga 12 alimentada com munição AM 403 /P, 1 bornal de Granadas misto para o patrulhamento(6 GL300T, 5 GL304), 1 escudo balístico nível 2, alicate corta frio, 4 bastões PR 90, 1 HT no modo Scan, munição SG 3 T para a Ga 12, Kit APH Combate Cautela todo o material, deixa todos os fuzis/smt /carabinas, carregadas e travadas e a Ga 12 alimentada, fechada e travada. Iniciando o patrulhamento, reporta ao cmt todo o equipamento da vtr e condição de portabilidade do Armamento, é recomendável que a arma portátil do 3 º homem esteja com lanterna acoplada durante abordagem, procurar local seguro para guarnecer a equipe, orientando o trânsito, bem como a equipe da aproximação de pessoas. 4º Homem Segurança / anotador: Equipa a vtr com os documentos e formulários (Código Zulu, formulário confronto armado, etc). Responsável pelo preenchimento do relatório diário de serviço, anota as informações repassadas pela COPOM e por coletar informações para o preenchimento do BOU fixa o espelho do alerta geral no Painel do cmt da equipe auxilia o 3º homem a equipar a vtr e o motoristas na manutenção da vtr Página 57 de 70 APH EM COMBATE VISÃO GERAL (3 fases) 1. CUIDADO SOB FOGO: o que se faz de imediato, entre a área/momento de risco e o local seguro. 2. CUIDADOS TÁTICOS EM CAMPO: ações tomadas durante/até 2 horas do ferimento. Inicia em local seguro o protocolo MARC propriamente dito. 2.1 CUIDADOS PROLONGADOS EM CAMPO: após 2 horas do ferimento sem chegada em hospital. Manobras de reversão e transição. 3. EVACUAÇÃO TÁTICA: para onde ir e como levar a vítima. Fazer Plano de Evacuação (prévio). Hospital de referência e hierarquizado (conhecer a área e/ou contato com 193/192). Medvec e CaseVec. 1ª FASE - CUIDADO SOB FOGO Sair do “X” Buscar abrigo Neutralizar as ameaças imediatas Cobertura 360: ameaças secundárias Geometria de combate (planejar avanço até o ferido) Triagem rápida do “X” – apenas torniquete e se necessário Arrastar ferido para área segura Retirar arma do ferido 2ª FASE - CUIDADOS TÁTICOS EM CAMPO – MARC (sangramento Massivo, vias Aéreas, Respiração, Calor) - SANGRAMENTO MASSIVO: parar o sangramento! avaliar ferimento com bastante perda de sangue (pulsando sangue, escorrimento abundante, poça de sangue ao chão ou fardamento empapado de sangue) em: Auxilio remoto Avaliar tempo decorrido ou a decorrer até a área segura Verbalizar com o ferido para que se acalme, se arraste para área segura ou para que faça o autoatendimento EXTREMIDADES – braços e pernas – aplicar TORNIQUETE EMERGENCIAL (alto e apertado). Sequência técnica: verificar bolsos > ajuste inicial > ajuste final > verificar sangramento > arremate > fechar timer > anotar horário. ÁREA JUNCIONAL - pescoço, ombros, pelve – preencher ferimento com GAZE DE COMBATE com agente coagulante (pressão de 1 a 3 min) ou sem agente coagulante (pressão de 5 a 10 min). Sequência técnica: fazer “power ball” > explorar ferimento com o dedo > inserir PB na base do ferimento > preencher em profundidade e lateralidade > fazer pressão pelo tempo respectivo > arrematar com bandagem de combate. Página 58 de 70 OBS: primeiro trate o sangramento evidente, depois faça busca tátil-visual por novos sangramentos antes de passar para o A. // Se TQ emerg. Ñ funcionar, pode-se aplicar um TQ duplo //. BANDAGEM DE COMBATE (elástica, marcas: Israelense, Olaes, etc): aplicação não é prioridade! APLICAR SOMENTE APÓS O PRIMEIRO CICLO DE MARC! serve para conter pequenos sangramentos ou para manter a GAZE DE COMBATE no lugar! Para este último uso, observar: - VIAS AÉREAS: desobstruir vias aéreas! avaliar se o canal do NARIZ, BOCA e FARÍNGE estão desobstruídos. Caminho da passagem do ar até o pulmão (que será verificado no R). - Se o paciente FALA NORMALMENTE, é porque VA está desobstruída, nesse caso pular para o R. - Se NÃO FALA ou FALA COM DIFICULDADE, avaliar sons respiratórios estranhos (borbulhos / stress respiratório, etc), e verificar dentro da boca do paciente objetos que possam estar impedindo a respiração. SEQUÊNCIA TÉCNICA: 1. ELEVAÇÃO DO QUEIXO/ MENTO (chin lift): o objetivo é evitar que a própria língua relaxada obstrua VA. 2. TÉCNICA DE CONTAR DINHEIRO: após elevação de mento, é técnica usada para abrir a boca do paciente para retirada de sólidos com dedos da outra mão em forma de gancho, pinça ou com uso de pinça Kelly; 3. POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO / SEGURANÇA: colocar o paciente de lado para facilitar, pela ação da gravidade, saída de líquidos que estejam obstruindo VA como sangue, vômito, etc. NÃO COBRIR TODO O FERIMENTO (FACILITA A REVISÃO) NÃO APERTAR DEMAIS (EVITA SÍNDROME COMPARTIMENTAL) ANCORAR (EVITA QUE ESCORREGUE OU SE SOLTE) Página 59 de 70 TRANSIÇÃO: salvar o máximo de porção de membro possível. TRANSITA do torniquete emergencial para o deliberado (4 dedos acima do ferimento). Pode, ao final, ser combinado com TQ duplo (logo acima do 1º e com hastes desencontradas) REVERSÃO: salvar todo o membro do paciente. REVERTE a aplicação de torniquete para aplicação de gaze. OBS: tentar a manobra por duas vezes. - RESPIRAÇÃO: tampar/ocluir perfurações no tórax! Avaliar se há perfuração no tórax (frontal, lateral e costas, da altura da clavícula ao umbigo) e ocluir perfurações com uso de SELO DE TÓRAX, com ou sem válvula, para evitar pneumotórax hipertensivo. Tratar pneumotórax com BURP. - SEQUÊNCIA TÉCNICA: retirar o colete, expor o tórax da vítima em “T” com tesoura ponta romba, buscar perfurações, secar e aplicar SELO DE TÓRAX com ou sem válvula, diagnosticar pneumotórax, tratar pneumotórax com BURP. OBS: ao expor o tórax do paciente, primeiro trate a perfuração evidente, depois faça busca tátil-visual por novas perfurações antes de passar para o C. - SELO DE TÓRAX É PREVENTIVO! - SINTOMAS DO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO (ACUMULO DE AR ENTRE A PLEURA E O PULMÃO): paciente sedento por ar, com taquipneia/dispneia, jugulares saltadas, movimento assimétrico de tórax, som de tambor do lado sem movimento, traqueia desviada (sinal tardio). BURP: remova o selo de tórax até que o ferimento fique exposto > limpe o ferimento com um pano ou gaze removendo possíveis coágulos > tape a boca e o nariz da vítima para que o ar possa sair pelo orifício do tórax > aplique uma pressão firme e constante no lado cujo pneumotórax esteja instalado ou ao centro do tórax > recoloque o selo no lugar > tire a pressão do tórax > solte nariz e boca. OBS: para selo de tórax com válvula não é necessário remover o selo, o ar acumulado sairá pela válvula. - CALOR: isolar o corpo para evitar perda de calor e fornecer fonte externa de calor! Tomar atitudes para manter ou elevar temperatura corporal do paciente a fim de interromper a tríade da morte (hipotermia, coagulopatia e acidose metabólica). - SEQUÊNCIA TÉCNICA: secar o paciente > fechar o colete > envolver o paciente em manta térmica de modo que a manta fique por baixo e feche por cima (tipo shawarma) > distribuir bolsas de calor “hot packs” (axilas, virilhas, pescoço, mãos e pés). OBS: pode-se levar o paciente até a vtr e ligar ar quente do carro se estiver perto. 2.1 CUIDADOS PROLONGADOS EM CAMPO: em caso de demora de mais de 2 horas para chegada em hospital. Só pode ser tentado se não houver sinais de choque hipovolêmico: palidez, pele fria e pegajosa, cianose, preenchimento capilar acima de 3 seg, confusão mental. Página 60 de 70 BALÍSTICA Interna: estudo dos processos de aceleração dos projéteis até passar pela boca do cano da arma Externa: estudo de como o projétil passa pelo espaço (dinâmica do voo) Balística terminal: estudo da interação do projétil com seu alvo Caso Mike Day = militar que foi baleado 27 vezes em conflito e sobreviveu no Iraque em 2007. Epor que ele não morreu? Os estudos modernos de balística terminal explicam que para uma pessoa ser incapacitada, deve ser levado em consideração três fatores: Localização Penetração Diâmetro (Mnemônico: LPD) Localização pode ser direta ou indireta, por exemplo, no bulbo raquidiano responsável pelo sistema nervoso central, causa a incapacitação imediata (direta). A indireta, no caso, ocorre através da hipóxia (perca de sangue) queda de pressão. Esse conceito da balística terminal, contrapõe a teoria de incapacitação do “double tap” criada na década William Ewart Fairbairn e Eric A. Sykes.de 30 pelos britânicos Página 61 de 70 INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA EM MOVIMENTOS SOCIAIS (GESTÃO DE MULTIDÕES) 1. Conceito de movimento social: Os movimentos sociais são ações sociais que permitem um relativo progresso social. Para que o movimento social exista, é preciso ter bastantes indivíduos representando a sociedade, ter um movimento duradouro e algo onde os indivíduos compartilhem uma relativa identidade. 2. Diferença importante entre manifestação popular e movimentos sociais? Manifestações populares tem caráter transitório, sendo que os movimentos sociais possuem a características: continuidade. (RIBEIRO, 2016) 3. Novos modelos de movimentos sociais com relação à liderança Novo modelo: É influenciado pela dinâmica das tecnologias e uso das redes sociais. “não há lideranças”. Cada integrante possui objetivos, intenções e vontades próprias, diferentemente do modelo tradicional que possui uma estrutura organizacional relativamente formal. 4. Se for feito um acordo prévio antes da manifestação, estabelecido critérios: trajeto, horário, isso dispensa o contato no dia do movimento com as lideranças ou não? Não dispensa, no caso existem regras de engajamento nas operações em manifestações e tumultos que preveem, por exemplo: conferência da documentação, qualificação dos responsáveis, conferência de documentação do carro de som e seu motorista, confirmação do itinerário, sinalização e balização do trânsito, prever vias de acesso rápido, calcular número de manifestantes, guarnecer locais sensíveis, solicitação de apoios necessários. 5. É importante conhecer os movimentos sociais, integrantes de torcida, lideranças de sua área? Sim ou não? Sim, para construção de consensos, solucionando problemas mitigando conflitos. 6. Com relação ao mapa estratégico da IEMS, o que é importante o interventor anotar durante as conversas? Anotar as informações recebidas – guia para próximas reuniões – criar um mapa estratégico; como por exemplo: quem realmente tem interesse na disputa; nível de comprometimento dessas pessoas com sua causa; empenho em resolver de forma pacífica; as dificuldades ou barreiras a serem enfrentadas; quais as expectativas de cada um; anotar pontos importantes - demonstra interesse no assunto que causa angústia; 7. Com relação à coleta de informações das manifestações, somente as fontes oficiais são suficientes, ou tem que coletar de outras fontes (inteligência, velado)? É importante utilizar também outras fontes de informação como as não oficiais. 8. Características dos grupos sociais? Pluralidade de indivíduos, interação social, organização, objetividade e exterioridade, conteúdo intencional e objetivo comum, consciência grupal ou sentimento de “nós”, continuidade. Página 62 de 70 9. Características dos novos modelos de movimentos sociais. Influenciados pela dinâmica das tecnologias e do uso das redes sociais apresenta uma roupagem toda característica. “não há liderança” cada integrante possui objetivos, intenções e vontades próprias. 10. Que tipo de fonte de informação pode usar no mapa estratégico? O que analisar nessas fontes? oficiais: agências de inteligência, demais órgãos públicos que tenham interesse na solução do conflito e órgãos de imprensa; e não oficiais: as partes envolvidas, seus representantes legais ou lideranças reconhecidas. 11 Considerações sobre o relacionamento com a mídia oficial e não oficial: No cenário atual, a globalização e a disseminação de novas tecnologias, inclusive nas comunicações, com a predominância da comunicação em rede, tornaram o acesso à informação sincrônico para a população. A internet tem primazia nas redes sociais e este recurso é explorando pelos grupos e movimentos sociais como uma ferramenta de mobilização popular e divulgação de suas ações e resultados. As instituições de segurança pública tiveram que se adequar ao novo cenário e passaram a coletar imagens e sons nos mesmos protestos e repassar aos órgãos de imprensa com isenção. 12. Durante o planejamento das operações em grandes manifestações, que tipo de informação é importante? Relevância social, ânimo dos participantes, aceitabilidade do povo local, perfil do manifestante, cobertura da mídia, se haverá autoridades públicas envolvidas. Regras de engajamento durante o planejamento (conferencia documentação, carro de som, confirmação de itinerário, qualificação dos responsáveis, etc.). 13. Quais medidas importantes, com relação à torcida organizada, podem ser adotadas para minimizar o impacto na segurança pública? Monitoramento dos alvos, conhecer a estrutura, ter o banco de dados em relação aos infratores. Comunicação com o policiamento ostensivo. 14. Com relação à luta pela terra e moradia, quais informações importantes que o mediador deve levar em consideração em situações de conflito dessa natureza? Quantidade, a composição e o perfil das pessoas envolvidas; a motivação de seus membros; possíveis causas ou causadores (lideranças e movimentos sociais); peculiaridades do local e proximidades (outras invasões ou assentamentos na região e vias de acesso, por exemplo); e presença de armas ou artefatos que possam colocar em risco a integridade das pessoas. 15. Qual a principal diferença entre movimentos sociais e manifestações populares? Os movimentos sociais são grupos organizados de pessoas engajadas em empreender ações coletivas, associadas ao esforço para atingir os interesses do grupo, orientado para a mudança do cenário social e cultural, diferem das manifestações populares, visto esta ter caráter transitório), sendo que os movimentos sociais possuem a característica continuidade. Página 63 de 70 CANÇÕES MILITARES DO CURSO XV CCDC aconteceu 54 tentantes veja no que é que deu Capitão Barros é o coordenador granada de gás não faltou o combinado não sai caro já dizia os monitores impõem disciplina, mas são nossos protetores corridão maluco pedras a carregar caixa choque caminho longo a trilhar noite do elmo eventos infernais 80 choqueanos virados no satanás CS até o talo o ar vai faltar sustenta sustenta sustenta, vai passar semana rústica o inferno a enfrentar - 5ºc alunos a congelar 32km marcha maldita a enfrentar os mais fortes persistem os fracos vão quebrar gás lacrimogêneo radiador todo dia tem completa, corridão e espargidor um leão por dia eu vou matando esta é a minha saga em ser um choqueano um leão por dia eu vou matando descendente de leônidas, serei um espartano Autor: Aluno CCDC 11 – SD. PMCE Amalia – XV CCDC 2021 ------- quem és tu que resiste ao sol forte? és o guerreiro que veio do norte! vim de bem longe este elmo buscar sou guerreiro do amapá! quem és tu ó cabra da peste? és o guerreiro quem vem do nordeste! vim de bem longe este elmo buscar sou gueirreiro do ceará! minha gratidão, paraná! vim de bem longe este elmo buscar! minha gratidão, paraná! vim de bem longe este elmo buscar! Autor: aluno ccdc 11 – amalia – xv ccdc 2021 ------- prepara a carcaça que o bambu vai descer! cdc é choque, choque é cdc! prepara a carcaça que o bambu vai descer! muito cs e carga de oc! lá vem fumegando,ai meu deus o que é aquilo? ortoclorobenzalmalononitrilo! oleoresina de capsaisina, ser choqueano é a minha sina! oleoresin de capsicum, ser choqueano não é pra qualquer um! Autor: Aluno CCDC 11 – SD. PMCE Amalia – XV CCDC 2021 ------- a história do choqueano todos devem conhecer... na cabeça o capacete e no peito o brevê! na perna a perneira e no braço o escudo... formado o choqueano com a cara de puto! ei baderneiro tu vai passar mal quando o meu granadeiro sacar do seu bornal ei baderneiro tu vai passar mal minha linha de escudeiro tu não fura nem a pau! atiradores na linha, o show vai começar! Página 64 de 70 disparos de 12 não vão faltar! ei baderneiro é melhor tu correr, se não o meu pinça vai pinçar você! Autor: Aluno CCDC 11 – SD. PMCE Amalia – XV CCDC 2021 ------- vibra que não dói! caga pra carcaça! um corpo que não vibra é um esqueleto que se arrasta! ------- ei, você, que não tem energia! venha aprender com a nossa companhia! ei, você, que não tem vibração! aprenda a vibrar com o melhor do pelotão! ------- é raça! é fibra! é sangue! moral! moral e vibração! este é o lema do nosso batalhão! ------- mochila! pesada! escudo! granada! a noite! escura! a água! gelada! a chuva! fininha! coturno! molhado! o gorro! é negro! o curso! de choque! se choqueanos querem ser ouçam bem o que eu vou dizer ousar lutar querer vencer este é o lema que há de ser! quando o frio for intenso! ou o calor for de matar! não esqueça um só momento que um choqueano nunca pode parar! ------- guiado por Deus ninguém me segura escudo na mão e a pistola na cintura se encaro distúrbios é pra ganhar de clava na cara pro bicho gelar olhar de psico ladrão logo treme eu sou do choque o barril da pm o choque é barril, o choque é barril cajado que passa e causa arrepio! ------- a cia choque quando passa treme a carcaça, treme a carcaça ------- sai da academia fui pro cerimonial raios e trovões, já sabia que era pau eu tava preparado totalmente equipado e do meu lado o choqueano invocado no meio do caminho começou a me falar que eu tinha morrido e no inferno eu fui parar o choqueano me acompanha para eu nunca recuar sussurando em meu ouvido começou a perguntar homens de choque de onde tu viestes? eu vim lá das caatingas, das caatingas do nordeste. homens de choque como chegaste lá? usei a progressão pro inimigo emboscar. homens de choque qual é sua missão? subir lá na favela e deixar corpos no chão. homens de choque o que é que você faz? eu faço coisas que assusta o satanás! homens de choque qual é o teu respeito? voltar pra minha cia com o elmo em meu peito homens de choque, pra finalizar. eu sou lá do choque sou treinado pra matar! Página 65 de 70 pra matar. pra destruir. destruição, essa é minha missão! como o choque me ensinou, tô preparado pro combate! progressão, progressão... essa é minha missão. ------- fui numa festa lá em cajazeiras a festa tava boa tava boa a brincadeira um choqueano que era o tocador e ele só tocava o choque é o terror o choque é o terror, o choque é o terror o choque é o terror, o choque é o terror até vovó pegou na mão de vôvô e disse vem dançar o choque é o terror o choque é o terror, o choque é o terror o choque é o terror, o choque é o terror até menina que só tinha 15 anos também pegou seu par e saiu dançando o choque é o terror, o choque é o terror o choque é o terror, o choque é o terror ------- . rosa maria mandou me perguntar meu bem, cadê o breve que você me prometeu eu disse a ela não se preocupe não estou ralando todo dia pra subir no caveirão ouça, ouça, ouça agora ouça o que eu vou lhe dizer esse curso, esse curso eu dedico a você com amor e com carinho a quem sempre me apoiou agora eu vou lhe dizer como é que eu estou eu to ralando todo dia, e nunca mais vou esquecer vou embora ver rosa maria e dar a ela o meu brevê o meu filhinho quem diria papai o que o senhor fazia filhinho a gente corria e não sabia pra onde ia mas um certo dia todo equipadão papai se lançou lá do caveirão (2x) ai meu filhinho como era bom desembarcar do caveirão infiltração no morro acima e retornar na exfiltração papai eu também quero quando eu crescer ter a minha boina meu boot e meu brevê (2x) mas mamãe disse que não lá tem muita ralação lá tem muita correria tem canguru, tem flexão mas mesmo assim eu quero quando eu crescer ter a minha boina meu boot meu brevê mamãe eu também quero quando eu crescer ter a minha boina, meu boot meu brevê ------- 1973 no araguaia operações contra a guerrilha missões reais a infantaria foi defender a nossa soberania foi em xambioa, foi em xambioa no araguaia em xambioa quem nunca ouviu falar que fique a escuta contos de glória que agora vou contar a guerrilha não era brincadeira era patrulha patrulha a noite inteira e alguns de nós éramos faca na caveira o perigo em todo canto a ronda Página 66 de 70 e a todo instante um sinal de congelar a fadiga a sede e a fome carapanã muito charco e lamaçal mesmo assim sustentei o meu parafal o meu filho se alguém lhe perguntar se o seu pai esteve em xambioa diga com orgulho que eu esteve lá ------- vitória sobre a morte, vitória sobre a morte, vitória sobre a morte, não é questão de sorte vitória sobre a morte, vitória sobre a morte vitória sobre a morte, este é o lema do choque vitória sobre a morte, vitória sobre a morte, no combate aproximado progredindo poste a poste ------- ó choqueano porque tu corres tanto? onde tu vais com seu fuzil na mão? correndo eu vou lutar em cada canto! em cada canto deste amado chão! ó choqueano porque estás tão sujo? não sentes nojo deste barro não? eu sinto orgulho desta cujo futuro espelha a grandeza da nação! ó choqueano porque estás tão triste? não sente falta da família não? eu sinto falta do meu lar, meu ninho! pensando neles vou cumprir minha missão! não vou deter-te nem mais um só segundo! prossegue a tua caminhada assim levando o nome do choqueano ao mundo! valente e forte, choqueano até o fim! ------- ai, itatiaia, ai,ai, ai, itatiaia o sol é meu amigo ele é muito legal ele aquece o aluno isso é sensacional ai marapicu, ai, ai, ai, marapicu a noite é minha amiga ela é muito legal ela refresca o aluno isso é sensacional ai, ccdc, ai, ai ai, ccdc ai itatiaia, ai ai ai itatiaia itatiaia tem um parque que não é de diversão na verdade é um campo campo de concentração e foi no campo de concentração que eu vi um choqueano com um cajado na mão entre corpos e charcos soava uma canção camarada boris boris skalovisky choqueano maldito disse que era amigo me deu muita porrada me deu tapa na cara me deu chute no peito choque na língua uhu é choque elétrico uhu é choque elétrico choqueano maldito no campo ele é quem manda com a sua lamba lamba lamba olha lamba eh ------- fui numa festa de paraquedista o ms que me convidou havia muito salto precursores salto enganchado foi o que mais rolou senti na pele aquela ventania quando abriu a porta do avião a luz vermelha apaga num segundo e na luz verde haja coração eu me lancei no espaço é agrupar e preparar pra aterrar ------- você sabe quem eu sou sou um maldito cão de guerra preparado para matar mesmo que custe a minha vida a missão será cumprida eu já estive atrás da cerca Página 67 de 70 tive o meu corpo mutilado mas de lá eu escapei do opressor me libertei minha missão eu completei ------- abre esta carta deixa de mistério hoje tem patrulha e é no cemitério você foi escolhido para comandar pelotão de choque pronto e aprestado desloca sem ser visto e sem sequer notado ------- aaa vamo gazar eee a
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