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Psicologia Aplicada a Medicina III

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Psicologia Aplicada a Medicina III
2 tipos de formação de grupo
· Solidariedade orgânica
· Solidariedade mecânica
Mecânica -> a afiliação a um grupo independe da nossa vontade no que diz respeito à escolha dos seus integrantes
Exemplos: colegas de sala
Equipe de uma UBS -> Mecânica
Mecânica -> não tem laço afetivo
Fator de coesão
As regras
Somos constantemente avaliados se seguimos ou não essas regras, pois elas avaliam nosso grau de fidelidade.
O líder
Podem ser de várias formas a seguir:
-Autoritário (tende a ser um grupo de meia vida)
- Laisse-fraire (tende a ter rápida dissolução)
- Democrático (maior e mais longeva conesão)
Tarefa
- O grupo precisa executar uma tarefa
REFRÃO DA AULA:
· O grupo se une de forma mecânica ou orgânica
· O líder tem papel fundamental
· A coesão determina qual a estabilidade do grupo
04/03/2022
Assim como a família em que cada integrante tem um papel, os grupos comportam-se como uma estrutura na qual há uma distribuição
Podemos dizer que em cada papel se condensam-se as expectativas, necessidades e crenças irracionais de cada um que compõem o grupo.
A afirmação de que qualquer grupo cria, desde o seu inconsciente grupal, um sistema de papéis encontra uma confirmação estatística: basta um exercício de memória, por parte do leitor, para que, certamente, se lembre de que em qualquer de suas diversas turmas de colegas de primário ou ginásio, sempre houve alunos que assumiram e se destacaram ora no papel de “puxa saco”, ora no alvo de gozação, ou no “geniozinho”, “burro”, ou “líder”, e assim por diante, sendo que a imagem que se guarda do grupo de professores também pauta pelo mesmo nível.
Existem alguns papéis frequentes que podem vir a surgir, o que nos permite conhecer um pouco melhor como se constitui um grupo
1) O BODE ESPIATÓRIO
Neste caso, toda a “maldade” do grupo fica depositada em um individuo que, se tiver uma tendência previa, servira como depositário, até vir a ser expulso, o que aliás, é comum.
Nesses casos, o grupo sairá em busca de um novo bode
Outras vezes, o grupo modela um bode expiatório sob a forma de um “bobo da corte” que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao contrário de um expulsão, o grupo faz questão de conservá-lo.
É aquele integrante que sempre leva culpa
2) O PORTA – VOZ
Cabe ao portador desse papel mostrar mais manifestante aquilo que o restante do grupo de estar, latentemente, pensando ou sentindo. No entanto, essa comunicação do porta-voz não é feita somente através da voz (reinvindicações, protestos, verbalização de emoções) mas também através da linguagem extraverbal das dramatizações, silêncios.
EX: fazer cara feia para ver se o professor “se toca” que a aula esta chata
Uma forma muito comum de porta-voz é a função do individuo contestador. Nesses casos, é imprescindível que o quem comanda ou lidera o grupo (da mesma forma que os pais, numa família) saiba discriminar quando a contestação é, sistematicamente, de ordem obstrutiva ou quando ela representa ser necessária, corajosa e construtiva.
Se ele fala pelo grupo, é melhor escutar para compreender melhor como lidar.
Duas posturas diferentes: 
· Criticar por criticar
· Criticar para construir
Como lidar com o primeiro tipo?
“Eu compreendo a dificuldade que você apontou, mas o que você sugere para resolver?”
3) O RADAR
Este papel geralmente cabe ao individuo mais regressivo do grupo, como é o caso de um sujeito bordeline em um grupo de nível neurótico, por exemplo. Neste caso, esse sujeito, antes que os demais, capta os primeiros sinais das ansiedades que, ainda em estado larvário, que estão emergindo no grupo e os RESSOA em sua própria pessoa: inclusive com crises sérias.
EX: Em uma apresentação em sala os alunos fizeram o trabalho “mais ou menos” e um dos integrantes passou mal ou até nem compareceu. *atenção para não patologizar.
Talvez este seja o menos frequente entre o futuro contexto profissional de vocês, haja visto que sua presença pode acarretar problemas: imaginem em uma cirurgia. É algo a ser notado no colega e oferecido suporte.
4) O INSTIGADOR
Ele é muito comum e importante nos grupos. Consiste na função do individuo em provocar uma perturbação no campo grupal, através de um jogo de intrigas, por exemplo, assim mobilizando papeis nos outros.
EX: “Pô, esse cara que ta nos liderando ai é um boçal. Olha o jeito que ele fala com a gente”
5) O ATUADOR PELOS DEMAIS
É uma modalidade de papel que consiste no fato de a totalidade do grupo inconscientemente delegar a um determinado individuo a função de executar aquilo que lhes é proibido, como por exemplo, infidelidade conjugal, aventuras temerárias, hábitos extravagantes, sedução. Em tais casos, o restante do grupo costuma emitir dupla mensagem: subjacente à barragem de críticas que eles dirigem às “loucuras” desse membro, pode-se perceber um disfarçado estímulo, um gozo prazeroso e uma admiração pelo seu delegado, executador de seus desejos proibidor.
Isto é especialmente importante em um contexto onde o acesso a sustâncias que causam dependência: a transgressão geralmente traz consequências.
E também é perigoso ao grupo ter esse integrante fazendo o que não tem coragem. Perigoso ao outro e, principalmente ao paciente.
EX: testar algo cientificamente duvidoso
Conforme este nome indica, o sujeito que desempenha o papel de sabotador, através de inúmeros recursos residenciais, procura obstaculizar o andamento exitoso da tarefa grupal. Em geral, o papel é assumido pelo individuo que seja portador de uma excessiva inveja e defesas narcsistas.
6) O VESTAL
Da mesma forma como é regra nas instituições, também nos pequenos grupos é muito comum que alguém assuma o papel de zelar pela manutenção da moral e dos bons costumes”.
Um exagero nesse papel constitui a tão conhecida figura do “patrulheiro ideológico” que obstrui qualquer movimento no sentido de uma criatividade inovadora.
7) O OBSTRUTOR
É aquele integrante do grupo que tende sempre a mudar de assunto quando é tocado em questões muito sérias, que causam angústia no grupo.
Exemplo: um colega de vocês toca no assunto morte em uma equipe de acaba de perder vários pacientes. O obstrutor é o que muda repentinamente de assunto para não deixar o grupo falar sobre isto que causa angustia.
É aquele integrante do grupo que tende sempre a afastar-se dos conflitos e situações tensas em especial quando há um aumento da agressividade.
Da turma do “deixa disso”
8) O LÍDER
Líder - A personificação
Liderança- o conjunto da obra
 
O termo liderança pertence a muitas áreas humanísticas, como as da psicologia, sociologia, política, etc. e, por isso pode ser conceituado a partir de vários pontos de vista, sendo que qualquer intento de classificação deve levar em conta o critério de abordagem empregada
Os líderes em duas situações
Macrogrupos Ex: exército
Microgrupo Ex: equipe
Há duas vertentes de pensamento sobre o surgimento de um líder:
- O líder ocasiona o surgimento do grupo
- O grupo é quem faz surgir o líder
Exemplos:
- O líder ocasiona o surgimento do grupo Ex: carismático
- O grupo é quem faz surgir o líder Ex: Churchill
Churchil: “como me escolheram como líder, eu devo ser comandado por vocês”
Qual o valor prático disso?
Permite observar:
- Que um indivíduo pode criar um grupo.
- Que um grupo pode criar um líder
Qualquer grupo tem uma necessidade implícita de que sempre haja um liderança.
Principais tipos de líder/liderança:
Autocrático
Democrático
Laissez-faire
Demagógica
* Autocrático
- Toda decisão passa pelo mais forte – líder
- As técnicas são dilatadas pela autoridade
- As técnicas futura são desconhecidas pelos liderados
- Quem escolhe “quem é que faz o que” é o líder
- Críticas e elogios sem razões objetivas
(LEWIN, 1939)
*Democrático
-Todos os planos de ação são resultado de decisão do grupo, encorajado pelo líder
-Perspectiva de atividades apresentada por uma explicação das fases gerais do processo.
- Os participantes tem liberdade para trabalhar
-O líder procura ser um membro do grupo, mas não realiza grande parte da tarefa.Elogia ativamente e critica quando necessário
(LEWIN 1939)

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