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Objetivos OBJETIVO 1: Revisar a anatomia e aspectos funcionais das vias aéreas inferiores OBJETIVO 2: Compreender como se dá o desenvolvimento da broncoaspiração, suas causas e complicações OBJETIVO 3: Enteder como se dá o diagnóstico , manifestações clínicas e prevenção da broncoaspiração Vias Aéreas Inferiores Laringe: • Composta por 9 cartilagens: tireóidea cricóidea, aritenoide, corniculadas, cuneiforme, epiglote e tireóidea • Relacionada as cordas vocais • Promove abertura e fechamento da glote no momento da deglutição, fazendo com que alimentos não sejam destinados ao pulmão Traqueia: Tubo fibrocartilagíneo com epitélio rico em cílios, capaz de expulsar o muco poluente para a faringe onde é expelido ou deglutido. Pulmões: Divididos em lobos, são responsáveis pela oxigenação do sangue. O direito é maior e mais pesado e o esquerdo é mais curto e largo devido ao espaço pericárdico Brônquios: bifurcações da traqueia que adentram o hilo dos pulmões Árvore Brônquica A arvore brônquica consiste na área de condução das vias aéreas inferiores. Ela é formada pelos brônquios, bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. Podemos classificar o aparelho respiratório em zonas, sendo: • Zona de transporte gasoso: vias aéreas superiores e árvore traqueobrônquica. Função de acondicionar e conduzir o ar até o pulmão. • Zona respiratória: onde efetivamente se realizam as trocas gasosas. • Zona de transição: interposta entre as duas primeiras, onde começam a ocorrer trocas gasosas, porém a níveis não significativos Broncoaspiração Bronquíolos: transportam o ar Alvéolos pulmonares: ficam no interior dos brônquios; é onde ocorre a troca gasosa Broncoaspiração DEFINIÇÃO: É uma condição em que há obstrução das vias aéreas inferiores devido a entrada de substâncias alimentares, fluido da orofaringe ou conteúdos gástricos. É mais comum em idosos e bebês DESENVOLVIMENTO: • No processo de envelhecimento ocorrem mudanças no funcionamento da dinâmica da deglutição, como o enfraquecimento dos músculos, AVE, câncer de cabeça e pescoço, tumores cerebrais e até mesmo demências. Todas essas doenças contribuem para o desenvolvimento da disfagia CAUSAS: • Falhas no reflexo de fechamento da laringe (controle inadequado e imaturo da deglutição) • Disfagia: uma das principais causas; A disfagia é uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja, fazer a deglutição de alimentos, de líquidos ou saliva. Pode ocorrer em diversas fases da vida, especialmente em idosos, podendo trazer sérias consequências à saúde. CLASSIFICAÇÃO A aspiração pulmonar pode ser aguda (acidental) ou crônica (habitual). Aguda: A aspiração aguda pode ocorrer desde o período neonatal até a adolescência. A granulação e a composição do material aspirado são elementos importantes em função das reações orgânicas que ocasionam. Crônica: Os casos de aspiração crônica podem ocorrer devido a RGE com aspiração do conteúdo gástrico e alimentos, em função de distúrbios da deglutição com predomínio de alimentos, saliva e secreções brônquicas. Doenças neurológicas - coma e epilepsia - onde são aspirados saliva e conteúdo gástrico podem ocasionar casos de aspiração crônica. Outra causa é a síndrome adeno-tonsilosinusal, com aspiração de secreções infectadas A síndrome de aspiração também pode ser classificada de acordo com o tipo de material aspirado em: irritativa, infecciosa e obstrutiva. Como síndrome irritativa encontramos as pneumonites químicas por ácido, hidrocarbonetos, óleo vegetal, mecônio, álcool e gordura animal. Na síndrome de aspiração infecciosa ocorre aspiração de saliva e secreções contaminadas, enquanto as síndromes aspirativas obstrutivas são causadas por afogamento e aspiração de corpo estranho FATORES DE RISCO: • Pacientes >65 anos • Intubação orotraqueal prolongada • Alterações neurológicas • Doenças e cirurgias de cabeça e pescoço • Tosse ou engasgo • Refluxo gastroesofágico MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Tosse • Dispneia • Asfixia • Pneumonia • Pneumonite • Atelectasia ou morte PREVENÇÃO: • Realizar aspiração de vias aéreas superiores sempre que necessário • Ofertar alimentos em ritmo e velocidade confortáveis e seguros • Manter próteses dentarias bem adaptadas caso houver • Evitar distrações enquanto se alimenta (TV, rádio, conversar) • Identificar consistências alimentares que possam ser de difícil deglutição e procurar a equipe de saúde para que as adaptações sejam feitas • Em caso de vomito e distensão abdominal, interromper a administração de dieta, abrir a sonda para drenagem e comunicar o médico • Administrar alimentos por via oral sempre com o paciente sentado (90º) a menos que haja contraindicação médica • Alertar-se aos sinais de engasgo, tosse, cianose e voz molhada durante a alimentação DIAGNÓSTICO: • Exame físico: Tríade - engasgo, sufocação e tosse (95%) dos casos está presente • Radiografia de torax (auxiliar de diagnostico) • Ressonancia magnética • Nasoendoscopia • Videofluoroscopia: avaliacao dinamica da degluticao, ou seja, observa as fases dadeglutição • Eletromiografia: análise dos músculos envolvidos na deglutição TÉCNICA PARA DESENGASGO: HEIMLICH Referências: • Precisão diagnóstica para o risco de broncoaspiração em população heterogênea - Maíra Santilli de Lima, Fernanda Chiarion Sassi, Gisele Chagas de Medeiros, Shri Krishna Jayanthi, Claudia Regina Furquim de Andrade - https://www.scielo.br/j/codas/a/kML8xkCCQgv6Jf W3kkHjQhC/?lang=pt • Gerenciamento do risco de broncoaspiração em pacientes com disfagia orofaríngea - Layanne Ferreira dos Santos Carmo(1) Fabíola Andrea Andrade dos Santos(1) Simonize Cunha Barreto de Mendonça(1) Brenda Carla Lima Araújo(2) - https://www.scielo.br/j/rcefac/a/FvKbT6TthhsvM bLNmbnGLJf/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/codas/a/kML8xkCCQgv6JfW3kkHjQhC/?lang=pt https://www.scielo.br/j/codas/a/kML8xkCCQgv6JfW3kkHjQhC/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rcefac/a/FvKbT6TthhsvMbLNmbnGLJf/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rcefac/a/FvKbT6TthhsvMbLNmbnGLJf/?lang=pt&format=pdf
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