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LINGUAGEM ADULTO E IDOSO Ebook S u m á r i o C a p í t u l o 1 Neuroanatomia............................. 3 Sistema nervoso central............... 4 Sistema nervoso periférico........... 9 Domínios Cognitivos..................... 9 Sistema Linguístico..................... 19 FUNÇÃO PRINCIPAL: Conduzir os impulsos nervosos do cérebro até a medula espinhal e vice-versa. INTEGRADORA MOTORA FUNÇÃO: Carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e deste para os órgãos efetores (músculos e glândulas). PERIFÉRICO CENTRAL Classificação neuroanatômica Nervos captam informações do meio interno e externo e as levam ao SNC. SENSITIVA Informação sensitiva trazida ao SN é processada e interpretada. Nervos motores conduzem a informação do SN para todo o organismo. SISTEMA NERVOSO FUNÇÃO: Recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. DIVISÕES ENCÉFALO (CRÂNIO) MEDULA ESPINHAL (Canal vertebral) FUNÇÃO: Transmite os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo. CÉREBRO DIENCÉFALO CORTÉX CEREBRAL NÚCLEOS DE BASE TELENCÉFALO: TRONCO ENCEFÁLICOCEREBELO MESENCÉFALO PONTE BULBO DIVISÕES Nervos Cranianos - 12 pares; Nervos Espinhais - 31 pares; Gânglios; Terminações; Nervosas; Receptores. COMPOSIÇÃO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO (SNS) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO (SNAS) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO (SNAP) 3 ENCÉFALO (CRÂNIO) Cérebro Tronco Encefálico Cerebelo Medula Espinhal Contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,3 kg Sistema Nervoso Central CÉREBRO/ TELENCÉFALO É a porção mais maciça e o principal órgão do Sistema Nervoso. Ele é responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala. Ele é formado por duas metades, os hemisférios direito e esquerdo, separados por uma fissura longitudinal. Os dois hemisférios compreendem o telencéfalo. Os hemisférios cerebrais são compostos pelo córtex cerebral – a camada mais externa constituída de substância cinzenta – e por uma massa interna de substância branca – as fibras de associação inter (fibras comissurais) e intra-hemisféricas, além das fibras de projeção – que envolve relativamente os núcleos da base. Neste também se encontram as áreas corticais sensoriais e motoras primárias. A fissura longitudinal (inter-hemisférica) é uma fenda profunda que divide-os imperfeitamente; ainda assim, são capazes de trocar informações através de um largo feixe de fibras mielínicas que estão situadas numa estrutura, o corpo caloso. 4 FRONTAL PARIETAL TEMPORAL OCIPTAL CEREBELO Relacionado com o pensamento abstrato, juízo crítico, linguagem, motricidade, controle inibitório (impulsos), expressão da linguagem. Responsável pela recepção e processamento dos estímulos sensoriais; Localizado na parte de trás da cabeça, responsável pela visão; Relacionado com a memória, audição e olfato; TELENCÉFALO Corresponde a maior parte do cérebro e é responsável pelas capacidades de: de ler, escrever e falar; de fazer cálculos e compor músicas; e de lembrar o passado, planejar o futuro e imaginar coisas que nunca existiram. O telencéfalo compreende nos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério cerebral se divide em 4 lobos: 5 6 ÁREAS CEREBRAIS DA LINGUAGEM COMPREENSÃO ÁREA DE WERNICK ÁREA DE BROCA ÁREA DA AUDIÇÃO ÁREA MOTORA FALA (ORGANIZAÇÃO) TRAJETO DA FALA: REPETIR UMA PALAVRA ESCUTADA: CÓRTEX AUDITIVO WENICK(COMPREENSÃO) ÁREA DE BROCA (ORGANIZAÇÃO) ÁREA DE BROCA (ORGANIZAÇÃO) MÚSCULATURA DA FALA (FACIAL, LÍNGUA,RESPIRAÇÃO) FALAR OU LER UMA PALAVRA ESCRITA: MESMA COISA, SÓ NÃO PASSA PELO CÓRTEX AUDITIVO EPITÁLAMO DIENCÉFALO Forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo; Contém vários núcleos envolvidos com o processamento sensitivo e motor entre os centro encefálicos superiores e inferiores; Inclui: Tálamo; Hipotálamo e Epitálamo. TÁLAMO HIPOTÁLAMO Sensibilidade e motricidade; Transmite quase todas as aferências sensitivas para o córtex cerebral; Contribui com as funções motoras transmitindo impulsos do cerebelo e dos núcleos da base para a área motora; primária do córtex cerebral; Auxilia na manutenção da consciência. A glândula pineal secreta o hormônio melatonina (hormônio relacionado ao sono); Os núcleos habenulares estão relacionados com o olfato, respostas emocionais a odores; Formado pela glândula pineal e pelos núcleos habenulares: Controle do SNA (regula a contração dos músculos lisos e cardíacos e a secreção de várias glândulas); Regula a hipófise (produção de hormônios); Relacionado com a expressão de raiva, agressividade, dor e prazer “centro do prazer”; Regulação da alimentação (centro da fome e da saciedade); Controle da temperatura corporal (termostato do corpo); Regulação dos ritmos circadianos (relógio biológico do corpo) e níveis de consciência; 7 Contém tratos sensitivos e motores; Os colículos superiores coordenam os movimentos da cabeça, dos olhos e do tronco em resposta a estímulos visuais; Os colículos inferiores coordenam os movimentos da cabeça, dos olhos e do tronco em resposta a estímulos auditivos; A substância negra e o núcleo rubro contribuem para o controle dos movimentos. Contém os núcleos de origem dos nervos oculomotor (III) e troclear (IV); Auxilia na manutenção da consciência. Contém tratos sensitivos e motores; Núcleos pontinos transmitem impulsos nervosos de áreas motoras do córtex cerebral para o cerebelo; Contém núcleos vestibulares (junto com o bulbo) que fazem parte da via de equilíbrio do encéfalo; O grupo respiratório pontino (junto com o bulbo) auxilia no controle respiratório; Contém núcleos de origem dos nervos trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VII) e vestibulococlear (VIII). É contínuo com a parte superior da medula espinal Forma a parte inferior do T.E.; Contém tratos sensitivos (ascendentes) e motores (descendentes); O centro cardiovascular regula a frequência cardíaca e o diâmetro dos vasos sanguíneos; O centro respiratório do bulbo (junto com a ponte) regula a respiração; Contém os núcleos grácil, cuneiforme, gustativo, cocleares e vestibulares (componentes de vias sensitivas para o encéfalo); O núcleo olivar inferior fornece instruções que o cerebelo utiliza para ajustar a atividade muscular durante o aprendizado de novas habilidades motoras; Outros núcleos coordenam o vômito, a deglutição, o espirro, a tosse e o soluço; Contém os núcleos de origem dos nervos vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo (IX), vago (X), acessório (XI) e hipoglosso (XII). A formação reticular (também presente na ponte, no mesencéfalo e no diencéfalo) está relacionada com a consciência e o despertar. Cerebellum - significa pequeno cérebro; Suaviza e coordena as contrações dos músculos esqueléticos; Regula a postura e o equilíbrio; Parece ter funções relacionadas com a cognição e o processamento da linguagem; CEREBELO MESENCÉFALO MEDULA BULBO PONTE CEREBELO TRONCO ENCEFÁLICO Forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo; Contém vários núcleos envolvidos com o processamento sensitivo e motor entre os centro encefálicos superiores e inferiores; Inclui: Tálamo; Hipotálamo e Epitálamo. MESENCÉFALO PONTE BULBO É formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo. MEDULA ESPINHAL 8 AFERENTE: Toda informação que vai da periferia do corpo em direção ao SNC (como os estímulos sensitivos). Conduzidos por: neurônios sensitivos ou neurônios aferentes EFERENTE: Toda informação que vai do SNC em direção à periferia do corpo (como os estímulos motores). Conduzidos por: neurônios motores ou neurônios eferentes SNC Sistema Nervoso Central ENTRA INPUTS SAI OUTPUTS SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO (SNAS) SISTEMA NERVOSOAUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO (SNAP) DIVISÃO DO SNP SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) É a parte do SNP que interage com o meio interno; É um sistema de nervos e gânglios relacionados com a distribuição de impulsos para o coração, músculos lisos e glândulas. É a parte do SNP responsável pelo controle das reações involuntárias; Controla as reações INVOLUNTÁRIAS É composto de Nervos Cranianos e Espinais que ligam o encéfalo e a medula espinal ao meio e aos tecidos viscerais. Esses nervos são responsáveis por conduzir impulsos nervosos afererentes e eferentes do SNC. Sistema Nervoso Periférico SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO (SNS) É composto por nervos aferentes (ou sensitivos) e eferentes (motores); As fibras sensoriais somáticas ou aferentes somáticas transportam informações da (pele, músculos esqueléticos, articulações) para o SNC e deste para a musculatura esquelética através das fibras somáticas motoras ou eferentes somáticas; Uma vez que os músculos esqueléticos são de controle voluntário, o SNS é a porção do SNP que controla as nossas reações conscientes (voluntárias); Controla as reações VOLUNTÁRIAS 9 10 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO CONTRAÇÃO DAS PUPILAS ESTIMULAR SALIVA CONTRAÇÃO DOS PULMÕES BATIMENTO CARDÍACO LENTO ESTIMULA A ATIVIDADE DO ESTÔMAGO INIBE A LIBERAÇÃO DE GLICOSE E ESTIMULA A VESÍCULA BILIAR ESTIMULA A ATIVIDADE DOS INTESTINOS CONTRAÇÃO DA BEXIGA PROMOVE A EREÇAO DOS GENITAIS DILATAÇÃO DAS PUPILAS INIBE A SALIVAÇÃO RELAXA OS PULMÕES AUMENTA OS BATIMENTOS CARDÍACOS INIBE A ATIVIDADE DO ESTÔMAGO ESTIMULA A LIBERAÇÃO DE GLICOSE E ESTIMULA A VESÍCULA BILIAR INIBE A ATIVIDADE DOS INTESTINOS SECRETA EPINEFRINA E NORADRENALINA RELAXA A BEXIGA PROMOVE A EJACULAÇÃO E A CONTRAÇÃO VAGINAL LUTA OU FUGA ESTRESS REPOUSO E DIGESTÃO CALMARIA 11 NERVOS CRANIANOS MOTORES: Contêm apenas axônios de neurônios motores, os quais inervam músculos esqueléticos (III, IV,VI, XI e XII) SENSITIVOS: Contêm axônios de neurônios sensitivos e são chamados de nervos sensitivos especiais; na cabeça, eles são exclusivos e estão associados aos sentidos especiais do olfato, da visão e da audição, respectivamente. Os corpos celulares da maioria dos nervos sensitivos estão localizados em gânglios situados fora do encéfalo (I, II e VIII) MISTOS: Contêm axônios de neurônios sensitivos que entram no encéfalo e de neurônios motores que deixam o encéfalo (V,VII, IX e X). CLASSIFICAÇÃO: Contém axônios que conduzem impulsos nervosos relacionados com o olfato. Contém axônios que conduzem impulsos nervosos relacionados com a visão; Movimento da pálpebra superior e do bulbo do olho; alteração da forma da lente para a visão de perto e constrição da pupila. OLFATÓRIO (I) VESTÍBULO COCLEAR (VIII) OCULOMOTOR (III) TROCLEAR (IV) Movimento do bulbo do olho FACIAL (VII) É responsável pela sensibilidade gustatória dos 2/3 anteriores da língua; ÓPTICO (II) ABDUCENTE (VI) É responsável pela abdução (rotação lateral) do bulbo do olho. TRIGÊMIO (V) Três ramos: - Oftálmico (apenas sensitiva); - Maxilar (apenas sensitiva); - Mandibular (é principalmente sensitivo, mas também recebe fibras motoras); FUNÇÃO SENSITIVA: Sensações de tato, dor, e térmicas do escalpo, face e cavidade oral (incluindo dentes e 2/3 anteriores da língua). FUNÇÃO MOTORA: Mastigação e controle do músculo tensor do tímpano da orelha média. Equilíbrio e audição FUNÇÃO SENSITIVA: Sensações gustatórias e somáticas (tato, dor e temperatura) da língua; sensibilidade muscular (propriocepção) em alguns músculos da deglutição; monitoração da pressão sanguínea; monitoração do oxigênio e do dióxido de carbono no sangue para regulação da respiração. FUNÇÃO MOTORA: •Função motora: Deglutição, fala, secreção salivar. GLOSSOFARÍNGEO (IX) VAGO (X) FUNÇÃO SENTIVA: gustação na epiglote, propriocepção dos m. da faringe e da laringe; monitoramento da pressão sanguínea e dos níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue; sensações táteis, de dor e térmicas da pele e da orelha externa; FUNÇÃO MOTORA (BRAQUIAL): Sensibilidade de órgãos torácicos e abdominais; FUNÇÃO MOTORA (AUTÔNOMA): deglutição, vocalização e tosse; motilidade e secreção de órgãos e do sistema digestivo; constrição das vias respiratórias; diminuição da frequência cardíaca. Os axônios estimulam os músculos responsáveis pela movimentação da cabeça e do cíngulo do membro superior ACESSÓRIO (XI) HIPOGLOSSO (XII) Estimula os músculos utilizados na mastigação, movimentos da língua durante a fala e deglutição; Domínios Cognitivos 12 A cognição é um sistema dinâmico que nos permite organizar e usar nossos conhecimentos a fim de executar as atividades que compõe o nosso cotidiano. 1.Orientação Têmporo-Espacial 2.Atenção 3.Percepção 4.Memória 5.Habilidades Aritméticas 6.Linguagem 7.Funções Executivas 8.Praxias DOMÍNIOS COGNITIVOS Permite localizarmo-nos no tempo (dia, mês, ano), local onde nos encontramos, capacidade de reconhecer caminhos, localizar objetos no espaço e em relação a nós mesmos. Requer recursos: atencionais, visuais, de raciocínio e memória. 1 - ORIENTAÇÃO TÊMPORO - ESPACIAL COMO AVALIAR?? Que dia da semana é hoje? Que dia do mês é hoje? Em que mês estamos? Em que ano estamos? Em que local estamos agora? Em que cidade estamos? Em que estado estamos? Em que país estamos? Perguntas como: TESTES COMO: NEUPSLIN; CÓPIA DE FIGURAS (CERAD); TDR; CÓPIA DA FIGURA TAYLOR Habilidade que pode ser entendida como um mecanismo complexo que seleciona e organiza a entrada de informações. Apresenta intersecção com diversas habilidades, como as perceptivas, as funções executivas e a memória. Geralmente é subdividida em 4 tipos: Seletiva, Dividida, Alternada e Sustentada. 2 - ATENÇÃO COMO AVALIAR?? SELETIVA: Capacidade de escolher qual será o foco da mente e manter esse foco atencional, apesar de diversas entradas sensoriais (conhecidas como distrações). ALTERNADA: Capacidade de alternar o foco entre um estímulo ou conjunto de estímulos e outro, ou entre um tipo de tarefa e outra, sucessivamente. A alternância facilita na execução de tarefas que exigem mais de um nível de entendimento.). DIVIDIDA: Capacidade de lembrar informações e manter o foco em alguma atividade enquanto realiza outra tarefa (focar em 2 ou mais estímulos distintos simultaneamente). SUSTENTADA: É a habilidade de se manter focado durante um período longo em uma atividade ininterrupta e constante. 13 Contagem inversa de números: Contagem de 50 a 30; Repetição de sequência de dígitos: Repetição de uma sequência de 7 números; OUTROS TESTES: Digit Spam; Testes de trilhas; Atenção visuo-espacial; Teste de cancelamento (Neupsin; Mesulan; Seabra, 2012) A percepção é uma função cognitiva que se constitui de processos pelos quais o sujeito é capaz de reconhecer, organizar e dar significado a um estímulo vindo do ambiente através dos órgãos sensoriais. Portanto, faz uso dos sentidos: olfato, tato, paladar, audição e visão. 3 - PERCEPÇÃO COMO AVALIAR?? 14 Verificação de igualdades e diferenças de linhas: Verificação de extensão de similaridade ou diferença entre pares de linhas. Heminegligência visual: heminegligência visual é um quadro adquirido após lesão cerebral, que afeta a detecção e/ou a resposta a estímulos localizados no lado contralateral ao da lesão. Percepção de faces: Avaliação, como iguais ou diferentes, de pares de fotografias de faces (frente e perfil). Reconhecimento de faces: Reconhecimento, entre 4 desenhos de faces, de duas faces inicialmente apresentada. Exemplos de tarefas: É uma das funções cognitivas mais utilizadas pelo ser humano em seu cotidiano. Memória é a capacidade de armazenar informações, lembrar delas e utilizá-las no presente. O bom funcionamento da memória depende inicialmente do nível de atenção. Para que o bom armazenamento aconteça outras atividades cognitivas como a capacidadede percepção e associação é importante para que as informações possam ser armazenadas com sucesso. Se divide em: Memória de curto prazo; Memória de longo prazo e Memória Prospectiva. 4 - MEMÓRIA Memória imediata: a informação recebida fica retida durante um curto período de tempo (cerca de 30 segundos). Estudos mostram que podemos conservar sete elementos (letras, palavras, algarismos, etc), variando entre cinco e nove unidades. Memória de trabalho ou operacional: tem a função de guardar as informações necessárias para uma tarefa e, portanto, sua duração depende do tempo da tarefa. É armazenada enquanto for necessária, depois é esquecida. MEMÓRIA DE CURTO PRAZO: 15 Memória Declarativa ou Explícita: são aquelas que podem ser verbalizadas. Ex.: Saber quem é o prefeito da cidade? As memórias declarativas podem ser divididas em episódicas ou semânticas; Memórias Episódicas: referem-se a eventos experienciados. Ex.: lembrar das sensações do primeiro dia de aula; Memória Semântica: referem-se a fatos, geralmente armazenados ou aprendidos, sob forma verbal, por meio do conhecimento geral de mundo e de conceitos. Ex.: lembrar do conceito de escola, o que é uma escola? Memória Não - Declarativa ou Implícita: se relacionam a um procedimento, não sendo facilmente verbalizadas. Ex.: Saber dirigir, consertar um celular... MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: Refere-se à lembrança de uma intenção de ação anteriormente planejada. Ex.: Lembrar de tomar remédio, de dar um recado, do horário de um compromisso. Ainda não há consenso se a memória prospectiva é um tipo de memória episódica ou se faz parte de uma das funções executivas. MEMÓRIA PROSPECTIVA: COMO AVALIAR?? Tarefas de evocação imediata: Evocação livre de nove palavras ditas pelo examinador; Tarefas de evocação tardia: Evocação livre das mesmas nove palavras após tarefa de linguagem oral. Reconhecimento de palavras: Reconhecimento das nove palavras da lista alvo em uma lista de 18 palavras (9 palavras alvo e 9 distratores semanticamente relacionadas). Tarefas com perguntas referentes a conhecimentos gerais: Resposta a duas perguntas referentes a conhecimentos gerais; Tarefas de reconhecimento: Reconhecimento, em três tarefas, de uma figura sem sentido entre um conjunto de três estímulos. MEMÓRIA VERBAL EPISÓDICO-SEMÂNTICA: MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: MEMÓRIA VISUAL DE CURTO PRAZO: MEMÓRIA PROSPECTIVA: No final do teste o paciente deverá realizar uma tarefa que foi combinada no início da avaliação 16 Habilidades para processar números e quantidades, além de realizar cálculos aritméticos. As dificuldades nessas habilidades são chamadas de discalculia ou acalculias. 5 - HABILIDADES ARITMÉTICAS A linguagem é universal nas sociedades humanas, estima-se que existam mais de 5 mil línguas no mundo. Todas possuem uma modalidade falada, mas só algumas delas têm uma versão escrita. A linguagem pode ser descrita nos parâmetros: Fonológico, Morfológico, Sintático, Semântico, Pragmático. É considerada uma função simbólica estruturada cognitivamente e elaborada socialmente. Ela é influenciada diretamente por outras funções como atenção, percepção, memória, cognição, inteligência, audição. Pode ser estudada quanto aos componentes receptivos ou compreensivos e produtivos ou expressivos, havendo 3 níveis de complexidade de unidades linguísticas: palavra, sentença e discurso. 6- LINGUAGEM Uma extensa área do hemisfério esquerdo está envolvida em atividades linguísticas. A representação hemisférica esquerda para a linguagem é mais frequente em destros, adultos e escolarizados, ou seja, existem fatores genéticos assim como culturais que podem alterar a representação hemisférica da linguagem. LINGUAGEM ORAL: Distúrbios na linguagem escrita geralmente estão associados aos de linguagem oral. Porém, falhas na linguagem escrita sem alterações na linguagem oral podem ser diagnosticadas de apraxias para a linguagem. Já falhas na leitura ou escrita sem alterações nas diferentes modalidades de linguagem podem ser diagnosticadas como alexias ou agrafias puras. LINGUAGEM ESCRITA: COMO AVALIAR?? CONTAS DE ADIÇÃO, SUBTAÇÃO, DIVISÃO E MULTIPLICAÇÃO COMO AVALIAR?? NOMEAÇÃO DE OBJETOS E FIGURAS. REPETIÇÃO DE PALAVRAS REAIS E DE PSEUDOPALAVRAS. LINGUAGEM AUTOMÁTICA (SEQUÊNCIA DE NÚMERO, MESES DO ANO…). COMPREENSÃO (MOSTRAR FRASES E O PACIENTE APONTA A FIGURA CORRESPONDENTE). INFERÊNCIAS. METÁFORAS. LEITURA EM VOZ ALTA DE PALAVRAS REAIS E DE PSEUDOPALAVRAS. COMPREENSÃO ESCRITA. ESCRITA ESPONTÂNEA. ESCRITA COPIADA. 17 7 - FUNÇÕES EXECUTIVAS As funções executivas compreendem um conceito neuropsicológico que se aplica às atividades cognitivas responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas. Elas incluem o raciocínio, a lógica, as estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas. Todos esses processos cognitivos são produzidos diariamente, pois uma série de problemas - dos mais simples aos de maior complexidade - ocorrem na vida do ser humano. Assim, independente do grau de complexidade do problema, o sujeito precisa estar apto para analisar a situação (problema), lançar mão de estratégias, e antever as consequências de sua decisão. São divididas em: PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO PLANEJAMENTO Capacidade de identificar e organizar ações sequenciais e hierarquizadas que conduzam o indivíduo a um objetivo; INIBIÇÃO Capacidade de conter uma resposta predominante, automática, ou previamente aprendida, que pode ser inadequada ou irrelevante no contexto atual, é responsável pelos comportamentos impulsivos TOMADA DE DECISÃO Envolve a escolha de uma entre várias alternativas em situação que inclui análise de risco FLEXIBILIDADE COGNITIVA Capacidade de mudar o curso do pensamento ou das ações de acordo com as exigências ambientais. CATEGORIZAÇÃO Agrupamento de elementos que compartilhem propriedades, relaciona- se com a formação de conceitos, deduções, induções e abstração; MONITORAMENTO Monitoramento da ação proposital envolvendo autorregulação de seu comportamento e a monitoração do desempenho efetivo. COMO AVALIAR?? RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS. FLUÊNCIA VERBAL. 18 8 - PRAXIAS São habilidades dirigidas à execução gestual; • Processo de execução de um ou de uma série de movimentos; • Dificuldades gestuais são denominadas apraxias; • Pacientes com apraxias podem não apresentar dificuldades motoras, mas na hora de realizar uma ação não conseguem. COMO AVALIAR?? Apraxia Ideomotora: "Mostre-me como se faz para pentear o cabelo"; "Mostre-me como se faz para escovar os dentes"; "Mostre-me como se faz para se despedir com um tchau"; Apraxia Construtiva: desenhar imagens a partir de um modelo. Apraxia Reflexiva: Gesto com o punho fechado; Gesto com a mão aberta na horizontal; Gesto com a mão aberta na vertical. APRAXIA Desordem da articulação que resulta da perda, causada por uma lesão cerebral, da capacidade de organizar o posicionamento da musculatura de fala e de sequencializar os movimentos na produção espontânea de fonemas ou de uma sequência de fonemas. Porém, essa dificuldade não é acompanhada de fraqueza, lentidão significante ou incoordenação desses músculos nos movimentos reflexos ou automáticos (Ortiz, 2006:23) APRAXIA IDEOMOTORA Dificuldade de imagem mental do movimento. O paciente não é capaz de realizar movimentos familiares sem a presença do objeto; APRAXIA CONSTRUTIVA Dificuldade em construir imagens a partir de um modelo real ou da representação mental de imagens semelhantes com as quais o paciente já tenha tido contato prévio. Ex.: dificuldades em juntar as peças de um quebra-cabeça, copiar desenhos, desenhar conforme sua memória uma figura solicitada; APRAXIA REFLEXIVA Refere-se à dificuldade de imitar gestos do outro, principalmente, de uma sequência gestual. Sistema Linguístico 19 A linguagem detém um processo de desenvolvimento complexo que viabiliza a comunicação humana, permite a interação social e organiza o pensamento, já que através dela é possível demonstrar suas ideias,sentimentos e emoções. Pode ser expressa pela fala, escrita ou outros signos convencionais (placas de trânsito, Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO PROCESSAMENTO FONÉTICO Estudo dos sons da fala, em seus aspectos acústicos e fisiológicos PROCESSAMENTO FONÉTICO Organização dos fonemas (sons) na língua PROCESSAMENTO MORFOSSINTÁTICO Regras de combinação que regem a formação das palavras e frases PROCESSAMENTO SEMÂNTICO Significado das palavras e interpretação das sentenças e enunciados PROCESSAMENTO PRAGMÁTICO Uso da linguagem no contexto Estimula a parte de compreensão. Lobo temporal e parietal. Área de Wernick 20 Capacidade do ser humano de distinguir sons ambientais, selecionar, agrupar, manipular e integrar aqueles que compõem o código conhecido da fala e de organizar estes sons numa sequência temporal, de forma a permitir a “montagem” de palavras e frases. OUVINDO PALAVRAS Processamento da linguagem: modelo anatômico Estimula lobo occiptalVENDO PALAVRAS Estimula córtex motorFALANDOPALAVRAS Córtex frontalPENSANDO SOBRE PALAVRAS Compreensão oral de palavras 20 Palavras novas, pouco frequentes e pseudopalavras: necessitam de um processo de conversão grafofonêmica antes de a/varem o sistema semântico e são processadas pela via fonológica (via dorsal); Palavras conhecidas e mais frequentes: ativam diretamente o sistema lexical do leitor e são processadas pela via lexical (ventral); Depende da integridade do sistema visual (onde começa o processamento), do nervo óptico (que leva o estímulo adiante) e do córtex occipital (que recebe a informação visual e realiza a decodificação da palavra). Depois que ocorrer a decodificação da palavra serão ativadas duas vias de leitura occipitoparietal (dorsal) e/ou occipitotemporal (ventral), de acordo com o tipo de palavra a ser processada: O destino final das duas vias é a área de Wernicke, que paralelamente à ativação de outras regiões cerebrais atuará na compreensão do estímulo. Compreensão gráfica de palavras COMO AVALIAR?? Ler (silenciosamente) uma palavra e apontar a figura correspondente. Área motora suplementar: responsável pela iniciativa do ato motor da fala; Cerebelo: atuante na manutenção do movimento articulatório; Núcleos da base e ínsula: relacionados aos movimentos articulatórios, processamento foné8co e outros processos cognitivos. Paralelamente, outras estruturas também são ativadas e também enviam estímulos à via principal: Emissão oral: planejamento linguístico COMO AVALIAR?? NOMEAÇÃO (POR CONFRONTAÇÃO VISUAL – MOSTRAR FIGURAS) REPETIÇÃO DE PSEUDOPALAVRAS REPETIÇÃO DE PALAVRAS LEITURA DE PSEUDOPALAVRAS LEITURA DE PALAVRAS 21 A fase de planejamento da produção da fala articulada realiza a transformação gradual dos fonemas em um código que pode ser manipulado por um sistema motor; É uma fase relacionada às especificações espaciais e temporais dos movimentos para a produção do som (cada som tem sua especificação. Ex: plosivo/surdo/bilabial/); O planejamento motor é específico do articulador e não do músculo. Ex: arredondamento dos lábios, depressão da mandíbulas, levantamento da ponta da língua...). Emissão oral: planejamento motor Entrada visual (cópia) - o processamento inicial ocorrerá no lobo occipital – LEITURA; A partir de nossas próprias ideias e pensamentos, tendo como ponto A partir de uma entrada auditiva partindo das áreas do lobo temporal – DITADO; A partir desses pontos de partidas, suas rotas de escrita serão utilizadas (como na leitura): a rota fonológica, que fará a conversão direta do fonema em grafema, e a rota lexical. A via final do processamento será nas áreas anteriores do cérebro, onde acontecerá a montagem final da palavra (seleção e organização dos grafemas, planejamento e execução do ato motor da escrita). de partida o sistema semântico-lexical, como a área de Wernicke – ESCRITA ESPONTÂNEA; Emissão gráfica COMO AVALIAR?? CÓPIA DE PSEUDOPALAVRAS CÓPIA DE PALAVRAS DITADO DE PSEUDOPALAVRAS DITADO DE PALAVRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: the emperor’s new dothers? East Sussex: Psychology Press, Publishers, 2000. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. PUTZ, R.; PABST, R. Sobotta, Atlas de Anatomia Humana. Vol. 1 e 2. 22 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. MARTIN, J. H. Neuroanatomia.: Grupo A, 2013. 9788580552645. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552645/. Acesso em: 26 set. 2021. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SCHMIDT, GA; PROSDÓCIMI, FC. Manual de Neuroanatomia Humana - Guia Prático. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2014. TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Virtuozo CPM, Marques MC, Monteiro CD. A influência de variáveis socioculturais e biológicas no desempenho da linguagem receptiva em pré-escolares. Rev. PUCSP [Internet]. [acesso em 10 de março de 2021]. 30(4). [8 p.] Disponível em https://revistas.pucsp.br/dic/article/view/35997/27290 Vygotsky, LS. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.
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