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Carboidratos Os carboidratos são as moléculas orgânicas mais abundantes na natureza. Eles possuem grande variedade de funções, · Também conhecidos como: açúcares, glicídios, sacarídeos, hidratos de carbono · Compostos orgânicos, assim como os lipídeos, as proteínas, vitaminas e ácidos nucleicos · Formados por C, H, O, N*, P*, S* · Onde? Pão, massa, leite, frutas... · Todos os carboidratos tem pelo menos 3 átomos de carbono, mais do que um grupo hidroxila (OH ligado a um carbono saturado) e são da função aldeído ou cetona (são poliidroxicetona ou poliihroxialdeído) ALDOSES Os carboidratos com um aldeído como seu grupo funcional mais oxidado são denominados aldoses. O aldeído é uma carbonila (um carbono ligado a um oxigênio por uma dupla ligação e esse carbono é primário, ligado só a um radical, sendo o outro ligante um hidrogênio). Ex: gliceraldeído aldeído CETOSES Aqueles com um grupo cetona como seu grupo funcional mais oxidado são chamados cetoses. Cetona é a carbonila em que o carbono é secundário (ligado a dois radicais). Ex: di-hidroxiacetona cetona FUNÇÕES · Energética · Estrutural CLASSIFICAÇÃO A – monossacarídeos -> 1 molécula B – oligossacarídeos -> de 2 a 10 moléculas C – polissacarídeos -> + de 10 moléculas MONOSSACARÍDEOS · 1 molécula de carboidratos · Açúcares simples · Não sofrem hidrólise · Possuem de 3 até 7 carbonos Fórmula geral = CnH2nOn ou (CH20)n · Triose -> C3H6O3 · Tetrose -> C4H8O4 · Pentose -> C5H10O5 · Hexose -> C6H12O6 · Heptose -> C7H14O7 Hexose: - glicose: pão - frutose: frutas - galactose: leite Pentoses: - desoxirribose: RNA - ribose: DNA OLIGOSSACARÍDEOS · De 2 até 10 monossacarídeos · São unidos por ligação glicosídica. Essas ligações são formadas por enzimas conhecidas como glicosiltransferases, que utilizam como substrato um nucleotídeo-açúcar, como a UDP-glicose. As ligações glicosídicas entre açúcares são denominadas conforme o número dos carbonos que estabelecem a conexão e também conforme posição do grupo hidroxila no carbono anômero do glicídeo envolvido na ligação. · Ex: A lactose, por exemplo, é sintetizada pela formação de uma ligação glicosídica entre o carbono 1 de uma β-galactose e o carbono 4 da glicose. A ligação é, dessa forma, uma ligação glicosídica β(1-4) CARBOIDRATOS COMPLEXOS Os carboidratos podem unir-se por ligações glicosídicas a estruturas que não são carboidratos, como as bases púricas e pirimídicas, anéis aromáticos, proteínas, e lipídeos. Se o grupo não carboidrato da molécula, ao qual o açúcar está ligado, for um grupo -NH2 , a estrutura é um N- ·glicosídeo, e a ligação é chamada de N-glicosídica. Se o grupo for um grupo -OH, a estrutura é um 0-glicosídeo, e a ligação é 0-glicosídica. CLASSIFICAÇÃO · Dissacarídeos: 2 monossacarídeos · Trissacarídeos: 3 monossacarídeos · Tetrassacarídeos: 4 monossacarídeos · Pentassacarídeos: 5 monosssacarídeos ..... Oligossacarídeos importantes - dissacarídeos Sacarose: frutose + glicose Lactose: galactose + glicose Maltose: glicose+ glicose POLISSACARÍDEOS · Mais de 10 monossacarídeos Polissacarídeos importantes · Amido: união de glicoses Reserva em plantas e algas · Glicogênio: união de glicoses Reserva em animais e fungos · Celulose: parede celular (plantas) · Quitina: exoesqueleto (astrópodes) Parede celular (fungos) DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS Os principais sítios de digestão dos carboidratos da dieta são a boca e o lúmen intestinal. Essa digestão é rápida e é catalisada por enzimas denominadas glicosídeo-hidrolases (glicosidases) que hidrolisam as ligações glicosídicas. Há poucos monossacarídeos em dietas de origem mista, animal e vegetal. Portanto, as enzimas necessárias para a degradação da maioria dos carboidratos da dieta são principalmente as endoglicosidases, que hidrolisam oligossacarídeos e polissacarídeos, e as dissacaridases, que hidrolisam tri e dissacarídios em seus componentes redutores. Glicosidases em geral são específicas para a estrutura e para a configuração do resíduo glicosila a ser removido, bem como para o tipo de ligação a ser hidrolisada. Os produtos finais da digestão de carboidratos são os monossacarídeos glicose, galactose e frutose, os quais são absorvidos pelas células do intestino delgado. · A digestão dos carboidratos inicia na boca. Os principais polissacarídeos da dieta são de origem vegetal (amido, composto de amilose e amilopectina) e animal (glicogênio). Durante a mastigação, a α-amilase salivar atua brevemente sobre o amido e o glicogênio da dieta, de maneira aleatória, hidrolisando algumas ligações α(1-74). · Existem na natureza tanto endoglicosidases α(1-4) quanto β (1-4), mas os humanos não produzem nem secretam esta última nos sucos digestivos. Dessa forma, eles são incapazes de digerir a celulose - um carboidrato de origem vegetal que contém ligações glicosídicas β (1-4) entre seus resíduos de glicose.) Tanto a amilopectina quanto o glicogênio são ramificados e, assim, também contêm ligações α(1-6), que a α-amilase não pode hidrolisar. · A digestão dos carboidratos pelas enzimas pancreáticas ocorre no intestino delgado. Quando o conteúdo ácido no estômago atinge o intestino delgado, ele é neutralizado pelo bicarbontato secretado pelo pâncreas, e a α-amilase pancreática continua o processo de digestão do amido. · O processo final da digestão ocorre principalmente no epitélio mucoso do jejuno superior, e inclui a ação de várias dissacaridases · O duodeno e o jejuno superior absorvem a maior parte dos glicídeos da dieta. Entretanto, diferentes glicídeos são absorvidos por meio de diferentes mecanismos. Por exemplo, a galactose e a glicose são transportadas para o interior das células mucosas por um processo ativo, que requer energia e uma captação concomitante de íons sódio; a proteína transportadora é o cotransportador de glicose 1 dependente de sódio (SGLT-1 ). A absorção de frutose requer um transportador de monossacarídeo independente de sódio (GLUT-5). Todos os três monossacarídeos são transportados das células mucosas intestinais para a circulação porta por outro transportador, o GLUT-2 · Todo o processo de digestão e absorção dos carboidratos é tão eficiente em indivíduos saudáveis que, normalmente, todo o carboidrato digerível da dieta já terá sido absorvido quando o material ingerido tiver alcançado o baixo jejuno. Entretanto, devido ao fato de que apenas os monossacarídeos são absorvidos, qualquer defeito na atividade de determinada dissacaridase da mucosa intestinal causa a passagem do carboidrato não digerido para o intestino grosso. Como consequência da presença desse material osmoticamente ativo, a água flui da mucosa para o intestino grosso, causando diarreia osmótica. Isso é reforçado pela fermentação bacteriana dos carboidratos remanescentes, produzindo compostos de dois ou três carbonos (também osmoticamente ativos), além de grande volume dos gases C02 e H2, causando cólicas abdominais, diarreia e flatulência DEFICIÊNCIA DE ENZIMAS DIGESTIVAS Deficiências hereditárias de dissacaridases específicas resultam em intolerância a dissacarídeos. As alterações na degradação de dissacarídeos também podem ser causadas por uma variedade de doenças intestinais, má-nutrição ou ingestão de fármacos que danificam a mucosa do intestino delgado. Ex: as enzimas da membrana em forma de escova são rapidamente perdidas em indivíduos normais com diarreia grave, causando uma deficiência enzimática adquirida e temporária. Assim, pacientes que sofrem ou estão se recuperando de tais doenças não podem beber ou comer quantidades significativas de produtos derivados do leite ou sacarose, pois isso iria piorar a diarreia. INTOLERÂNCIA A LACTOSE Até 90% dos adultos com ascendência africana ou asiática são deficientes em lactase e, dessa forma, menos capazes de metabolizar lactose do que os indivíduos originários do norte da Europa. A perda da atividade da enzima lactase dependente da idade é resultado de uma diminuição na quantidade de enzima e não de uma modificação que torna a enzima inativa. Acredita-seque tal fato esteja relacionado a pequenas variações na sequência do DNA da região do cromossomo 2 que controla a expressão do gene para a lactase, também no cromossomo 2. O tratamento para esse distúrbio é reduzir o consumo de leite e ingerir iogurtes e queijos, além de comer vegetais verdes como brócolis, para assegurar a ingestão adequada de cálcio; usar produtos tratados com lactase; ou ingerir a lactase em forma de pílulas antes das refeições. (Nota: uma vez que a perda da lactase é a norma para grande parte da população adulta no mundo, o uso do termo "hipolactasia adulta" para a intolerância à lactose é cada vez mais utilizado)
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