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NEMATELMINTOS AULA 1 – INFECTOLOGIA ♥ São pluricelulares visíveis ♥ Tem o corpo cilíndrico – tem corpo e anus. Musculatura perpendicular, fazem movimentos subindo pela arvore brônquica. ♥ Ele tem uma cutícula que protege ele porque o ciclo dele passa pelo estomago (acido). ♥ Faz um ciclo pulmonar (ciclo de loss), ou seja, depois de entrar para o corpo seja por ingestão ou por penetração da pele, as larvas passam pelo pulmão, perfuram os capilares, subir pela arvore traqueobrônquica e ser deglutida. ASCARIDÍASE Ascaris lumbricoides. A Femea é maior, tem 30 centímetros e tem uma invaginacao na barriga e macho tem um gancho. Conhecido popularmente como “lombriga”, este nematodo apresenta 12-20 cm (macho) ou 20-35 cm de comprimento (fêmea), com uma cor rosada. Infestam o intestino do homem, geralmente no jejuno e/ou íleo. Normalmente, a contaminação é por ingestão de ovos. Transmissão pela água ou alimentos contaminados com fezes, sendo as mãos sujas um mecanismo comum. O áscaris vai ficar na luz intestinal, conforme os alimentos, os micronutrientes vão chegando, nas porções distais do intestino, onde ele está, e ele se aproveita e se alimenta. Habitualmente, não causa sintomatologia, mas pode se manifestar por dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. Estudos demonstraram que a infestação pelo verme pode prejudicar o estado nutricional de crianças, por competir com alguns nutrientes no lúmen intestinal. Quando há grande número de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal, frequentemente na valva ileocecal, sobretudo em crianças – bolo áscaris. O A. lumbricoides possui o aspecto peculiar de ser um verme com intensa movimentação, migrando pelo lúmen intestinal no sentido proximal ou distal. Com isso, pode atingir orifícios, invadindo a árvore biliar ou pancreática. Quando isso acontece, o paciente manifesta uma dor abdominal aguda, do tipo cólica biliar. A icterícia é incomum, surgindo apenas quando o quadro é complicado por uma colangite ascendente e/ou abscesso hepático bacteriano. A obstrução do ducto pancreático pode causar pancreatite aguda. O diagnóstico deve ser feito pela identificação dos ovos de áscaris nas fezes, pelos métodos de sedimentação de Lutz ou de Hoffman (para ovos inférteis) ou métodos de suspensão, como o de Faust (para ovos férteis). Os exames radiológicos, do tipo baritados, podem revelar imagens de “falha de enchimento” patognomônicas de ascaridíase – O “bolo de áscaris” é um exemplo. O tratamento é Albendazol + Piperazina + óleo mineral (para paralisar o áscaris). Primeiro fornece o óleo mineral para o paciente e depois a piperazina para paralisar. ANCILOSTOMOSE Necatur Americanus ou Ancylostoma duodenalis – “amarelão”; “doença do jeca tatu”. Ele tem garras, dentes para poder se fixar a mucosa duodenal. Porque amarelão? Porque o necatur se alimenta de sangue e a pessoa vai desenvolvendo icterícia, anemia ferropriva. Ele fica em porções proximais do intestino delgado, no duodeno ou jejuno. Como o alimento não está muito digerido, não dá para ele utilizar os micronutrientes. Por isso, ele se agarra na mucosa duodenal, nas vilosidades e sugam nutrientes e sangue. Faz também o ciclo de loss. A transmissão é por penetração pela pele – larva migrans. O tratamento é com Mebendazol 100 mg 2x ao dia por três dias ou poamato de pirantel. ESTRONGILOIDOSE Strongyloide stercoralis. É pequeno. Ele pode ser tanto parasita quanto de vida livre. Quando ele está na vida livre, ele fica nas fezes, esterco. A forma de estrongiloidía disseminada é bem importante em pacientes imunocomprometidos, mas principalmente aqueles que toma corticoides, assim o stroongyloide consegue se disseminar, invadir vários órgãos. Ele se localiza no interior da mucosa no duodenal e jejuno. A contaminação é por penetração da pele – larva currens. O verme está dentro da mucosa e se alimenta tanto no meio da mucosa quanto por histólise (joga enzimas, destrói o que ta ao redor dele). O tratamento é com invermectina dose única ou 7 dias (pacientes imunocomprometidos) SÍNDROME DO LOEFFLER: Ciclo de LOSS: Tudo começa na ingestão ou penetração, o verme chega ao corpo. Na ingestão, chega no intestino, eclode no ovo, vai para a mucosa intestinal, caminhando para o sangue/vaso sanguíneo. Na penetração, ultrapassa a derme e já cai no vaso. O final do vaso é o pulmão, vai para os capilares, sente o O2, fura o capilar, fura o alvéolo e cai na arvore pulmonar, vai subindo até chegar na traqueia e na glote. Engole, volta para o intestino, evolui, chega na forma adulta de viver. OXIURÍASE ♥ Enterobius vermicularis Sintomas: → Prurido anal → Irritação perianal → Eosinofilia → Insônia Diagnóstico: é muito difícil. Pega uma fita adesiva, vai na região anal da criança, cola, os ovos ficam no períneo, tira, os ovos ficam colados. Depois olha no microscópico. Ciclo evolutivo: Começa no ceco, onde ela gosta de viver, eles se reproduzem. Na hora da reprodução, ela entra na corrente sanguínea, migra até o reto, deixa os ovos que ficam no períneo até eclodirem. Aí a criança, coça e poe a mão na boca – ingere os ovos. Tratamento: → Albendazol 10 mg/kg, VO – dose única → Mebendaxzol 100 mg,VO 2x ao dia por 3 dias. LARVA MIGRANS CUTÂNEA – BICHO GEOGRÁFICO → Dermatite serpiginosa → Dermatite pruginosa Os principais agentes etiológicos são larvas infectantes de Ancylostoma braziliense e A. caninurn, parasitos do intestino delgado de cães e gatos. Milhares de ovos são eliminados com as fezes de cães e gatos infectados. No meio exterior, ocorre o desenvolvimento de larva no primeiro estádio, dentro do ovo eclodem e se alimentam no solo de matéria orgânica e microrganismos. E em 7 dias, atinge o 3 estádio. O L3 penetra ativamente na pele no ser humano através do tecido subcutâneo. Sintomas: → Eritema e prurido → Lesão eritemopapulosa → Prurido – leva a escoriações na pele → Em lesões antigas, formações de crotas → Em alguns casos, há comprometimento pulmonar. Diagnóstico: → Exame clinico Tratamento: → Tiabendazol – uso tópico → Abendazol → Invermectina FILARIOSE LINFÁTICA – ELEFANTÍASE É causada por helmintos nematodos das espécies: Wucheria Bancrofi, Brugia maloiu e B. timon. A filariose linfática no continente americano é causada exclusivamente pela W. bancrofti. Conhecida também como elefantíase- por causa de uma de suas manifestações na fase crônica. Morfologia: verme adulto macho tem o corpo delgado, branco leitoso, menor que a Femea. Possui extremidade anterior afilada e posterior enrolada. Verme adulto femea: corpo delgado branco leitoso. Maior que o macho. Possui órgão duplos com exceção da vagina. Microfilárias: são também chamados de embrião. A femea grávida faz postura de microfilários que tem uma membrana bem delicada. As larvas são encontradas nos mosquitos (vetor) – Culex quinquedasciatus. Ciclo: é do tipo heteroxênico. O mosquito ingere microfilarias quando se alimentam de sangue de uma pessoa infectada. As microfilárias se desenvolvem até a larva L3 – infectantes do mosquito. O mosquito deposita as larvas infectantes no momento do repasto sanguíneo – no ser humano. As larvas L3 migram para os vasos linfáticos e linfonodos, onde irão crescer e atingir a maturidade sexual. Os vermes adultos femeas prduzem microgiláras que atingem o sangue. O mosquito ingere microfilárias e o ciclo começa; Durante o dia, estão localizadas na circulação profunda, nos vãos que irrigam os pulmões e a noite elas migram para a circulação periférica, circulação da pele. Isso se chama periocidade noturna. A transmissão é exclusivamente pelo picado do inseto vetor e deposição de larvas infectantes na pele lesada das pessoas. Sintomas: Podem ser assintomáticas; Manifestações agudas: → Linfagite retrograda associada a febre e mal estar. Manifestaçõescrônicas: → Linfedema → Hidrocele → Comprometimento renal → Elefantíase Diagnóstico: clinico – historia clinica de febre + adenolinfagite. Laboratorial: pesquisa de microfilárias no sangue periférico. Gota espessa. Técnica de Knott. Pesquisa de anticorpos e antígenos circulante – ELISA. Pesquisa de DNA – PCR Tratamento: O objetivo são reduzir ou prevenir a morbidade em indivíduos com infecção ativa, correção das alterações causadas pelo parasitismo (hidrocele e edema) e impedir a transmissão de novos hospedeiros. Contra o parasitismo : DEC (detilcarbamazapina). ascaridíase ancilostomose estrongiloidose Síndrome do Loeffler: oxiuríase larva migrans cutânea – bicho geográfico filariose linfática – elefantíase
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