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Av2 - História Geral

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Av2 - História Geral
Pontuação da atividade: 
450 de 750 
1) 
Há uma história nova, e um de seus pioneiros, Henri Berr, já empregava esse termo em 1930. E esse lugar original da história deve-se a duas características essenciais: sua renovação integral e o enraizamento de sua mutação em antigas e sólidas tradições. (...). Mas a história não se contentou em abrir para si mesma, aqui ou acolá, novos horizontes, novos setores.
LE GOFF, Jacques. A História Nova. In NOVAIS, Fernando; SILVA, Rogério Forastieri (orgs). Nova História em perspectiva, vol.1. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
 
Na esteira dos processos historiográficos relativos à ‘Nova História’, desenvolveram-se diferentes concepções analíticas que alteraram drasticamente a forma de construir o saber histórico, bem como o foco dos elementos de estudo do historiador contemporâneo.
Desse modo, com o objetivo de estabelecer uma síntese sobre a historiografia contemporânea (século XX), assinale a alternativa correta:
Alternativas:
· a)
A ‘Terceira Geração’ do movimento Annales, formada por eminentes historiadores como Carlo Ginzburg e Jacques Le Goff, destaca-se por recolocar elementos culturais e mnemônicos (relativos à memória) no centro da análise historiográfica, recuperando a abordagem da ‘psicologia coletiva’ discutida por Marc Bloch.
· b)
O conceito de ‘Nova História’ envolve a ruptura metodológica com a dinâmica historiográfica do século XIX, consolidando a chamada ‘Primeira Geração’ do movimento Annales que vinha por apresentar uma contribuição ao saber historiográfico após o fim da Primeira Guerra Mundial.
· c)
A proposta de Fernand Braudel em seu estudo sobre o Mar Mediterrâneo é um exemplo do paradigma metodológico da Segunda geração do movimento Annales; neste estudo, o autor apresenta a importância dos aspectos culturais e religiosos para a compreensão das tensões políticas entre cristãos e muçulmanos nas áreas comerciais da Europa Ocidental.
· d)
Embora concordantes em relação à importância da ‘memória oficial’ e da ‘Longa Duração’ como chaves interpretativas da História, as abordagens analíticas e referências metodológicas relativas aos movimentos da ‘Nova História’, da ‘micro-história’ e da ‘Terceira Geração’ do movimento Annales são absolutamente distintas entre si, inclusive na perspectiva do seu desenvolvimento histórico.
· e)
A ‘Nova História’, surgida na década de 1940, está associada ao revisionismo dos processos de descrição historiográfica desencadeados a partir do fim da Segunda Guerra Mundial; neste período, tornava-se evidente recuperar a memória popular que havia sido ameaçada de desaparecimento com a ascensão dos regimes totalitários de direita na Europa Ocidental.
Alternativa assinalada
2) 
Os representantes mais conhecidos [da historiografia marxista britânica da segunda metade do século XX] foram, além de M. Dobb, Eric J. Hobsbawm, E. P. Thompson e Victor Kiernam, aos quais, sem dúvida, deveria-se acrescentar outros nomes que mantêm uma indiscutível relação intelectual com os anteriores ainda que possam ter trajetórias pessoais e políticas distintas.
ARÓSTEGUI, Julio. A pesquisa histórica – Teoria e Método. Tradução Andréa Dore. Bauru: EDUSC, 2006.
A corrente historiográfica inglesa, materializada no movimento New Left Review, apresentaria uma abordagem diferenciada sobre as dinâmicas sociais e políticas, especialmente da Inglaterra, propondo uma nova conexão entre a rotina produtiva do historiador e a relação com os objetos históricos que fazem parte de seu campo de estudo.
 
Considerando a dinâmica teórica proposta pelo enunciado, as reflexões apresentadas pelo texto-base, e seus conhecimentos relativos à Historiografia europeia no século XX, em um movimento de síntese, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
 
(   ) O movimento  New Left Review representou uma ruptura importante com a historiografia tradicional inglesa de tradição marxista, à medida que incorporou a dinâmica cultural à compreensão da lógica política e econômica da sociedade.
(   ) A perspectiva analítica de autores como E. P. Thompson em uma ‘História feita pelos de baixo’ contempla a importância de uma reflexão histórica que vá além das tendências políticas e dos fatos heroicos, e se concentre sobre as classes populares e sobre os hábitos da população pobre, afastada dos centros de decisão e do bloco do poder.
(   ) Na perspectiva analítica de E.P. Thompson e dos autores da New Left Review, como Eric Hobsbawm e Paul Sweezy, a tarefa do historiador em descrever e refletir sobre a dinâmica histórica envolve, necessariamente, um isolamento pessoal e um desalinhamento ideológico em relação aos seus temas de discussão, de modo a mantê-los como objetos de estudo, e não como sujeitos autodeterminados.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas:
· a)
F – V – V.
· b)
V – V – F.
Alternativa assinalada
· c)
V – F – V.
· d)
F – F – V.
· e)
V – F – F.
3) 
É muito mais provável que as reações intelectuais ao fim da Guerra Fria estivessem mais afinadas com um primeiro momento de perplexidade, para tão somente assumir a forma de uma reação crítica. A New Left Review não esperava uma reviravolta global a essa velocidade, tanto que ao se levantarem os primeiros protestos para a abertura do Leste europeu e de reformas no interior da Rússia, ainda insistia na possibilidade de reerguimento de um programa socialista. O editorial de novembro-dezembro de 1989 era incisivo ao postular que “as chances de um resultado socialista no Leste podem ser curtas, mas se a transição para a democracia for consolidada, então, no mínimo condições mais vantajosas para o desenvolvimento de uma resposta anticapitalista poderão ser criadas.” Por outro lado, nutria todo um receio de que o mundo comunista se dissolvesse por uma solução que fosse manipulada – na adição do livre mercado e da livre concorrência - e oferecida pelo Ocidente.
FRANKLIN, Ruben Maciel. A New Left Review e os dilemas da ‘Nova Ordem Mundial’: o fim da história, as ‘revoluções’ do Leste europeu e a Guerra do Golfo. Revista Cantareira, ed. 17, jul-dez. 2012.
 
O movimento New Left Review consolidou interpretações diversas sobre a vida social na Europa e a reprodução de suas condições materiais, de modo a apresentar um pensamento de cunho marxista para o entendimento de diferentes elementos de cunho social.
 
Considerando a temática apresentada, solicita-se que você analise as seguintes afirmações:
I. Dentro do movimento New Left Review, a perspectiva analítica proposta por E.P. Thompson avalia criticamente, no sentido de uma contestação, a obra de Louis Althusser, sobretudo pelo fatod este autor abordar a dinâmica cultural como uma influência subordinada à realidade econômica, no âmbito da dicotomia marxista de estrutura / superestrutura.
II. Thompson conservou os padrões do marxismo heterodoxo britânico de meados do século XX, confirmando a postura de autores como A.J. Trevor-Roper e Eric J. Hobsbawm, para os quais o chamado 'ofício do historiador' envolve, necessariamente, um descolamento entre o fato histórico e suas determinações sociais, implicando assim no isolamento do posicionamento político do pesquisador em relação ao seu objeto.
III. A abordagem de E. P. Thompson a respeito da dinâmica da Guerra Fria impunha, segundo este historiador, a necessidade de uma busca pelo armamento nuclear, como premissa para a criação de um Estado forte e centralizado, capaz de manter soberania política nos quadros da bipolaridade mundial.
Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I, apenas.
· b)
II, apenas.
· c)
I e III, apenas.
· d)
I e II, apenas.
Alternativa assinalada
· e)
II e III, apenas.
4) 
Como grupo gerador de ideias e com projeto hegemônico, a Escola dos Annales utilizou todos os meios clássicos conhecidos para se impor: a desvalorização dos predecessores, o afastamento dos adversários que foram excluídos da ribalta e a cooptação daqueles que poderiam ser assimilados. A Nouvelle histoire ensaiavaseus passos na direção da media e da esfera do sagrado. Braudel tornou-se progressivamente uma figura mitológica, juntando-se a Bloch e a Febvre no panteão dos novos historiadores, com a diferença de que sua canonização começou ainda em vida.
 
DE ANDRADE ARRUDA, José Jobson. Linhagens historiográficas contemporâneas por uma nova síntese histórica. Economia e Sociedade, v. 7, n. 1, p. 175-191, 1998.
 
A discussão entre sociedade, economia e cultura consolidou-se como referencial analítico fundamental para a compreensão das relações historiográficas no século XX, mobilizando historiadores, especialmente, na Europa e na América.
A respeito deste movimento historiográfico e suas características, analise as opções que se seguem e assinale a correta:
Alternativas:
· a)
A conexão da História Cultural à Segunda Geração do movimento Annales se dá a partir dos elementos da linguagem, uma vez que a interpretação de que a expressão linguística é, sobretudo, um fenômeno de curta duração – processo este defendido por Hayden White – há uma aderência entre os autores da História Cultural e os teóricos do movimento Annales.
· b)
Há um contraste aparente entre a segunda e a terceira gerações do movimento Annales; a respeito da segunda geração, incluem-se historiadores como Pierre Chaunu e Fernand Braudel, em contraposição à abordagem da Micro-história, cujos enfoques analíticos sobre o indivíduo e a mentalidade são inerentes à obra de historiadores como Emmanuel Le Roy Ladurie.
Alternativa assinalada
· c)
A convergência entre os historiadores do movimento New Left Review e da Terceira geração do movimento Annales ocorre em função da contemplação analítica dos movimentos e processos sociais e culturais como elemento primordial na análise historiográfica, e na separação necessária entre convicções políticas do historiador e o processo de interpretação das fontes históricas.
· d)
O marxismo ortodoxo é reafirmado pelo movimento Annales, em suas três gerações metodológicas, à medida que contempla a importância do fator econômico como chave interpretativa para as questões sociais, de acordo com a matriz historiográfica proposta por autores como Marc Bloch e Jacques Le Goff.
· e)
Dentro da abordagem da História Cultural, que ressalta a importância dos padrões de linguagem através do conceito de ‘giro linguístico’, as interpretações do indivíduo sobre um objeto histórico tornam-se fundamentais, reforçando, portanto, a necessidade de compreensão da sociedade na perspectiva da ‘Longa Duração’.
5) 
Eis o caminho possível na trajetória da História-Conhecimento. Entre a ficção e a realidade, entre a escrita e a poética, a viagem do historiador é inescapável. Do sensível ao inteligível, das névoas densas do imaginário ao brilho ofuscante da realidade imediata. Se a literatura desentranha e combina as fantasias do sujeito, a ideologia fixa signos e idéias, fechando sempre que possível o universo do sentido. Estruturas sociais e campos de significação se tangenciam, enquanto vias de dupla mão entre o social e o imaginário, cuja expressão não exclui a ideologia, enquanto tecido de representações e valores integrados na escrita da História.
DE ANDRADE ARRUDA, José Jobson. Linhagens historiográficas contemporâneas por uma nova síntese histórica. Economia e Sociedade, v. 7, n. 1, p. 175-191, 1998.
 
As questões relativas à historiografia no século XX contemplam questões sociais, culturais, psicológicas, políticas e econômicas, como forma de compreender a determinação destes elementos sobre o ofício do historiador e a construção do saber histórico.
A partir do conteúdo exposto e de seus conhecimentos sobre a temática proposta, analise as opções que se seguem e assinale a correta:
Alternativas:
· a)
O processo de construção historiográfica de Carlo Ginzburg enfatiza os processos de longa duração, de acordo com a sua filiação à segunda geração do movimento Annales; o autor estabeleceu um processo de compreensão política do mundo europeu em sua obra O Queijo e os Vermes.
· b)
Jacques Le Goff demonstra, através do estudo do processo relativo ao moleiro Mennochio, a importância da memória como elemento analítico das tensões sociais, reafirmando o papel da memória e da cultura como elementos de interpretação da dinâmica histórica.
· c)
A dinâmica psicológica do ser humano ocupa um espaço privilegiado na abordagem de autores como Marc Bloch e Michel Foucault; em Bloch, há um foco na ‘psicologia coletiva’ como chave interpretativa das relações de poder, ao passo que, em Foucault, a ‘loucura’ é uma categoria analítica fluida, que obedece a normas e convenções sociais relativas a cada período histórico.
Alternativa assinalada
· d)
Através da publicação Past and Present, estabelece-se um debate teórico com o movimento New Left Review, que enfatizava a importância do marxismo soviético como elemento de superação das desigualdades sociais do capitalismo britânico no século XX.
· e)
Através do resgate do modelo de vigilância do Panóptico, Michel de Certeau reafirmou, em Vigiar e Punir, a importância da relação de dominação do Estado e seus agentes como fonte de sustentação do seu poder sobre a existência individual.

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