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Recuperação pós-anestésica Sala de Recuperação Pós-Anestésica -SRPA- · Cirurgia Quarto · Local de baixa vigilância · Poucos recursos (médico, enfermagem e equipamentos) · Falta de treinamento em urgências · Demora no diagnóstico · Dificuldade no tratamento · Complicações óbito ou sequelas · Cirurgia SRPA Quarto · SRPA local de alta vigilância · Pessoal treinado · Equipamentos · Diagnóstico e tratamento rápido · Complicação tratada com sucesso paciente sem sequelas O que passou a diminuir a morbi-mortalidade Sala de Recuperação Pós-Anestésica Primeira anestesia – 1846 SRPA – a partir de 1947 Hoje é obrigatório no Brasil – resolução CFM 1802/2006 “O paciente deve ser transportado para SRPA ou UTI conforme o caso” Normas técnicas quanto ao tamanho da área física, número de leitos, equipe de enfermagem, etc CRITÉRIOS DE ADMISSÃO Qualquer tipo de cirurgia onde tenha sido realizada · Anestesia geral · Bloqueio regional (raqui ou peridural) · Bloqueio de plexos nervosos · Sedação Critérios de Alta A alta do paciente é dada a partir de uma padronização, que, a partir da análise da estabilidade do paciente, institui uma escala de pontos · Leva-se em conta a estabilidade dos sistemas orgânicos mais importantes, sendo eles: · Neurológico: consciência e movimentação; · Hemodinâmico: pressão arterial; · Respiratório: padrão respiratório e oxigenação. Escala idealizada por Aldrete e Kroulik: Modificada: Critérios de alta da SRPA: · Escala de Aldrete e Kroulik 9 ou 10; · Estabilidade hemodinâmica e respiratória; · Paciente consciente e contactuante; · Náuseas e vômitos controlados; · Dor controlada. COMPLICAÇÕES DA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA: · Respiratórias; · Cardiovasculares; · Renais; · Endócrinas; · Térmicas; · Dor; · Náuseas e vômitos (mais comum). Estudo Prospectivo · 18.000 admissões na RPA; · Taxa de complicações = 24%: · Nausea e vômitos = 9,8%; · Respiratório = 6,8%; · Hipotensão = 2,7%. Muitos anestésicos, principalmente os gases, se acumulam no tecido adiposo do paciente e, por isso, perpetuam o efeito anestésico mesmo após a cirurgia, gerando sintomas como hipotensão, náusea, hipóxia e hipercabia (devido a hipoventilação) mesmo após a extubação do paciente; Situação possível de ocorrer diz respeitos aos casos de obstrução mecânica, visto que, devido aos efeitos residuais dos anestésicos, pode ocorrer queda da língua do paciente, que passa a obstruir a via aérea e limitar a ventilação, fazendo assim com que o paciente evolua com hipóxia e hipercarbia; Ainda, devido a presença de dor, pós cirurgias de abdome ou de tórax, na presença de secreções ou em casos de pacientes obesos, pode-se observar a ocorrência de quadros de atelectasia, que, por sua vez, repercute na ocorrência de shunts (há desvio de sangue arterial e venoso para outras áreas do pulmão) e, assim diminui a oxigenação do tecido, gerando hipóxia e hipercabia. Hipoxemia: Na SRPA, pode-se identificar quadros de hipóxia na presença de: · Cianose (visual): · SpO2 < 85% ou PaO2 < 40 a 50 mmHg. Medidas: · FiO2 (se shunt alto pode não haver melhora) · Desobstrução da via aérea (Guedel, posição da cabeça) COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS · Eventos muito raros: · Edema Pulmonar · ICC, hidratação, excessiva, crise hipertensiva · Embolia Pulmonar · Pneumotórax · Barotrauma da ventilação, punção de veia central (princ. subclávia) · Broncoaspiração COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES · Hipotensão Arterial · Hipovolemia (reposição inadequada, perda p/ o 3° espaço, sangramento) · Vasodilatação (bloqueio simpático – raqui/peridural) · Débito cardíaco baixo (cardiopatia prévia, isquemia coronariana) (raro) · Pneumotórax, embolia pulmonar (raro) · Hipertensão Arterial · Dor · Hipotermia (vasoconstricção periférica) · Administração excessiva de fluidos · Hipercapnia · Retenção urinária (dor) · Hipertensão prévia descontrolada PA = FC x RVp medicações anti-hipertensivas alteram ou a FC ou a RVp. COMPLICAÇÕES RENAIS · Oligúria (comum) · Pré-renal (hipovolemia, hipotensão) · Liberação de ADH pela anestesia geral · Poliúria · Hiperglicemia · hipervolemia (hidratação excessiva) · uso de diuréticos no intra-operatório ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS Sonolência excessiva – Causas · Efeito residual das medicações anestésicas · Hipoglicemia · Hipotensão · Causas neurológicas (acidente vascular encefálico) · Depressão respiratória (hipercarbia) Cuidado pode ocorrer após anestesia geral ou uso de morfina na raqui/peri ALTERAÇÕES METABÓLICAS · Hiperglicemia · Resposta metabólica ao trauma cirúrgico · Diabetes pregresso · Hipoglicemia · Jejum prolongado · Uso de insulina ou hipoglicemiantes orais · Pacientes pediátricos ALTERAÇÕES TÉRMICAS Hipotermia (muito frequente) · Sala cirúrgia fria · Infusão de líquidos · Exposição da incisão cirúrgica · Anestesia (redistribuição do calor) Hipertermia (raro) · Infecção · Hipertermia maligna Consequências da hipotermia · Tremores aumento do metabolismo · Vasoconstrição periférica hipertensão · Coagulopatia sangramento · Desconforto intenso · Diminui metabolização de fármacos Náuseas e Vômitos · Muito frequente · Fatores associados · Tipo de cirurgia (abdominal, ouvido médio) · Tipo de anestesia (uso de opióides, etomidato, óxido nitroso) · Dor · Predisposição individual · Obesidade DOR · Muito frequente · Consequências · Hipertensão e taquicardia · Restrição respiratória atelectasias hipóxia · Náuseas e vômitos · Desconforto e agitação Analgesia · Alívio do desconforto · Redução da morbidade ALTA DA SRPA · Escala de Aldrete 9 ou 10 · Estabilidade hemodinâmica e respiratória · Consciente e contactuante · Náuseas e vômitos controlados · Dor controlada ANALGESIA Escada Analgésica (ordem crescente de potência) · Dipirona , paracetamol · AINH · Opióides fracos · Nalbufina, codeína, tramadol · Opióides potentes · Morfina, meperidina Esquema analgésico · Analgesia Multimodal · Fármacos Adjuvantes · Clonidina · Magnésio · Cetamina · Lidocaína intravenosa Restringir opióides durante a cirurgia ?
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