1 RINALDO ADRIANO Téc. Em Segurança do Trabalho SRTE/PE – 3791 Alpinista Nível 1 N° ANEAC: 01887 Bombeiro Civil - NÍVEL 2 Instrutor de APH Credenciado SIBOCIPE N°1127 / 2017 Whatsapp: 81-98506-2628 FACE: ADRIANO TST Email: adriano.tst.bombeiro@gmail.com 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO; 2. HISTÓRICO DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR; 3. AVALIAÇÃO GERAL DO ACIDENTADO E DO LOCAL DO ACIDENTE; 4. BIOSSEGURANÇA; 5. COLAR CERVICAL; 6. CINEMÁTICA DO TRAUMA; 7. KED; 8. SINAIS VITAIS; 9. LESÕES TRAUMÁTICAS; 10. FRATURA E LUXAÇÃO; 11. ENTORSE; 12. QUEIMADURAS; 13. TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE); 14. TRAUMATISMOS RAQUE MEDULARES (TRM); 15. TRAUMA DE TÓRAX; 16. TRAUMA DE ABDOME; 17. CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS E PREVENÇÃO DO ESTADO DE CHOQUE; 18. DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS; 19. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (ENTREVISTA, SSVV, EXAME FÍSICO COMPLETO, GLASGOW); 20. ROLAMENTOS 90º E 180º E COLOCAÇÃO DA VÍTIMA NA PRANCHA LONGA; 21. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA; 22. REANIMAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA CEREBRAL (RCRC); 23. IMOBILIZAÇÔES; 24. FERIMENTOS E CURATIVOS. 15/01/2019 X Rinaldo Adriano Instrutor 3 APH ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR INTRODUÇÃO Atendimento Pré-hospitalar (APH) é o atendimento prestado por equipe de saúde especializada em situações de urgência e emergência, em eventos ocorridos fora do hospital (extra-hospitalares) realizado nas vítimas de trauma, mal súbito (emergências cardiológicas, neurológicas, respiratórias) e distúrbios psiquiátricos, visando a sua estabilização clínica, evitando a internação hospitalar. DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EXISTEM DOIS TIPOS DE ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR, O FIXO E O MÓVEL MINISTÉRIO DA SAÚDE - PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO O Fixo está dividido em dois tipos: 1°. UNIDADE DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da família em relação ao acolhimento/atendimento das urgências de baixa gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros, independentemente de estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada (PABA). 2°. UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS: Estas unidades, que devem funcionar nas 24 horas do dia, devem estar habilitadas a prestar assistência correspondente ao primeiro nível de assistência da média complexidade (M1). Pelas suas características e importância assistencial, os gestores devem desenvolver esforços no sentido de que cada município sede de módulo assistencial disponha de, pelo menos uma, destas Unidades, garantindo, assim, assistência às urgências com observação até 24 horas para sua própria população ou para um agrupamento de municípios para os quais seja referência. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL O Móvel também esta dividido em dois tipos: 1°. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL PRIMÁRIO: 4 Quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão. 2°. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL SECUNDÁRIO: Quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento. HISTÓRICO DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR O atendimento às emergências/urgências ocorre desde o período das grandes guerras, mais precisamente no século XVIII, período napoleônico; Neste período, os soldados feridos em campo de batalha eram transportados em carroças com tração animal, para serem atendidos por médicos, longe dos conflitos. Em 1792, o cirurgião e chefe militar Dominique Larrey, começa a "dar os cuidados iniciais", a soldados feridos, no próprio campo de batalha; Em 1863 formação da Cruz Vermelha Internacional, atuação destacada nas Guerras Mundiais do século XX. Os combatentes receberam treinamento de primeiros socorros a fim de prestar atendimento a seus colegas logo após a ocorrência de uma lesão no campo de batalha e durante o transporte até o hospital de guerra. Em 1965, na França surgem os Serviços de Atendimento Médico de Urgência (SAMU); Os SAMU, inicialmente centrados nos atendimentos de estrada, se estende a área urbana– Necessidade de organização e coordenação médica- Princípio de Regulação médica; Os atendimentos são realizados por equipe muldisciplinar, porém centrado no médico; A atuação do SAMU é conjunta com o Serviço de Segurança Pública, realizada pelo Corpo de Bombeiros, para ações de resgate. Em 1960, surgem os paramédicos norte-americanos (Categoria profissional classificada em nível Básico, intermediário e avançado) p/ atender as emergências pré-Hospitalar; Em julho de 1856, criado e organizado o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte sob a jurisdição do Ministério da Justiça - Serviço de Extinção de Incêndios; Em 1899, o Corpo de Bombeiros da mesma localidade punha em ação a primeira ambulância (de tração animal) para realizar o referido atendimento; Em 1º de junho de 1913, uma nova era que se inicia no Corpo de Bombeiros, é a era da tração mecânica. O galopar dos cavalos, seria gradativamente, substituído nas ruas da cidade, pelo ronco possante dos motores dos carros dos Bombeiros. 5 Em 1950, instalou-se em São Paulo o SAMDU Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência; A atividade de atendimento pré-hospitalar passou a ser diversificada de caráter público e/ou privado. Em 1976, o governo do estado de São Paulo implantou o Sistema de Ajuda ao Usuário nas rodovias, o DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) com serviço de Atendimento de Primeiros Socorros, com ambulância e profissionais de nível médio, controlados por médicos à distância. Em 1966 extinguiu o SAMDU por Decreto Lei; A atividade de atendimento pré-hospitalar passou a ser diversificada de caráter público e/ou privado. Em 1976, o governo do estado de São Paulo implantou o Sistema de Ajuda ao Usuário nas rodovias, o DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) com serviço de Atendimento de Primeiros Socorros, com ambulância e profissionais de nível médio, controlados por médicos à distância. No decorrer das décadas surgem vários serviços sem padronização. AVALIAÇÃO GERAL DO ACIDENTADO E DO LOCAL DO ACIDENTE OBJETIVOS: a)Executar corretamente os exercícios de avaliação inicial e secundária do acidentado, conforme protocolo de atendimento Pré-hospitalar; b) Compreender a importância e executar com correção, o repasse de informações, às equipes especializadas de atendimento Pré-hospitalar, sobre o estado geral das vítimas e dos procedimentos executados; c) Reconhecer a cena de acidente, seus participantes e localização; d) Efetuar a previsão dos traumas existentes com base na análise dos instrumentos envolvidos e situação final, e das lesões apresentadas pela vítima. Ao executar o atendimento de um acidentado, o socorrista deverá conduzir seus procedimentos pelas conclusões obtidas das análises primária e secundária, correspondendo respectivamente à avaliação dos sinais vitais referenciais de condição de vida e avaliação global do corpo acerca da normalidade anatômica e fisiológica geral., não esquecendo de analisar a cena do acidente. Tal conduta implicará na garantia de um atendimento com prioridade aos problemas sérios e letais à condição