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Sistema Urinário - RINS - Resumo Tortora

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relativamente constante. Se a TFG for demasiadamente elevada, as substâncias 
necessárias podem passar tão rapidamente pelos túbulos renais que algumas não são 
reabsorvidas e são perdidas na urina. Se a TFG for muito baixa, quase todo o filtrado 
Morfofuncional – Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 
Lara Lessa Araújo – 2º semestre 
 
pode ser reabsorvido e determinadas escórias metabólicas podem não ser 
adequadamente excretadas. 
✓ Os mecanismos que regulam a TFG operam por dois modos principais: (1) ajustando o 
fluxo sanguíneo para dentro e para fora do glomérulo e (2) alterando a área de 
superfície disponível para filtração capilar glomerular. A TFG aumenta quando o fluxo 
sanguíneo nos capilares glomerulares aumenta. O controle coordenado do diâmetro 
das arteríolas glomerulares aferentes e eferentes regula o fluxo sanguíneo glomerular. 
A constrição da arteríola glomerular aferente diminui o fluxo sanguíneo no glomérulo, 
enquanto a dilatação da arteríola glomerular aferente o aumenta. Três mecanismos 
controlam a TFG: a autorregulação renal, a regulação neural e a regulação hormonal. 
▪ Autorregulação renal da TFG 
Os rins por si sós ajudam a manter o fluxo sanguíneo renal e a TFG constantes, apesar das 
mudanças cotidianas normais na pressão arterial, como as que ocorrem durante o exercício. 
Esse recurso é chamado autorregulação renal, e é composto por dois mecanismos – o 
mecanismo miogênico e o feedback tubuloglomerular. Atuando em conjunto, eles são capazes 
de manter a TFG quase constante ao longo de uma vasta gama de pressão arterial sistêmica. 
O mecanismo miogênico ocorre quando a distensão dispara a contração das células 
musculares lisas das paredes das arteríolas glomerulares aferentes. Conforme a pressão 
arterial sobe, a TFG também aumenta, porque o fluxo sanguíneo renal aumenta. No entanto, a 
pressão sanguínea elevada distende as paredes das arteríolas glomerulares aferentes. Em 
resposta, as fibras de músculo liso da parede da arteríola glomerular aferente se contraem, o 
que reduz o lúmen da arteríola. Como resultado, o fluxo sanguíneo renal diminui, reduzindo 
assim a TFG para o nível prévio. Inversamente, quando a pressão arterial diminui, as células de 
músculo liso são menos distendidas e assim relaxam. As arteríolas glomerulares aferentes se 
dilatam, o fluxo sanguíneo renal se eleva e a TFG aumenta. O mecanismo miogênico normaliza 
o fluxo sanguíneo renal e a TFG segundos depois de uma alteração na pressão sanguínea. 
O segundo contribuinte para a autorregulação renal, o feedback tubuloglomerular, é assim 
chamado porque parte dos túbulos renais – a mácula densa – fornece feedback ao glomérulo. 
Quando a TFG está acima do normal em decorrência da pressão arterial sistêmica elevada, o 
líquido filtrado flui mais rapidamente ao longo dos túbulos renais. Como resultado, o túbulo 
contorcido proximal e a alça de Henle têm menos tempo para reabsorver Na + , Cl – e água. 
Acreditase que as células da mácula densa detectem o aumento do aporte de Na + , Cl – e água 
e inibam a liberação de óxido nítrico (NO) das células do aparelho justaglomerular (AJG). Como 
o NO provoca vasodilatação, as arteríolas glomerulares aferentes se contraem quando o nível 
de NO diminui. Como resultado, menos sangue flui para os capilares glomerulares, e a TFG 
diminui. Quando a pressão do sangue cai, fazendo com que a TFG seja menor do que o normal, 
ocorre a sequência de eventos oposta, embora em menor grau. O feedback tubuloglomerular 
é mais lento do que o mecanismo miogênico. 
▪ Regulação neural da TFG 
Como a maior parte dos vasos sanguíneos do corpo, os dos rins são inervados por fibras 
simpáticas do SNA que liberam norepinefrina. A norepinefrina causa vasoconstrição pela 
ativação de receptores α1 , que são particularmente abundantes nas fibras musculares lisas 
das arteríolas glomerulares aferentes. Em repouso, a estimulação simpática é moderadamente 
baixa, as arteríolas glomerulares aferentes e eferentes estão dilatadas, e a autorregulação 
Morfofuncional – Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 
Lara Lessa Araújo – 2º semestre 
 
renal da TFG prevalece. Com a estimulação simpática moderada, tanto as arteríolas 
glomerulares aferentes quanto eferentes se contraem com a mesma intensidade. O fluxo 
sanguíneo para dentro e para fora do glomérulo é restrito na mesma medida, o que diminui 
apenas ligeiramente a taxa de filtração glomerular. Com maior estimulação simpática, no 
entanto, como ocorre durante o exercício ou hemorragia, a constrição das arteríolas 
glomerulares aferentes predomina. Como resultado, o fluxo sanguíneo para os vasos capilares 
glomerulares é muito reduzido, e a TFG diminui. Esta redução no fluxo sanguíneo renal tem 
duas consequências: (1) Reduz o débito urinário, o que ajuda a conservar o volume de sangue. 
(2) Possibilita um maior fluxo sanguíneo para os outros tecidos do corpo. 
▪ Regulação hormonal da TFG 
Dois hormônios contribuem para a regulação da TFG. A angiotensina II reduz a TFG; o peptídio 
natriurético atrial (PNA) aumenta a TFG. A angiotensina II é um vasoconstritor muito potente 
que estreita as arteríolas glomerulares aferentes e eferentes e reduz o fluxo sanguíneo renal, 
diminuindo assim a TFG. As células nos átrios do coração secretam peptídio natriurético atrial 
(PNA). A distensão dos átrios, como ocorre quando o volume sanguíneo aumenta, estimula a 
secreção de PNA. Ao causar o relaxamento das células mesangiais glomerulares, o PNA 
aumenta a área de superfície disponível para a filtração capilar. A TFG aumenta à medida que 
a área de superfície aumenta.
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