Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GUSTAVO MORENO T19 Hemofilias: Hemofilia é considerada uma deficiência quantitativa ou funcional de algum fator da coagulação sanguínea Deficiência: Fator 8 → Hemofilia A Fator 9 → Hemofilia B Fator 11 → Hemofilia C Tem características grave, pois, geram sangramentos graves com potencial ao óbito ou deixar sequelas permanentes, como nas articulações; As hemofilias não necessariamentes são hereditárias Hemofilia A e B: Problema no Fator 8 e 9 → dificuldade de coagulação sanguínea Responsáveis pela via intrínseca (tenase intrínseca) da coagulação sanguínea Doença transmitida pelo cromossomo X → doença primária do sexo masculino Hemofilia A: Corresponde cerca de 80% das hemofilias Fator envolvido VIII (8) → formação ou qualidade do fator Cromossomo X Hemofilia B: 15% dos nascidos vivos Fator IX (9) Ligado ao cromossomo X Hemofilia é essencialmente do sexo masculino Todas as filhas de um paciente hemofilia são carreadoras da doença (não possuem a doença) → podendo ter filhos hemofílicos Hemofilia no sexo Feminino: Pai hemofílico (XY) e mãe carreadora (XX) Mulher com turner (X0)** → síndrome de Turner → Hemofilica (X0) Lyonização extrema → cromossomo X com mutação Quando as mulheres são formadas na embriogênese um dos cromossomos X é inativado Hemofílico pode ter a doença ligada ao X sem ser hereditário, pois podem ter uma mutação Mutação no próprio embrião Sem histórico familiar Classificação → Pela gravidade da doença: GRAU — ATIVIDADE DO FATOR —- IDADE MÉDIA AO DIAGNOSTICO Leve 5 - 40% > 2 anos Moderado 1 - 5% 1 a 2 anos Grave < 1% < 1 ano · Hemofilia Grave: paciente sangra espontaneamente, com contração do fator 8 e 9 <1%, normalmente descobre-se mais cedo · Hemofílico moderado · Hemofílico leve: Paciente sangra quando ele sofre algum trauma ou realiza alguma cirurgia, tem concentração do fator 8 ou 9 > 5%, mas a concentração ainda não é normal, normalmente é diagnosticada tardiamente; Hemofilia envolve hemostasia secundária (coagulação)- sangramento profundo Sangramento mais frequente na hemofilia grave: (normalmente não ocorre no leve e moderado) Articulações Partes moles Cabeça e pescoço Intracraniano Gastrointestinais Obs- distúrbios primário faz sangramento de pele e mucosas Sangramentos: 1. Articulações: Maior morbidade, desconforto e sequelas Sangramento mais frequente na hemofilia grave Raro nos primeiro meses de vida Quando começa a engatinhar e se machucar, percebe-se que é hemofílica Ocorre mais nos joelhos, coxo femoral, tornozelo (sustentação dos pesos) e cotovelo Pode ocorrer no ombro também 1 a 3 articulações alvo Dor precede sinais clínicos O sangramento é Extremamente lesiva para as articulações Sangramento → repetitivo → sinovite proliferativa crônica (leva a anquilose) e desmineralização Sangramento → distensão da cavidade → espasmo muscular Anquilose - por sangramento repetitivo não tratado 0. Partes Moles: Geralmente é após o trauma + dor importante, febre, leucocitose Pode acometer estruturas da cabeça e pescoço → insuficiência respiratória por obstrução traqueal (obstrução de vias aéreas) Potencial de morte maior comparado com o sangramento de articulações Pode dissecar fáscias → compressão de vasos e nervos → iliopsoas, coxas e antebraços 0. Intracraniano: Trauma craniano e cefaléia** → emergencia médica 0. Gastrointestinal: Pode ser similar ao abdome agudo obstrutivo Causa obstrução e dificuldade para eliminar gases Tratamento é clínico No caso de hemoptise, hematêmese, melena e hematúria → Fazer investigação de lesão estrutural Condição para encaminhamento, mesmo com o tratamento para a hemofilia Diagnóstico: Investigar: Filhos de carreadoras Filhas de hemofílicos RN com sangramento anormal coto umbilical RN com cefalohematoma extenso Sangramento anormal pós-trauma Sangramento anormal pós-cirurgia Sangramento anormal pós extração dentária Rastreamento: Avaliação do paciente com sangramento KPTT pode estar prolongado (Exame de coagulação) Exame diagnóstico Dosar atividade dos fatores de coagulação Fator 8 e 9 Inferior a 1% → hemofilia grave Entre 2 a 5% → hemofilia moderado Entre 5 a 40% → hemofilia leve Diagnóstico diferencial: Doença de VonWillenbrand é o principal diferencial da hemofilia, principalmente quanto se trata de hemofilia A Tratamento: Reposição do fator de coagulação defciente / ausente *** Fatores VIII (hemofilia A) e Fator IX liofilizado (hemoglobina B) Tratamento profilático: Manter atividade do fator acima de 2% Previne sangramento espontâneo Previne sequelas articulares Objetivo de transformar um hemofilia grave em leve Tratamento por demanda: Manejo de sangramento ativo Preparo antes do procedimento invasivos Considerar emprego do ácido tranexâmico Obs - hemofílico não deve fazer injeções IM, logo a administração do fator no tratamento é EV, e não pode usar os anti=inflamatório e AAS Objetivo do tratamento: 1º tratar por demanda !! → reposição do fator de coagulação 2º Paciente hemofílico na cirurgia ou transformar o hemofilia grave em moderado ou leve → preventivo ou profilático Paciente com inibidor Desenvolvimento de anticorpo que inibe atividade administrado mais comum em hemofilias A grave Resposta inadequada ou ausente no emprego de concentrado de fator - tratamento com agentes que ativam diretamente o fator X da coagulação (complexo protrombínico / fator VII ativado) Avaliação periódica da presença do inibidor Protocolos para indução de tolerância imunológica ao fator Pacientes com hemofilia inibidor → tratar com complexo protrombínico e fator 7 Doença de von Willebrand: Doença hemorrágica mais comum Hereditária Prevalência da anormalidade genética = 1% Pode vir ou não com expressão clínica Não ligada ao sexo → doença autossomica (igual em ambos sexos) Sangramento aumentado = 1 em 1000 pessoas → expressão variável Diminuição da quantidade de qualidade → fator de von Willebrand Fator de von Willebrand - ponte da plaqueta com subendotélio quando o endotélio é lesionado Fator de von Willebrand: Gene → no cromossomo 12 Função biológica → adesão plaquetária (GpIb / V / IX + vWF + colágeno) e transporte na corrente sanguínea / estabilização FVIII na corrente Fator VIII (meia vida curta e 2 horas) → quando o fator VIII estava grudado no fator von Willebrand a sua meia vida dobra, assim, ficando com 8 horas de meia vida Fisiologia: Anormalidade básica Mutação no gene - cromossomo 12 → não existe ou não funciona Fator que auxilia na formação da ponte entre o receptor da plaqueta e o colágeno, no subendotélio Sem esse fator, a plaqueta não vai fazer a adesão ao subendotélio, hemostasia primária será defeituosa, pois não vai transportar o fator 8, logo o paciente será como um hemofílico Sem fator vW → sem adesão plaquetária → sangramento Classificação: Tipo 1: Falta de produção do fator vW, logo, o problema é na quantidade. O tipo 1 é a maioria das doenças vW, torno de 80% (falta de produção) Tipo 2: O fator existe nesse fator, mas não funciona. Corresponde a cerca de 15 a 20% das doenças vW e tem subtipos. (falta qualidade e funcionalidade) Tipo 3: O mais raro de todos e o mais grave. Não tem a produção do fator. É mais frequentemente diagnosticado de maneira errada como hemofilia, pois ele não tem o fator 8 e tem hemartrose, bem como na hemofilia. Então a doença vW do tipo 3 pe o diagnóstico diferencial mais importante de hemofilia A Manifestação Sangramento → cutâneo e mucoso Cutâneo: equimose, púrpura Mucoso: epistaxe, gengivorragia, menstruação excessiva (nas mulheres fica mais fácil para identificar o diagnóstico) Defeito na hemostasia primária!! Geralmente leve na doença tipo 1 Hemorragia mais leve Grande variação na intensidade Geralmente maior na doença tipo 2 Sangra mas com menor variação Menor variação na intensidade Mais frequente e maior na doença tipo 3 Sangramento igual ao de um hemofílicoPode fazer até hemartrose Diagnóstico Considerar: Sangramento cutâneo e mucoso desde a infância (nariz e boca) História familiar Sangramento anormal após → trauma, cirurgia, extração dentária (sangramento facial, insuficiência respiratória) Necessidade de transfusão sanguínea nessa situação, se não o paciente entra a óbito Idenoendente de sexo, idade ou raça 3 exames: 1. dosagem do fator 8 2. dosagem do fator vonWillebrand → Cofator ristocetina!!! 3. Dosagem do fator vonWillebrand → Von antigênico Abaixo de 30 é portador / diagnóstico Valor normal → 50 a 200 unidade Fator vonWillebrand tipo 1 → problemático Fator “flutua”, ele fica variando (um dos motivos é a menstruação) Anticoncepcional estrogênio aumenta o fator vW Antes de dosar o fato vW, deve-se suspender um mês antes, pois altera o resultado Fator vonWillebrand tipo 2 Sem flutuações, pois o problema é a qualidade Fator vonWillebrand tipo 1 → não tem fator vW e nem fator 8 Tratamento: Não se faz profilaxia No sangramento ou na operação invasivos Tratamento → FATOR DE vW DDAP (hormônio diurético sintético) - Dietilamina da vasopressina → pega os fatores vW (no hepatócitos) e coloca na corrente sanguínea Pacientes do tipo 1 – teste anteriormente do DDAVP Funciona para o tipo 1 Ácidos tranexâmico → impede a dissolução do coágulo e reduz o sangramento OBS – Indivíduos hemofílicos com inibidor não respondem a administração de fator - inibidor é um anticorpo e quando um paciente com hemofilia desenvolve inibidor, o concentrado de fator de coagulação deixa de ser capaz de realizar sua função coagulante, de maneira que o controle e a prevenção dos sangramentos ficam dificultados. Portanto, o desenvolvimento de inibidores é uma das complicações de grande relevância para as pessoas com hemofilia
Compartilhar