GUSTAVO MORENO T19 ANEMIA HEMOLÍTICA - ERITROENZIMOPATIAS Revisão: Hemácias: · Metabolismo eritroenzimopatias · Desvio da pentose fosfato → · Importante em situações de estresse · Crítico para a proteção da célula contra a ação de agentes oxidantes, sendo essa a única fonte de geração de NADPH (essencial para manter o metabolismo de glutation) · Serve para manter a situação do glutation oxidada e reduzida (acepção de elétrons) · Glutation reduzido → interfere no mecanismo de transporte de oxigênio na hemoglobina · Problema nesse desvio da pentose fosfato → formação de água oxigenada na célula → célula não funciona direito → a célula morre antes · Via glicolítica → betaglobulina, formação 2,3 BPG, ATP · Enzimopatia eritrocitária → policitemia, anemias hemolíticas (deficiência de G6PD** [crítica no glutation], deficiência piruvato quinase), metemoglobinemia *Obs : Glutation → capaz de inativar rapidamente superóxidos e peróxidos de hidrogênio, que são gerados pela reação entre a hemoglobina e o O2. DEFICIÊNCIA DE GLICOSE 6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD): · A eritroenzimopatias mais comum e com potencial mórbido é a deficiência de G6PD · G6PD - enzima que temos no cromossomo X · Formação NADPH no desvio das pentose fosfato - pode estar associada com anemia hemolítica · Gene → cromossomo X (extremamente polimorfo) · Polimorfismo → mais de 300 variantes · G6PD_B - não faz hemólise · G6PD_A+ - não faz hemólise · G6PD_A- - evento hemolíticos · G6PD- mediterrânea - evento hemolítico / hemólise crônica · Prevalência → 400 milhões · + em africanos, asiaticos e mediterraneos · + em homens · Mutação do gene → Deficiência de G6PD · Diminuição do tempo de vida · Dependendo o tipo da mutação → hemólise crônica · Falta a atividade do glutation → formação da água oxigenada · Fatores oxidantes: infecções, drogas, fava (semente), cetoacidose diabética · Assintomáticos: maioria das pessoas portadoras · Crise de hemólise → geralmente variantes A- e mediterrânea · Aparece 2 a 3 dias após a exposição do agente oxidante ou infecção → hemólise → 7 a 14 dias → reticulocitose → recuperação Todo esse processo dura torno de 2 semanas, mesmo se o paciente continue exposto a droga ou ao agente que levou a esse processo, devido aos reticulócitos · A hemólise na deficiência de G6PD ocorre tanto no meio extravascular quanto no intravascular; · Anemia hemolítica crônica → geralmente variantes mediterrânea de difícil resolução · Recém nascidos → icterícia grave hemólise neonatal (pode evoluir com kernicterus) e exsanguíneo - transfusão · Kernicterus: lesão cerebral provocada pela deposição de bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco cerebral · Crianças e adultos → anemias [leve a moderada - hemoglobina 8 - 10], hiperproliferativa, exposição a oxidantes [hemólise grave] · Considerar em → anemia hemolítica não imune (não sabe o que é, então é deficiência de G6PD), icterícia neonatal importante sem causa identificada, hemólise após exposição a fator ou agente oxidante · Drogas: glibenclamida, dapsona, niridazol, nitrofurantoína, primaquina, quinolonas, rasburicase, isobutil, piridium, azul de metileno, fenilhidazina · Muitas drogas definitivamente devem ser evitadas, e outras é permitido o uso em dose habitual (aspirina , cloroquina, quinidina, Bactrim,...) · Hemograma com contagem de reticulócitos: · Avaliação inicial · Nao crises → policromatofilia, eritrócitos contraídos, byte cells // coloração Supravital → corpúsculo de Heinz // reticulocitose · Inter crise → exames normais · Hemólise (não crises) → bilirrubinas, haptoglobina, LDH*** · Diagnóstico → rastreamento [ identificação de hemoglobina desnaturada por fluorescência] / · Diagnóstico definitivo: [ quantificação da atividade enzimática por espectrofotometria 2 a 3 meses após uma crise] · Tratamento: · Não existe um tratamento específico *Na crise não se faz diagnóstico, apenas depois!!!