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METODOS ALTERNATIVOS E RESOLUCAO DE CONFLITOS ARBITRAGEM Slides - unidade II

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Me. Dr. Augusto Lewin
UNIDADE II
Métodos Alternativos e 
Resolução de Conflitos: 
Arbitragem
Introdução
 A Arbitragem, que apesar de correntes contrárias alegarem que esta estaria violando 
princípios basilares, como o da Inafastabilidade do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, da 
Constituição Federal), tal impasse fora solucionado pelo Supremo Tribunal Federal em 2001, 
e tal método é apto para ser aplicado e auxiliar nos deslindes de conflitos.
Arbitragem
 Diferente dos métodos anteriormente citados, a Arbitragem se apresenta como método 
heterocompositivo, em que a decisão proferida pelo árbitro fará lei entre as partes, mas 
sempre observando que sua instituição se dá de comum acordo entre as partes de um 
negócio.
 Para tal, temos o chamado Compromisso Arbitral, pelo qual as partes, por livre e espontânea 
vontade, escolhem em uma negociação presente ou por mera liberalidade, que conflitos 
oriundos dessa serão futuramente resolvidos por intermédio da Arbitragem. Uma vez assim 
instituído, ficam as partes vinculadas à Arbitragem obrigatoriamente, salvo fato que 
a desvirtue.
Arbitragem
Conceito
 “Uma técnica que visa solucionar questões de interesse de duas ou mais pessoas, físicas ou 
jurídicas, sobre as quais elas possam dispor livremente em termos de transação e renúncia, 
por decisão de uma ou mais pessoas – o árbitro ou árbitros –, quais tem poderes para assim 
decidir pelas partes por delegação expressa destes resultantes de convenção provada, sem 
estar investidos dessas funções pelo Estado” (GUILHERME, 2012, p. 31).
Arbitragem
 A Arbitragem foi instituída pela Lei 9307/96, conforme vimos seu conceito é bem claro, e 
também seria, dentro de toda uma estrutura bem consolidada, com árbitros capazes, aptos, 
sérios e bem capacitados tecnicamente, uma forma eficaz, rápida, segura e plena a 
solucionar vários conflitos dos sociais e judiciais.
 Importante é analisar que dois grandes aspectos devem ser observados quando do 
compromisso arbitral, que é a capacidade dos indivíduos, bem como a disponibilidade do 
direito da relação.
Arbitragem
 Reza o artigo 1º da lei 9.307/96: “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da 
arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.”
Logo, do artigo supramencionado se extrai a seguinte conclusão:
 apenas poderá utilizar-se da arbitragem as pessoas com capacidade para contratar, ou seja, 
livres de qualquer vício de capacidade civil;
 é necessário que o direito em questão seja completamente disponível, não se 
admitindo exceções. 
Arbitragem – Capacidade e Viabilidade
 Outro fato vantajoso deste método reside na possibilidade de as partes elegerem o árbitro, 
que poderá ser pessoa de confiança de ambas as partes, desde que seja pessoa capaz, 
tratando-se de exigência legal.
 Essa se mostra mais uma das grandes vantagens deste método, pois, desta forma, a 
decisão para o conflito poderia ser ainda mais confiável e melhor aceita, uma vez que as 
partes poderiam em comum acordo eleger pessoa especialista, com amplo e notório 
conhecimento na área necessária, o que não é possível na tutela jurisdicional.
Arbitragem
Leciona Nelson Nery Júnior sobre a “arbitragem”:
 “A arbitragem não ofende os princípios constitucionais da inafastabilidade do controle 
jurisdicional, nem do juiz natural. A Lei de Arbitragem deixa a cargo das partes a escolha, isto 
é, se querem ver sua lide julgada por juiz estatal ou por juiz privado. Seria inconstitucional a 
Lei de Arbitragem se estipulasse arbitragem compulsória, excluindo do exame, pelo poder 
Judiciário, a ameaça ou lesão a direito. Não fere o juiz natural, pois as partes já estabelecem, 
previamente, como será julgada eventual lide existente entre elas. O requisito da pré-
constituição na forma da lei, caracterizador do princípio do juiz natural, está presente no juízo 
arbitral” (NERY, 2003).
Arbitragem
 Desta forma, a Arbitragem se apresenta como meio hábil, apto e confiável à luz do nosso 
ordenamento jurídico para a busca e pacificação de conflitos sociais, e uma vez respeitado 
seus requisitos, não há de se falar em qualquer ofensa à Constituição Federal na sua 
utilização, conforme já decidido pelo STF no ano de 2001.
Arbitragem
Supremo Tribunal Federal julga constitucional a Lei de Arbitragem (12/12/2001)
 “Apesar de todos os ministros terem votado pelo deferimento do recurso, no sentido de 
homologar o laudo arbitral espanhol no Brasil, houve discordância quanto ao incidente de 
inconstitucionalidade. Sepúlveda Pertence, o relator do recurso, bem como Sydney Sanches, 
Néri da Silveira e Moreira Alves entenderam que a lei de arbitragem, em alguns de seus 
dispositivos, dificulta o acesso ao Judiciário, direito fundamental previsto pelo artigo quinto, 
inciso XXXV, da Constituição Federal.”
Arbitragem
Arbitragem (Lei 9.307/96)
 A arbitragem consiste no julgamento do litígio por terceiro imparcial, escolhido pelas partes. 
Tal qual a jurisdição, é espécie de heterocomposição de conflitos, desenvolvida mediante 
trâmites mais simplificados e menos formais do que o processo jurisdicional.
Arbitragem
Legislação aplicável
 A arbitragem é regulada pela Lei 9.307/96 e instituída mediante negócio jurídico denominado 
“convenção de arbitragem”, que compreende a cláusula compromissória e o 
compromisso arbitral.
Arbitragem
 A arbitragem somente pode ser convencionada por pessoas maiores e capazes e com 
relação a direitos disponíveis. 
 Não é compulsória, mas opção que poderá ou não ser utilizada pelas partes, a critério delas. 
No âmbito trabalhista, a arbitragem possui status constitucional, inserta no art. 114, § 2º, da 
CF/88 (EC 45/04).
Arbitragem
Arbitragem trabalhista na CF/88:
 “Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
Arbitragem
 (...)
 § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado 
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a 
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção 
ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.” 
 (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) 
(Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) 
(Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
Arbitragem
No âmbito da Administração Pública (direta e indireta), existe uma autorização genérica para a 
instituição da arbitragem que pode vir a ser utilizada em todo conflito que envolva direitos 
patrimoniais disponíveis, prevista no art. 1º, § 1º, da Lei 9.307/96, com redação dada pela Lei 
13.129/15:
Arbitragem
Lei 9.307/96
 “Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.”
Arbitragem
 A arbitragem é regulada pela Lei 9.307/96 e instituída mediante negócio jurídico denominado 
“convenção de arbitragem”, que compreende a cláusula compromissória e o compromisso 
arbitral. A convenção de arbitragem é pressuposto processual negativo do processo, 
ensejando a extinção do feito sem resolução do mérito (art. 485, VII) e, ao contrário dos 
demais pressupostos processuais, não pode ser conhecida de ofício pelo julgador 
(art. 337, § 5º).
Arbitragem
 Pela cláusula compromissória convencionam as partes que as demandas decorrentes de 
determinado negócio jurídico serão resolvidas pelo juízo arbitral. Trata-se de deliberação 
prévia e abstrata, anterior ao litígio.
 No compromisso arbitral há acordo de vontades posterior ao litígio, para submetê-lo ao juízo 
arbitral. O compromisso arbitral pode existir com ou sem a cláusula compromissória e pode 
ser celebrado antes ou mesmo no curso da demanda judicial.
Arbitragem
Lei 9.307/96
 “Art. 4º A cláusula compromissória é a convençãoatravés da qual as partes em um contrato 
comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a 
tal contrato.”
 “Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio 
à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.”
Arbitragem
Código de Processo Civil:
 “Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
 VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral 
reconhecer sua competência;”
Arbitragem
Código de Processo Civil:
 Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
 X – convenção de arbitragem.
Arbitragem
Código de Processo Civil:
 § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de 
ofício das matérias enumeradas neste artigo.
 § 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista 
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Arbitragem
Assinale a alternativa incorreta:
a) A arbitragem tem natureza jurídica fora do Poder Judiciário.
b) A Lei 9.307/96 (arbitragem) é constitucional, segundo julgado do STF, por mais que 
algumas correntes doutrinárias sejam contrárias.
c) Convenção de arbitragem é espécie do gênero cláusula compromissória ou compromisso 
arbitral.
d) As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
e) Na arbitragem discutem-se apenas direitos patrimoniais 
disponíveis.
Interatividade
Assinale a alternativa incorreta:
a) A arbitragem tem natureza jurídica fora do Poder Judiciário.
b) A Lei 9.307/96 (arbitragem) é constitucional, segundo julgado do STF, por mais que 
algumas correntes doutrinárias sejam contrárias.
c) Convenção de arbitragem é espécie do gênero cláusula compromissória ou compromisso 
arbitral.
d) As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
e) Na arbitragem discutem-se apenas direitos patrimoniais 
disponíveis.
Resposta
1) Código de Defesa do Consumidor
 “Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao 
fornecimento de produtos e serviços que:
 (...)
 VII – determinem a utilização compulsória de arbitragem.”
Arbitragem
 A limitação em relação aos contratos de consumo não permite, contudo, afastar a 
possibilidade de realização de compromisso arbitral para dirimir conflito existente em uma 
relação de consumo. Nesse sentido:
Arbitragem
 “[.] O art. 51, VII, do CDC se limita a vedar a adoção prévia e compulsória da arbitragem, no 
momento da celebração do contrato, mas não impede que, posteriormente, diante de 
eventual litígio, havendo consenso entre as partes (em especial a aquiescência do 
consumidor), seja instaurado o procedimento arbitral. As regras dos arts. 51, VIII, do CDC e 
34 da Lei 9.514/97 não são incompatíveis. Primeiro porque o art. 34 não se refere 
exclusivamente a financiamentos imobiliários sujeitos ao CDC e segundo porque, havendo 
relação de consumo, o dispositivo legal não fixa o momento em que deverá ser definida a 
efetiva utilização da arbitragem.” 
 (STJ, REsp 1.169.841/RJ, 3ª turma, rel. min. Nancy Andrighi, DJe 14/11/12).
Arbitragem
 Nos contratos de adesão que não envolvam relação de consumo, a convenção de 
arbitragem só terá validade se a iniciativa de instituí-la couber ao aderente ou se este 
concordar expressamente com a sua instituição, “desde que por escrito em documento 
anexo ou em negrito, com a assinatura ou vista especialmente para essa cláusula”, conforme 
art. 4º, § 2º, da Lei 9.307/96.
Arbitragem
Lei 9.307/96
 “Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato 
comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a 
tal contrato.
 § 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente 
tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua 
instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou 
visto especialmente para essa cláusula.”
Arbitragem
 A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes. 
 Na primeira, de direito, os árbitros seguem as regras dispostas no ordenamento jurídico para 
solucionar o litígio. Ex.: inadimplemento de locação de imóvel urbano.
 Na segunda, por equidade, por outro lado, podem os árbitros se afastar das regras de direito 
para buscar a solução que considerar mais justa. Exs.: programa de culinária, uso de 
tecnologia, seja qual for, concurso por estética, moda etc.
Arbitragem
Nos conflitos envolvendo a administração pública, a arbitragem será sempre de direito (art. 2º, 
§ 3º, da Lei de Arbitragem), em respeito ao princípio da legalidade:
Lei 9.307/96
 “Art. 2º, (...)
 § 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o 
princípio da publicidade.”
Arbitragem
 “Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
 § 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir 
conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) 
(Vigência)
 § 2º A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração 
de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.” 
Arbitragem
O juiz do processo arbitral é um particular ou uma instituição especializada. Nos termos do art. 
13 da Lei de Arbitragem, qualquer pessoa física maior e capaz que não tenha interesse no 
litígio poderá exercer as funções de árbitro:
“Dos Árbitros
 Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
 § 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, 
também, os respectivos suplentes.”
Arbitragem
No desempenho de suas funções, os árbitros são equiparados a funcionários públicos para fins 
penais (art. 17) e as decisões por eles proferidas não se sujeitarão a recurso ou homologação 
pelo Poder Judiciário (art. 18). Na Lei de Arbitragem, 9307/96: 
 “Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam 
equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.
 Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso 
ou à homologação pelo Poder Judiciário.”
Arbitragem
A sentença arbitral produz entre as partes e seus sucessores os mesmos efeitos da sentença 
proferida pelos órgãos do judiciário e, quando condenatória, constituirá título executivo judicial 
na Lei 9.307/96:
 “Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos 
da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui 
título executivo.”
Arbitragem
 Faz-se possível controle judicial sobre a sentença arbitral (arts. 32 e 33 da Lei de 
Arbitragem), no entanto, tal controle cinge-se a aspectos formais. Não se admite a revisão, 
pelo Judiciário, do mérito da decisão arbitral, apenas de matérias relativas à validade 
do procedimento. 
 (Verificar na lei pelo tamanho dos artigos citados).
Arbitragem
 A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou final, seguirá as 
regras do procedimento comum e deverá ser proposta no prazo decadencial de até 90 
(noventa) dias após o recebimento da notificação da respectiva sentença (art. 33, § 1º). 
Findo prazo, a sentença arbitral torna-se soberana e imutável. Em razão dessa aptidão para 
produção de coisa julgada material que se diz que a arbitragemé verdadeira espécie 
de jurisdição.
Arbitragem
Lei 9.307/96
 “Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a 
declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. 
 § 1º A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou final, seguirá 
as regras do procedimento comum, previstas na Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, 
(Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de até 90 (noventa) dias após o 
recebimento da notificação da respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido 
de esclarecimentos.” (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015) 
Arbitragem
Ressalte-se que se tiver havido execução judicial, a declaração de nulidade também poderá 
ser arguida na forma de impugnação, consoante art. 1.061 do CPC:
 “Art. 1.061. O § 3º do art. 33 da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem), 
passa a vigorar com a seguinte redação: (Vigência)
 “Art. 33. § 3º A decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser requerida na 
impugnação ao cumprimento da sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código 
de Processo Civil, se houver execução judicial.” (NR)
Arbitragem
 Outra forma de “intervenção” judicial na esfera arbitral ocorre quando há necessidade de 
concessão de tutelas de urgência (cautelar ou antecipada). Imagine, por exemplo, que uma 
fábrica de chocolates mantenha contrato com uma empresa para o fornecimento de 
embalagens para seus produtos. A empresa de embalagens não vem fornecendo o material 
e, apesar de existir no contrato cláusula que submete os eventuais litígios à arbitragem, não 
há qualquer outro detalhamento sobre o procedimento. Se houver demora na formalização 
do compromisso arbitral, tal situação pode acarretar graves prejuízos, razão pela qual a lei 
permite que antes de instituída a arbitragem, as partes recorram ao Poder Judiciário para a 
concessão de medida cautelar ou de urgência (art. 22-A).
Arbitragem
 Deferido o pedido pelo judiciário, se a parte interessada não requerer a instituição da 
arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da respectiva decisão, 
a medida ficará sem efeito.
 Ainda que a arbitragem seja instituída no prazo indicado, a lei permite que os árbitros 
modifiquem ou revoguem a medida (art. 22-B). Em outras palavras, os árbitros não ficam 
vinculados à decisão judicial.
Arbitragem
Das Tutelas Cautelares e de Urgência
 “Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder Judiciário 
para a concessão de medida cautelar ou de urgência. 
 Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte interessada 
não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de 
efetivação da respectiva decisão.”
Arbitragem
Das Tutelas Cautelares e de Urgência
 “Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a 
medida cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário. 
 Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar ou de urgência será 
requerida diretamente aos árbitros.” 
Arbitragem
Prescrição e Decadência 
 A Lei 13.129/15 acrescentou à Lei de Arbitragem o seguinte dispositivo: “a instituição da 
arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo à data do requerimento de sua instauração, 
ainda que extinta a arbitragem por ausência de jurisdição” (art. 19, § 2º). O que a lei deixou 
claro é que o fato de a demanda tramitar no juízo arbitral não permite que receba tratamento 
diferenciado em relação à prescrição para as demandas submetidas à jurisdição estatal.
Arbitragem
Assinale a alternativa correta:
a) Cabe arbitragem na administração pública.
b) A arbitragem pode ser de direito, mas jamais por equidade.
c) A sentença arbitral não tem natureza de título executivo.
d) A arbitragem pode ser compulsória sem manifestação do consentimento das partes 
envolvidas.
e) Nas relações de consumo sempre é permitida a arbitragem entre fornecedor e consumidor.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) Cabe arbitragem na administração pública.
b) A arbitragem pode ser de direito, mas jamais por equidade.
c) A sentença arbitral não tem natureza de título executivo.
d) A arbitragem pode ser compulsória sem manifestação do consentimento das partes 
envolvidas.
e) Nas relações de consumo sempre é permitida a arbitragem entre fornecedor e consumidor.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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