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1.2. Energia dos eletrões nos átomos 1 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 1.2.1 Espetro eletromagnético e energia dos fotões Ondas (8º Ano) Representação Caraterísticas das ondas Período (T) É o tempo decorrido entre duas cristas (ou ventres) consecutivas. A sua unidade SI é o segundo (s). Frequência (f) Corresponde ao número de vibrações completas por segundo. A sua unidade SI é o Hertz (Hz). 1.2.1 Espetro eletromagnético e energia dos fotões 1.2.2 Espetros atómicos + 1.2.4 Espetros de átomos polieletrónicos 1.2.3 Espetro de emissão do átomo de hidrogénio 1.2.5 Energia de remoção eletrónica + 1.2.6. Nuvem eletrónica e orbitais 1.2.7. Configuração eletrónica dos átomos Conceitos-chave 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 2 Comprimento de onda (λ) É a distância entre duas cristas (ou ventres) consecutivas. A sua unidade SI é o metro (m). Amplitude (A) É o máximo da vibração relativamente à posição de equilíbrio. A sua unidade SI depende do que está a vibrar. Velocidade de propagação (v) É a velocidade a que as cristas (ou ventres) se afastam da fonte de vibrações. Relações entre grandezas e ou Luz A luz é também designada de radiação eletromagnética. A luz, que pode ser visível ou invisível, pode ser entendida como: uma onda eletromagnética, que se propaga a uma velocidade de , não necessitando de um meio material para se propagar.; um feixe de partículas (fotões). Radiação (ou luz) visível e invisível Radiação visível A radiação (ou luz) visível é a única que o olho humano consegue detetar. Radiação invisível A radiação (ou luz) invisível é aquela que o olho humano não consegue detetar. Utilização A radiação invisível pode ser utilizada, por exemplo, para o controlo de aparelhos com comandos (IV), detetar dinheiro falso (UV) ou fazer uma radiografia (RX). Fotão f = T 1 T = f 1 v = T λ v = λ× f c = 3, 0 × 10 m/s8 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 3 Um fotão é uma partícula de luz, que transporta o menor valor de energia possível de uma determinada radiação. Energia do fotão A energia do fotão é diretamente proporcional à frequência da luz correspondente. é a constante de proporcionalidade e chama-se constante de Planck. Esquema Exemplo A energia de um fotão de luz amarela de frequência Hz é J e a de um fotão de luz UV de frequência 10 vezes superior é 10 vezes maior, ou seja, . Cálculo da frequência da radiação O cálculo da energia do fotão é feito na perspetive do fotão, logo, ao fazermos equações em ordem à frequência, utilizamos o valor absoluto da energia de transição eletrónica, que tem de ser previamente calculada. Exemplo E = h× f J = 6, 63.10 ×−34 Hz h 5, 1 × 10−19 3, 4 × 10−19 3, 4 × 10−18 E =transiç o(3→1)a~ −1, 94 × 10 J−18 E =fot oa~ h× f ↔+1,94 × 10 J =−18 6, 63.10 ×−34 f ↔ f = 6, 17 × 1014 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 4 Energia e comprimento de onda da radiação Energia da radiação Só podemos comparar, em termos energéticos, radiações com a mesma intensidade (número de fotões). Comprimento de onda da radiação No caso da radiação, (a velocidade), é constante e corresponde à velocidade da luz. Se realizarmos uma equação em ordem a λ (o comprimento de onda), sabemos a localização exata da risca no espetro (de emissão ou de absorção) descontínuo. Exemplo Cálculo do comprimento de onda da radiação absorvida No espetro de absorção descontínuo (ou de riscas), surge uma linha preta a 102nm, sobre um fundo colorido (assim como aparece uma linha colorida no espetro de emissão). Cálculo do comprimento de onda da radiação emitida No espetro de emissão descontínuo (ou de riscas), surge uma linha colorida a 486 nm, sobre um fundo preto (assim como aparece uma linha preta no espetro de absorção). Espetro eletromagnético Espetro eletromagnético é o conjunto de todas as radiações, visíveis e invisíveis. Emissão de radiação em todas as frequências E = N × h× f J = N ×fot eso~ 6, 63.10 ×−34 Hz c = λ× f λ = f c m = Hz 3,0.10 m/s8 c λ = ↔2,93.1015 3,0.108 λ = 1, 02.10 m↔−7 λ = 102nm λ = ↔6,17.1014 3,0.108 λ = 4, 86.10 m↔−7 λ = 486nm 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 5 Um corpo imite radiação em todas as frequências, ainda que, que possa imitir radiação de baixa intensidade. Exemplo Se um corpo emitir radiação vermelha, podemos concluir que a radiação de máxima intensidade emitida dentro do visível tem a frequência de radiação vermelha; mas não que esta é a radiação de máxima intensidade emitida. O corpo pode estar a emitir radiação na zona infravermelha (e por isso, invisível). Ordem crescente de energia e frequência das radiações Ondas de rádio, micro ondas, infravermelha, visível, ultravioleta, raios X, raios gama. Esquema 1.2.2 Espetros atómicos + 1.2.4 Espetros de átomos polieletrónicos Tipos de espetros Espetro de emissão contínuo O espetro de emissão contínuo resulta da decomposição da luz emitida por um corpo no estado sólido ou líquido, a uma determinada temperatura; observando-se uma sequência ininterrupta de cores. Ex.: Sol; lâmpada/corpo incandescente 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 6 Espetro de emissão descontínuo O espetro de emissão descontínuo resulta da decomposição da luz emitida por uma substância atomizada (cujas partículas estão separadas umas das outras), observando-se linhas espetrais coloridas sobre um fundo preto. Cada uma das linhas espetrais coloridas corresponde a uma radiação emitida, e o fundo preto corresponde à ausência de radiação. Ex.: Lâmpada tubular Espetro de absorção descontínuo O espetro de absorção descontínuo resulta do registo da absorção da luz por matéria, observando-se linhas espetrais pretas sobre um fundo colorido. Cada uma das linhas espetrais pretas corresponde a uma radiação absorvida, e o fundo colorido corresponde radiação não absorvida. Ex.: Arco íris Espetros atómicos Os espetros atómicos, de emissão ou absorção, são descontínuos e a localização das linhas espetrais depende da configuração eletrónica do átomo. Cada elemento tem um conjunto de níveis de energia que o carateriza, sendo as energias associadas às transições eletrónicas que ocorrem diferentes de elemento para elemento; logo os espetros atómicos são caraterísticos de cada elemento. Frequência da luz emitida e absorvida Para um elemento, a energia de transição eletrónica de para é a mesma de para , logo, para um mesmo elemento, as riscas nos espetros de emissão e de absorção descontínuos encontram-se nas mesmas posições (nos mesmos comprimentos de onda). A radiação absorvida e que ficou revelada no espetro de absorção, coincide com a radiação emitida, que ficou revelada no espetro de emissão. na nb nb na 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 7 Exemplo Espetro atómico de absorção descontínuo do Hidrogénio Espetro atómico de emissão descontínuo do Hidrogénio Provas experimentais O facto de os espetros atómicos serem descontínuos mostra que a energia dos eletrões é quantizada, e estes apenas transitam por emissão ou absorção de energia com valores discretos. O facto de os espetros atómicos serem todos diferentes mostra que a radiação envolvida nas transições eletrónicas é diferente para cada tipo de átomo, ou seja, para cada tipo de átomo, as energias dos eletrões são diferentes. Aplicações dos espetros Indústria O facto de cada elemento químico apresentar um espetro único tem aplicações na indústria, como no fabrico de fogo de artifício ou tubos de iluminação (nestes casos, a cor depende dos elementos químicos constituintes). Deteção de substâncias Os espetros atómicos são caraterísticos de cada elemento químico, logo através da análise de um espetro de absorção descontínuo de matéria, podemos saber a sua constituição. Um elemento está presenta na matéria que absorveu luz, se as linhas espetrais do seu espetro atómico estão na mesma posição que as linhas espetrais no espetro de absorção dessa matéria. Exemplo Ao compararmos os espetros atómicosde emissão descontínuos dos vários elementos químicos com o espetro de absorção descontínuo das 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 8 estrelas, podemos saber a sua composição. O arco íris que observamos é um espetro de absorção descontínuo combinado de várias substâncias presentes na atmosfera solar (mas de baixa resolução, daí parecer uma sequência ininterrupta de cores). Então, através da análise do espetro de absorção descontínuo, sabemos as substâncias que constituem a atmosfera solar. Corpo negro Um corpo negro é a expressão usada para designar um corpo (hipotético) capaz de absorver toda a radiação que sobre ele incide, sendo também um emissor de radiação, pois apresenta um espetro característico que se encontra relacionado com a sua temperatura. 1.2.3 Espetro de emissão do átomo de hidrogénio Modelo de Bohr O Modelo de Bohr é um modelo atómico proposto pelo cientista Niels Bohr, na qual toda a carga positiva, e a maior parte da massa de um átomo está concentrada num núcleo central e os eletrões descrevem órbitas circulares em torno dele. Hoje em dia sabemos que os eletrões não se movem em órbitas circulares bem definidas, mas ocupam níveis de energia bem definidos, como sugerido por Bohr; e apesar de o seu modelo atómico ter sido já substituído por modelos mais avançados, mantêm-se as ideias de quantização de energia e de transições eletrónicas. Energia dos eletrões Energia quantizada A energia dos eletrões é quantizada (ou quantificada), ou seja, os níveis de energia têm valores discretos. O eletrão não pode ter valores de energia no intervalo entre dois níveis de energia, transitando apenas entre níveis. Variação da energia A energia do eletrão é negativa, e pode variar devido à: distância ao núcleo (em geral, quanto maior é a distância ao núcleo, maior é a energia do eletrão); atração entre os eletrões e o núcleo (quanto maior é a atração do núcleo, menor é a energia do eletrão); 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 9 repulsão entre os eletrões (que, nos átomos polieletrónicos, faz aumentar a energia do eletrão). Níveis de energia n=1 a n=∞ Os níveis de energia vão de n=1 a n=∞, e a sua energia varia cada vez menos à medida que a distância ao núcleo aumenta, ou seja, quanto mais elevados forem os níveis de energia, mais próximos estão uns dos outros energeticamente. Isto verifica-se na análise do espetro atómico descontínuo do hidrogénio pois, em cada série espetral, à medida que a frequência aumenta, as riscas vão ficando cada vez mais próximas. Para qualquer átomo, a referência de energia zero (E=0J) é a periferia (n=∞), pois à medida que a distância ao núcleo aumenta, o valor absoluto dos níveis de energia diminui. Isto significa que os eletrões já não se encontram sob a influência do núcleo atómico. Eletrões de valência Os eletrões que ocupam o último nível de energia (não subnível) são chamados eletrões de valência. Transições eletrónicas Os eletrões podem transitar entre níveis de energia (transições eletrónicas), por absorção ou emissão de energia de valores bem definidos. Para haver transição de eletrões entre níveis, o átomo tem de absorver ou emitir energia de valores bem definidos, logo, só são absorvidos fotões que têm energia igual à das transições possíveis entre níveis de energia. A cada transição eletrónica, corresponde uma radiação com frequência específica, e uma resultante risca no espetro atómico (de emissão ou de absorção) descontínuo. Exemplo 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 10 Estado fundamento e excitado do átomo Estado fundamental de um átomo A distribuição eletrónica de menor energia para os eletrões de um átomo corresponde ao estado fundamental desse átomo. Estado excitado de um átomo Quando um ou mais dos eletrões de um átomo transitam para níveis de energia superiores, os átomos encontram-se em estados excitados. O que excita/desexcita é o átomo e não o eletrão. Normalmente os estados excitados são transitórios: os eletrões rapidamente transitam para níveis de menor energia, emitindo a energia a mais. A excitação de átomos pode ser provocada por: aquecimento; colisão com outros átomos; 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 11 descargas elétricas (colisão com eletrões); radiação (absorção de fotões). Excitação e desexcitação do átomo Excitação do átomo Durante a excitação de um átomo (por absorção de fotões), o átomo absorve radiação com as frequências certas para que se dê a transição dos eletrões para níveis de energia superiores. Podemos ver as radiações específicas que foram absorvidas pelo átomo, e cujos fotões têm o mesmo valor de energia que a energia de transição eletrónica, no espetro atómico de absorção descontínuo (ou de riscas), marcadas com riscas pretas bem definidas sobre um fundo colorido, que corresponde à radiação não absorvida. Ionização Quanto um átomo absorve a energia necessária para um eletrão transitar para o nível n=∞ (energia de ionização), o átomo ioniza-se, perdendo o eletrão e dando origem a um ião positivo. Desexcitação do átomo Durante a desexcitação de um átomo, o átomo emite radiação com as frequências certas (e que coincide com a radiação que foi anteriormente absorvida no processo de excitação) para que se dê a transição dos eletrões para um nível de energia inferior. Podemos ver as radiações específicas que foram emitidas pelo átomo, e cujos fotões têm o mesmo valor de energia que a energia de transição eletrónica, no espetro atómico de emissão descontínuo (ou de riscas), marcadas com riscas coloridas sobre um fundo preto, que corresponde à ausência de radiação. A desexcitação é um processo aleatório no sentido em que as transições eletrónicas de desexcitação dão-se de forma aleatória (do n=3 para o n=1, do n=3 para o n=2 e só depois para o n=1, ...). Energia de transição Se o resultado da variação de energia for positivo (+), foi absorvida energia pelo átomo. △E = E −n(f inal) En(inicial) 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 12 Se o resultado da variação de energia for negativo (-), foi libertada energia pelo átomo. A energia de transição eletrónica de para é a mesma de para . Transições eletrónicas do hidrogénio Séries espetrais Podemos dividir as radiações que podem ser emitidas pelo átomo de hidrogénio, em séries espetrais: Pfund (radiação infravermelha): n≥6 para n=5 Brackett (radiação infravermelha): n≥5 para n=4 Paschen (radiação infravermelha): n≥4 para n=3 Balmer (radiação visível): n≥3 para n=2 n=3 para n=2 → 656 nm 🔴 n=4 para n=2 → 486 nm 🔵 n=5 para n=2 → 434 nm � n=6 para n=2 → 410 nm � Lyman (radiação ultravioleta): n≥2 para n=1 Nota: Para espécies monoeletrónicas, a energia dos eletrões depende apenas do nível de energia que ocupam (e não do subnível). Esquema 1.2.5 Energia de remoção eletrónica + 1.2.6. Nuvem eletrónica e orbitais na nb nb na 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 13 Espetroscopia fotoeletrónica A espetroscopia fotoeletrónica é uma técnica utilizada para determinar energias de remoção eletrónica; e permitiu identificar a presença de subníveis de energia nos níveis de energia do átomo. Espetro fotoeletrónico Os registos obtidos por espetroscopia fotoeletrónica chama-se espetros fotoeletrónicos. Esquema e interpretação de um espetro fotoeletrónico Num espetro fotoeletrónico, os níveis de energia estão separados pela dupla barra na escala das energias de remoção, a cada pico corresponde um subnível de energia e a altura relativa dos picos é proporcional ao número de eletrões em cada subnível de energia. Nota Num espetro fotoeletrónico, só se representarmos as energias de remoção por ordem crescente (e decrescente de níveis de energia), é que podemos desenhar uma seta na escala das energias de remoção. 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 14 Caso contrário, fazemos uma escala com fim. Energia de remoção eletrónica ( ) Energia de remoção eletrónica por efeito fotoelétrico Efeito fotoelétricoO efeito fotoelétrico consiste na emissão de eletrões deslocalizados num metal, quando sobre este se faz incidir radiação. Ilustração A energia de remoção eletrónica por efeito fotoelétrico é a energia necessária para a remoção de um eletrão deslocalizado num metal. A energia de remoção eletrónica ( é a energia necessária para a remoção de um eletrão de um subnível de energia, e existem tantas energias de remoção quantos subníveis de energia ocupados com eletrões no átomo. A energia de remoção eletrónica é igual ao simétrico da energia do eletrão no átomo. Normalmente, o valor da é dado em por mole de átomos ejetados. Er E )r Er KJ 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 15 = Variação da energia de remoção eletrónica Visto que a energia dos eletrões é negativa e, em geral, aumenta com a distância ao núcleo; à medida que aumenta a distância ao núcleo, diminui a energia de remoção. Logo, os eletrões do cerne (região do núcleo e eletrões mais próximos do núcleo) são mais difíceis de remover que os eletrões de valência. Energia do fotão absorvido Para que um eletrão seja ejetado, o fotão que incide no átomo (ou no metal) tem de ter uma energia igual ou superior à energia de remoção eletrónica. Se for superior, o excesso de energia constitui a energia cinética do eletrão. Cada fotão origina a emissão de um único eletrão. Energia de ionização ( ) A energia de ionização ( ) é a energia necessária para a remoção de um eletrão de valência de um átomo (1ª energia de ionização) ou de um ião (≤2ª energia de ionização); e existem tantas energias de ionização quantos eletrões no átomo. Variação da energia de ionização À medida que a proporção entre protões e eletrões vai diferenciando (existindo cada vez menos eletrões, para o mesmo número de protões), a atração entre o núcleo e os eletrões é maior, logo a energia de ionização aumenta (diferindo das energias de remoção eletrónica). Para um determinado átomo, a 1ª energia de ionização é igual à energia de remoção do subnível mais exterior (e mais energético); porém as restantes energias de ionização serão sempre diferentes das energias de remoção. Distribuição dos eletrões no átomo No átomo, os eletrões estão distribuídos por níveis de energia, que se dividem em subníveis, com valores de energia ligeiramente diferentes entre si e onde existem orbitais, que informam sobre a distribuição espacial de probabilidades de encontrar o eletrão no átomo, e onde podem estar no máximo 2 eletrões, com spin oposto. Subníveis 1KJ .mol−1 1J/ tomo×á 10 ×−3 6, 022.1023 E =fot oa~ E +remoç oa~ Ecin ticaé Ei Ei 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 16 Os subníveis dependem da cada nível n e diferenciam-se pelas letras s, p e d. n=1 1s n=2 2s 2p n=3 3s 3p 3d n=4 4s 4p 4d 4f Subníveis por ordem crescente de energia Nem sempre o subnível mais externo é o mais energético. A ordem crescente de energia dos subníveis é dada pela Mnemónica de Moeller. 1s < 2s< 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f 🚨 Não esquecer que o subnível 4s tem menor energia que 3d. Mnemónica de Moeller Orbitais Modelo quântico ou modelo da nuvem eletrónica O modelo quântico ou o modelo da nuvem eletrónica informa-nos da probabilidade de encontrar o eletrão em certas zonas, as orbitais. Em geral, a probabilidade de encontrar eletrões diminui com a distância ao núcleo. Representação 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 17 Nuvem eletrónica do átomo de hidrogénio no estado fundamental e no estado excitado (a) Estado fundamental (b) Estado excitado Cada subnível tem um número específico de orbitais degeneradas, ou seja, com a mesma energia, e com forma própria. Um subnível s tem 1 orbital, de forma esférica. Um subnível p tem 3 orbitais, de forma lobular. Um subnível d tem 5 orbitais, de forma complexa. Orbitais por nível 1s 2s 2px 2py 2pz 3s 3px 3py 3pz 3d_ 3d_ 3d_ 3d_ 3d_ Representação 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 18 Diagramas de energias Os diagramas de energias podem-nos fornecer várias informações. Níveis de energia, e os respetivos valores de energia: Níveis e subníveis de energia, e os respetivos valores de energia: Níveis e subníveis de energia, e os eletrões em cada subnível: 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 19 Níveis e subníveis de energia, os respetivos valores de energia, e os eletrões em cada subnível e orbital: Spin do eletrão Para além da massa e da carga, podemos associar ao eletrão outra propriedade, o spin, que está relacionado com os dois sentidos opostos possíveis para a rotação do eletrão em torno do seu eixo. O spin do eletrão manifesta-se pelo seu comportamento magnético, enquanto que a sua carga, pelo seu comportamento elétrico. Eletrões desemparelhados e emparelhados Dois eletrões com o mesmo spin tendem a afastar-se, o que torna impossível que ocupem a mesma orbital. Se um único eletrão ocupa uma orbital, diz-se que o eletrão está desemparelhado. Dois eletrões, com spin oposto, podem ocupar uma mesma orbital. Se dois eletrões, com spin oposto, ocuparem a mesma orbital orbital, diz-se que os eletrões estão emparelhados. Representação Uma forma de representar o spin dos eletrões é com setas. Eletrão desemparelhado: ↑ ou ↓ Eletrão emparelhado: ↑↓ 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 20 1.2.7. Configuração eletrónica dos átomos Regras para a distribuição dos eletrões no átomo Principio da Energia Mínima ou Princípio da Construção/Aufbau Os eletrões ocupam preferencialmente os subníveis de menor energia, preenchendo-os totalmente, e só depois ocupam os subníveis de maior energia; de modo a que a energia do átomo seja mínima. A ordem crescente de energia dos subníveis é dada pela Mnemónica de Moeller. Principio da Exclusão de Pauli Cada orbital só pode ser ocupada, no máximo, por dois eletrões com spin oposto. Regra de Hund Na distribuição dos eletrões por orbitais degeneradas, cada eletrão ocupa uma orbital desocupada, caso possível, só havendo emparelhamento quando já não há orbitais desocupadas. Configuração eletrónica dos átomos Podemos representar a configuração eletrónica dos eletrões por subníveis, orbitais ou por um diagrama de caixas. Subníveis representa o nível de energia. representa o subnível. representa o número de eletrões por subnível. Ex.: Nota Sendo , a configuração do átomo , e a do átomo , , podemos escrever que a configuração de é [ ] . Orbitais representa o nível de energia. representa o subnível. nse n s e Na−11 1s 2s 2p 3s2 2 6 1 1s2 x y 1s 2s2 2 y x 2s2 nso e n s 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 21 representa o número de eletrões por orbital. representa a orientação da orbital (x, y, z), no caso de orbitais a partir de p. Ex.: Diagrama de Caixas Através do diagrama de caixas, representamos os eletrões por setas (cuja direção está relacionada com o spin do eletrão). A cada caixa corresponde uma orbital, e a cada conjunto de uma ou mais caixas corresponde um subnível. Ex.: Nota No caso de eletrões emparelhados, a direção das setas é irrelevante. Visto que cada caixa corresponde a uma orbital, com a mesma energia, se num subnível não existirem eletrões suficientes para preencher todas as caixas, a caixa que cada eletrão ocupa é irrelevante, desde que cada caixa tenha apenas um eletrão. A única coisa que varia é a configuração eletrónica por orbitais que corresponde a cada diagrama de caixas: ; ; Violação das regras para a distribuição dos eletrões no átomo Configurações eletrónicas possíveis e o Na−11 1s 2s 2px 2py 2pz 3s2 2 2 2 2 1 Na11 2px 2py 2pz0 1 1 2px 2py 2pz1 0 1 2px 2py 2pz1 1 0 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 22 Uma configuração eletrónica pode ser possível, mesmo havendo violação do Principio da Energia Minimia. Se esta regra for violada, o átomo encontra-se num estado excitado. Exemplos Excitação entre níveis Excitação entre subníveis Configurações eletrónicas impossíveisSe houver violação do Principio da Exclusão de Pauli ou da Regra de Hund, a configuração eletrónica é impossível. Exemplos Violação do P.E. de Pauli Violação da R. de Hund Violação do P.E. de Pauli e da R. de Hund 1s 2s 2p 3s2 1 6 1 1s 2s 2p2 1 4 1s 2s 2p2 3 5 1s 2s 2px 2py 2pz2 2 2 2 0 1.2. Energia dos eletrões nos átomos 23 Conceitos-chave Conceitos-chave Luz Fotão Energia do fotão Espetro eletromagnético Espetro de emissão Espetro de absorção Quantização de energia Transição eletrónica Energia de remoção eletrónica Energia de ionização Nível de valência Nuvem eletrónica Orbital atómica Orbital degenerada Spin Configuração eletrónica Estado fundamental
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