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BEATRIZ HYPÓLITO DE CASTRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO ESPECÍFICO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2021 
 
1 
 
BEATRIZ HYPÓLITO DE CASTRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO ESPECÍFICO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
 
Relatório final de estágio específico 
supervisionado apresentado ao Curso de 
Graduação em Psicologia da Centro 
Universitário UNIAVAN, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Psicologia. 
Professor (a): Rafael Gustavo de Liz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2021 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
1.1 O PARECER DO CONCELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA ...................................... 4 
2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ......................................................... 6 
2.1 RECONHECIMENTO DA INSTITUIÇÃO .................................................................... 6 
2.1.2 ESTRUTURA FÍSICA ORGANIZACIONAL .............................................................. 7 
2.1.3 ESPAÇOS FÍSICOS ........................................................................................... 7 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 8 
3.1 COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ......................................................................... 8 
3.1.2 FATORES COMPORTAMENTAIS ....................................................................... 10 
3.1.2 FATORES FÍSICOS ......................................................................................... 11 
3.1.4 PSICOLOGIA HOSPITALAR ............................................................................. 17 
3.1.5 O PAPEL DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR ..................................... 18 
4. METODOLOGIA ............................................................................................. 20 
4.1 RECURSOS METODOLÓGICOS UTILIZADOS ......................................................... 21 
5. ATIVIDADES PLANEJADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO ............................ 23 
5.1 APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES E CONDUTA TERAPÊUTICA ............................. 24 
5.1.2 ATENDIMENTOS E RELATOS ........................................................................... 25 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 49 
7. REFERÊNCIAS: .............................................................................................. 50 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O estágio específico supervisionado II em psicologia tem por princípio a 
formação acadêmica, pessoal e profissional a proposta do mesmo, é capacitar 
os acadêmicos, enriquecendo seu conhecimento em um espaço de atuação e 
desenvolvimento das atividades dos alunos em Unidade Hospitalares, Centro de 
saúde, visando proporcionar contato com a realidade e o exercício da profissão, 
como objetivo de diminuir a distância entre o campo e a sala de aula, para obter 
as experiências vivenciada na rotina dos profissionais da área da saúde. O 
estágio aqui relatado será realizado em um Hospital Cirúrgico Público da cidade 
de Camboriú, com os atendimentos realizados via SUS. 
 Tendo em vista acompanhar a rotina deste ambiente de trabalho para 
conciliar junto a psicologia atrelada com as equipes multiprofissionais, sendo os 
médicos, enfermeiros, pronto socorro, funcionários do setor da limpeza da 
cozinha, em geral, envolvendo os pacientes e familiares. 
 Cabe ressaltar a importância do psicólogo nos diversos ambientes do 
Hospital, englobando todos os setores de prática e estudo, que fazem parte 
deste ambiente, tenso repleto de expectativas, angustias árduo que merece um 
olhar mais acurado, com apoio psicológico e uma prática humanizada. 
 Nesse terreno da subjetividade, a relação entre psicologia e a medicina é 
de uma antinomia radical, enquanto a primeira faz da subjetividade o seu foco, 
a segunda, a medicina científica, exclui a subjetividade de seu campo epistêmico 
de uma forma sistemática, tendo mesmo ideal uma suposta abordagem objetiva 
do adoecimento. Tanto na realidade observada, fica evidente a questão da 
complexidade o medo de se expor revela em algum caso de insegurança 
pessoal. 
 O papel do psicólogo hospitalar no contexto geral busca minimizar o 
sofrimento psíquico, ansiedade estresse, cansaço físico e mental, frente ao 
enfrentamento na área profissional, relacionando também aqueles que lutam na 
linha de frente na batalha contra o covid-19, o sofrimento do dia adia dos 
pacientes frente ao adoecimento ajudando no processo e elaboração da 
ressignificação (óbito paciente), fazendo uso das principais ferramentas, na 
prática da escuta o acolhimento, proporcionando alivio para que todos os que 
4 
 
foram atendidos sinta- se respeitados e amparados ampliando assim o nosso 
conhecimento através dos estudos e atividades desenvolvidas no campo de 
estágio. 
 Diante da dura realidade que será vivenciado pelo estágio cabe salientar 
a supervisão do orientador sendo um aliado, que oferece suporte de sua vasta 
experiência podendo assim sanar as dúvidas e angustias, possibilitando aos 
acadêmicos sobressair com bons resultados neste campo árduo hospitalar. 
 Convém salientar de maneira introdutória a primeira experiência, e as 
expectativas da porta de entrada no primeiro dia de estágio neste Hospital 
Cirúrgico, como todo surgem o medo, ansiedade, na realidade sentir o peso da 
responsabilidade que é confiada a cada aluno estagiário neste aspecto posso 
dizer que está missão não é fácil mais não será impossível, com a direção e 
orientação da parte do professor orientador, que é notório sua imensa 
experiência neste campo hospitalar, podem ser resolvidos com suas orientações 
e manejos, assim abrira um leque de possibilidades dentro do campo 
profissional. 
 
1.1 O Parecer do Concelho Federal De Psicologia 
 
 O Estágio Supervisionado é um cumprimento da Lei de Diretrizes. A 
Psicologia é um conjunto de atividades supervisionadas realizadas em situações 
reais de vida e de trabalho, por um estudante regularmente matriculado em curso 
de graduação nessa área. Tem por objetivo desenvolver a aprendizagem 
profissional e sociocultural da (o) estudante, sob a responsabilidade e 
coordenação da instituição de ensino. 
 Por ser interface entre atividades acadêmica e profissional, o estágio 
oferece a possibilidade de problematizar a realidade, sendo espaço privilegiado 
para o exercício profissional supervisionado, para a intervenção em novos 
campos de atuação, bem como para o levantamento de questões de pesquisa. 
 Diante da constante ampliação das modalidades e contextos de atuação 
da (o) psicóloga (o), os estágios são importantes instrumentos pedagógicos de 
desenvolvimento profissional, social e da própria Psicologia. 3. LEGISLAÇÃO 
5 
 
FEDERAL A Lei nº 11.788/2008 (Lei do Estágio) regulamenta as O Código de 
Ética Profissional da (o) Psicóloga (o) delineia, para a sociedade, as 
responsabilidades e deveres da (o) psicóloga (o), oferece diretrizes para a sua 
formação e baliza julgamentos das suas ações, contribuindo para o 
fortalecimento e a ampliação do significado social da profissão. Especificamente, 
para a formação profissional, destacamos os Princípios Fundamentais I, II e VI 
do Código de Ética Profissional da (o) Psicóloga (o): I. A (O) psicóloga (o) 
baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, 
da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos. II. A (O) psicóloga (o) trabalhará 
visando promover a saúde qualidade de vida das pessoas e das coletividades e 
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, 
exploração, violência,crueldade e opressão. (...) VI. A (O) psicóloga (o) zelará 
para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando 
situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada. 
 Como o exposto em virtude da Resolução do Conselho Federal de 
Psicologia, sendo de extrema responsabilidade e dever do estagiário visando os 
Direitos Humanos, em oferecer serviços psicológicos de qualidade, utilizando os 
princípios, e conhecimentos fundamentados na ciência psicológica na ética e o 
sigilo profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
2.1 Reconhecimento da Instituição 
 
 A referida instituição Hospital Cirúrgico Camboriú (HCC), situada na 
Avenida José Francisco Bernardes, N° 787 bairros Areias, Camboriú- SC, de 
pronto atendimento vinte quatro horas sendo ofertado para a comunidade 
cirurgias seletivas aquelas sem caráter de urgência e emergência, via Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
 Os atendimentos ambulatoriais, ocorrências atendidas pelo Pronto 
Socorro anexo à estrutura, sendo hospital de pequeno porte. Diante da demanda 
do Covid-19, foi montado uma estrutura de ambulatório e centro de triagem para 
atender exclusivamente pacientes com possíveis sintomas do Covid-19, com o 
acesso pelos fundos do hospital para dar suporte e agilidade aos procedimentos 
junto às equipes de saúde e do departamento de vigilância epidemiológica. 
 O Hospital Cirúrgico Camboriú (HCC). Foi reaberto em setembro de 2017, 
dede então já foram realizadas mais de 2.800 cirurgias eletivas de baixa e média 
complexidade. As cirurgias realizadas no Hospital Cirúrgico Camboriú, é de 
especialidades nas áreas geral, ginecologia, ortopedia, vascular, oftalmologia, 
planejamento familiar (vasectomia e laqueadura). O tempo estimado para a 
permanência no hospital pós-cirurgia é de quarenta e oito horas mais depende 
da avaliação do médico responsável. 
 O Pronto Atendimento (PA), anexo ao hospital conta com a equipe de 
quatros médicos plantonistas, com a jornada de trabalho que é de vinte quatro 
horas, sendo essas indispensáveis para dar início aos atendimentos a população 
de forma geral. 
 A recepção presta serviços de atendimentos ao usuário para realização 
da inscrição no Hospital Cirúrgico e Pronto-Socorro, sendo necessário a entrega 
de todas as documentações dos usuários. 
 
7 
 
2.1.2 Estrutura física organizacional 
 
 A estrutura organizacional do HCC, é composta de uma coordenadora, 
uma diretora geral, médicos vinte quatro horas a cada doze horas a todos são 
quatros médicos, na área dentro do espaço do Covid-19, duas médicas a cada 
doze horas, trinta e seis técnicos de enfermagem, contendo uma responsável 
técnica de enfermagem, uma farmacêutica, uma nutricionista, cento e vinte e oito 
enfermeiros, sendo alguns do centro cirúrgico de segunda a sexta, seis técnicos 
de radiologia R-X, oito recepcionistas, três cozinheiras, duas auxiliares de 
cozinha, uma faturista de contas médicas, doze funcionárias do setor da limpeza, 
quatros motoristas de ambulâncias. 
 
2.1.3 Espaços Físicos 
 
 Uma sala de eletrocardiograma, uma sala de exames laboratoriais, vinte 
e três leitos cirúrgicos, dez leitos do Covid-19, seis leitos de observação (PA), 
uma sala de sutura contendo três leitos, dois leitos completo na sala de 
emergência, três poltronas na sala de observação, um centro cirúrgico contendo 
três salas cirúrgicas, três consultórios médicos (PA), dois consultórios médicos 
para atendimentos ambulatoriais, uma sala de coleta de (Covid-19), uma sala de 
classificação de risco, “triagem” uma sala de emergência, uma sala de sutura, 
duas salas de isolamento com quatros leitos, uma capela, uma ampla cozinha 
contendo um refeitório dos funcionários, uma lavanderia. Em todos os espaços 
físico do local é provido de banheiros, bebedouros de água, álcool em gel, e um 
amplo estacionamento. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 Cognitivo-Comportamental 
 
 A Terapia Cognitiva, criada por Aaron Beck na década de 60, consiste em 
uma abordagem diretiva, objetiva, focada no aqui-agora, de tempo limitado e 
baseada no método científico (BECK, RUSH, SHAW & GARY, 1997). Adota o 
modelo biopsicossocial e considera a influência de fatores psicológicos, 
ambientais, biológicos e sociais como fundamentais para o entendimento do 
comportamento humano. 
De acordo com a Terapia Cognitiva, os transtornos psicológicos decorrem 
de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os acontecimentos, 
influenciando o afeto e o comportamento. No entanto, é relevante ressaltar que 
isso não significa que os pensamentos causam os problemas emocionais, mas 
sim que modulam e mantêm as emoções disfuncionais, independentemente de 
suas origens (FALCONE, 2001). 
 A maneira como um indivíduo interpreta situações específicas (e não as 
situações em si) influencia seus sentimentos, motivações e ações. Portanto, o 
foco do modelo cognitivo está na interação entre pensamentos, sentimentos e 
comportamentos. O objetivo fundamental desta terapia é a mudança do 
comportamento do indivíduo através da modificação de seus pensamentos. 
Na perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental, uma crise surge 
quando o estresse e a tensão na vida do indivíduo atingem grandes proporções 
(GREENSTONE & LEVITON, 1992; DATTILIO & FREEMAN, 2004). Relaciona-
se a um acontecimento desencadeante de duração limitada que perturba a 
capacidade habitual do indivíduo de enfrentar e solucionar problemas 
(ROSENBAUM & CALHOUN, 1977; DATTILIO E FREEMAN, 2004). 
Sabe-se que, independentemente da razão médica pela qual uma pessoa 
é hospitalizada, esta será para ela uma experiência de incertezas e apreensão, 
deixando vulneráveis o paciente e sua família. A quebra da rotina, o afastamento 
9 
 
das pessoas próximas e queridas, o contato com um ambiente desconhecido e 
marcado por regras próprias, assim como a dependência de cuidados alheios e 
a suspensão dos projetos de vida caracteriza a hospitalização como uma 
situação ameaçadora e geradora de ansiedade. 
Quando a hospitalização é prolongada, com intercorrências e descoberta 
de diagnóstico grave, a situação de crise fica ainda mais configurada, 
predispondo o indivíduo a uma série de reações emocionais. Tais reações 
podem incluir insônia, perda do apetite, preocupações, medos e tristeza de leve 
intensidade, identificadas como transtorno de ajustamento, e, por isso, 
transitórios, ou quadros psicopatológicos tais como depressão, ansiedade e 
quadros confusionais com maior potencial de desajustamento e prejuízo na 
recuperação (BOTEGA, 2002). Tais situações demandam intervenção efetiva e 
pontual por parte do psicólogo. 
Citando DiTomasso, Martin e Kovnat (2004), diversos fatores (cognitivos, 
comportamentais e físicos) contribuem para o surgimento de uma crise em 
resposta a um evento estressante. Abaixo propomos uma adaptação dos fatores 
descritos por estes autores para a prática da TC no contexto hospitalar. 
. Crenças, atitudes e suposições irrealistas. Esses esquemas 
provavelmente terão uma influência determinante sobre os pensamentos, 
comportamentos e reações emocionais do paciente (BECK, 1976; 
NEEDLEMAN, 1999; PERSONS, 1989); Diante de quadros de dor crônica 
oncológica, por exemplo, a crença de pacientes, familiares, e mesmo dos 
profissionais de saúde, de que opioides são extremamente prejudiciais devido 
aos seus efeitos colaterais, resultam em tratamento inadequado e pouco efetivo, 
prolongando desnecessariamente o sofrimento do paciente (GARCIA & 
PIMENTA, 2005; GARCIA, 2006). 
• Distorções cognitivas. Um exemplo de erro cognitivo é a catastrofização, 
que pode ser compreendida como uma supervalorização negativa dos 
acontecimentos. Um paciente com este tipo de distorção, poderá avaliar um 
sintoma corriqueiro como uma doença grave e reagirá de forma exacerbada. 
Este é um erro cognitivocomum em pacientes hipocondríacos. 
10 
 
• Recordações e percepções tendenciosas. Pacientes com experiências 
negativas de doença e/ou hospitalização podem ter memórias negativas que 
distorçam ainda mais a percepção da situação vivida; 
• Tríade cognitiva. A visão negativa do self, do mundo e do futuro (BECK, 
1976; BECK, 1997) pode prejudicar o paciente que está enfrentando uma doença 
e internação. Os pacientes com baixa autoestima estão mais propensos a sentir 
culpa e a responsabilizar-se desnecessariamente pela enfermidade. Da mesma 
forma, uma visão negativa do mundo pode reforçar essa posição de culpa. Assim 
como uma visão negativa do futuro pode reforçar sentimentos de desesperança, 
solidão e abandono diante da situação de doença e hospitalização. 
 
3.1.2 Fatores comportamentais 
. Falta de estratégia de enfrentamento. Os recursos de enfrentamento 
podem ser definidos como os esforços cognitivos e comportamentais específicos 
adotados pelo indivíduo para administrar uma condição de estresse. O uso 
destas estratégias visa alterar as situações estressoras e, quando não for 
possível, controlar as emoções, a perturbação ou os desconfortos relacionados 
à condição imutável. O sucesso das estratégias de enfrentamento depende dos 
recursos individuais saudáveis, crenças e compromissos, habilidades 
intelectuais e sociais, suporte social e recursos materiais. (PORTNOI, 2003). 
• Falta de apoio social. O suporte social pode ser definido como as 
provisões percebidas ou reais, instrumentais ou expressivas supridas pela 
comunidade, redes sociais ou parceiros confiáveis. (LIN, 1986 apud ZIMET et 
al., 1988). O suporte social funciona como um amortecedor entre os eventos 
estressantes e os sintomas físicos e psicológicos, observando-se relação inversa 
entre suporte social e estados de depressão e ansiedade. A hipótese é de que o 
suporte social eleve a autoestima e propicie sentimentos positivos, fortalecendo 
o sistema autoimune, além de promover e manter comportamentos saudáveis 
(ZIMET et al., 1988). 
• Incapacidade de pedir ajuda. A literatura substancial de coping indica 
que o uso do suporte social está entre as estratégias mais adaptativas, seja o 
estressor controlável ou incontrolável, agudo ou crônico (HOLAHAN, MOSS & 
11 
 
BONIN, 1997 apud WLLIANSON et al., 2002). Entre pacientes adultos com 
diabetes melitus, aqueles com baixos níveis de confiança e inabilidade para 
colaborar com outros prolongadamente expressaram dificuldade para 
estabelecer parceria com os profissionais de saúde, com potencial prejuízo da 
adesão ao tratamento (CIECHANOWSKI & KATON, 2006). Estratégias 
evitativas, que envolvem o distanciamento de pessoas que poderiam ser 
suportivas, podem contribuir para o maior distresse do cuidador (THOMPSON, 
GUSTAFSON, HAMLETT & SPOCK, 1992 apud WLLIANSON et al., 2002). 
3.1.2 Fatores Físicos 
 
O paciente internado encontra-se com sua condição física debilitada e é 
comum que vivencie um processo regressivo do ponto de vista psicológico 
(SPITZ, 1997 apud FORTES, 2002). Se por um lado está regressão o favorece 
a aceitar cuidados, focando-se em sua saúde, por outro, pode baixar sua 
tolerância para lidar com os acontecimentos, prejudicando-o no tratamento e, 
consequentemente, em sua evolução clínica. 
Diante do que foi exposto, a avaliação psicológica será fundamental para 
nortear as intervenções. Deve-se: 
•. Explorar o sofrimento do paciente: O paciente internado quando 
avaliado, deverá ser investigado em todos os aspectos, de forma a não se 
prender apenas aos sintomas físicos. Deve-se dar ênfase à compreensão das 
cognições e crenças que colaboram para as possíveis distorções na percepção 
do momento atual que podem de maneira errônea estar aumentando o 
sofrimento e angústia do paciente. 
•. Identificar a percepção do paciente sobre o evento: O terapeuta deve 
colher informações sobre o significado idiossincrático que a internação e doença 
têm para o paciente. Levando-se em consideração nos casos de doenças 
crônicas, a repercussão que esta terá na vida futura (do paciente). 
•. Investigar os aspectos mais perturbadores da situação-problema: 
Muitas vezes, embora o paciente tenha descoberto um diagnóstico grave, no 
momento não são preocupações relacionadas a este que o perturbam, e sim, 
12 
 
acontecimentos anteriores não resolvidos. Nosso foco então será esta situação 
não resolvida. 
 
“Sua principal tarefa (é) a avaliação e o acompanhamento de intercorrências 
psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos 
médicos, visando basicamente a promoção e/ou recuperação da saúde física 
e mental. Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente e 
do paciente, paciente/família e paciente/paciente e do paciente em relação 
ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que 
emergem neste processo. (Conselho Federal de Psicologia, 2007, p. 21) ” 
 
 
As técnicas cognitivas e/ou comportamentais podem ser aplicadas para a 
compreensão e o manejo de problemas de saúde, podendo ser usadas em 
diversas situações, como sala de espera, grupo terapia, atendimento individual, 
em pacientes hospitalizados ou ambulatoriais e até mesmo no atendimento aos 
familiares. 
De forma geral, estudos demonstraram que as técnicas têm um papel 
imprescindível na redução dos sintomas apresentados pelos pacientes, além de 
proporcionar maior enfrentamento da doença e da hospitalização (NOGUEIRA, 
ZANIN, & NETINHO, 2010; NEVES NETO, 2001; SARDINHA, OLIVA, RIBEIRO, 
& FALCONE, 2005). Cabe ressaltar que o profissional deverá ter amplo domínio 
dos aspectos teóricos da TCC para que consiga entender quando e como aplicar 
as técnicas em suas intervenções. 
De acordo com Maia, Braga, Nunes, Nardi e Silva (2013), a 
psicoeducação, o auto monitoramento e a exposição facilitam a identificação e a 
resposta aos pensamentos automáticos disfuncionais, diminuem o nível de 
depressão e ansiedade, e, ainda, promovem maior capacidade para tomar 
decisões sobre o tratamento médico. Brasio, Laloni, Fernandes e Bezerra (2003) 
observaram redução do nível de depressão, estresse e ansiedade em pacientes 
com fibromialgia que utilizaram as técnicas de reestruturação cognitiva, controle 
do estresse e relaxamento muscular progressivo. 
Tal estudo corroborou os achados da literatura que apontam a eficácia do 
relaxamento em pacientes com doenças médicas e, inclusive, hospitalizados, 
pois a técnica pode ser facilmente utilizada em ambientes hospitalares 
13 
 
(ANDREOLI et al., 2013; BARBOSA, SANTOS, & LEITÃO, 2007; LOPES, 
SANTOS, & LOPES, 2008). 
 
“A TCC baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipótese de que as emoções e 
comportamentos das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos. Não é uma 
situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas 
interpretam uma situação (BECK, 1964; ELLIS, 1962 apud BECK, RUSH, SHAW, & EMERY, 
1979/1997). ” 
 
 
 
 
Dessa forma, o psicólogo cognitivo irá buscar no repertório de cada 
paciente (tratamento individualizado) como ele percebe aquela situação em si e 
assim, verificar podem ou poderão potencializar sintomas negativos no decorrer 
do tratamento clínico. 
 A terapia cognitiva está presente em uma série de tratamentos clínicos 
realizados em hospitais, como no tratamento de pacientes com hepatite C, 
síndrome do cólon irritável, entre outros e tem como objetivo verificar o padrão 
de funcionamento geral dos indivíduos que adoecem e desenvolver estratégias 
de intervenção que facilitem a mudança de padrões comportamentais, cognitivos 
e emocionais relacionados com o desenvolvimento e a manutenção das doenças 
(KNAPP, 2004). 
Sabe-se que as experiências negativas de doença e/ou hospitalizações 
anteriores, o modo pelo qual o paciente interpreta situações de estresse, a 
maneira como são passadas as orientações pela equipe e afalta de informação 
são alguns determinantes que podem desencadear problemas de ordem 
emocional durante a internação. Técnicas da terapia cognitiva com pacientes 
hospitalizados uma das primeiras etapas a serem realizadas pelo terapeuta 
cognitivo é através de fatores como empatia e autenticidade, criar uma aliança 
terapêutica com o paciente. Espera-se que através desta, o paciente se sinta 
acolhido e, dentro do possível, com todas as suas necessidades básicas 
realizadas, onde se necessário, o terapeuta recorrerá a outros membros da 
equipe, como a nutricionista no caso de pacientes que não estão se possíveis 
14 
 
distorções de pensamentos que alimentando ou ao médico assistente, no caso 
de dores ou outros sintomas. 
 Essa postura, além de estimular a equipe envolvida no caso, oferece 
referencias para atendimento humanizado (MAZUTTI & KITAYAMA, 2008). 
Enquanto o terapeuta acolhe e escuta o paciente, ele procura identificar seus 
recursos internos adaptativos para o enfrentamento da situação de doença, 
explicando ainda o que se espera dele durante o processo psicoterapêutico, 
quais são as suas expectativas e motivações para a mudança, se ele vê barreiras 
no processo, custos para mudanças e explica-se a natureza da TCC. Se 
necessário, utilizam-se testes para identificação de transtornos mentais, tais 
como inventário de depressão de Beck, inventário de ansiedade traço-estado de 
Spielberg, inventário de sintomas de estresse de Lipp, questionário de qualidade. 
(NETO, 2001). 
Na TCC a comunicação entre terapeuta e paciente ocorre baseada no 
método de ensino de Sócrates, que consiste na realização de perguntas com 
respostas abertas, favorecendo que o terapeuta oriente o paciente de forma que 
ele entenda seu problema, explore possíveis soluções e desenvolva um plano 
para lidar com suas dificuldades (KNAPP, 2004). Esse aprendizado torna o 
paciente mais seguro para tomar suas próprias decisões, tornando-se seu 
próprio terapeuta. 
Devido à fragilidade física e emocional que um internamento impõe, assim 
como a dependência e a falta de autonomia, é comum pacientes apresentarem 
comportamento passivo diante do tratamento, não investindo no seu 
autocuidado. Esse comportamento de "paralisação" pode fazer com que o 
paciente tenha dificuldades em aprender as orientações verbais que lhe serão 
transmitidas pela equipe (ROMANO, 2001). 
 Há ainda, aqueles que acabam percebendo o internamento como uma 
forma de obter atenção de familiares, tornando o mesmo um reforçador negativo 
para a manutenção da doença. Para trabalhar essas situações, o terapeuta 
constrói junto com o paciente recursos para motivá-lo a ter uma postura pró ativa 
no tratamento e assim percebendo e modificando comportamentos 
desadaptativos. 
15 
 
Posteriormente, o psicólogo irá avaliar como esse paciente está 
percebendo. Todo o processo, suas cognições, a motivação para o tratamento, 
e possíveis dificuldades no pós-operatório, no caso de pacientes cirúrgicos. Essa 
etapa tem como principal objetivo caracterizar o problema principal e seus 
componentes: história, tempo de duração, crenças que contribuem para a 
manutenção do problema e os recursos que o paciente utiliza para lidar com ele, 
interferência nas atividades diárias, o respectivo grau de comprometimento, nível 
de incapacitação e a esquiva de certas situações (KNAPP, 2004). 
Depois de colhidas tais informações é elaborado o perfil do paciente e a 
escolha das metas do tratamento, baseados nos comportamentos e cognições 
que mantém os sintomas atuais. É definido então, junto com o paciente a lista 
dos problemas atuais e qual o papel do mesmo para resolvê-los, dentro dos 
limites impostos pela situação, e assim auxiliar o paciente a perceber quais os 
comportamentos ou cognições podem ser ajustados trazendo conforto durante 
o seu tratamento, uma vez que, dificilmente trará a cura de sua doença. 
Essas intervenções buscam aumentar a adesão ao tratamento clinico, 
reduzir o estresse e ansiedade, treinar habilidades para lidar com problemas e 
desenvolver autoestima para o cuidado de si mesmo (KNAPP, 2004). 
Os exercícios, experimentos e técnicas são outros aliados fundamentais 
para auxiliar o paciente a perceber na prática como pensamentos e 
comportamentos podem influenciar seu estado de humor. As tarefas escolhidas 
para serem utilizadas entre as consultas devem estar associadas a um problema 
que necessite intervenção imediata, considerando a capacidade do paciente par 
para executá-las deforma gradual.(KNAPP,2004). 
 Através de material impresso fornecido pelo terapeuta, o paciente mesmo 
acamado, pode identificar pensamentos disfuncionais (Ex: "estou doente porque 
mereço"), emoções desagradáveis (Ex: ansiedade) e comportamentos 
desadaptativos (resistência à fisioterapia, isolamento). Além disso, podem ainda 
fazer leitura de textos psicoeducativos, diários de controle da dor e do tabagismo 
e outros registros de pensamentos e comportamentos que estão influenciando 
na evolução do seu tratamento. (NEVES, NETO. 2001). 
O paciente, assim como a maioria da população, não possui 
conhecimentos específicos sobre rotinas hospitalares, e falar sobre eles com 
16 
 
quem os realiza, ajuda a entender o porquê de tais procedimentos e assim tornar 
o paciente mais envolvido e comprometido com o resultado. A psicoeducação 
realizada por psicólogos auxilia o paciente a vivenciar de maneira mais segura e 
tranquila todas as etapas do tratamento. 
Condutas de rotina, como administração, ingestão e efeitos colaterais de 
medicamentos, dietas alimentares, exercícios físicos, sono, atividades de lazer, 
ocupação profissional e grau de satisfação, devem ser discutidas, buscando-se 
a alteração dos aspectos nocivos, a melhor adaptação àqueles que não podem 
ser alterados e a consolidação e reforço dos que promoverem bem-estar e saúde 
(KNAPP, 2004). 
Dessa forma, conclui-se que obter informações a respeito de sua doença 
e o tratamento diminui sintomas como a ansiedade, assim como incertezas sobre 
o seu diagnóstico podem causar ao paciente e sinais de tensão frente ao 
desconhecido. Segundo Neves Neto (2001) a distorção dos sintomas físicos 
muitas vezes vem acompanhada de falta de informações sobre a doença, seu 
aparecimento, curso e tratamento. 
Segundo Gomes e Pergher (2010), logo após a avaliação e a formulação 
de caso, terapeuta e paciente partirão para a escolha das metas do tratamento 
com base nas cognições que mantêm os sintomas atuais. A intervenção visará 
o aumento da qualidade de vida do paciente, o estabelecimento de recursos de 
enfrentamento, o treinamento das habilidades de resolução de problemas, a 
redução considerável do nível das sintomatologias de ansiedade e depressão, a 
redução do estresse que o ambiente hospitalar pode causar. Destaca-se que os 
exercícios, as técnicas e os experimentos são aliados do terapeuta nesse 
processo. 
Segundo a literatura nacional, as principais técnicas utilizadas pelos 
terapeutas cognitivo-comportamentais no hospital geral são: treino de 
habilidades sociais, psicoeducação, relaxamento, dessensibilização sistemática 
e distração cognitiva (CASTRO et al., 2012; FLORES, 2012; GOMES & 
PERGHER, 2010; MAZUTTI & KITAYAMA, 2008; PEREIRA & PENIDO, 2010; 
SILVA et al., 2011). 
As técnicas cognitivas e/ou comportamentais podem ser aplicadas para a 
compreensão e o manejo de problemas de saúde, podendo ser usadas em 
17 
 
diversas situações, como sala de espera, grupo terapia, atendimento individual, 
em pacientes hospitalizados ou ambulatoriais e até mesmo com os familiares. 
De forma geral, estudos demonstraram que as técnicas têm um papel 
imprescindível na redução dos sintomas apresentados pelos pacientes, além de 
proporcionar maior enfrentamento da doença e da hospitalização (NOGUEIRA, 
ZANIN, & NETINHO, 2010; NEVES NETO, 2001; SARDINHA, OLIVA, RIBEIRO, 
& FALCONE, 2005). Caberessaltar que o profissional deverá ter amplo domínio 
dos aspectos teóricos da TCC para que consiga entender quando e como aplicar 
as técnicas em suas intervenções. 
 
3.1.4 Psicologia Hospitalar 
 
 Segundo Sebastiani (2000), observa-se que na mesma época em que 
ocorreram os primeiros movimentos mais consistentes a fim de oficializar a 
Psicologia como profissão o Brasil, instalaram-se no país os primeiros serviços 
estruturados e oficializados de Psicologia Hospitalar. Esses serviços foram 
implantados de1952 a 1954 na Ortopedia e em 1957 na Unidade de Reabilitação, 
ambas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de 
São Paulo. No início da década de 60, a Psicologia foi oficialmente reconhecida 
como profissão no Brasil. Nesse período, observa -se também a expansão de 
iniciativas de vários psicólogos para desenvolver seus trabalhos em hospitais 
gerais. 
Além disso, é fundada em Cuba a primeira sociedade de Psicologia da 
Saúde no mundo. Percebe-se também que, tanto no Brasil como em outros 
países da América Latina, as atividades voltadas para a atenção à saúde da 
população com a participação de psicólogos são desenvolvidas, se expandido o 
campo de atuação para além das delimitações do modelo clínico. A Psicologia 
Hospitalar foi crescendo na medida em que se enfatiza o caráter preventivo, 
considerando não só os aspectos físicos, mas também os emocionais da 
doença. O ser humano deve ser considerado em sua globalidade e o profissional 
deve, portanto, desenvolver uma filosofia humanista no tratamento com os 
pacientes. 
18 
 
Para que possamos entender o surgimento e a consolidação do termo 
Psicologia Hospitalar em nosso país, é importante ressaltar que as políticas de 
saúde no Brasil são centradas no hospital desde a década de 40, em um modelo 
que prioriza as ações de saúde via atenção secundária (modelo 
clínico/assistencialista), e deixa em segundo plano as ações ligadas à saúde 
coletiva (modelo sanitarista). Nessa época, o hospital passa a ser o símbolo 
máximo de atendimento em saúde, ideia que, de alguma maneira, persiste até 
hoje. Muito provavelmente, essa é a razão pela qual, no Brasil, o trabalho da 
Psicologia no campo da saúde é denominado Psicologia Hospitalar, e, não, 
Psicologia da Saúde (SEBASTIANI, 2003). 
 Mais que uma atuação determinada por uma localização, a "Psicologia 
hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos 
em torno do adoecimento" – aquele que se "dá quando o sujeito humano, 
carregado de subjetividade, esbarra em um "real", de natureza patológica, 
denominado "doença” (SIMONETTI, 2004, p. 15). 
É importante apontar o objeto da psicologia hospitalar e estabelecer que 
está relacionado aos aspectos psicológicos, e não às causas psicológicas. 
Assim, fica estabelecido que "a psicologia hospitalar não trata apenas das 
doenças com causas psíquicas, classicamente denominadas "psicossomáticas", 
mas sim dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença", uma vez que é 
factível que "toda doença se encontra repleta de subjetividade, e por isso pode 
se beneficiar do trabalho da psicologia hospitalar" (SIMONETTI, 2004, p. 15). 
 
3.1.5 O papel do psicólogo no contexto hospitalar 
 
 O objetivo do psicólogo hospitalar é auxiliar o paciente em seu processo 
de adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela 
hospitalização, devendo prestar assistência ao paciente, seus familiares e a toda 
equipe de serviço, levando em conta um amplo leque de atuação e a pluralidade 
das demandas (CHIATTONE, 2011). 
 A atuação do profissional da psicologia no contexto hospitalar não se 
refere apenas à atenção direta ao paciente, refere-se também a atenção à família 
19 
 
e a equipe de saúde, com o objetivo de promover mudanças, atividades curativas 
e de prevenção, além de possibilitar a diminuição do sofrimento que a 
hospitalização e a doença causam no sujeito. 
 Segundo Lucio Pinkus, (1988) trata-se neste contexto, as disciplinas 
psicológicas ensinam como o crescimento biofísico humano parte de uma base 
instintivo- hereditária um tanto limitada ligada ao patrimônio genético que 
modifica e enriquecida pelas informações provenientes ou fontes externas ao 
indivíduo, (ambiente familiar, escola, ambiente de trabalho, estímulos culturais, 
fatores socioeconômicos), ou de fontes internas (sensações de prazer ou dor, 
etc.). 
 A psicologia hospitalar busca uma visão mais ampla além do 
adoecimento, visando levar e elaborar e resgatar a esperança e a luta pela vida, 
em capacitar o paciente a lidar com situações difíceis referente ao quadro clínico. 
Compreendendo o papel do psicólogo hospitalar atuando como intérprete das 
demandas paciente família, a equipe profissional, facilitando o diálogo entre essa 
tríade dando o apoio psicológico esclarecendo as dúvidas gerando qualidade de 
vida e promoção da saúde. 
A partir disso cabe um olhar criterioso no processo do indivíduo 
hospitalizado, a triagem iniciara através de análise do prontuário a comunicação 
com a equipe de saúde enfermagem, bem como a observação técnica entrevistar 
avaliar a adequação frente ao encaminhamento para serem acompanhado pelos 
profissionais da saúde a rede de apoio sendo-o (CAPS). 
Segundo (MORETTO, 2001). O foco da psicologia hospitalar está em 
torno da pessoa paciente, pessoas família, pessoas equipe dos profissionais. A 
psicologia hospitalar define como o objeto de trabalho não só a dor do paciente, 
mas também a angustia declarada da família, a angustia disfarçada da equipe e 
a angustia negada dos médicos. A função da psicologia é facilitar e mediar os 
relacionamentos entre pacientes, familiares e médicos. Em sua subjetividade. 
Um dado relevante também apontado é que muito dessa percepção da 
equipe sobre o trabalho do psicólogo depende de como ele se coloca dentro 
desse grupo, do seu posicionamento diante da equipe vai depender muito da 
cultura do hospital e de como o psicólogo se faz presente esse conjunto de 
elementos, inegavelmente, torna-os mais capacitados a se inserir na equipe 
20 
 
profissional e buscar dela o respeito e a valorização, pois, conforme verificado 
em seus depoimentos, quando o psicólogo mostra adequadamente seu papel e 
seu trabalho e mostra que ele é fundamentado, toda a equipe e, principalmente 
o paciente e seus familiares, beneficiam-se com sua atuação. 
Considerando-o às práticas do psicólogo hospitalar em sua atuação frente 
a demanda recorrente, quando solicitado para contribuir com a visão da 
psicologia, tendo o olhar clínico aprofundando-se no conhecimento com base da 
ética profissional e do cuidado tendo como objetivo saúde-doença, prevenção e 
promoção da saúde. 
A saúde é mencionada como fator essencial para o desenvolvimento 
humano; um dos campos de ação propostos no contexto da promoção da saúde 
é a criação de ambientes favoráveis; o desenvolvimento sustentável coloca o ser 
humano como agente central do processo de defesa ao meio ambiente e tem, 
no aumento da expectativa de vida saudável e com qualidade, um de seus 
principais objetivos (BUSS, 2009, p. 20). 
Para a prevenção, evitar a enfermidade é o objetivo final e, portanto, a 
ausência de doenças seria um objetivo suficiente. Para a promoção da saúde, 
objetivo contínuo é um nível ótimo de vida e de saúde registrado em um indivíduo 
sempre haverá algo a ser feito para promover um nível de saúde melhor e 
condições de vida satisfatórias. (GUITIERREZ et al., 1997, apud BUSS, 2009). 
4. METODOLOGIA 
 
Acolher e trabalhar com pacientes de todas as faixas etárias, bem como suas 
famílias, em sofrimento psíquico decorrente de suas patologias, internação e 
tratamento. O psicólogo faz parte de uma equipe multidisciplinar considerando 
uma vantagem, pois só assim se poderá apresentar a especificidade do trabalho 
psicológico, considerando-se os múltiplos enfoques. Com certeza é comumno 
âmbito hospitalar a escuta observação clínica no atendimento ou parecer do 
procedimento, a escuta clínica prática diferenciada sempre deverá estar 
presente, seja em ação emergencial médica ou em ação em emergencial 
psíquica. 
Para melhor compreensão e contribuição da estagiaria de psicologia, a 
abordagem aqui adotada seguiu das orientações e manejos e técnicas advinda 
21 
 
da Supervisão do Estágio em Saúde e Hospitalar, a abordagem metodológica é 
de caráter subjetivo e qualitativo, a princípio, por meio de informações coletadas 
através da leitura e analise de livros e artigos acadêmicos, o estágio foi realizado 
no Hospital Cirúrgico Camboriú. 
 A partir do exposto, é possível compreender com base da literatura que 
fundamenta as técnicas utilizadas na Terapia Cognitivo-Comportamental. Os 
recursos terapêuticos utilizados neste estágio hospitalar foram trabalhados o 
acolhimento, a vinculação, a escuta e intervenção como instrumento dos 
atendimentos seguindo o aconselhamento e encaminhamento quando julgados 
necessários. Os planejamentos de atuações consistiam sobre o tema 
importantes que visam a vida dos pacientes e crianças. O cuidado com a saúde 
de modo de prevenção e promoção da saúde. 
Prevenção tem como objetivo evitar doenças com o foco direcionado às 
ações que o indivíduo deve realizar, e aos procedimentos biológicos. 
Promoção de saúde envolve a necessidade de compreensão da saúde 
e na falta desta a compreensão do modo de vida do indivíduo. Considerando a 
dimensão subjetiva como um dos aspectos implicados na compreensão do modo 
de vida e da saúde, sendo que se atua considerando os aspectos 
biopsicossociais. 
 
4.1 Recursos metodológicos utilizados 
 
Cabe salientar sobre tais recursos que foram utilizados durante ás 
atuações no campo de estágio do Hospital Cirúrgico Camboriú. 
Levantamentos de coleta de dados para obter as informações necessárias 
foram utilizados métodos de entrevistas como questionamentos análise de 
dados que permitiam a identificação de alguns aspectos relevantes, a coleta de 
informações possibilitaram a compreensão que demandava os pacientes 
facilitando observar alguns elementos importantes relacionados as dificuldades 
encontrado no contexto histórico do paciente enquanto físico e psicológico, estes 
instrumentos foram fundamentais nos procedimentos de atuação. Outros 
recursos utilizados nos atendimentos com crianças, que foram abordados de 
22 
 
forma lúdicas através de: histórias com bonecos de fantoches, sempre 
adequados para os diversos públicos atendidos. 
Às quartas-feiras no horário das treze horas e trinta minutos, no período 
da tarde realizava-se atendimentos e apoio psicológico com os pacientes que se 
encontravam internado nas enfermarias, pronto-socorro, urgência e emergência, 
atendimento com paciente e família. Às quintas-feiras a cada quinze dias no 
horário das oito horas no período da manhã realizava atendimentos e apoio 
psicológico aos pais e crianças que serão submetidas a cirurgias. Com o objetivo 
de minimizar assim os efeitos causados em muitas delas por estar em um 
hospital. 
. Visita no leito do paciente 
. Apoio psicológico 
. Entrevistas 
. Coletas de informações e verificação de dados 
. Análise e observações 
 
 
Visando a Lei que rege o Código de Ética Profissional, como visto, o sigilo 
é simultaneamente direito do paciente e dever do profissional sendo assim 
preservando todos os dados e informações fornecidos e acesso aos prontuários 
e a coletas das informações com o paciente. 
 O Código de Ética Profissional do Psicólogo (CONSELHO FEDERAL DE 
PSICOLOGIA, 2005) estabelece que o Psicólogo deve pautar sua conduta com 
base em princípios fundamentais, que versam sobre respeito, liberdade, 
dignidade, igualdade e integridade do ser humano. Este deve contribuir para 
eliminação da negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão, atuar com responsabilidade social, analisando crítica e 
historicamente a realidade, e buscar contínuo aprimoramento profissional. 
O atendimento psicológico a pacientes com ideação ou tentativa de 
suicídio levanta questionamentos em relação a aspectos éticos, notadamente no 
23 
 
que se refere à questão do sigilo. O exercício profissional do Psicólogo deve se 
pautar na ética para garantir relação adequada entre profissional, cliente e 
sociedade, de acordo com valores relevantes. Pode ser difícil para o Psicólogo 
deliberar e decidir, pois ações humanas ocorrem numa confluência complexa de 
circunstâncias: experimentos podem ferir a dignidade humana, um Psicólogo 
Clínico pode interferir muito na vida do paciente e o trabalho em instituições pode 
envolver conflito de interesses (LEOPOLDO E SILVA, 1998). 
Todos os atendimentos escutas e acolhimentos aconselhamentos, foram 
relatados e arquivados sigilosamente constituindo registro do trabalho realizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. ATIVIDADES PLANEJADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
 
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2007), Psicologia 
Hospitalar é uma especialidade que, dentre outras funções, oferece e 
desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento. Sua principal tarefa 
(é) a avaliação e o acompanhamento de intercorrências psíquicas dos pacientes 
que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos, visando basicamente 
a promoção e/ou recuperação da saúde física e mental promove intervenções 
direcionadas à relação médico/paciente e da paciente família, e do paciente em 
relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que 
emergem neste processo. (Conselho Federal de Psicologia, 2007, p. 21) 
24 
 
 A definição do Conselho Federal de Psicologia não exclui ações de promoção à saúde. No 
entanto, o que ocorre na prática é que os psicólogos hospitalares no Brasil estão envolvidos 
basicamente em ações secundárias, ou seja, oferecendo suporte aos familiares, pacientes ou 
equipes de saúde. Isso acontece porque as ações dos hospitais concentram-se basicamente nas 
intervenções curativas, o que pode ser explicado pela história da saúde pública do país. No 
Brasil, as políticas de saúde estão centradas no modelo clínico/assistencialista desde a década 
de 40, priorizando ações curativas e deixando, em segundo plano, ações ligadas à saúde 
coletiva. Dentro desse modelo, o hospital assumiu fundamental importância, pois passou a ser o 
símbolo das ações de saúde (Sebastiani, 1999). 
 Nas primeiras definições do termo "promoção de saúde" de Sigerist (1946) 
dizia-se que a "saúde se promove proporcionando condições de vida decentes, 
boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de lazer e 
descanso" (Buss, 2009, p. 21). Ou seja, desde o início na promoção de saúde 
olha-se para o indivíduo em sua integralidade. A saúde é produto de um amplo 
espectro de fatores relacionados com a qualidade de vida, incluindo um padrão 
adequado de oportunidades de educação ao longo de toda a vida, ambiente 
físico limpo, apoio social para famílias e indivíduos, estilo de vida responsável e 
um espectro adequado de cuidados de saúde; suas atividades estariam, então, 
mais voltadas ao coletivo de indivíduos e ao ambiente, compreendido, num 
sentido amplo, por meio de políticas públicas e de ambientes favoráveis ao 
desenvolvimento da saúde e do reforço da capacidade dos indivíduos e das 
comunidades (empowerment) (Buss, 2009, p. 23). 
5.1 Apresentação das atividades e conduta terapêutica 
 
Diante dos requisitos exigidos durante o estágio específico supervisionado 
no âmbito hospitalar neste capítulo será apresentado um pouco sobre essa área 
da psicologia e práticas suas condutas todos os atendimentos e procedimentos 
dos envolvidos nesta etapa. A prática adotada pela abordagem Terapia 
Cognitivo-Comportamental é diretiva, estruturada e focada no aqui agora com 
atitude empática utilizando uma linguagem clara e objetiva.Iniciou-se o estágio específico II no Hospital Cirúrgico Camboriú, no dia 
04/08/2021 ás 13:00 a 18:00 nas quartas-feiras, e a cada quinze dias no período 
da manhã ás 8:00 a 12:00. Como já mencionado anteriormente em relação do 
público alvo que no sentido abrangente a todas as equipes multiprofissionais, 
funcionários, pacientes e familiares. 
25 
 
A observação, tanto em relação ás necessidades dos profissionais da saúde, 
quanto ás solicitações advindas da unidade de saúde hospitalar pronto-socorro 
e usuários e familiares, foi elaborado o plano de ação frente a conduta e manejo 
pautado na orientação e supervisão do orientador. 
 
 Plano atuante dentro da Instituição de Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: 8 
Fonte: Hypólito, Beatriz.2021 
 
 
 
 5.1.2 Atendimentos e relatos 
 
Neste contexto, cabe destacar que cada procedimento como acolhimento 
escuta orientação encaminhamento foram manejados individualmente a cada 
indivíduo assim, pautada na coleta de dados informações dos pacientes revisão 
da evolução advindas dos prontuários da enfermagem com base da conduta 
médica, mediantes as evidências foram realizadas a conduta terapêutica. 
 
 
Funcionários 
Médicos 
Enfermagem 
Crianças e 
Pais 
 
Pacientes 
Familiares 
Psicologia 
Médicos Enfermagem Funcionários 
Pacientes 
Pais e 
crianças Familiares 
Psicologia 
26 
 
Data 04/08/2021 Relato da sessão N°01 
No dia quatro do mês oito de dois mil e vinte um, ás treze horas, inicia-se o estágio 
especifico II no Hospital Cirúrgico de Camboriú. O momento inicial no campo de 
estágio teve como objetivo de conhecer a rotina, no contexto e o trabalho 
desenvolvido no hospital, afim de criar vínculos. Ao chegar neste local fui 
apresentada como estagiaria do curso de psicologia da Uniavan, para todas as 
equipes, multiprofissionais como médicos enfermeiros, funcionários do setor da 
limpeza, da copa e cozinha. Após ser apresentada para todos os funcionários, passei 
a conhecer as características do local do espaço referente aos serviços de saúde ali 
prestados aos usuários. A instituição é especializada em cirurgias, mais a princípio 
está suspensa em razão da reforma no centro cirúrgico, internação de pacientes com 
covid-19, atendimento de pronto socorro, em geral. Ao permear o campo de estágio 
segundo fui orientada a ir em busca dos pacientes, no ato das apresentações teve a 
necessidade de uma escuta e acolhimento para duas funcionárias do hospital, neste 
sentido uma foi atendida em sala preparada para os estagiários atender individual, 
e outra foi ouvida no seu intervalo na sala do café. A primeira visita ao Hospital de 
Camboriú, teve a duração de cinco horas na quarta-feira, e dará prosseguimento 
uma vez por semana durante ao semestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data: 11/08/2021 Relato da sessão N°02 
 Os relatos descritos aqui abordam diferentes situações, que foram realizados no 
Hospital Cirúrgico Camboriú. Numa linguagem objetiva direta e breve, foram 
realizados seis escutas e seis acolhimentos, sendo quatro pacientes e duas 
funcionárias do hospital. O primeiro paciente P.de cinquenta e oito anos, morador na 
mesma cidade, trabalhador e teve que ser internado em razão de ser alcoolista, ao 
observar sua postura corporal o mesmo se encontrava com tremores nos membros 
superiores antebraços, em razão do uso exacerbado do álcool. Neste sentido o 
mesmo foi aconselhado a buscar ajuda dos profissionais da saúde para fazer 
acompanhamento no (CAPS). As segundas pacientes estavam no pronto-socorro, 
vítimas de um acidente envolvendo moto e carro, A. de trinta e quatro anos relatou 
que faz uso de medicação controlado em virtude da depressão (SIC). A mesma se 
27 
 
encontrava deprimida e sentia muitas dores, neste sentido foi realizado a escuta e o 
acolhimento que foi um indicador para a paciente se acalmar. Após realizado os 
procedimentos médicos A. teve alta. A dezenove anos segunda vítima de acidente 
foi realizado todos os cuidados médicos e psicológicos e teve alta medica. I. de 
sessenta e nove anos, estava sendo medicada no pronto-socorro, por se queixar de 
dores abdominal, segundo a mesma ela mora em outra cidade e estava na casa do 
filho em Camboriú, a paciente verbalizou que está com a cirurgia marcada para 
retirada da vesícula, na cidade onde reside. R. cinquenta e sete anos procurou o 
atendimento psicológico onde foi acolhida na sala de escuta, ao observar a paciente 
que se apresentou com aspecto bem-humorado de fala assertiva relatando seu 
passado que no momento da sua fala teve reação emocional com choro ao se lembra 
da morte de sua mãe. C. de quarenta e cinco anos, em sua fala trouxe alguns 
questionamentos em relação da sua rotina ao perceber que tem algumas 
dificuldades em realizar tarefas que necessita agilidades, em seu trabalho. Após 
ouvir e observar essa paciente nesta perspectiva nota-se a mudança de 
comportamento que a mesma relatou que teve que ficar no plantão no lugar de duas 
colegas de trabalho que estavam de atestado médico. C. foi aconselhada sobre a 
mudança de comportamento e rotina que ela não estava acostumada com muitas 
tarefas em simultâneo, por ter que substituir ás duas colegas. Ás duas funcionárias 
vão dar continuidade no próximo atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data: 18/08/2021 Relato da sessão N°03 
Idoso de setenta e um anos, viúvo estava em atendimento no pronto-socorro do 
Hospital Cirúrgico Camboriú, com histórico de vários internamentos com o quadro 
clínico médico, doença cardiovascular com dor no tórax. O paciente ainda relatou 
que tem diagnóstico de diabetes e colesterol, e muito cansaço físico e hábitos 
alimentares nada, saudável. (Sic). Após uma escuta minuciosa e coleta de 
informações, observa-se que o idoso tem vida sedentária frente a tudo que foi 
realizado neste acolhimento, com base da Terapia Cognitivo-Comportamental, que 
visa a mudança de comportamento com a psicoeducação, em forma de promoção e 
prevenção de saúde, A. foi aconselhado a buscar a rede de apoio ao idoso, para 
acompanhar seu quadro clínico, ter mudança de hábitos alimentares, ter uma 
28 
 
alimentação saudável, se possível uma caminhada na parte da manhã. L. de trinta 
e oito anos, casado pai de família, internado na enfermaria do (Covid-19), não tendo 
mais o risco de contaminação. Neste sentido foi realizado o acolhimento psicológico 
com o paciente onde verbalizou os momentos de medo, angustia, que passou ao 
longo dos dias que teve internado neste Hospital. Mais ressaltou a colaboração dos 
profissionais da saúde sendo a enfermagem que teve um papel fundamental neste 
processo que teve bons resultados e estava aguardando a alta médica. Diante da 
entrevista com o paciente foi observado alto nível de estresse, em relação de tudo 
que o mesmo relatou, sobre a pressão no trabalho chegava em sua residência não 
interagia com a família estava sempre cansado irritado, e estressado ainda verbaliza 
que essa experiência fez repensar sobre o valor da família. Diante do exposto tendo 
como meta a recuperação da saúde em todos os aspectos físico e psicológico. Neste 
sentido L. foi aconselhado a buscar de profissionais da psicoterapia familiar, a ter 
uma rotina saudável momento com a família lazer caminhada com os filhos e esposa 
sendo eles a sua prioridade e vida. N. adolescente de dezesseis anos, 
acompanhada de seu pai, estava no pronto-socorro sendo atendida pelo médico que 
julgava que a mesma tem diagnostico de bipolar. O médico solicitou atendimento 
psicológico, N. foi levada para uma sala para ser realizado a escuta e acolhimento. 
N. durante a entrevista apresentou-se com aspectos físico firme e seriedade 
mostrando-se com humor deprimido, tristeza, descontrole emocional choro, perda 
de interesse nas atividades com mau desempenho escolar. Questionada sobre a 
situação a mesma, com pouca interação na falarelata que não sabe dizer o que ela 
tem sentido, mais verbalizou aborrecimento, tristeza, frustrações, indecisa e tem tido 
pensamentos disfuncionais e sentimento de culpa em relação aos pais, julgando 
trazer preocupações para ambos. Partindo do relato aqui descrito a adolescente foi 
encaminhada para o (CAPS), com um encaminhamento prescrito pelo médico 
plantonista, para ser avaliada com acompanhamento psicológico e se possível 
atendimento psiquiátrico. L. dezoito anos, foi trazido de seu trabalho pelo (SAMU), 
com hipertensão arterial, relatando forte cefaleia, cansaço físico, com vertigem. L. foi 
realizado uma escuta uma anamnese, bem aprofundada de modo a compreender 
este quadro clínico, e nesta entrevista o mesmo relatou a ausência de atividades 
físicas estresse, ansiedade, sistema nervoso irritabilidade. (Sic). Este relato 
verbalizado pelo paciente apontou vários aspectos relacionado a sua saúde que 
inspira cuidados em fazer exames que ajudaram a identificar o problema aqui 
pautado. Neste sentido o mesmo foi aconselhado há buscar ajuda no posto de saúde 
local próximo de sua residência, já de imediato fazer acompanhamento com o clínico 
geral, para melhor ter bons resultados e de prevenção e promoção da saúde. I. 
cinquenta e oito anos, foi realizado o acolhimento e escuta relacionada a sua mãe 
uma idosa de noventa e seis anos, diagnosticada de doença neurodegenerativa 
(Alzheimer). I. em sua fala verbaliza a preocupação com a mãe que não está se 
alimentando por essa razão trouxe a paciente para realizar um procedimento 
gastrostomia endoscópica percutânea (PEG), para ser alimentada pela sonda. 
Frente a essa demanda o aconselhamento a família da paciente idosa foi sobre os 
cuidados paliativos, (CP). O apoio dá família acordando o que seria melhor para 
aliviar o sofrimento e respeitar a dignidade da pessoa. 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 Data:18/08/2021 Relato da sessão N°04 
R. foi funcionária na área da saúde enfermagem por vinte anos, hoje está 
trabalhando na recepção do Hospital Cirúrgico Camboriú. A princípio neste 
atendimento foi realizado uma escuta de modo de criar vínculos e possivelmente 
realizar vários encontros com a paciente. R. apresentou-se assertiva colaborativa 
nesta entrevista, questionada sobre o qual o motivo deste atendimento psicológico, 
ela em sua fala relata vários episódios do passado que vivenciou ao longo de sua 
vida, começando com desapontamentos familiares, magoas, cobranças, 
aborrecimentos, falou sobre os sintomas de fibromialgia. R. traz uma demanda que 
está em dúvida sobre a aposentadoria, em sua fala demonstra uma situação típica 
de cansaço físico e emocional. Diante dos fatos aqui descritos R. questionada sobre 
a necessidade financeira de continuar trabalhando, ela ressalta que tem casa própria 
mora sozinha e tem os gastos controlados, do mesmo modo fala sobre os benefícios 
do trabalho. Questionada qual seria a dúvida em questão da aposentadoria, ela 
menciona em sua fala que receberia menos do que seu salário. Neste sentido foi 
pontuado sobre cuidar da saúde, já que trabalhou neste ambiente insalubre por anos. 
R. foi aconselhada a analisar em todos os aspectos que envolvem o seu cotidiano 
fazer um planejamento colocar tudo no papel a saber todos os gastos financeiros 
para ver qual a melhor resposta que se encaixa em seu projeto e objetivo do futuro. 
R. continuará no próximo atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Data: 25/08/2021 Relato da sessão N°05 
O atendimento começou após uma checagem nos prontuários médico, dos pacientes 
do pronto-socorro. O médico plantonista, solicitou serviço de atendimento 
psicológico há uma idosa que estava no pronto-socorro. R. idosa de sessenta e nove 
anos, com o quadro clinico de doenças crônicas, como Diabetes, Hipertensão, 
Úlcera varicosa, no membro inferior, na perna direita, contendo lesão de pele 
inflamação cutânea, fazendo uso de cateterismo urinário. Mediante o atendimento 
de acolhimento e escuta a idosa. R. relatou em sua fala, abandono familiares, 
alegando morar sozinha, não tem apoio dos filhos, e não está sendo assistida pelo 
30 
 
serviço social, total abandono. (SIC). Neste sentido após discutir o caso com o 
médico, a qual relatou que a família pediu para deixar a mesma no hospital internada, 
sem dar o suporte necessário para melhoras da paciente, o médico ressaltou que 
não poderia deixa-la no pronto-socorro. Diante dos fatos em questão foi verbalizado 
sobre o Estatuto do Idoso, com o aval do médico foi realizado uma evolução, foi 
elaborado um documento contendo todos os fatos assinado pelo médico, para 
encaminhar a idosa para o tratamento adequado, acionando o órgão competente 
assistência social. Após a diretora do hospital entrar em contato com a prefeitura que 
imediatamente enviou no local assistente social, para averiguar a situação. 
Constatando a necessidade de entrar com recursos no estatuto do idoso por 
abandono de incapaz a mesma foi levada pela assistente social. Observação perda 
da capacidade física para realizar as atividades, agravamento no quadro clinico sem 
perspectivas desanimada consequências de ordem psicológicas emocionais, humor 
deprimido. B. dezessete anos, prontuário médico com histórico de epilepsia disritmia 
cerebral, convulsões. B. em sua fala comentou sobre a perda de memória de curto 
prazo, e cefaleia de tensão. Questionada sobre o seu tratamento. B. enfatiza que faz 
uso de medicação e está sem acompanhamento médico em razão de ter mudado a 
dois meses para Camboriú. A mesma relatou que possui irmã gêmea, entretanto não 
tem o mesmo histórico da patologia. B. neste acolhimento verbalizou sobre o que 
ocorre quando está em crise de epilepsia e convulsões, tudo começa com uma crise 
de ansiedade, após não se lembra mais do ocorrido. B. relatou que já teve 
pensamento de ideação suicida, prática de automutilação. (SIC). Diante fatos e os 
relatos prescritos neste atendimento faz-se necessário encaminhar a paciente para 
ser acompanhada pelos profissionais da saúde no (CAPS). Observa-se adesão ao 
tratamento poucas informações relacionadas ao quadro clínico diagnosticado. M. de 
quarenta e dois anos, casada mãe de duas filhas, está em observação no pronto-
socorro. Em sua queixa primária relata sofrer de crises de labirintite acompanhada 
com náusea, vertigens, tonturas e vômitos. Questionada sobre sua rotina a mesma 
traz em sua fala que trabalha muito é sedentária. Com base da Teoria Cognitivo-
Comportamental, psicoeducação em mudança de comportamento com objetivo de 
promover saúde e prevenir doença, a paciente foi orientada para modificar hábitos 
errados de vida, buscar ajuda de profissionais de saúde fazer acompanhamento uso 
correto da medicação e realizar exames de rotina caso julgue necessário sempre 
comparecer ao posto de saúde próximo da sua residência e dar atenção para 
qualidade de vida. S. setenta e oito anos viúva, internada no pronto-socorro 
acompanhada de sua filha. S. diagnosticada com câncer de pulmão adenocarcinoma 
em faze terminal. A paciente foi internada em virtude de não conseguir se alimentar, 
neste sentido ela foi submetida ao procedimento para colocar sonda nasogástrica. 
Neste contexto foram realizados o acolhimento e a escuta de sua filha que trouxe 
sua demanda sendo a única cuidadora de sua mãe. Cabe-se considerar o sofrimento 
dessa cuidadora, emocionalmente esgotada, fisicamente exausta, sobrecarga em 
função de estar-se dedicando por período intenso cuidando da idosa, vinte quatro 
horas por dia. Questionada sobre a família, C. relata que ninguém está disponível 
ajudar neste momento tão difícil. Frente ás inúmeras tentativas de diálogos com a 
família C. não teve êxodo. Com tudo que foi relatado, neste sentido a mesma foi 
aconselhada a busca ajuda de um profissional da saúde cuidador para que possa 
revezar no mínimo três dias na semana para que ela possa também cuidar da sua 
saúde, física e emocional, por estarsobrecarregada na função de cuidar de uma 
idosa acamada e com diagnóstico de câncer em fase terminal. Observação do 
31 
 
impacto relacionado a saúde da cuidadora com fortes índices, de estresse, aparência 
corporal e física e psicológica, necessitando de atenção para ter qualidade de vida. 
 
 
 
 Data: 01/09/2021 Relato da sessão N°06 
Atendimento psicológico hospitalar, iniciou com a visita na emergência sobre a 
demanda de um paciente com o quadro clinico portador de cirrose hepática grau 
(Child C). J. quarenta e nove anos, neste caso a informação recebida é sobre a 
gravidade do quadro clinico, que seria necessário o paciente ser transferido para 
outra unidade hospitalar em razão das alterações nos exames realizados no pronto-
socorro. Diante dos fatos o paciente se negava a ser transferido, o mesmo relatou 
em sua fala verbalizando que ficou quinze dias internado que saiu de alta na segunda 
feira do Hospital Marieta. J. apresentava-se com humo deprimido irritabilidade em 
sua queixa falou que não voltaria ao hospital para tratamento porque já estava 
desenganado que os médicos relataram que ele tem que esperar na fila do 
transplante. Questionado sobre seu quadro se ele tinha consciência da real situação. 
J. diz estar conscientizado pelos médicos que diagnosticou sobre a doença crônica. 
Observou-se neste atendimento o paciente em seu estado emocional com 
dificuldade de auto aceitação, tristeza, alterações de humor, falta de apetite, 
impaciente. J. assinou todos os termos de responsabilidade e foi para sua residência. 
I. noventa e três anos estava sendo atendida no pronto-socorro, proveniente de ter 
sofrido (síncope), desmaio de curta duração. A idosa estava acompanhada de sua 
filha, que em sua queixa relatou o ocorrido com sua mãe. Neste atendimento foi 
realizado o acolhimento e escuta, no ato do serviço médico prestado a senhora idosa 
foi realizado todos os exames necessário e não constou nenhuma alteração. 
Observou-se neste quadro clinico e psicológico a postura da idosa em todos os 
aspectos apesar da idade avançada, a mesma possui lucidez memoria preservada 
fala coesa, estado de humor alegre, cabe-se considerar um episódio importante a 
ser pontuado nesta observação, I. teve boa percepção com a chegada da neta, e 
lembrou perfeitamente e a chamou pelo seu nome. Neste sentido de maneira de 
observar sobre o ocorrido com a idosa foi esclarecido os fatos importantes 
relacionado ao estado mental da paciente que estava preservado que no presente 
momento não havia sofrido nenhuma alteração, a senhora idosa recebeu alta médica 
e retornou para sua residência. B. oitenta e oito anos, atendida no pronto-socorro 
acompanhada por sua sublinha que em sua fala salientou sobre o quadro da idosa 
diagnosticada com infecção urinária, e não está se alimentando regularmente. 
Mediante a avaliação da idosa observou-se que ela estava com estado de humo 
depressivo, insônia, inquietação. Neste acolhimento foi aconselhado a familiar busca 
ajuda de profissional da saúde especialista em geriatria para acompanhar a idosa 
em virtude da quietação insônia e falta de apetite. Segundo cada paciente 
demandaram uma entrevista acurada para melhor analisar a cada quadro clínico e 
psicológico. 
 
 
Data: 08/09/2021 Relato da sessão N°07 
32 
 
Conforme foi acordado com a diretora do Hospital Cirúrgico Camboriú, este estágio 
está sendo realizado na manhã de quinta-feira a cada quinze dias. É realizado a 
consulta com ás crianças e pais para discutir os detalhes da cirurgia que será 
realizado no mesmo dia na parte da tarde. Com base da literatura a importância da 
informação preparatória e orientações, para conscientiza-lo da real situação, se faz 
necessário que os pais conversem com a criança sobre o momento a qual passará. 
Neste sentido preparar o psicológico das crianças e dos pais, de modo reduzir a 
ansiedade e o ‘stress’, e as implicações emocionais. Mediante a este contexto foi 
realizado a escuta e acolhimento dos responsáveis. As crianças assistidas neste dia 
tinham a faixa etária de três meses, há doze anos. O relato de uma mãe do bebê de 
três meses, N. está em tratamento e será submetido a cirurgia após os seis meses 
(Uretroplastia), para reconstruir o canal condutor da urina. Frente a essa realidade a 
mãe estava confiante que esse procedimento que será realizado a criança não tem 
noção da situação, e terá uma recuperação rápida. Outra mãe acolhida e 
acompanhada durante e após a cirurgia, para dar suporte psicológico há um 
adolescente de doze anos que passou por procedimento cirúrgico (Postectomia), 
salientou em sua fala sobre a informação foi repassado ao adolescente em relação 
ao procedimento que passará. Mãe criança de cinco anos C. foi submetido a 
procedimento cirúrgico para retirada do (Cisto Epidérmico), causado por mordida de 
mosquito. Contudo, que a mãe da criança verbalizou, sobre o estado emocional 
encontra-se emotiva mais tranquila e confiante, que a cirurgia será realizada da 
melhor maneira possível. Durante as intervenções realizadas nesta data, foram 
utilizados instrumentos lúdicos, bonecos fantoches, estetoscópio, como recursos 
terapêuticos com objetivo de relaxamento, e distração da tensão e sofrimento das 
crianças no ambiente hospitalar. 
 
 
 
 Data: 15/09/2021 Relato da sessão N°08 
 M. idoso de setenta e três anos, estava no pronto-socorro sendo observado e 
medicado pelo médico plantonista. M. relatou que saiu de sua residência para ir ao 
banco onde passou por aborrecimentos e logo após começou a sentir-se com fortes 
dores abdominais, acompanhado com vômitos, levado ao hospital. M. ressaltou em 
fala que já passou por procedimento cirúrgico para corrigir a constrição e prevenir a 
obstrução do vaso sanguíneo permitindo o coração oxigenar. (Stent). M. verbaliza 
que sofre de irritabilidade aguçada, crise nervosa, e sempre senti sintomas físicos 
quando é incomodado. (SIC). No ato do atendimento foi realizado a escuta e 
acolhimento do idoso, neste momento o mesmo não conteve suas lágrimas 
reagindo-o em forma de desabafo logo após encontrava-se aliviado, em fala da 
decepção que havia passado. Neste sentido após colher todas as informações o 
mesmo foi aconselhado a buscar ajuda na unidade de saúde para ser avaliado e 
acompanhado pelos profissionais, na questão da irritabilidade excessiva mau -
humor. Observou-se neste caso, paciente com aspectos corporal físico cansado, 
alterações de humor com choro, ansiedade, irritabilidade persistente. S. quarenta e 
cinco anos, foi conduzida ao hospital no pronto-socorro, S. em sua postura corporal 
demostra agitação de comportamento impaciente, choro excessivo. S. estava em 
seu leito sem ser atendida por parte da enfermagem, que estavam atendendo uma 
criança que demandava toda a atenção dos profissionais. Diante disso a paciente S. 
33 
 
frente à espera por procedimento médico teve comportamentos disfuncionais, desde 
então se jogou no chão chorando copiosamente. Tendo como base na literatura de 
maneira de contribuir nesta situação foi realizado a intervenção imediata com 
objetivo de ajudar a paciente a se levanta acalmar-se para realizar a escuta e o 
acolhimento da mesma. S. durante a escuta, passou a sentir mais à vontade em sua 
fala enfatizou sobre sua ida ao pronto-socorro, foi devida crise que denominava 
convulsões. (SIC). Quando questionada sobre o quadro psicológico a mesma 
responde que realiza tratamentos psiquiátrico e psicológico na unidade de saúde 
(CAPS). Durante a escuta sendo questionada sobre seu tratamento com os 
profissionais de saúde mental a paciente, apresentou seu laudo médico, a receita 
contendo a prescrição dos medicamentos diagnostico, CID 10: F31, F29, G40. Neste 
sentido cabe ressaltar a busca de informações do médico responsável para discutir 
o caso e a conduta a ser tomada. Conforme com a conduta do médico que solicitou 
o laudo da paciente, aparti prescreve a medicação a ser aplicado. Observou neste 
caso mediante a coleta de dados e informações da referida paciente que no presente 
momento a mesma apresentou-se com preocupação constante, alterações de 
humor, traços histéricos, ansiedade e pessimismo, instabilidade emocional. A. 
sessenta e cinco anos, acompanhada por sua filha estava em observação no pronto-
socorro, na entrevista a paciente traz em sua fala, qual o motivo de sua ida ao 
atendimento hospitalar. N. foi diagnostica de (COVID-19), no período do mês de 
junho, que já está fazendo uns três meses após sua alta. Neste atendimento a 
paciente verbalizou sobre o impacto da síndrome (pós-Covid-19), e seus efeitos que 
desencadeou fraquezas, inapetência, náusea, apetite reduzido. N. questionada 
sobre seus cuidados com a saúde em buscar ajuda e outros meios para fazer 
exames periódicos principalmente em relação à síndrome (pós-Covid-19). A mesma 
ressaltou que realizou alguns exames mais ainda não teve os resultados. Baseando-
se na psicoeducação e prevenção para promover a saúde a paciente foi orientada a 
buscar ajuda no posto de saúde mais próximo de sua residência, para ser 
acompanhada e ter todas as informações e realizar o tratamento correto. Observou 
nesta escuta ativa que possibilitou conhecer e avaliar os impactos causados pelo 
(Covid-19), além das sequelas mais comum que desenvolvem, é a fraqueza, 
desanimo, diminuição da força, cefaleia, inapetência, insuficiência nutricional, 
deficiência de proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Data:22/09/2021 Relato da sessão N°09 
T. Sessenta e quatro anos, há dez anos sofreu um acidente vascular cerebral 
(AVC), sua postura corporal apresenta paralisia do lado esquerdo do corpo, com 
34 
 
úlceras varicosas nos membros inferiores pernas e tornozelos, de comportamento 
de humor alterado, como irritabilidade, verbalizando em sua fala de modo agressivo 
que está sentindo muitas dores pedindo ajuda. Diante das evidências constatadas 
foi solicitado a presença da enfermagem interessar-se em amenizar tal sofrimento, 
dessa maneira a paciente foi medicada com fármacos sedativos para acalma-la 
aliviar os sofrimentos. Segundo o relato da enfermagem, a senhora idosa foi 
conduzida por socorristas do (SAMU), ao chegar no pronto-socorro a senhora com 
característica de falta de higiene pessoal e física em todos os aspectos. (SIC). T. 
estava acompanhada de sua filha, que abordada de forma de escuta e acolhimento, 
questionada sobre o quadro clínico da mesma sua filha traz em sua fala a real 
situação que está vivenciando a anos com sua mãe acamada no leito sem ter ajuda 
dos demais irmãos (SIC). A filha ainda mencionou sobre a rotina da paciente que 
sofre com outras comorbidades, diabetes, hipertensão, úlceras, proveniente da má 
circulação sanguínea obesidade. Questionada sobre os cuidados básicos 
necessários, ela ressaltou que sua mãe era atendida em sua residência por 
enfermeiros do posto de saúde próximo de sua casa, para fazer os curativos, e não 
está sendo realizados estes cuidados menciona o abandono. (SIC). Questionada 
sobre a família os demais irmãos, a mesma relata que seus irmãos abandonaram 
a idosa e não prestam ajuda nem financeiras (SIC). Ainda diz que sua mãe passa 
a maior parte do dia irritada gritando com ela e o esposo, não dorme a noite tem 
insônia é extremamente nervosa e por esse e outros motivos não conseguiram 
ajuda dos familiares para revezar os cuidados com a idosa. Neste acolhimento 
prestado á ambas mãe e filha a conduta terapêutica visando a dignidade e aliviar o 
sofrimento sendo aconselhada a filha busca ajuda dos profissionais da psicologia e 
possível intervenção psiquiátrica, por se tratar de uma idosa com stress excessivo, 
desencadeando perturbações insônia e desajustes psíquicos. Diante dos fatos e 
dados colhidos e relatados cabe salientar que foram prestados todo apoio 
psicológico e repassado as informações sobre os direitos da pessoa idosa que é 
necessário acionar as redes de apoio visando o direito dignidade saúde e cuidados 
da pessoa acamada em leito. Observa-se então o quadro dá senhora idosa com 
histórico de doenças crônicas, relacionados aos eventos anteriores (AVC), paciente 
apresenta-se inquieta, demonstrando agitação psicomotora, de humor alterado 
irritabilidade, forte índice de estresse pós-traumático de fala agressiva, como gritos 
constante, xingamentos, não colaborativa com os procedimentos da enfermagem. 
Pontos a serem considerados paciente de consciência lucidez preservada, estado 
físico com várias limitações, paralisia do lado esquerdo do corpo e face. Para 
entender a dimensão da problemática com base da literatura a psicologia hospitalar 
buscou compreender e minimizar o sofrimento relacionado à doença oferecendo 
acolhimento a família trazendo todas as informações para o cuidado com a saúde 
física e psicológica. I. Dezoito anos, após revisar a evolução no setor da 
enfermagem para melhor compreensão do caso da jovem, sobre os dados e 
informações relatados em virtude da internação. I. queixa principal intoxicação 
medicamentosa grave, tudo indica tentativa de suicídio. Iniciou-se este atendimento 
salientando o código de ética e o sigilo em relação aos relatos e dados colhidos no 
ato da escuta e acolhimento da jovem. T. uma jovem de aparência bem vestida de 
fala coerente assertiva de humor instável, foi admitida no pronto-socorro com 
intoxicação por ingestão de remédios sem indicação médica. T. verbaliza o ocorrido 
e traz as informações como ingeriu todos os medicamentos. Questionada quais 
foram os indicadores para tal procedimento, a mesma relata de forma espontânea, 
35 
 
que tudo começou após o óbito de sua mãe que faleceu em um acidente de carro, 
e neste trágico acontecimento a jovem paciente verbaliza que passou a morar com 
sua avó, que também veio a óbito em virtude da luta contra o câncer. Questionada 
sobre demais familiares, I. acrescentou em sua fala sobre seu pai e irmão. I. 
mencionou problemas familiares (SIC). Questionada se tem alguém responsável 
por ela no hospital a mesma informa que seu pai vai chegar. Este atendimento 
estendeu-se ao pai dá jovem de maneira compreender tal atitude para ser realizado 
a conduta terapêutica. E. foi conduzido para uma sala em particular onde se iniciou 
a escuta e acolhimento. E. de aparecia físico bem-vestido demonstrando a classe 
social financeira razoável. E. questionado sobre a atitude da filha o pai esboçando 
lagrimas e preocupação perplexo confuso em relação ao evento ocorrido. Diante 
desta realidade ás emoções estão alteradas, no decorrer da escuta o procedimento 
padrão o sigilo da jovem foi preservado frente ao atendimento com o pai. 
Questionado se tem alguém da família com histórico relacionado ao quadro de 
depressão ou outro quadro clinico. E. ressaltou que não tem nenhum registro no 
histórico familiar de transtorno depressão. Questionado sobre a rotina da mesma 
se notou algum comportamento diferente estranho da jovem no decorrer dos dias. 
E. fala que não observou nenhum comportamento diferente que sua filha decidiu 
morar sozinha e largou os estudos para trabalhar estava feliz e não entendi o 
porquê a jovem teve essa iniciativa tudo estava bem, sempre conversamos por 
chamada e WhatsApp. (Sic). Questionado se a paciente faz acompanhamento 
psicológico ou psiquiátrico, ele diz que sim já fez várias terapias tratamentos mais 
assim que senti melhoras abandona o tratamento. (SIC). Partindo deste contexto 
cabe tais colocações importante fundamentada com base da Terapia Cognitivo-
Comportamental, de acordo com Beck e colaboradores (1997), a tríade cognitiva 
se refere à visão negativa que o paciente tem de si mesmo, assim, a desesperança 
se percebe anormal defeituoso, falho, diante disso acredita que não tem mais valor. 
O segundo fator que compõem a tríade cognitiva do paciente desesperançoso é a 
propensão a analisar negativamente suas tais experiências. Após os relatos colhido 
de ambos o pai da paciente

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