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CLM - HAS HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA DEFINIÇÃO: doença crônica, caracterizada por níveis sustentados e persistentes de PA elevada; aumento do risco CV e causa lesões em órgãos-alvo. EPIDEMIOLOGIA: responsável por 45% das mortes por DCV (IAM e IC); 51% das mortes por AVE; CAUSAS: Primária (90-95%); Secundária (5-10%); FISIOPATOLOGIA: ativação do SNS promove vasoconstrição, aumentando a RVS, dificultando o bombeamento de sangue para a periferia; Além disso, o SNS ativado leva a uma maior FC e maior potencial de contratilidade do miocárdio; O SNS atua nas adrenais estimulando a produção de catecolaminas (na medula); - A ativação do SRAA: promove liberação de uma cascata, levando produção de angiotensina II, promovendo aumento da PA; Além de ativar a aldosterona, que também promove um efeito de aumentar a PA (por aumento do volume circulante); - Volume plasmático: alto, há maior dificuldade de mobilizar esse sangue FATORES DE RISCO: →Idade avançada (>50 anos); →Sexo masculino (tem pressão alta mais cedo); mulheres (existem mais com PA alta). →negros (tem PA alta com mais frequência e mais resistente) →Drogas, como: cocaína. →Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono TRIAGEM: adultos com >=18 anos de idade (se <40 anos +PA <130 x 85 mmHg SEM fatores de risco CV = 1 medida a cada 3-5 anos; se >=40 anos ou com fatores de risco = anualmente; se PA estágio I ou pré-hipertenso = 3-6 meses); DIAGNÓSTICO: CLM - HAS →Fica 24 horas com o aparelho de pressão ] →Medida pelo menos 2 vezes durante o dia e durante a noite por pelo menos 1 semana. obs.: Hipertensão do jaleco branco: PA aumenta no consultório médico →Não precisa ser tratado; Hipertensão mascarada: PA sempre alterada, mas quando vai ao médico fica normal → precisa ser tratado FLUXOGRAMA DO DIAGNÓSTISCO →tratamento que se inicia com 2 medicamentos EXAME FÍSICO: PA nos dois braços, peso/IMC; circunferência abdominal (homens >=102 cm; mulher>=88 cm); fundoscopia (no momento do diagnóstico) EXAMES COMPLEMENTARES: procurar lesões em órgãos-alvo; rastreio de outras comorbidades; ECG (pode vir com sobrecarga de câmaras E); Hemograma; eletrólitos (Na, K, Ca) e função renal (creatinina, TFG estimada); Glicemia de jejum, perfil lipídico; ácido úrico (relacionado com aumento do risco CV – é um achado); Urina 1; NÃO SÃO DE ROTINA: ECO TT; investigação de HAS secundária sem direcionamento clínico, relação albumina/creatinina TRATAMENTO DA HAS META PRESSÓRICA: <140 X 90 mmHg (idealmente <130 x 80 mmHg); obs.: EVITAR REDUÇÕES < 120 x 70 mmHg dupal Realce dupal Nota ALTERAÇÃO HISTOPATOLÓGICA MAIS COMUM EM PACIENTE COM HAS --> NEFROESCLEROSE BENIGNA; CLM - HAS 1.TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA: perda de peso (IMC <25); dieta DASH (rica em verduras e frutas, grãos associados e taxa de proteína e gordura mais baixo); redução na ingesta de sódio (<2 g/dia); Outros: atividade física, cessação de tabagismo; moderar consumo de álcool; 2. TERAPIA FARMACOLÓGICA: MEDICAÇÕES: CLM - HAS 1º LINHA: I) DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: inibe a reabsorção de sódio no TCD →Impacto na redução da volemia; redução da RVP (resposta sustentada); →ex: Clortalidona, Hidroclorotiazida (12,5 a 25 mg/dia); Efeitos colaterais: 4 HIPO + 3 HIPER; além de impotência sexual.; CI: artrite gotosa (hiperuricemia); insuficiência renal (perdem efeito), hiperparatireoidismo primário (retém Ca). Benefícios: II) BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: diminuem RVP, através da diminuição da concentração de Ca dentro das células musculares das arteríolas (com isso, diminui contração arteriolar). a) DIHIDROPIRIDINAS (“dipinas”): Anlodipino; Nifedipino b) NÃO-DIHIDROPIRIDINAS: verapamil, diltiazem →são cardiodepressores (evitar em paciente com IC, bradicárdico) Efeitos colaterais: Edema maleolar; Cefaleia, tontura, flush facial; CI: ICFER, bradicardia e BAV (não di-hidropiridinas) Benefícios: antianginosos, reduzem FC (útil em arritmias) DROGAS QUE ATUAM NO SRAA: III)IECA: inibe conversão de angiotensina I em angiotensina II; ex: Captopril (25-150 mg/dia); Enalapril (5-40 mg/dia) Efeitos colaterais: tosse seca (aumento da bradicinina); broncoespasmo leve; hipercalemia; Injúria renal aguda reversível com suspensão da droga; Rash cutâneo; Angioedema; CI: gestação; Cr>3 (risco de piora da função renal) não dialítico (se já é dialítico não tem mais problema); Hipercalemia; estenose de aa. renal bilateral ou unilateral (rim único); broncoespasmo ou angioedema prévio com IECA; tosse prévia com IECA; Suspender quando: se hipercalemia ou piora >30% da TFG Benefícios: diminuem mortalidade em ICFER e DAC (cardioprotetores); Retardam lesão renal (nefropotetores – especialmente em DM) IV) BRA: bloqueia diretamente os receptores de angiotensina II; EX: Losartana (25-100 mg/dia); Efeitos colaterais: semelhantes ao IECA; obs.: causam menos angioedema e não causam tosse; CI: mesmas do IECA COM QUAL COMEÇO? EM GERAL PODE COMEÇAR COM QUAL QUISERMOS” →exceto se o paciente tem alguma contraindicação dupal Realce dupal Nota teratogênico dupal Nota CRISE HIPERTENSIVA: PAS>180 e/ou PAD>120; verificar se tem lesões de órgãos alvo, se tiver lesões (emergência- encefalopatia hipertensiva, AVC, EAP, SCA), se não tiver (urgência). Reflags para lesões de órgãos-alvo em SNC em paciente com cefaleia: mudança do padrão da cefaleia, sintomas sistêmicos associados (febre, sinais de meningismo), neoplasia, déficit neurológico, início súbito- lembrar de cefaleia em salvas; piora da intensidade dependendo da posição, precipitada por esforços, caráter progressivo, pós trauma; papiledema. Tratamento emergência: anti-hipertensivo endovenoso (nitroprussiato de sódio, nitroglicerina) -->Reduzir PA em 25% na primeira hora e para abaixo de 160x100 mmHg nas próximas 2 a 6 horas; -->Outra referencia fala 10-15 % na primeira hora e até 25% nas primeiras 24 horas. Necessidade exame de neuroimagem tratamento urgência: anti-hipertensivos VO (captopril, betabloqueador, clonidina) com o objetivo de reduzir a PA < 160x100 em 24 horas (não normalize a PA imediatamente pois pode gerar um AVE isquêmico) dupal Nota intoxicação pode levar a quadro de hiperglicemia dupal Nota se der IECA ele irá apresentar piora renal (se > 30% da creatinina retirar medicamento) dupal Nota maior tempo de meia vida plasmática e maior evidência de redução de eventos cardiovasculares. CLM - HAS 2ª LINHA: I) BETABLOQUEADORES: não são drogas de primeira escolha; Usados quando há presença de outras comorbidades que justifiquem seu uso: enxaqueca, ICFER, arritmias; Ex: atenolol, propranolol, carvedilol*, metoprolol*, bisoprolol*. Efeitos colaterais: broncoespasmo, bradicardia; distúrbios de condução AV; CI: Asma, BAV 2 e 3 grau; Doença arterial obstrutiva periférica descompensada II) ESPIRONOLACTONA: diurético poupador de potássio (antagonista da aldosterona); utilizada como 4ª droga e para ICFER; Dose: espironolactona (25-100 mg/dia); Efeitos colaterais: hipercalemia; ginecomastia III) OUTRAS DROGAS: - VASODILATADORES DIRETOS (doença renal crônica + HAS) →Ex: hidralazina (dilatador arterial); nitrato de isossorbida (dilatador venoso); - SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO CENTAL: alfa-metildopa: para gestantes hipertensas; Clonidina: alfa-2 agonista – muito potente. -ALFABLOQUEADORES: utilizados na HPB (doxazosina, Tansulosina), dupal Nota intoxicação pode cursar com hipoglicemia dupal Nota 1 (propanolol, etc) e 2 geração levam a piora da glicemia (redução da liberação de insulina) CLM - HAS HAS SECUNDÁRIA SUSPEITAR QUANDO: início precoce ou tardio (<30 ou > 50 anos); início súbito; HAS grave; HAS resistente; piora de PA previamente controlada; HAS + estigmas (Disfunção renal – destruição parenquimatosa do rim;; Roncos e sonolência – apneia e hipopneiaobstrutiva do sono;; Hipocalemia – hiperaldosteronismo primário;; Assimetria de pulso – vasculites o coarctação de aorta;; Crises adrenérgicas – feocromocitoma;; Sopro abdominal – estenose de aa. renais;; sinais de endocrinopatia – Cushing;; uso de drogas que aumentam a PA) 1. HIPERTENSÃO RENOVASVULAR: obstrução do fluxo nas aa. renais; causas: doença aterosclerótica (paciente >55 anos-acometimento proximal- tratamento farmacológico); displasia fibromuscular (mulheres <30 anos; acometimento distal - abordagem cirúrgica com colocação de stent); Suspeitar quando: sopro abdominal; HAS grave em extremos de idade; EAP recorrente; IRA com IECA ou BRA; Assimetria renal. Investigação: doppler artérias renais ou angioTC/angioRM ou arteriografia renal (padrão ouro); Tratamento: clínico (IECA ou BRA), exceto quando fibrodisplasia; angioplastia/stent/cirurgia: casos selecionados; 2. HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO: HAS + hipocalemia (começa a tentar reter mais K no rim e com isso espolia mais H+, gerando alcalose metabólica); Causas: adenoma adrenal; hiperplasia do córtex da adrenal (aumento da produção autonômica da adrenal de aldosterona); Diagnóstico: aumento de aldosterona (>15); ou relação aldosterona/atividade da renina plasmática (>=30); redução da renina-angiotensina (feedback negativo da aldosterona); Confirmação: teste de infusão salina (hiperaldo primáro continua com aldosterona quando esperava-se que inibissem a aldosterona, pois está dando sódio); Teste de imagem (diferenciar etiologia); Tratamento: clínico (antagonista da aldosterona – espironolactona altas doses – paciente com hiperplasia); cirúrgico: pacientes com adenomas; 3. FEOCROMOCITOMA: HAS paroxística (as vezes alta, as vezes normal); Crises de cefaleia, palpitação e sudorese; Causa: tumor secretor de catecolaminas na medula adrenal ou gânglios simpáticos (quando extra-adrenal); Diagnóstico: aumento de metanefrinas (produtos da degradação das catecolaminas) e catecolaminas urinárias (24 horas); metanefrina plasmática (menos relevantes); Exames de imagem (localização); 4. SÍNDROME DE APNEIA E HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO: ronco; sonolência diurna; obesidade; Diagnóstico: polissonografia; 5. SÍNDROME DE CUSHING: excesso de cortisol (seja por produção endógena ou ingestão exógena) → Obesidade centrípeta; acne, hirsutismo, estrias violáceas, faces em lua cheia; Causa: hiperfunção do córtex adrenal ou ingestão em excesso. Diagnóstico: Cortisol urinário 24 horas; teste de supressão com dexametasona (espera que o paciente pela manhã não tenha produção de corticoide, pois já foi dado; Se ele ainda produz quer dizer que ele tem produção autônoma); Cortisol salivar das 23 horas (é pra estar baixo em pessoas normais); dupal Realce dupal Nota refratária dupal Nota não irá ocorrer um descenso noturno da PA - microdespertares noturnos liberam catecolaminas, que geram um pico da PA dupal Realce dupal Realce dupal Nota picos hipertensivos dupal Nota AINES, paracetamol, descongestionantes nasais com vasoconstritor, antidepressivos tricíclicos, alguns quimioterápicos, contraceptivos orais, cafeína, nicotina, alguns imunossupressores (como: ciclosporina), eritropoetina. dupal Nota estenose de artérias renais levam a hipocalemia também (hiperaldosteronismo secundário).
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