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Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 1 Revisão Semiologia Cardíaca ANAMNESE Principais sintomas: dor torácica, dispneia, sincope, palpitações, fadiga e cansaço, e edema. → Angina pectoris Dor torácica Distinguir entre dor precordial de origem cardiovascular e dor de origem não cardíaca. LICIDEFFFF Sinal de Levine Características da dor, fatores agravantes e fatores atenuantes. Características de dor anginosa: aperto, queimação e/ou desconforto em região precordial, retroesternal ou epigástrica, irradiada para mandíbula e região cervical, ambos os membros, dorso ou epigástrio, que melhora com repouso ou uso de nitratos e piora com atividade física, estresse emocional, frio e refeição copiosa. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 2 Angina é o termo usado para denominar o desconforto torácico causado por isquemia miocárdica ou IAM. Equivalentes anginosos: idosos, mulheres e diabéticos Dispneia, tontura, diaforese, empachamento, ou indigestão. Classificação da angina: Canadian Cardiovascular Society Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 3 https://www.youtube.com/watch?v=riclAt6qLGY → Palpitação: sensação anormal dos batimentos cardíacos Fatores preditores de palpitações por causas cardíacas: Sexo masculino Descrição de batimento irregular Antecedente de cardiopatia Duração maior que 5 minutos. Caracterizar: se há aumento da FC, regular ou irregular, falhas nos batimentos, início brusco ou progressivo, duração, localização, intensidade, manifestações associadas, fatores precipitantes ou de alívio, início e término. Golpes no coração: pausa pós-extrassistólica. Disparo cardíaco: taquicardia (atrial, ventricular ou sinuasal). Pulsação no pescoço, veias que pulam no pescoço, “sinal do sapo”: ocorre na taquicardia supraventricular. → Dispneia: experiência subjetiva de desconforto respiratório Insuficiência cardíaca: principal mecanismo de dispneia é a congestão pulmonar. Dispneia por ICC piora no decúbito dorsal: ortopneia (pedir com quantos travesseiros dorme e o porquê da quantidade) Dispneia paroxística noturna (também ocorre na IC): ocorre após o paciente ter conciliado o sono por duas a quatro horas, manifestando-se, então, subitamente, ao acordar o paciente com uma sensação de dispneia intensa, geralmente associada à necessidade imperiosa de levantar-se do leito em busca de ar e à sensação de morte iminente. A melhora dessa manifestação é relativamente demorada (15 a 30 minutos) quando comparada à melhora da ortopneia, que é imediata com a elevação do corpo. Diagnóstico diferencial: dispneia de origem cardíaca deve ser diferenciada da dispneia de causa pulmonar, que pode ocorrer na doença pulmonar obstrutiva crônica, na bronquite crônica, no enfisema pulmonar e na fibrose pulmonar intersticial. Dispneia de início súbito pode ocorrer no tromboembolismo pulmonar, no pneumotórax, no edema agudo de pulmão, na pneumonia ou na obstrução aguda de vias aéreas. Quando a https://www.youtube.com/watch?v=riclAt6qLGY Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 4 dispneia se acompanha de sibilos pulmonares, ela pode indicar broncoconstrição primária (asma brônquica) ou hipertensão venocapilar (asma cardíaca). Classificação NYHA para grau de dispneia na IC → Edema Diversas causas: insuficiência cardíaca, insuficiência renal, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, cirrose hepática ... Simétrico ou assimétrico, período do dia, doloroso ou não, aspecto da pele. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 5 → Tosse: é um mecanismo de alerta e defesa das vias respiratórias, e ocorre por estímulos inflamatórios, mecânicos, químicos ou térmicos. Caracterização: frequência, intensidade, tonalidade, presença ou não de expectoração, relação com decúbito, período em que predomina e característica do escarro. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 6 → Cianose Coloração azulada da pele e mucosas. Pode ser central (redução da saturação arterial de oxigênio secundária a shunt direita- esquerda ou a pneumopatias) ou periférica (vasoconstrição cutânea secundária a baixo débito cardíaco ou exposição ao frio). Localização da cianose, se central ou periférica, de sua periodicidade, se esta é motivada por esforços físicos ou pelo frio, sua duração, intensidade, tempo de início dos sintomas, se na infância ou desde o nascimento. → Hemoptise Expectoração de sangue, puro ou associado a secreções, pela tosse. Ocorre por conta de sangramentos que se originam na traqueia, brônquios e pulmões. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 7 → Fadiga Sintoma comum em doenças cardiovasculares. Na insuficiência cardíaca, a fadiga deve-se à diminuição do débito cardíaco, com má oxigenação dos músculos esqueléticos. Em pacientes que tiveram diurese abundante, pode ser devida à depleção do volume intravascular ou a distúrbios hidroeletrolíticos, como a hipopotassemia. Caracterizar: tempo de início do sintoma, a gravidade, o grau de acometimento em face das atividades diárias, os fatores relacionados e a definição de outros sintomas associados. → Síncope: perda súbita e temporária de consciência e do tônus muscular; início súbito, brevidade e recuperação espontânea. 1. Descrição do evento: a) Houve realmente alteração do nível de consciência associada à queda? b) Que circunstâncias precederam o evento? 2. Posição: decúbito, sentada, vertical; 3. Atividade: repouso, associada à mudança postural, exercício físico, durante diurese ou defecação, tosse ou deglutição; 4. Fatores precipitantes: ambientes abafados ou quentes, longo tempo de permanência de pé, período pós-prandial, medo, dor, movimentos cervicais; a) Como é o início do evento? Náusea, vômito, dor abdominal, sudorese, sensação de frio, visão borrada; b) Alguém pode descrever como foi o evento? Descrição da queda, coloração da pele, duração da perda de consciência, padrão respiratório, movimentos associados (mioclônicos ou tônico-clônicos), movimentos de língua, sintomas associados. c) Como o evento termina? Recuperação da consciência, sonolência, confusão mental, palpitação, lesões, dores musculares, incontinência de esfíncteres; 5. Antecedentes: história familiar de morte súbita ou doença congênita arritmogênica (QT longo?), doença cardíaca estrutural, doença neurológica (AVC, Parkinson, epilepsia), doenças metabólicas (DM?), uso de medicações, frequência de episódios. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 8 EXAME FÍSICO → Dados vitais: FC, FR, pressão arterial (nos dois braços) → Exame físico geral: postura do paciente, fácies, avaliação de extremidades, boca, olhos, pele e mucosas. Posição preferida pelo paciente, palidez, cianose, xantomas e xantelasmas (hipercolesterolemia), hipocratismo digital (cardiopatia congênita ou hipoxemia crônica), nódulos de Osler e lesões de Janeway (endocardite infecciosa), sinal de Musset e sinal de Muller (insuficiência aórtica). → Tórax: inspeção, palpação, ausculta e manobras. → Avaliação de jugulares, carótidas, pulsos periféricos, edema. Pescoço: Ausculta de carótidas (procura de sopros, que podem ser da própria carótida ou irradiado) Avaliação das veias jugulares (se tem turgência ou não): cabeceira a 45º - achado que sugere insuficiência cardíaca Tórax Inspeção: deformidades, cicatrizes, tórax em barril (bulhas ficam abafadas) Palpação do ictus (quinto EI esquerdo linha hemiclavicular); descrever em qual decúbito foi feita a palpação. Localização, extensão, duração, intensidade, forma, ritmo e componentes acessórios. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 9 Verificar presença de pulsação epigástrica ou paraesternal esquerda. Ausculta: ciclo cardíaco, primeira e segunda bulhas, sístole e diástole, focos de ausculta1. foco mitral: ápice; 2. foco tricúspide: quarto espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno; 3. foco aórtico: segundo espaço intercostal direito, paraesternal; 4. foco aórtico acessório: terceiro espaço intercostal esquerdo, paraesternal; 5. foco pulmonar: segundo espaço intercostal esquerdo, paraesternal B1 coincide com o pulso, é mais duradoura e menos intensa que B2. B2: fechamento das valvas semilunares; constituída por por dois componentes A2 (fechamento da valva aórtica, ocorre antes) e P3 (fechamento da valva pulmonar). Na maioria dos indivíduos normais percebe-se um ruído único durante a expiração, enquanto que na inspiração esses componentes são identificados separadamente, o que caracteriza o desdobramento fisiológico do segundo ruído cardíaco. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 10 B3: bulha protodiastólica, vibração da parede ventricular durante o enchimento ventricular rápido (início da diástole), comum em sobrecargas de volume (insuficiência cardíaca descompensada), em crianças e adultos jovens pode ser fisiológico. B4: ocorre no final da diástole (ruído pré-sistólico), quando o átrio contrai para enviar o resto de sangue para o ventrículo; ocorre quando o ventrículo esquerdo está muito rígido (como na hipertrofia de ventrículo esquerdo), fazendo com que o átrio tenha que se contrair demais Auscultar B3 e B4 com a campânula. Pulsos arteriais periféricos Frequência Ritmo regular ou irregular Localização: carotídeo, temporal, braquial, radial, ulnar, abdominal, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso. Simetria: comparação de um pulso palpável com um mesmo pulso contralateral. Formato Amplitude Perfusão periférica Temperatura das extremidades Coloração Enchimento do leito vascular < 3 segundos Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 11 Sopros Indica turbulência no fluxo sanguíneo, por aumento do fluxo, obstrução do fluxo (estenose de válvula por exemplo) ou aumento abrupto de calibre (aneurisma). Em que momento do ciclo ocorre (palpar o pulso junto), sistólico ou diastólico (proto, meso ou tele), localização (em qual foco é mais intenso) , intensidade (1 a 6 cruzes), timbre e tonalidade. Sopro de grau 4 ou mais é quando o sopro é tão intenso que causa frêmito. O decúbito lateral esquerdo tende a amplificar a ausculta dos sons originários da valva mitral, enquanto a posição sentada tende a tomar mais audíveis os ruídos produzidos nas valvas semilunares. CONCEITOS: Protossistólico, protodiastólico: no início da sístole ou da diástole. Mesossistólico, mesodiastólico: no meio da sístole ou diástole. Telessistólico, telediastólico (pré-sistólico): no final da sístole ou diástole: Holosistólico ou holodiastólico: durante toda a sístole ou diástole. CARACTERÍSTICAS Fase do ciclo em que ocorre (palpar o pulso junto): sistólicos (entre a primeira e a segunda bulha), diastólicos (entre a segunda e a primeira bulha), ou contínuos (ao ocorrerem nas duas fases do ciclo). Duração: proto, meso, tele ou holo. Localização e irradiação: local em que o sopro se manifesta com mais intensidade e para onde irradia; auscultar: focos de ausculta, mesocárdio, as bordas esternais esquerda e direita, a região subxifoide, e áreas de irradiação frequente de sopros como a região axilar, região subclavicular, fúrcula e base do pescoço e, em alguns casos, no dorso. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 12 Intensidade: Frequência (tonalidade): sopro grave ou agudo. Timbre: rude, áspero, suave, musical, aspirativo, em ruflar, em maquinaria. Configuração: Em crescendo Em decrescnedo Crescendo-decrescendo Em palteau Relação com respiração: Sinal de Rivero-Carvallo: ao se pedir para o paciente realizar inspirações lentas e prolongadas, ocorre aumento da intensidade de sopros originados no lado Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 13 direito do coração, por conta do aumento do retorno venoso para as câmaras direitas; esse fenômeno é melhor auscultado no foco tricúspide. → SOPRO SISTÓLICO Sopros de válvula aórtica irradiam para pescoço; sopros de válvula mitral irradiam para axila. Sopro de Ejeção Após B1, depois da contração isovolumétrica do ventrículo, termina antes de B2 Aumenta até mesosssístole e reduz-se na telessístole. Estenose de valva aórtica ou pulmonar (principal causa de estenose é o envelhecimento). Sopro em diamante: em crescendo-decrescendo. Nos casos em que esses sopros traduzem obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo ocasionada por lesão valvar (estenose aórtica), a intensidade do sopro se correlaciona diretamente com a gravidade da lesão, ou seja, o sopro se torna cada vez mais intenso à medida que a estenose se torna mais grave. Isso só deixa de ocorrer nos casos onde a lesão é muito grave, sendo conhecida como estenose aórtica silenciosa, ou quando se instala a disfunção ventricular. Fenômeno de Gallavardin: o sopro de estenose aórtica pode se irradiar para o ápice do ventrículo (foco mitral), tornando-se mais agudo e musical, com um padrão piante. Isso se constitui um diagnóstico diferencial do sopro regurgitativo da insuficiência mitral. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 14 Sopro de Regurgitação Desde o início da sístole Todo período sistólico Pode mascarar B1 e B2 Regurgitação de sangue dos ventrículos para os átrios Insuficiência mitral ou tricúspide, comunicação interventricular com orifício restritivo, e em comunicação entre as grandes artérias, como no caso de janelas aortopulmonares, e canal arterial persistente. A manobra de Rivero-Carvallo pode ser utilizada para distinguir sopros holossistólicos de origem tricúspide ou mitral, já que o aumento do retorno venoso durante a inspiração, aumenta a intensidade do sopro tricúspide. Sopro Mesotelessistólico Sopros que se iniciam na metade, ou no final da sístole, e se prolongam até o segundo ruído. Este tipo de sopro é características do prolapso de valva mitral que muitas vezes é precedido por um ou mais cliques mesossistólicos. Apresentam alta frequência, têm timbre suave. → SOPRO DIASTÓLICO Quanto mais longo o sopro, mais grave a doença. São sempre patológicos. Estenose de válvula mitral ou tricúspide (sopro meso ou telediastólico): sopros originados de um gradiente de pressão que se estabelece tardiamente na diástole. A contração atrial, no final da diástole, exacerba o gradiente de pressão, ocasionando exacerbação desses sopros imediatamente antes da primeira bulha (reforço pré-sistólico). Em particular nos sopros telediastólicos da estenose mitral, a utilização do decúbito lateral esquerdo, com a colocação da campânula sobre o foco mitral, pode favorecer a sua percepção. Insuficiência aórtica ou pulmonar (sopro protodiastólico de timbre aspirativo): ausculta com diafragma nos focos da base com o paciente sentado, costuma ser melhor auscultado no foco aórtico acessório. O sopro holodiastólico decorrente da insuficiência pulmonar originada de hipertensão pulmonar significativa recebe o nome de sopro de Graham-Steel. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 15 → SOPROS CONTÍNUOS: sopros que têm início na sístole e se estendem por meio do segundo ruído, envolvendo parte, ou até mesmo toda, a diástole. → SOPROS ARTERIAIS: pode ocorrer sopro carotídeo na região cervical em pacientes com estenose carotídea significativa. → SOPRO INOCENTE Sopro sem alteração estrutural do coração Crianças e adultos jovens Sopro sistólico, suave e de baixa intensidade Sem irradiação Mais audível na área pulmonar Sem alteração de bulhas ou frêmitos → MANOBRAS Rivero Carvalho: inspiração profunda aumento o retorno venoso para o lado direito do coração Valsalva: diminui o retorno venoso e o volume de ejeção do VE, diminuindo a maioria dos sopros (com exceçãodo sopro presente na miocardiopatia hipertrófica obstrutiva) Ficar de cócoras ou se abaixar: maioria dos sopros se intensifica. Aula 1 - Revisão Semiologia Cardíaca 16 Cliques Protossistólicos - Ruídos de Ejeção Ruídos transitórios de alta frequência; São decorrentes da vibração dos folhetos das valvas semilunares estenóticas durante a sístole ou são decorrentes da súbita distensão das paredes arteriais durante a ejeção ventricular. Podem ocorrer no lado sistêmico da circulação, por conta de estenose valvar aórtica, valva aórtica bicúspide, ou dilatação da raiz da aorta. Também podem ocorrer no lado direito da circulação associados à estenose valvar pulmonar, hipertensão arterial pulmonar, ou dilatação idiopática da artéria pulmonar. Melhor auscultado com o diafragma do estetoscópio. Os ruídos de ejeção aórticos são melhor audíveis sobre o foco aórtico e na região apical, enquanto aqueles originados no lado direito são detectados no foco pulmonar. Quarta bulha X Primeira bulha desdobrada X Ruído de ejeção B4 é um ruído pré-sistólico audível com a campânula do estetoscópio submetida à pressão mínima e em decúbito lateral esquerdo. O desdobramento de B1, geralmente, é identificado na porção inferior da borda esternal esquerda. O ruído de ejeção é melhor audível nos focos da base do coração, e costuma ser mais intenso que o componente tricúspide do primeiro ruído. Um dado que pode auxiliar na distinção entre um click de ejeção e um desdobramento da primeira bulha, é que, geralmente, o primeiro vem acompanhado de um sopro protomesossistólico (ou ejetivo). Clique meso ou telessistólico Ruído de alta frequência e curta duração, e ocorre no meio ou final da sístole. Causa mais frequente deste tipo de ruído é o prolapso da valva mitral; neste caso, também é comum encontrar sopro sistólico por regurgitação do sangue. Estalido de abertura (diastólico) Som de alta frequência decorrente da vibração da valva estenótica que ocorre após B2. É patognomônico de estenose mitral ou tricúspide e pode ajudar a indicar a gravidade diretamente relacionada a sua precocidade em relação à B2. Em alguns casos, pode-se ter estenose mitral sem estalido. Por exemplo: calcificação valvar intensa, estenose leve e associação à insuficiência aórtica. ANAMNESE → Angina pectoris → Hemoptise EXAME FÍSICO Pescoço: Tórax Pulsos arteriais periféricos Perfusão periférica Sopros Intensidade: Relação com respiração: → SOPRO SISTÓLICO → SOPRO DIASTÓLICO → SOPRO INOCENTE Cliques Protossistólicos - Ruídos de Ejeção Clique meso ou telessistólico Estalido de abertura (diastólico)
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