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Caroline Zanella ATM 2022/a 1 Delirium • Alterações agudas do nível de consciência e funções cognitivas, com caráter flutuante. • Em grande parte dos casos, o delirium se manifesta, devido a distúrbios orgânicos subjacentes. o Infecção, isolamento, restrição física. • O diagnóstico prévio de demência é um fator de risco importante para o desenvolvimento de quadros de delirium. • Na emergência, a presença de delirium se correlaciona ao aumento de morbimortalidade em população não cirúrgica. Etiologia • Principalmente relacionada a quadros infecciosos -> pneumonia e ITU. • Acometimento do sistema reticular ascendente e comprometimento global da função cérebro-cortical, principalmente em lobos frontais. o Presença de resposta inflamatória sistêmica – causa aumento da quantidade de citocinas e da ativação endotelial. • Fatores de risco predisponentes: o Idade > 70 anos. o Diagnóstico prévio de demência. o Perda prévia de funcionalidade. o Imobilidade. o Polifarmácia. o Déficits sensoriais. o AVC prévio. o Depressão. o Etilismo. • Fatores de risco que podem precipitar delirium: o ITU, pneumonia, infeção de SNC. o Distúrbios hidroeletrolíticos, alterações de glicemia, distúrbios tireoidianos ou hepáticos. o IAM, IC, arritmias. o Intoxicação medicamentosa – psicotrópicos, suspensão abrupta de medicação, abstinência. o Contenção física, dispositivos invasivos, privação de sono. Achados Clínicos • Alteração qualitativa e quantitativa do nível de consciência. • Possui caráter flutuante ao longo do dia. o Desatenção, desorientação, desorganização do pensamento. o Quadros alucinatórios e delusionais. o Sonolência e torpor. o Hipervigilância e agitação são mais comuns -> cerca de 80% dos casos de delirium. o Comprometimento da funcionalidade. • Necessidade de pesquisa ativa, com uso de escalas específicas, para investigar se os pacientes estão em franco delirium. o Escala sCAM – emergência. • Após o rastreamento positivo, é possível classificar o delirium em hipoativo, hiperativo ou misto. Caroline Zanella ATM 2022/a 2 Exames complementares • O diagnóstico é essencialmente clínico. • Não foram identificados marcadores séricos para a síndrome. • Exames laboratoriais são utilizados na tentativa de encontrar uma causa base. o Hemograma, hemocultura, gasometria arterial, função renal, eletrólitos. o EQU e UCA. o Raio-X de tórax e ECG. o Função hepática. o Toxicológicos. o A PL se torna útil em indivíduos com suspeita de meningismo e encefalite. Tratamento • Tratar causa base após sua identificação - > eliminar os fatores precipitantes. • Fatores ambientais: o Comunicação clara com o paciente. o Disponibilizar relógios, calendários, uso de óculos ou aparelhos auditivos. o Promover visitas familiares. o Facilitar o ciclo circadiano fisiológico, promovendo, ambiente calmo e escuro à noite. o Controle da dor. o Estimular deambualação. o Evitar contenção física. • Evitar uso de benzodiazeoínicos. o Haloperidol se mantém cono droga de escolha. § Olanzapina e risperidona. o Os benzodiazepínicos podem ser utilizados quando a causa do delirium for abstinência alcoólica.
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