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Patologia Especial 16 de março de 2022 Sites para ver lâminas patológicas: • Jhon King Show and Tell • Cornell* Não lesões: fazem parte da característica anatômica normal Exemplos: • Fímbrias linguais de leitão ao nascer • Refluxo do conteúdo intestinal na cavidade nasal em ruminantes – pós mortem, causado pelo relaxamento dos esfíncteres Alterações congênitas • Quando tem uma diferença, é possível saber através da conformação anatômica do crânio. Nos animais braquicefálicos, é automático ter braquignatia superior • Para identificação, levar em conta a raça do animal e a observação do caso Queilosquise (lábio leporino) • Não tem fechamento do mufo, a parte superior do lábio do animal. Narina fica aberta na frente do mufo • Espécies: bovinos, ovinos, cães • Causa: endogamia – cruzamento muito cossanguíneo • Pode ser bilateral ou unilateral • É possível corrigir cirurgicamente, porem é recidiva, sendo direcionado para abate Braquignatia Superior e Inferior • Superior: a maxila é mais curta que a mandíbula - buldogue, boxer • Inferior: maxila é mais extensa que a mandíbula – teckel Prognatia (sempre na mandíbula) • A mandíbula é mais longa que a maxila • “Queixo para frente”; na medicina é dividida em classes, de acordo com a gravidade • Cães, equinos, bovinos Palatosquise - fenda palatina • Quando não há a fusão da sínfise óssea do teto da cavidade oral • Dificulta o ato de mamar, pois existe conexão entre boca e naso • Não tem pressão para sugar o leite • Contrariamente, pode aspirar o leite e ele pode ir ao trato respiratório, causando pneumonia por aspiração, podendo encontrar leite ou conteúdo vegetal → não é interessante que esse animal fique na reprodução Alterações inflamatórias Ex: estomatite (cavidade oral), gengivite (gengiva), glossite (língua), palatite (pálato) → são divididas entre superficiais e profundas Estomatite superficial • Catarral • Vesicular: febre aftosa, diarreia viral bovina, febre catarral maligna, calicivirose felina, doenças autoimunes (pênfigo) – encaminhamento de material para confirmação de diagnóstico É improvável encontrar vesículas, pois elas estarão na fase mais aguda. Quando elas se rompem, causa inflamação e causa erosão e posterior ulceração • Erosiva: parte da cavidade cavidade oral Patologia do Sistema Digestivo Patologia Especial 16 de março de 2022 • Ulcerativa: toda a cavidade Estomatite profunda Febre aftosa: Doença viral aguda, altamente contagiosa que afeta animais bi- ungulados ou de casco fendido • É uma doença de importância econômica além de ser zoonose • Surto de febre aftosa causa bloqueio de exportações e interdição de venda • Afeta todos os animais de casco fendido (bi-ungulados): caprino, suíno, bovino, ovino Causada pelo vírus do gênero Aphtovirus Dados: • Período de incubação: 1 a 5 dias • Morbidade de aproximadamente 100% • Baixa mortalidade em animais adultos (5%) e acomete os animais jovens (50%) de miocardite, não da nem tempo de desenvolver vesículas, sendo uma morte súbita Sinais clínicos • Febre alta (acima de 41,5ºC) • Vesículas na cavidade oral, focinho, tetos e pele das patas (interdigital) • Miocardite em terneiros (bezerro) • Sialorreia: baba excessiva • Claudicação (“manqueira”): estojo coro se solta e a pata fica em carne viva Alterações: • Infecção usualmente é por via respiratória • Entra no trato respiratório, vai para linfoides regionais, faz viremia (chega na corrente circulatória), domina organismo e se aloja em epitélios de trato digestório e da região interdigital • Infectam as células do estrato córneo da espinhosa, destruindo essas células • Causam cavitações que coalescem (juntam), são preenchidas por líquido, formando vesículas e posterior erosão e ulceração • Epitélio de revestimento solta da região • O excesso de saliva se dá por conta da lesão Diagnóstico: → Isolamento do vírus: • Material para laboratório: epitélio ou líquido das vesículas; líquido da faringe e esôfago • Preservação: refrigerado ou congelado → Sorologia: forma mais barata de fazer método diagnostico • Material para laboratório: soro pareado (duas sorologias com 15/20 dias de diferença entre elas – período pré patente; observar soroconversão) • Preservação: refrigerado ou congelado - Os sintomas de febre aftosa no humano são mais brandos e a transmissão é por contato com os tetos - Com o animal morto, o vírus permanece viável enquanto congelado e deve ser colhido o mais rápido após a morte, mas a colheita pode ser feito com o animal vivo também - É importante ter contraprova do teste, no mínimo por 5 anos. Deve-se colher 4 tubos, pois o soro reduz pela metade, concluindo 2 tubos (prova e contra prova) estomatites superficiais Patologia Especial 16 de março de 2022 Malácia: depressão que denuncia infecção e forma-se após fixação em formol Gengivoestomatite linfoplasmocitária Espécies: gato, cachorro • Muito comum em gatos, imagina-se que esteja relacionado com cálice vírus, FIV e FeLV • Se está relacionado ao cálice vírus, requer tratamento paliativo e sintomático • Suspeita-se que possa ser autoimune ou que esteja relacionado com alimentação (alimentos duros e secos não acumulam no espaço intergengival) • Recomenda-se higiene oral para não acumular material no sulco gengival Diagnóstico diferencial: fibrosarcoma ou carcinoma de células escamosas (CEC) • Histopatologia: inflamação do tipo linfoplasmocitária, observação de linfócitos e plasmócitos • A histologia indica se é fibrosarcoma, carcinoma ou gengivoestomatite linfoplasmocitária É uma gengivoestomatite: cavidade oral + gengiva Tratamento: remoção de dentes (nem sempre é possível eliminar periodontite e gengivite), mudança da alimentação, antibióticos Refratário: pode voltar mesmo após tratamento – acompanhamento necessário Prognóstico: reservado , pois não se sabe como o animal ira responder ao tratamento • Inclui tratamentos conservadores (higiene oral, mudança de habito alimentar) e posterior tratamento periodontal, extração do dente, avaliação odontológica • Caso não surta efeito e o efeito seja refratário, o prognostico é ruim Úlcera urêmica • Uremia: problemas renais, com aumento da taxa de ureia no sangue, a qual é tóxica para os epitélios das cavidades oral, respiratória, cardíaca • Causa ulceração na língua (dorsal e ventral) e boca • Ureia acumula no corpo Sinais clínicos: mau hálito • Qualquer sinal clinico na face do animal requer analise da boca e mucosas, pois pode ser periodontal Necrobacilose: Bactéria filamentosa gran negativa aeróbica A oral é causada pelo Fusobacterium necrophorus Causa e desenvolvimento: • Precisa de ambiente anaeróbico = tecido necrótico • Normalmente, em animais jovens (terneiros) saindo da lactação e começando a alimentar-se de forragem • Capim pode perfurar a mucosa e causar lesão necrótico • Ubiquitário: esta nas terras, fezes, mangueira, curral – presente no ambiente • Produz toxinas e aumenta a necrose, que aumenta anaerobiose • Acontece principalmente no arco grosso palativo e na região da faringe Sinais clínicos • Fase inicial da infecção: halitose estomatites profundas Patologia Especial 16 de março de 2022 • Úlceras profundas e ressecadas (avançado) • Dispneia inspiratória ou expiratória: chiado ou sibilo do bezerro • Pode adquirir postura ortopneica – abre membros torácicos e estica pescoço na tentativa de facilitar respiração Actinobacilose: Bactéria cocobacilo gran positivo Causa por Actinobacillus lignieresii Também chamada de doença da língua de pau, perde mobilidade Sinais e desenvolvimento: Ficarígida por causa da fibrose e processo inflamatório granulomatoso, com grande produção de tecido fibroso, enrijecendo a língua • Processo piogranulomatoso: pus + necrose caseose Actinomiose Causada pelo Actinomyces bovis Acomete mandíbula ou maxila do animal Produz grandes tumores e massas na região da cavidade oral Sinais e desenvolvimento: • Provoca osteomielite com destruição do tecido ósseo e proliferação • Na microscopia, enxerga-se colônia de bactérias proliferadas Diagnostico: cultura de pus ou fragmento para cultura e antibiograma
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