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EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 Execução Geral Parte 3 EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 10- RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ORIGINÁRIA. REGRA GERAL. Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. Art. 790. São sujeitos à execução os bens: I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; II - do sócio, nos termos da lei; III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. Lembrar- processo de execução = título extrajudicial Processo de conhecimento- título judicial Não podemos confundir as pessoas que figuram no polo passivo com a responsabilidade patrimonial de pessoas que não estão no polo passivo, mas podem responder com seus bens, como o fiador por exemplo. Pessoas que ainda não ocupem um dos polos da ação podem sim responder por seus bens. Art 789- Princípio da patrimonialidade- o executado responde com seus bens presentes e futuros, pode haver a suspensão do processo ou a suspensão da fase de cumprimento por um tempo, justamente aguardando que o executado adquira bens para que possa se sujeitar a execução- responsabilidade patrimonial priemira (originária)- inerente ao devedor, ao titular do débito que está sendo executado, pertence somente a ele. 11- RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL SECUNDÁRIA. BENS QUE TAMBÉM FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO Art. 790. São sujeitos à execução os bens: I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; II - do sócio, nos termos da lei; III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 Execução Geral Parte 3 VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. O Art. 790 são as hipóteses de responsabilidade secundária (derivada) de pessoas que ainda não estejam ocupando o polo passivo podem ser atingidas pela execução – hipóteses excepcionais. São sujeitos, não fala do devedor ou do polo passivo ou executado, mas sim de bens, de pessoas que podem ter seus bens atingidos. I- Direitos reais, de propriedade por exemplo, o sucessor a titulo singular pode ser o herdeiro mas pode ter uma situação inter vivos- Art 109 §3º, se A entra com ação contra B para que se entregue um carro e após citado, a coisa se torna litigiosa, B vende o carro para C, A ganha a ação, C terá que entrar no processo. Atinge o sucessor, esse inciso serve para entrega de coisa- bem alienado. II- Formatos societários em que os bens dos sócios podem ser atingidos, o patrimônio dos sócios pode ser atingido, sociedades de responsabilidades ilimitadas, possibilidade do sócio como pessoa física responder com seu patrimônio. III- Bens de alguém que não é parte e não pode ser atingido, devedor é parte, ele quis defender o terceiro que está com o bem. Ex.: penhoro o imóvel de B, mas está alugado para C, aquele que aparecer para arrematar o leilão precisa respeitar o contrato de locação com C. O artigo errou pois o devedor não é terceiro. IV- Cônjuge ou companheiro – Art 1643 e 1644 CC, responde por bens em prol da economia e do lar, se A fizer a compra sozinho mas não pagar o cônjuge responde, isso se o bem corresponder com a economia e o lar. V- Veremos depois VI- Veremos depois VII- IDPJ, antigamente se valia a questão da desconsideração no II, mas foi desmembrado, II fala sobre o formato da sociedade e o VII sobre a desconsideração da personalidade jurídica, é afastada a pessoa jurídica para que se alcance os bens do sócio. 12- FRAUDE A EXECUÇÃO. A PARTIR DE QUANDO OCORRE? HIPÓTESES LEGAIS. A AVERBAÇÃO COMO PRESUNÇÃO DE FRAUDE A EXECUÇÃO. Art. 791. Suspende-se a execução: I - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução (art. 739-A); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). II - nas hipóteses previstas no art. 265, I a III; III - quando o devedor não possuir bens penhoráveis. Fraude contra credores – art 158 e 159 CC Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 Execução Geral Parte 3 § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. A diferença entre a fraude a execução e a fraude contra credores é temporal, as consequências jurídicos e processuais serão distintas. Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ; III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei. § 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente. § 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem. § 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar. § 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias. A tem credito de 5 mil contra B, uma nota promissória vencida e B não pagou, B para se colocar em insolvência (se tornar um devedor que não consegue pagar) se desfaz de todos seus bens, para que quando A entre com ação não tenha mais nenhum bem- fraude contra credor, insolvência notória ou houver motivo para ser conhecida pelo contratante. Anuláveis- para anular eu preciso de um processo autônomo, ação pauliana, ação anulatória, contra B e para quem ele vendeu o carro, seu amigo C, onde em conluio com C houve uma fraude contra credores, concilium fraudis, era notável a situação de insolvência, ou provar nos autos que houve esse conserto para prejudicar o credor, vou provar a fraude com uma ação anulatória chamada ação pauliana. EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 Execução Geral Parte 3 A fraude a execução é mais grave que a credores, já está em curso o processo de execução ou o cumprimento, o marco divisor entre a execução a credor,tem uma divergência, onde fala que já há fraude a execução, uma minoria entende que durante a propositura da ação, após essa dará já é fraude, mas o STJ entende que o marco é a data da citação do executado ou citação no processo de conhecimento no caso de ser fase de cumprimento de sentença. Pois um dos efeitos da citação é tornar a coisa litigiosa e tornar o devedor em mora. Ex.: ação de indenização, se na ação de conhecimento começa a se desfazer de bens, se da a fraude. Tem que saber distinguir, a fraude a execução é mais séria, mais ostensiva que a fraude contra credores, ato atentatório trata da fraude contra a execução, há um enfrentamento ao estado juiz. Na fraude contra credores preciso de uma ação autônoma (art 790 VI- ação de anulação daquele ato) a fraude contra execução é tão escancarada que se for o caso de fraude não há necessidade de uma ação anulatória, o juiz da execução reconhece a ineficácia dessa venda por decisão interlocutória. Preciso comprovar que essa venda foi posterior a execução. Venda exclusiva em relação ao credor, pois eficácia e anulação não são expressões sinônimas. Anulação eu excluo o ato do mundo jurídico, foi anulado, quando se fala em ineficácia (fraude a execução) juiz não anula, ele só diz que essa venda como ato jurídico é valida, menos para o credor, ou seja, não há retirada de efeitos jurídicos, menos para o credor, que pode perseguir esse bem, mesmo que não tenha sido vendido para terceiro- deixa e ser mero adquirente protegido Art 792- Alienação de bens – já há ação, nos 3 incisos há a averbação em comum, houve uma previa averbação. Ex.: um imóvel legislador exige que a averbação tenha sido feita antes, para que não aconteça um terceiro vitimado, essa averbação foi para botar fora de discussão, que se não tiver averbado o terceiro está de boa-fé, só se provar que o terceiro sabia, a boa fé se presume a má-fé se comprova Ex.: eu penhoro um imóvel de B e não só penhoro como averbo na matrícula, após isso B vende para C, ele não pode alegar que não sabia, pois está na matricula do imóvel. I- Próprio objeto da lide, punir a fraude do próprio objeto II- A pendencia do processo na matricula do bem, eu entrei hoje com o processo de execução, pego a certidão da distribuição e averbo o imóvel, terceiro não pode alegar surpresa III- Já a penhora do imóvel, averbei no imóvel IV- Dois pressupostos- ação em curso e insolvência do devedor, pois quando entre com uma ação contra o executado ele não esta impedido de se desfazer do bem, não é um bloqueio de bens, só não posso me tornar insolvente, é preciso que haja prejuízo ao credor e a prova de insolvência, sumula 375- depende do registro da penhora- reforça a ideia que é preciso da publicidade da ação para que o terceiro fique desprotegido V- Ex.: Art 856 §3º §1º Pode se dar incidentalmente, não causa anulação do ato apenas sua ineficácia em relação ao exequente. §2º só exige essa cautela quando forem bens que não tenha registro público – exige do terceiro, essa cautela §3º a empresa assim que há o pedido de desconsideração o marco inicial para a fraude é a citação dele no incidente de desconsideração EXECUÇÃO GERAL PARTE 3 Execução Geral Parte 3 §4º cuidado do legislador com o terceiro, antes de declarar fraude juiz pode intimar o terceiro para se quiser opor embargos de terceiro em 15 dias – chama o terceiro para ver se não quer entrar com uma ação, para que se decida se há ou não boa fé.
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