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Suinocultura 15 de março de 2022 Importância da suinocultura no Brasil e no mundo → mercado, relação com produção de milho e soja (entre outros) Caracterização dos principais agentes envolvidos na cadeia produtiva da carne suína → como a carne chega ao consumidor Segmentos envolvidos na produção de carne suína no brasil 1. Segmento de insumos 2. Segmento pecuário 3. Segmento de intermediação 4. Segmento de abate e processamento 5. Segmento de distribuição de consumo → Representatividade por espécie de produtos para saúde animal (faturamento do país) + por classe terapêutica (antiparasitários + biológicos + antimicrobianos + suplementos e aditivos) • Atualmente existe uma regulamentação maior nos níveis utilizados de medicamentos aos animais • Desafio sanitário: suinocultura intensiva vs controle de doenças transmitidas + restrição de uso de antimicrobianos (melhoradores de desempenho) • O uso excessivo de antimicrobianos leva ao aumento da resistência das doenças, levando a administração de doses cada vez mais altas • O médico veterinário atua na terapêutica do cuidado animal, através da prescrição de medicamentos, respeitando legislações do ministério da agricultura • Suplementos e aditivos substituem os microbianos como melhoradores de desempenho Uso racional de antimicrobianos + vacinas + suplementos e aditivos (ácidos orgânicos, enzimas) → ajudam sistema imunológico do animal sem aumentar resistência Equipamentos: pontapé inicial da cadeia produtiva Integrados e cooperados VS Independentes → A região mais importante para produção de suínos é a Sul (superior a 20 milhões de cabeças). Sudeste: Minas Gerais > São Paulo Norte: menor prevalência de suinocultura dentre as regiões Migração de empresas • A densidade populacional de suínos é muito alta, causando uma grande produção da quantidade de dejetos • Isso gerou migração para o Centro Oeste, que tem maior disponibilidade de área, com menor preço de milho e soja (por ser produtora) e menor risco de contaminação Desafio sanitário: a terra é pequena, com alta densidade populacional, dificultando o controle de produção e aumentando o custo de produção, uma vez que tem maior investimento em medicamentos e menor desempenho animal na produção (por não estar sadio) Sistemas de produção ou criação de suínos introdução Cadeia produtiva da carne suína no Brasil segmento de insumos segmento pecuário Suinocultura 15 de março de 2022 → Agentes envolvidos Produtor • Possui visão empresarial ou não • Visão de negócios: criação → lucro Qualidade genética dos animais • Raças de suínos e as implicações disso no melhoramento genético • Na suinocultura intensiva, está presente genética importada aliado a conhecimentos desenvolvidos Programa nutricional e práticas de manejo • Produtor cola = ruim; Produtor médio = intermediário; Produtor cabeça = superior • Nutrição: maior cuidado nutricional e reconhecimento da importância disso na qualidade da produção • Manejo: negligência com o animal e suas necessidades; comprometimento do produtor com a criação Características das instalações • A tecnificação da propriedade não necessariamente resulta em melhor produção. A criação mais simples requer maiores esforços e cuidados do produtor Tipos de insumos para controle sanitário • A criação do suíno deve incluir vacinação em dia, cuidado pela saúde do animal • Lugares que não vacinam não possuem certificação da inspeção sanitária, podendo levar a condenação da carcaça → são comercializados de forma informal → Tipos de sistema Sistema intensivo: aquele com criação intensiva dos animais, com alta supervisão • Confinado: participação do médico veterinário, o animal não tem contato com o meio ambiente • Semi confinado: o animal tem a vida parte livre, parte confinada • Criação ao ar livre: “SISCAL” – o animal é criado no meio ambiente, com cuidados do produtor Sistema extensivo: não tem supervisão, sem planejamento de nutrição, sanidade Ciclo de produção 1. Fêmea matriz em estro, pronta para ser coberta, as quais podem ser em pré gestação (vindo do desmame ou pela primeira vez) 2. Gestação: fêmeas gestantes, resultado do cruzamento de fêmeas matrizes (marrãs e porcas) com cachaços 3. Parição dos leitões: fêmea matriz + leitões lactentes, que ficam juntos por volta de 21 dias 4. A fêmea volta ao sistema enquanto o leitão, após o desmame, vai para fase de creche (leitões pré inicial e inicial) 5. Suínos recria 6. Suínos terminação: abate Tipos de produção de suínos → Produtor de ciclo completo: possui todas as categorias de animais em sua propriedade, possui todas as instalações para esses animais → Produção de leitões: possui intalação até a criação do animal desmamado ou na creche UPD: unidade produtora de desmamados – produz leitões até o desmame (matrizes pré gestação no estro, cruzamento de Suinocultura 15 de março de 2022 matrizes com cachaços, gestação, parto, cuidado de matrizes lactantes e leitões) UPL: unidade produtora de leitões – produz a fase creche, com 21 dias de idade e 6 quilos aproximadamente e vende com 63 dias e 24 quilos (somente fase de creche, com período pré inicial e inicial) → Produção de terminados: produz suínos de recria e de terminação, compra animais da UPL Entra com 22 kg e sai com 120-130 kg → Produção de reprodutores: compram bisavôs e bisavós internacionais ou compram sêmen; vendem fêmeas e machos Representados por empresas de genética Vende o animal após a maturidade sexual, com 180-200 dias; compradores são UPDs Genéticas canadenses, americanas e dinamarqueses UPD → UPL → Terminados → Reprodutores Obstáculo: o produtor recebe leitões de diferentes origens, criando um desafio sanitário, uma vez que os animais vindos de diferentes locais podem trazer diferentes doenças + maior heterogeneidade • Ao comprar machos de uma granja, é feita quarentena, porém isso não acontece com leitões de diversas origens Organização da produção de suínos Integração vertical: de cima para baixo; integrador → integrado • Integrador: material genético, alimentação, produtos veterinários, orientação técnica, compra dos animais • Integrado: terra, mão de obra (geralmente familiar), instalações, produção dos animais • O integrado troca serviços com o integrador, instituindo suas condições para que o integrador produza os animais, para vender posteriormente ao integrador • Vantagem para o integrador é a certeza da qualidade, enquanto para o integrado é saber quem irá comprar, quando e por quanto Integração horizontal (cooperativas) • Ex: Aurora tem relação vertical com as cooperativas e as cooperativas tem uma relação horizontal com os produtores • A empresa tem a planta frigorifica e se filia a cooperativas, que tem milho, soja, produz diversos alimentos (ex. Frimesa, Lar), para que ela estabeleça conexão com integrados – divisão de lucros • Cada cooperativa é formada por diversos produtores. A cooperativa doa medicamentos, material genético, enquanto os produtores vão criar animais. O produtor vende para cooperativa, e as cooperativas vendem esses animais para a empresa • Relação de barganha do pequeno produtor: junção de esforços para poder comprar insumos e divisão de lucro entre os produtores • Em caso de surto de doenças em um local de produção, deve-se investigar a origem dessa situação. Um produtor pode ser desligado de uma cooperativa caso não faça sua parte Suinocultura 15 de março de 2022 Condomínios: não é popular atualmente; pequenos produtores que se organizam entre si para fazer contratos entre si. • Produção coletiva: compra deração em conjunto com divisão de dívidas proporcionais • Vantagem: poder de barganha – mais produtos e produtos mais caros • Caiu em desuso pois produtores começaram a desconfiar entre si • Cada um pode ser responsável por uma parte da produção, com uma instalação específica em cada um Produtores independentes: compra e vende para quem quer, escolhendo ração, medicamento, e todas outras necessidades • Normalmente necessita alto financiamento e são empresários Nas regiões do Brasil: Sul: integração vertical + integração horizontal + condomínios Sudeste: produtores independentes Sistemas de produção ou criação de suínos • Níveis de produtividade • Custo de implantação da unidade de produção Índices zootécnicos da suinocultura Valores críticos e metas nas fases de pré gestação e gestação • Intervalo médio de desmama • Taxa de retorno ao cio • Taxa de partos • Número de partos/matriz/ano • Taxa de reposição anual de matrizes • Taxa de reposição anual de machos • Relação fêmeas por macho (monta natural) Valores críticos e metas na maternidade • Número de leitões nascidos vivos por parto • Peso médio dos leitões ao nascer • Taxa de leitões nascidos mortos • Taxa de mortalidade de leitões lactentes • Número de leitões desmama por parto Valores críticos e metas na creche • Taxa de mortalidade • Ganho de peso • Conversão alimentar • Peso na saída da creche Valores críticos e metas na recria e terminação • Taxa de mortalidade de animais • Ganho de peso diário • Conversão alimentar • Peso no final da terminação Índices zootécnicos da suinocultura tecnificada • Intervalo desmama-prenhez • Taxa de retorno ao cio • Taxa de parição • Número de partos por porca por ano • Número médio de nascidos total por parto • Natimortos • Mumificados • Mortos ao nascer • Número médio de nascidos vivos por parto • Peso médio ao nascimento • Taxa de mortalidade na maternidade • Número médio de desmamados por parto • Número médio de desmamados por matriz por ano Suinocultura 15 de março de 2022 Principais causas da instabilidade na suinocultura • Variação na oferta e preços das outras carnes no mercado • Desequilíbrio na relação oferta:demanda • Exportação para poucos países • Surto de doenças → menor exportação • Preços de milho e farelo de soja • Crises econômicas mundiais • Sazonalidade da demanda interna pela carne suína Táticas para sobrevivência dos suinocultores • Menos planteis, a fim de gerar recursos e diminuir prejuízos • Animais mais leves para o abate • Mobilizar recursos (outras atividades) • Cortar investimentos Cooperativas + Comerciantes Carcaça suína = tudo, exceto sangue, vísceras, unhas, cerdas, pelo - são vendidas para produtores nacionais Carcaça suína tipo exportação = tudo, exceto sangue, vísceras, unhas, cerdas, pelo, cabeça e patas - carcaças não são exportadas inteiras para melhorar rendimento, são vendidas em cortes Características da carcaça suína atual: porcentagem de carcaça quente e fria, cabeça, gordura, perda de umidade, conteúdo Gl/urina, produtos não comestíveis Cortes comerciais = pernil, lombo, barriga, paleta, copa Classificação e tipificação de carcaça Classificação: agrupar em características semelhantes, como sexo, maturidade e peso • Uma vez que essas características influenciam na carcaça Tipificação: classificação + classificação por gordura de cobertura e conformação da carcaça • Gordura de cobertura = copa, paleta, barriga, pernil e subdivisões + presunto light, copa light, etc Objetivos da tipificação • Remunerar o produtor/cooperativa em função do rendimento e qualidade da carne produzida • Selecionar carcaças para melhor aproveitamento industrial • Padronizar os produtos para atender as exigências dos consumidores Pagamento das carcaças • Peso vivo do suíno, peso da carcaça, rendimento de carne • Índice de bonificação (IB) o IB < 1 → penalização o IB > 1 → premiação o IB = 1 → isenção • Pistola inserida na carcaça mede a profundidade da gordura e do músculo (e a sua coloração) Maior comprador: China suinocultura no Brasil segmento de intermediação segmento de abate/process. segmento de distribuição e consumo Suinocultura 15 de março de 2022 • Importância da pulverização das exportações •
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