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1 CURSO: Ministério Público Estadual Estagiando Direito @estagiando_direito_ AULA 02 – Direito Penal 2 Olá, estudantes. Hoje, trabalharemos com a Aplicação da Lei Penal e algumas características. Antes de iniciarmos, gostaria de agradecer todo o feedback dado por vocês em relação à primeira aula! Ficaremos atento à todas as sugestões e aperfeiçoaremos mais ainda o nosso trabalho. Sem mais delongas, vamos começar. Lei penal Lei penal, é a fonte formal imediata do Direito Penal, uma vez que, por intermédio de expressa determinação legal, tem reservado, o papel de criar infrações penais e cominar-lhes as penas respectivas. Imperioso ressaltar, que a lei penal não é proibitiva, mas descritiva. Observe: Na conduta de Roubar (artigo 157 do Código Penal) não há uma proibição e sim a descrição de um comportamento criminoso, impontado a pena a ser aplicada caso seja ele praticado. Classificação As leis penais apresentam algumas divisões, vejamos: A) Incriminadora: São as que criam crimes e cominam as penas; B) Não incriminadoras: São as que não criam crimes e nem cominam penas, e se subdividem em: • b.1) Permissivas: Autorizam a prática de condutas típicas, simplificando, são causas de exclusão da ilicitude, exemplo, o artigo 23 do Código Penal; • b.2) Exculpantes Estabelecem a não culpabilidade do agente ou ainda a imputabilidade de determinados delitos; 3 • b.3) Interpretativas: Esclarecem o conteúdo e o significado de outras leis penais, exemplo, o artigo 150, §4° do CP (conceito de domicílio); • b.4) De aplicação, finais ou complementares: Delimitam o campo de validade das leis incriminadoras; • b.5) Diretivas: São as que estabelecem os princípios de uma matéria; • b.6) Integrativas ou de extensão: São aquelas que que complementam a tipicidade no tocante ao nexo causal nos crimes omissivos impróprio, à tentativa e à participação. C) Completas ou perfeitas: Apresentam todos os elementos da conduta criminosa; D) Incompletas ou imperfeitas: Reservam a complementação da definição da conduta criminosa a uma outra lei, a um ato de administração pública ou ao julgador. Do exposto, essa são as classificações principais indispensáveis para a compreensão da matéria. Falaremos agora, sobre a Lei penal em branco. Lei penal em branco Primeiramente, o conceito de normal penal em branco ou também conhecida como cega ou aberta, formaliza-se em uma espécie de norma penal cuja definição da conduta criminosa necessita de uma complementação, seja por uma outra lei, ou por ato da Administração Pública. E divida-se em: A) Lei penal em branco em sentido lato ou homogênea: É aquela em que o complemento tem a mesma natureza jurídica e provém exatamente do mesmo órgão que elaborou a Lei penal incriminadora. Por exemplo, o artigo 169, parágrafo único, I do Código Penal é complementado pelo artigo 1.264 do Código Civil, são homogêneas porque tanto o Código Penal quanto o Civil têm como sua fonte o Poder Legislativo, vide artigo 22, I da CRFB/88. Ademais, poderá ser homovitelina, quando o tipo incriminador e seu complemento, por intermédio de outra lei, se encontrarem no mesmo diploma legal Legislativo. Ou, por fim, 4 heterovitelina, quando o complemento do tipo incriminador estiver alocado em diploma legal diverso. B) Lei penal em branco em sentido estrito ou heterogênea: Ocorre quando o complemento tem natureza jurídica diversa e emana de órgão distinto daquele que elaborou a Lei penal incriminadora. Exemplo clássico, a Lei n° 11.343/06 (Lei de drogas) que foi editada pelo Poder Legislativo, entretanto, o seu complemento está presente na Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (SVS/MS 344/1998) que pertence ao Poder Executivo. C) Lei penal em branco inversa ou ao avesso: Onde o preceito primário (descrição da conduta) é completo, entretanto, o secundário (pena em abstrato) reclama uma complementação. Podemos citar como exemplos, os artigos 1° a 3° da Lei 2.889/56, que trata sobre o crime de genocídio. D) Lei penal em branco de fundo constitucional: Aqui, o complemento do preceito primário (descrição da conduta) encontra-se presente em norma constitucional. A título de exemplo, o homicídio contra integrantes dos órgãos da segurança pública (artigo 121, §2°, VII do Código Penal) possui seu complemento no artigo 142 e 144 do CRFB/88. E) Lei penal em branco ao quadrado: Nessa classificação, em síntese, o complemento também depende de uma complementação. Por exemplo o artigo 38 da Lei n° 9.605/98 que trata sobre os Crimes Ambientais, possui sua complementação no artigo 6° da Lei n° 12.651/2012 o Código Florestal, que por sua vez, depende de uma nova complementação pelo Poder Executivo. Dessa forma, diante o supracitado, tratamos sobre a norma penal em branco e suas classificações, que podem ser cobradas em sua prova. Falaremos agora, sobre as analogias da Lei penal. 5 Analogias Aqui, não há o que se falar em interpretação da lei penal. Mas sim, de integração ou colmatação do ordenamento jurídico. Destarte, é a aplicação, ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso semelhante. Está por sua vez, possui algumas espécies, vejamos: A) Analogia in malam partem: Aqui, há aplicação de uma Lei maléfica ao réu, disciplinadora de caso semelhante, em um caso omisso. Não é admitida pela Direito Penal, conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal; B) Analogia in bonam partem: Aqui, há aplicação de uma Lei benéfica ao réu, disciplinadora de caso semelhante, em um caso omisso. É admitida no Código Penal, exceto no que tange às Leis excepcionais; C) Analogia legal: Aplica-se ao caso omisso, uma lei que trata de caso semelhante; D) Analogia jurídica: Aplica-se ao caso omisso, um princípio geral do direito. Do exposto, tratamos sobre as analogias aplicas à Lei penal. Agora, falaremos sobre a Lei penal no tempo. Lei penal no tempo De início, é IMPRESCINDÍVEL a leitura do artigo 2º e 3° do Código Penal: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 6 À luz dos supracitados artigos em conjunto com o artigo 5°, XL da CRFB/88, percebe- se que, uma vez criada, a eficácia da Lei penal no tempo deve obedecer a uma regra geral e algumas exceções. Falando sobre a regra geral, observa-se que é a prevalência da lei que se encontra em vigor quando da prática do fato. Em suma, aplica-se a lei vigente quando da prática da conduta. Por outro lado, as exceções são hipóteses de sucessão das Leis penais que disciplinem, total ou parcialmente, a mesma matéria. E, se o fato tiver sido praticado durante a vigência da lei anterior são situações que podem ocorrer: A) Novatio legis incriminadora: É a Lei penal que irá tipificar como infrações penais comportamentos que até então, eram considerados irrelevantes; B) Lei penal mais grave ou lex gravior: A lei penal mais grave é aquela que de qualquer forma irá implicar um tratamento mais rigoroso às condutas que já são consideradas como infrações penais; C) Abolitio criminis: Aqui, há uma nova Lei que exclui, no âmbito do Direito Penal, um fato até então considerado criminoso. Destarte, temos a natureza jurídica de causa de extinçãoda punibilidade, vide artigo 107, III do Código Penal. Imperioso ressaltar, que a abolitio criminis alcança a execução e os efeitos penais da sentença condenatória, não servindo para de fins de caracterização da reincidência e nem dos maus antecedentes. Entretanto os efeitos civis permanecem. Uma situação interessante, Abolitio criminis x Lei penal benéfica? Como já estudado, a abolitio criminis é uma causa de extinção da punibilidade em razão de uma nova Lei que exclui, no âmbito do Direito Penal, um fato até então considerado criminoso. Diferentemente da Lei penal benéfica, que se verifica quando da ocorrência de sucessões de Leis penais no tempo, o fato penal previsto como crime ou contravenção penal que tenha sido praticado na vigência da lei anterior e, uma nova Lei que tenha características benéficas, aplicar-se-á a Lei mais benéfica no caso concreto. 7 Uma importante súmula para aperfeiçoamento da matéria: Súmula 611 do STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. Dessa forma, caso a condenação já tenha sido alcançada pelo trânsito em julgado, caberá ao Juízo das Execuções Penais aplicar a Lei penal mais favorável. Por fim, ainda existem outras duas situações, entretanto, para evitar um inchaço do material, tratamos apenas das hipóteses que mais podem ser cobradas na sua prova. Conflito aparente de Leis penais Aqui estudaremos quais princípios podem ser aplicados quando a um único fato se revela possível, a aplicação de dois ou mais tipos legais. 1) Especialidade: Aqui, a Lei especial prevalece sobre a Lei geral. Em razão da Lei especial ou específica, possuir conteúdo diferenciado. Vide artigo 12 do Código Penal, que preconiza: As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. A título de exemplo, o homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor. Ao invés de aplicar o artigo 121, §3º, aplica-se o artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro. 2) Subsidiariedade: Onde a lei primária tem prevalência sobre a lei subsidiária. Assim, a norma subsidiária só se aplicará ao caso quando o fato não se subconsome a crime mais grave, ou seja, o fato não se adequa a crime mais grave. A título de exemplo, artigo 15 da Lei n° 10.826/2003: Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a práticade outro crime. 3) Consunção ou absorção: Onde o fato mais amplo e grave consome e obsorve os fatos menos graves, os quais atuam como meio normal de preparação ou execução daquele, ou ainda, como seu mero exaurimento. 8 3.1) Crime progressivo x Progressão criminosa: No crime progressivo, o agente, para alcançar o resultado do crime mais grave pretendido, passa, de forma necessária, pelo crime menos grave, exemplo, a lesão corporal é um crime de passagem para o homicídio, entretanto, de acordo com o princípio aqui estudado, ele responderá unicamente pelo homicídio. Já na progressão criminosa, o agente substitui seu dolo, dando causa a resultado mais grave, onde se consuma o crime menor e depois concretiza um crime maior, exemplo, um indivíduo que deseja, inicialmente, lesionar a vítima, porém, após lesionar a vítima, ele decide matá-la e, de acordo com o princípio aqui estudado, ele responderá pelo crime mais grave, qual seja, o homicídio. 4) Alternatividade: Aqui, procura-se selecionar a norma aplicável quando a mesma ação antijurídica é definida pelo legislador mais de uma vez. Entretanto, tal princípio NÃO É ACEITO PELA DOUTRINA MAJORITÁRIA. Em razão de que, a consunção pode resolver o conflito aparente dentra da mesma figura penal. Tempo do crime Conforme preconiza o artigo 4º do Código Penal: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Assim, observando o dispisitivo legal supracitado, têm-se que o Código Penal adotou a teoria da atividade, que é aquela em que considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão), pouco importanto o momento do resultado. Para exemplificar, conforme a teoria da atividade, um indivíduo com 17 anos, 11 meses e 20 dias, efetua disparos de arma de fogo contra um outro indivíduo, provocando neste graves ferimentos. A vítima, vem a ser socorrida e internada em um hospital, entretanto, falece 15 dias depois. Destarte, não se aplicará ao autor o Código Penal, em razão da sua inimputabilidade ao tempo do crime, mas sim, deverá caber ao autor as disposições presentes no Estatuto da Criança e do Adoslecente. 9 Territorialidade Conforme preconiza o aritgo 5° do Código Penal: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Assim, é possível observarmos que a territorialidade é a regra, e aplicar-se-á a Lei brasileira independentemente da nacionalidade do agente, da vítima ou do objeto jurídico. Entretanto, há exeções, como o brasileireiro que comete crime no exterior e o estrangeiro que comete crime no Brasil e, nestes casos, será permitida a eficácia de convenções e tratados internacionais. Dessa forma, podemos perceber que o Código Penal adotou, em seu artigo 5°, o princípio da territorialidade mitigada ou temperada. Ademais, o artigo 5°, §1° do Código Penal nos informa: Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro ondequer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes oude propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ouem alto-mar. Vale lembrar que, em países como o Brasil, que são banhados pelo mar, possuem uma faixa denominada mar territorial, que é um local onde um Estado exerce a sua soberania. Dessa forma, seguindo o o artigo 5°, §1° do Código Penal, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do Governo brasileiro onde quer que se encontrem. O mesmo se aplica, às aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se encontrem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente brasileiro ou em alto-mar (meio do aceano). Para exemplificar: Aeronaves e Embarcações Aplicação da Lei brasileira Estrangeiras (privadas). Apenas no território brasileiro. Públicas ou a serviço do Governo Brasileiro. Sempre. Extensão do território brasileiro. Mercantes ou particulares brasileira. Em Alto-mar ou espaço aéreo correspondente. 10 Por fim, façamos a leitura do artigo 5º, §2° do Código Penal: É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Assim, verificamos que, se um crime ocorrer em embarcação ou aeronave de propriedade estrangeira, em território brasileiro correspondente, aplicar-se-á a Lei nacional. Do exposto, tratamos sobre os aspectos mais importantes referentes à territorialidade. Lugar do crime De iníco, façamos a leitura do artigo 6° do Código Penal: Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Assim, podemos concluir que o nosso Código Penal adotou a teoria da ubiquidade onde o lugar do crime é tanto aquele em que se foi praticada a conduta(ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu o resultado ou deveria produzir-se o o resultado. Destarte, para a incidência da Lei brasileira, basta a prática de um único ato executório em território nascional, ou então, que ocorra o resultado. Mneumônico: É comum a cobrança em prova de estágio ou até mesmo na OAB, as respectivas teorias adotadas referentes ao tempo e ao lugar do crime. E, muito canditados acabam confundindo as teorias mesmo sabendo os seus conceitos. A fim de se evitar isso, deixaremos um Mneumônico: LUTA: Lugar Ubiquidade Tempo Atividade 11 Extraterritorialidade Pois bem. Via de regra, aplicar-se-á a Lei brasileira aos casos ocorridos no Brasil que é delimitado por fronteiras e estabelicido em plano internacional. Destarte, tanto as vítima, quanto os autores dos delitos, podem ser brasileiros ou não. Entretanto, há exeção a essa regra da territorialiedade, que é quando a Lei brasileira alcança delitos cometidos no exterior. Dessa forma, a extraterritorialidade pode ser condicionada ou incondicionada. ATENÇÃO, Não se aplica a Lei penal brasileira às contravenções penais praticadas no estrangeiro. A extraterritorialidade incondicionada, é quando o agente é punido por prática de crime em território estrangeiro, mesmo que tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro. Em razão de que, a simples prática do crime já autoriza a incidência da Lei brasileira, independente de outra condição, vide artigo 7º, §1º do Código Penal. E quais são as hipóteses? Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I – os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituídapelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. E como fica o Princípio do Bis in Idem estudado na aula passada? O indivíduo será realmente punido duas vezes pelo mesmo fato? Aqui, trata-se de uma exeção ao princípio supracitado, em razão de que, dependendo da gravidade do delito cometido, mesmo que o indivíduo tenha já tenha respondido pelo crime no exterior, ele poderá responder de acordo com a Lei brasileira. 12 Porém, deve-se observar o disposto no artigo 8° do Código Penal, que preconiza: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Dessa forma, ele responderá duas vezes pelo mesmo crime, porém, a pena crumprida no exterior poderá abater sua pena a ser cumprida no Brasil. Diferentemente, é a extraterritorialiedade condicionada, onde a Lei brasileira é subsidiária em relação aos crimes praticados fora do território nacional, e estão elencados no artigo 7°, II e §3º: Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II – os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior. Entretanto, existem algumas condições cumulativas que devem estar presente. Estão elas elencadas no §2º do artigo 7° do Código Penal, e são elas: Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: § 2º Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 13 Por outro lado, no caso de crime cometido no estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, exigem-se outras duas condições: A) Não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição; B) Ter havido requisição do Ministro da Justiça. Dessa forma, tratamos dos assuntos mais recorrentes em provas e que vão te ajudar nas futuras resoluções de questões. Muito obrigado pela leitura, bons estudos e até a próxima aula!
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