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Ana Luiza Azevedo de Paula – Odontologia Processo saúde e doença 1 Odontologia COLORAÇÃO DE GRAM Bactérias Gram+ e Gram - O método de coloração de Gram permite que as bactérias retenham a cor com base nas diferenças nas propriedades químicas e físicas da parede celular. O nome Gram foi dado a esse processo em homenagem ao patologista dinamarquês Hans Christian Joachim Gram que realizou a descoberta em 1884 e até hoje continua sendo a técnica mais utilizada nos laboratórios de análises clínicas e microbiologia. Através da coloração é possível identificar e diferenciar os dois principais grupos de bactérias : Gram-positivas ou Gram-negativas. Em síntese, as bactérias gram-positivas retém o corante púrpura e o iodo, eles penetram na parede celular (que, possui uma camada espessa de peptídeoglicano) e o álcool não consegue remover o corante da mesma. Por esse motivo, não sofrem modificação ao serem contracoradas com a fucsina ou safranina. Já nas bactérias gram-negativas, a lavagem com o álcool consegue romper a camada externa (LPS) que esse grupo possui e com isso, remove o corante púrpura das células (a camada de peptídeoglicano das gram – é delgada, o que facilita a ação do agente descolorante). Assim, as gram-negativas se tornam incolores e depois são contracoradas com o a fucsina ou safranina, adquirindo a cor rosa. ü Bactérias Gram positivas As bactérias gram-positivas têm a sua parede celular composta por uma camada espessa de peptídeoglicano, ácidos teicoicos e fosfato. Não são resistentes a penicilinas ou cefalosporinas (antibióticos que atuam na lise da parede celular) ao contrário das gram-negativas, que por possuírem a camada externa, impedem a penetração desses antibióticos. ü Bactérias Gram Negativas As bactérias gram-negativas, possuem uma fina camada de peptídeoglicano no espaço periplasmático e uma membrana externa – bicamada lipídica que contém lipopolissacarídeos/endotoxina (LPS), lipoproteínas e porinas. As bactérias gram-negativas são de grande importância clínica, pois estão associadas a uma série de patologias muito comuns como: infecções intestinais e urinárias, meningite e ISTs. Ana Luiza Azevedo de Paula – Odontologia Metodologia da Coloração GRAM Primeiramente, é necessário fazer o preparo da lâmina para ser feito o esfregaço. ü Preparo do esfregaço Pegar uma lâmina limpa no recipiente, secar e flambar rapidamente na chama do bico de Bunsen. Identificar o lado da lâmina onde será feito o esfregaço. Flambar a alça bacteriológica e deixá-la esfriar e colocar na lâmina uma gota de solução salina fisiológica. Flambar a agulha bacteriológica, deixar esfriar próximo a chama, abrir a placa com a cultura teste e tocar a colônia escolhida para retirada da amostra. Esfregar o material com movimentos de rotação da alça bacteriológica, para se obter um esfregaço de forma oval, bem fino e uniforme. Deixar secar nas proximidades da chama. Fixar o esfregaço passando a lâmina (lado oposto ao esfregaço) 5 vezes na chama do bico de Bunsen (rapidamente). Ana Luiza Azevedo de Paula – Odontologia Após o esfregaço estar pronto, cubra a lâmina com o corante violeta-de-metila e logo após deixe por aproximadamente 60 segundos. Escorra o corante e lave em um filete de água corrente; Cubra a lâmina com lugol diluído (1/20) e deixe agir por aproximadamente 1 minuto. Escorra o lugol e lave em um filete de água corrente. Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; descorando-a, até que não desprenda mais corante. Lave em um filete de água corrente. Cubra a lâmina com safranina e deixe agir por aproximadamente 30 segundos Lave em um filete de água corrente. Deixe secar ao ar livre, ou seque suavemente com o auxílio de um papel de filtro limpo. Visualize no microscópio. Logo após leia em objetiva de imersão (100 X). Ana Luiza Azevedo de Paula – Odontologia
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