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Termorreceptores em Ophidia

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Termorreceptores
em Ophidia
Subordem Ophidia
reune cerca de 2900 espécies de
serpentes, das quais, 366 são
encontradas no Brasil. As espécies variam
em tamanho, desde as espécies
escavadoras diminutas, que se alimentam
de cupins e crescem apenas até 10
centímetros, até as grandes constritoras,
com quase 10 metros de comprimento. A
maioria das serpentes segura a presa e a
deglute, enquanto esta se debate. As
serpentes que matam por constrição
devem ser capazes de torcer o corpo para
enrolar-se em volta da presa.
Envenenamento, estratégia mais eficaz
para evitar que sejam feridas pelas
presas, na constrição há grandes chances
da cobra se ferir durante o abate.
1. Termorreceptores
São receptores sensoriais que captam
estímulos de natureza térmica. No caso
das serpentes, a fosseta loreal e em
algumas espécies, a fosseta labial,
funcionam como órgão termorreceptor.
2. Órgãos termorreceptores
Fosseta loreal
Algumas cobras peçonhentas, além de
algumas outras cobras e animais,
desenvolveram órgãos especiais de
percepção de calor que os ajudam a
perceber animais de sangue quente. Esse
órgão comunica‐se com o cérebro, está
situado dos dois lados da face, entre o
nariz e os olhos, e tem a função de um
termoreceptor, sendo sensível à radiação
infravermelha, e é capaz de responder a
pequenas variações de temperatura.
Fosseta labial
São distribuídas nas escamas labiais
superiores e inferiores. Algumas
serpentes podem possuir até 30 (15 de
cada lado) destas aberturas. As fossetas
labiais possuem funções
termorreceptoras, entretanto, por serem
em um grande número, e por serem
localizadas perto da boca do animal, elas
possuem uma resposta mais lenta.
3. Radiação Infravermelha
A temperatura é uma variável importante
do meio ambiente. Dentro do reino animal
algumas espécies percebem e utilizam as
mudanças na energia térmica no seu
ambiente através de receptores
infravermelhos. A captação da radiação
infravermelha por esses receptores pode
ser empregada de diversas maneiras,
como por exemplo, na termorregulação,
na detecção de uma presa ou na proteção
contra os danos do calor. Algumas cobras
possuem receptores infravermelhos, as
fossetas ‐ as cobras peçonhentas são
2 Ionara Nunes (@ionaraestefany)
uma delas, como por exemplo, a família
Boidae. Essas cobras integram a
informação da visão com a radiação
eletromagnética, “vendo” assim a imagem
térmica do ambiente em que se encontra,
podendo encontrar presas ou evitar
predadores, além de servir também como
orientação espacial.
A fosseta loreal possui uma membrana
inervada com terminações nervosas
ligadas ao cérebro e que consegue
perceber variações de calor. Quando um
animal de sangue quente emana
radiação, esta atinge a membrana e leva
essa informação ao cérebro, criando uma
imagem térmica da presa e do ambiente,
fornecendo o tamanho do animal (através
das concentrações dos raios
infravermelhos), e os movimentos (pelo
deslocamento da 'imagem térmica').
4. Órgãos do sentido: órgão de
jacobson e língua bífida
O olfato das serpentes difere muito dos
mamíferos. Elas não conseguem sentir
cheiro com o nariz, porém conseguem
suprir isto com a língua bífida aparente,
ao colocá-la para fora, captando o cheiro
do ar e levando a mensagem até o órgão
de Jacobson, situado no palato.
5. Referências
BATISTA, Renata da Fonseca Moraes.
Desenvolvimento de estímulos dinâmicos
térmicos para análise do sistema sensorial
infravermelho em serpentes. São Carlos,
2013.
POUGH, F. Harvey. Material. Livro.
Idioma. Português. ISBN. 8574540955.
Número de chamada. 596 P872v. Edição.
4.ed. Publicação. São Paulo : Atheneu,
2008.
2 Ionara Nunes (@ionaraestefany)

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