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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA 2

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1 
 
 
 
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: 
 
VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
ALUNAS: 
 
LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 
 
 
TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 
 
 
 
 
SÃO GERALDO-AM 
2021 
2 
 
LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 
 
TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: 
 
VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico - Curso de Graduação – Licenciatura em Matemática, 
apresentado à comissão julgadora da UNIP – São Geraldo, sob a orientação da 
professora: Paula Martins da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO GERALDO-AM 
2021 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 
 
TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: 
 
VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
Banca examinadora: 
_____________________/__/__ 
_____________________/__/__ 
_____________________/__/__ 
5 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos esta pesquisa a nossa família, nossa base, nossos pais e todos 
companheiros de vida que nos apoiavam diariamente para que pudéssemos ter tempo e 
energia na busca da qualificação profissional e formação acadêmica. 
E a toda equipe da Universidade Paulista, que de forma direta ou indireta nos deu 
suporte para chegarmos até aqui. 
Nosso muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos primariamente ao Criador e dador da vida, ao senhor Jeová que nos 
deu o poder e a coragem para concluirmos com êxito desde o vestibular, até o presente 
momento na conclusão desta pesquisa. 
E todos nossos tutores e equipe docente que nos acompanharam, transmitindo 
conhecimento, nos atendendo sempre que necessário nos canais de atendimento ao aluno. 
E por fim um agradecimento especial ao nossa orientadora monográfica professora Dra. 
Paula Martins da Silva que nos orientou e tornou possível que esta pesquisa se 
concretizasse, ajudando-nos no que foi necessário, proporcionando as devidas orientações 
monográficas e as muitas leituras que contribuíram para nosso crescimento acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Para tudo há um tempo determinado; 
Há um tempo para toda atividade debaixo dos céus: 
Tempo para nascer e tempo para morrer; 
Tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou; 
Tempo para matar e tempo para curar; 
Tempo para derrubar e tempo para construir; 
Tempo para chorar e tempo para rir; 
Tempo para lamentar e tempo para dançar; 
Tempo para jogar fora pedras e tempo para ajuntar pedras; 
Tempo para abraçar e tempo para evitar os abraços; 
Tempo para procurar e tempo para dar por perdido; 
Tempo para guardar e tempo para jogar fora; 
Tempo para rasgar e tempo para costurar; 
Tempo para ficar calado e tempo para falar; 
Tempo para amar e tempo para odiar; 
Tempo para guerra e tempo para paz.” 
 - Eclesiastes 3:1-8, Bíblia Sagrada 
8 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Introdução .............................................................................................. 11 
 
1. Linha do tempo da matemática ....................................................... 13 
1.1 Tempos remotos ................................................................................ 13 
1.2 Tempos contemporâneos .................................................................. 14 
1.3 Matemática para todos ..................................................................... 16 
 
2. Matemática na educação .................................................................... 18 
2.1 Matemática e a reprovação escolar ................................................. 18 
2.2 A matemática contemporânea ......................................................... 21 
2.3 Contextualizando o ensino de matemática na educação ............... 22 
 
3 Metamorfose do ensino da matemática ............................................. 24 
3.1 Transformação no ensino da matemática ...................................... 24 
3.2 A mudança oriunda do docente ....................................................... 25 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 28 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
RESUMO 
 
Este relato monográfico ostenta mostrar como a matemática está presente na vida do ser 
humano desde os primórdios, e porque uma ciência tão antiga e pratica tornou-se objeto 
de terror, medo, preconceito que vem sendo passado de geração a geração, quando se 
refere a matemática escolar. O mundo globalizado, é competitivo e a tecnologia se inova 
de modo continuo, e a educação não pode ficar para trás, neste contexto o ensino da 
matemática também deve acompanhar o mundo globalizado. Veremos o papel do 
professor nesta tarefa árdua, em transformar a matemática tradicional atraente, de fácil 
compreensão e aplicação na vida pratica dos alunos. O êxito na aprendizagem da 
matemática faz toda diferença na vida de um cidadão, pois a administração do seu próprio 
dinheiro, as escolhas que faz, o modo como administra seus negócios dará respaldo para 
a economia da sociedade que integra. Será destacado que a matemática é para todos, e 
não só para matemáticos. Dados estatísticos são fatos que deixam evidente a necessidade 
de se inovar nos meios de ensino da matemática, pois a matemática está na maioria das 
vezes como causa da evasão escolar, isso é prova que algo tem que mudar. Veremos 
vários motivos que contribui para o fracasso na aprendizagem da matemática clássica e 
tradicional nas escolas. Por fim veremos a evolução que o ensino da matemática já 
alcançou. 
 
 
Palavras chaves: matemática, professor, cidadania, inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
ABSTRACT 
 
This monographic account shows how mathematics has been present in human life since 
the beginning, and why such an ancient and practical science has become an object of 
terror, fear, prejudice that has been passed from generation to generation, when it comes 
to school math. The globalized world is competitive and technology innovates 
continuously, and education cannot be left behind. In this context, mathematics teaching 
must also accompany the globalized world. We will see the teacher's role in this arduous 
task, in making traditional mathematics attractive, easy to understand and apply in the 
practical life of students. The successful learning of mathematics makes all the difference 
in a citizen's life, because the management of his own money, the choices he makes, the 
way he manages his business will support the economy of the society he integrates. It will 
be highlighted that mathematics is for everyone, not just mathematicians. Statistical data 
are facts that show the need to innovate in the means of teaching mathematics, as 
mathematics is most often the cause of school dropouts, this is proof that something has 
to change. We will look at several reasons that contribute to failure in learning classical 
and traditional mathematics in schools. Finally, we will see the evolution that the teaching 
of mathematics has already achieved. 
 
 
Keywords: math, teacher, citizenship, innovation 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A matemática é protagonista em obras milenares, como as pirâmides do Egito, e 
em descobertas incríveis, como levar homens ao espaço, em descobrimento de vacinas 
que salvam vidas. Mas quando vista na educação básica, ela se torna vilã. 
A Matemática receberá destaque neste trabalho monográfico quantoao assunto de 
necessidade de mudança no modelo de ensino adotado atualmente, e é consenso entre os 
pesquisadores e interessados sobre o tema que ela é a principal nos casos de reprovas, 
como citado por autores como D’Ambrósio (2013), Vitti (1999) e Brasil (1998). 
Os problemas e variáveis que leva ao medo e preconceito com a matemática são 
diversos, e receberá atenção neste trabalho monográfico. Pode-se destacar que desde a 
falta de recursos e maior capacitação continua dos professores de matemática. 
 Muitas vezes a matemática é apresentada não como uma ferramenta de ações 
cotidianas, mas unicamente com finalidade de absorção de conhecimento e aplicação em 
provas, vestibulares e concursos e a consequência disso que os alunos deixam de perceber 
as aplicações da matemática no seu cotidiano. 
 Obviamente nem todo conteúdo matemático apresentado aos alunos são fáceis de 
serem aplicados a vida de um cidadão. A matemática escolar em geral acaba sendo 
descontextualizada da vida, não sendo atrativa a aprendizagem. As reclamações do ensino 
padrão da matemática (explicação e exercícios) desestimula o aluno ao novo, e a inovação 
dos métodos pedagógicos, até mesmo pelos professores na maioria da vezes pararem seus 
estudos na formação acadêmica de licenciatura em matemática. 
 Autores como refere-se Parra (1993), Moran (2008), e outros destacaram a 
importância de novos métodos e capacitação continua dos professores de matemática. 
Explorar-se a qual a importância da matemática na vida prática do aluno, e como 
a matemática pode ser uma ferramenta de capacitação intelectual do aluno. 
A história dos números e da matemática sempre esteve contextualizada a vida do 
ser humano, e quando não vista tão obviamente sua aplicação a vida, 
 Torna-se distante e monstruosa ao aluno. Vitti (1999) agregara essa temática, pois 
não é uma tarefa fácil, mas é preciso inovar o ensino e aprendizagem da matemática. 
Este relato monográfico ostenta por objetivo inteirar-se melhor das razões que faz 
milhões de alunos terem dificuldade na aprendizagem de Matemática, e os possíveis 
fatores deste fato, dando enfoque no preconceito que existe antes mesmo da exposição do 
12 
 
aluno ao conteúdo matemático. Explorar-se a possíveis alternativas parar tornar o ensino 
de matemática mais natural, e não traumático. 
Seus objetivos específicos são: Identificar as causas que levam os alunos a 
apresentarem dificuldades no aprendizado de Matemática; Apresentar a matemática como 
ferramenta de sobrevivência, e auxiliadora para o êxito na vida adulta na vida diária de 
um cidadão; Entender porque a disciplina de matemática tem o mais baixo índice de 
desempenho entre os alunos, e mais alto índice de reprovação; Explanar a função do 
professor de matemática em torna-la natural e pratica para os alunos, e não assustadora e 
motivo de fracasso na educação. 
Para alcançar esses objetivos, a metodologia adotada será pautada em pesquisas 
em livros com bibliografias já existentes e em sites de fontes confiáveis sobre os assuntos 
que serão abordados ao longo do trabalho. Para tanto, pretende-se uma pesquisa de cunho 
qualitativa - exploratória, pois visa proporcionar maior familiaridade com o problema 
com vistas a torná-lo explícito. 
Este trabalho compreende-se por três capítulos. O capitulo um tem o tema: Linha 
do tempo da matemática, o capitulo dois intitula-se: Matemática na educação, e por fim 
o capitulo três com o tema: Metamorfose do ensino da matemática. 
Nas considerações finais deste trabalho monográfico mostrará a confirmação da 
pesquisa bibliográfica de a matemática não é uma vilã na vida do aluno, pelo contrário é 
um dos pilares para formação de um cidadão pleno de seus direitos e autônomo de 
pensamento crítico, sendo a matemática uma ferramenta de sobrevivência útil do início 
ao fim da vida de qualquer pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. Linha do tempo da matemática 
1.1 Tempos remotos 
 
Nos primórdios da humanidade, a relação entre vida pratica e conhecimento era 
tudo que os humanos tinham a oferecer. Era ensinado aquilo que era útil para 
sobrevivência, como caçar, fazer fogo etc, e os jovens eram desde bem cedo treinados a 
serem hábeis nas tarefas diárias que contribuiria para o sustento de suas famílias. 
Desse pensamento, inconsciente as vezes alguns jovens replicam hoje em salas de 
aulas: “onde eu vou usar isso?”. O processo educativo teve que passar por uma evolução, 
do período primitivo a tempos modernos. Várias épocas e necessidades trouxeram suas 
contribuições para o atual modelo de ensino que é aperfeiçoado a cada dia, por exemplo, 
o comercio e sistema de troca trouxe a necessidade de se fazer contagem e medições. 
 
A história dos números tem alguns milhares de anos. É impossível 
saber exatamente como tudo começou. Mas uma coisa é certa os 
homens não inventaram primeiro os números para depois 
aprenderem a contar. Pelo contrário, os números foram se 
formando lentamente, pela prática diária das contagens. 
(VITTI,1999 p. 50). 
 
 Os primeiros registros de conhecimento matemático eram práticos, voltados a 
realidade de problemas, e em tempos modernos trazer problemas matemáticos com cunho 
cientifico sem compressão direta de aplicação na vida pratica dos alunos, isso faz com 
que muitos alunos mostrem desinteresse na aprendizagem da matemática. 
Na sala de aula depara-se com alunos com preconceitos sobre a matemática que 
já são trazidos de casa. São vários pensamentos que os alunos trazem e os professores 
tem árdua batalha de vencer, como: a matemática é muito chata; matemática tem muito 
cálculo, alguns conteúdos nunca mais serão usados fora da sala de aula, etc. Além dessas 
ideias as dificuldades pedagógicas também são reais: praticar e conhecer os conteúdos, 
educadores com deficiência de didática, onde conhecem a matéria mas tem dificuldade 
de explica-la, falta de aperfeiçoamento continuo dos professores dentre outros desafios. 
A realidade que a matemática é sim desafiadora, mas através de inovação no 
ensino ela pode se tornar atraente, pois sua importância já foi provada desde os 
primórdios. Quando o aluno consegue ver a importância do conhecimento matemático e 
14 
 
suas aplicações, ele tende a ser um sujeito crítico e participativo no seu próprio processo 
de ensino e aprendizado. 
Pesquisadores da educação como SADOVSKY (2007, p. 15), mostram que a 
deficiência na aprendizagem da matemática é um problema quase universal e não 
nacional. Em tempos modernos o ensino da matemática se tornou mecânico, preso a 
regras que os alunos não conseguem na maioria das vezes aplicar a vida cotidiana. 
1.2 Tempos contemporâneos 
 
No processo de globalização, os conteúdos se tornaram mais complexos e 
científicos e a formação dos docentes nem sempre acompanha a necessidade de 
modernizar o ensino da matemática. Novas tecnologias (calculadoras, computadores e 
softwares) devem ser dosados para que não tomem o lugar do ensino básico de cálculos, 
que contribui para desenvolvimento intelecto dos alunos. Ter constantemente uma 
calculadora na mão ou no bolso através de um celular, por exemplo, não pode substituir 
o conhecimento prático da realização mental das operações básicas (somar, diminuir, 
dividir e multiplicar). Ver um adulto, ou jovem multiplicar em calculadores múltiplos de 
2, é humilhante ao ensino da matemática das escolas, por exemplo. 
 
O mundo atual é rapidamente mutável, a escola como os 
educadores devem estar em continuo estado de alerta para 
adaptar-se ao ensino, seja em conteúdos como a metodologia, a 
evolução dessas mudanças que afetam tantas condições materiais 
de vida como do espírito com que os indivíduos se adaptam a tais 
mudanças. Em caso contrário, se a escola e os educadores 
descuidarem e se manterem estáticos ou com movimento 
vagaroso em comparação com a velocidade externa, origina-se 
um afastamento entre a escola e a realidadeambiental, que faz 
com que os alunos se sintam pouco atraída pelas atividades de 
aula e busquem adquirir por meio de uma educação informal os 
conhecimentos que consideram necessários para compreender a 
sua maneira no mundo externo. (PARRA 1993, p. 11) 
 
De modo pratico a sociedade só irá se beneficiar do ensino de matemática nas 
escolas, se educadores matemáticos aliados a escola, estiverem em constante evolução 
com o mundo globalizado, que é um mundo competitivo, em que inumeráveis situações 
aplicações matemáticas se fazem necessárias. 
15 
 
A matemática tem papel dominante na ciência moderna, a aparece em aplicações 
em todas as disciplinas por ser constituída com teorias determinadas, sendo uma ciência 
em constante evolução. 
O conhecimento matemático vai muito além de um processo mecânico de 
aplicação de regras para se chegar a um resultado. Trabalho mecânico é feito por 
maquinas que são mais rápidas e eficientes, mas o conhecimento matemático é também 
um conjunto de dados organizados de modo logico, com algoritmos e conceitos triviais 
apoiado em propriedades que permitem chegar nos processos mecânicos. 
Conhecer algumas áreas básicas do conhecimento matemático, como cálculo, 
geometria e álgebra dá vantagens para o cidadão no mercado de trabalho, 
consequentemente para toda sua vida, pois o mundo globalizado é competitivo, e ter 
conhecimento e domínio de umas áreas de matemática faz a diferença. 
Com o passar dos anos as universidades vem investindo mais na grade curricular 
dos cursos mesmo fora das áreas de exatas, em ter disciplinas que envolvam cálculos 
básicos e raciocínio logico, conhecimentos uteis para qualquer profissional. 
A educação tem que avançar de mãos dadas com o mundo tecnológico. Cabe ao 
professor ter o compromisso com a sociedade de preparar as novas gerações para os 
desafios que enfrentaram no mercado de trabalho e na vida em todas áreas. O professor 
de matemática em especial, deve treinar e preparar seus alunos para serem hábeis no uso 
de tecnologia aliado a matemática. O desafio é derrubar preconceitos herdados pela 
sociedade que alguns alunos trazem como bagagem. 
É muito comum observarmos nos estudantes o desinteresse pela 
matemática, o medo da avaliação, pode ser contribuído, em 
alguns casos, por professores e pais para que esse preconceito se 
acentue. Os professores na maioria dos casos se preocupam muito 
mais em cumprir um determinado programa de ensino do que em 
levantar as ideias prévias dos alunos sobre um determinado 
assunto. Os pais revelam aos filhos a dificuldade que também 
tinham em aprender matemática, ou até mesmo escolheram uma 
área para sua formação profissional que não utilizasse 
matemática. VITTI (1999, p. 32 /33) 
 Muitos profissionais atuantes no mercado de trabalho levam traumas com a 
aprendizagem adquirida do ensino da matemática. Um dos resultados que muitos 
empresários acabam em falência por má administração financeira, deficiência em 
administrar a matemática aplicada em seus negócios. Isso deve mudar. A matemática é 
uma ferramenta auxiliadora para todos profissionais. Quando os alunos não enxergam a 
16 
 
matemática como ferramenta de apoio para a vida, logo terão frustração e prejuízos, 
levando o sentimento de fracasso, que foi iniciado na aprendizagem da matemática 
escolar, a qual não atingiu o objetivo esperado. 
 Para que a matemática não se torne um monstro na vida do aluno, ela deve ser 
apresentada a criança mesmo que antes do início da vida escolar como uma ferramenta 
auxiliadora. Por exemplo, a criança logo cedo apreende a contar nos dedos sua idade, 
apreende a reconhecer os algarismos, apreende a reconhecer o valor de cédulas e moedas, 
e apreende de modo lúdico fazer contas somatórias e assim por diante, esse ensino não é 
distintos de nenhuma classe social, mas prático e aplicável na educação família, junto 
com ensinos fisiológicos básicos. E o professor se torna o intermediador dessa 
matemática familiar, a matemática cientifica ensinada nas escolas, e isso deve ser feito de 
modo suave para não tornar a matemática um monstro para os alunos. 
 
1.3 Matemática para todos 
 
Cada ser humano é único, com habilidades distintas, que quando exploradas os 
torna peritos. Mesmo pessoas que não tem habilidades com a área de exatas, podem e tem 
condições psíquicas de aprender a matemática básica para as atividades cotidianas, afinal 
todos precisam manusear dinheiro, fazer leituras de propagandas comercias, etc. 
Sim a matemática é para todos! O desafio é selecionar os conteúdos de interesse 
para todos, de conteúdos para pessoas que querem se dedicar a aprofundar-se na área de 
exatas. Existe a matemática para não matemáticos, e a matemática para matemáticos. Os 
professores de matemática devem estar atentos a como abordam os conteúdos nos 
diferentes níveis de aprendizagem dos alunos. A matemática deve ser pensada como 
ciência universal, para que todos possam ter conhecimento da matemática básica para a 
vida cotidiana. 
 
É preciso decidir a respeito dos conteúdos e também sobre a 
metodologia mais conveniente, para suprir em compensação 
muitos temas costumeiros que tem continuado a fazer parte dos 
programas, mas que hoje são inúteis. (PARRA 1996, p. 16) 
 
O professor tem o desafio de tornar o ensino da matemática prático para os alunos. 
Para que esses consigam enxergar a matemática como ferramenta para solucionar 
problemas reais que possam deixar o aluno mais confiante de como agir no mundo fora 
17 
 
da escola. Levar situação reais que envolvam problemas matemáticos para sala de aula, 
contribui para o enriquecimento do ensino da matemática. E não se precisa de muito 
esforço do professor para encontrar essas situações, por exemplo: preços de produtos, 
promoções, impostos cobrados, tamanhos de embalagens e proporções, dentre outras 
situações reais que contem a matemática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2. Matemática na educação 
2.1 Matemática e a reprovação escolar 
 
 De modo errôneo algumas pessoas impõe a de modo excessivo a verbalização da 
matemática o transparece nos resultados das avaliações de alunos, que será visto no fraco 
desempenho na disciplina de matemática. 
 
 Quando vejo professores que impõe a aprendizagem pela 
força ou pelo medo, sinto pena de todos – professores e alunos – 
porque os professores não aprenderam o principal - conteúdo sem 
vida é pouco significativo – e os alunos poderão acreditar que 
aprendizagem é complicada e difícil, o que complicara o desejo 
profundo de que acreditem que podem apreender por si mesmos. 
(MORAN, 2008, p.1) 
 
Mecanizar o processo de ensino e aprendizagem de matemática infelizmente se 
tornou comum em todos níveis da educação (básica ao superior), o resultado que influi 
de modo direto na escolha de profissão do aluno, que é uma decisão que terá o peso para 
o resto de sua vida. E as vezes essa mecanização também se torna um bloqueio para novas 
chances, exemplo que alguns se hesitam em prestar um concurso, por conta do desafio 
das questões ligadas a matemática. 
Na infância o medo de apreender matemática pode se tornar um bloqueio a 
aprendizagem para o resto da vida. Diante essa aversão ou o medo da matemática algumas 
pessoas preferem se esconder do que encarar o desafio da aprendizagem matemática, e 
quando a opção é se esconder o aluno está entrando no caminho do fracasso ou reprovação 
escolar. 
Outro fator que contribui para a dificuldade do ensino e aprendizagem da 
matemática, é que alguns professores da área, de modo consciente ou até mesmo 
inconsciente adotam uma postura autoritária e veem os alunos de forma negativa como 
não capazes de apreender, ou ainda existe a falha da falta de educação continuada do 
professor. Atribuir o fracasso da matemática a apenas um fator, é algo genérico que não 
revela o quadro real, cada caso é ímpar,mesmo no mesmo ambiente. 
A ideia que a matemática é apenas para gênios deve ser derrubada dentro das 
escolas. A matemática esteve presente em antigas civilizações e até mesmo registros em 
cavernas se encontra a matemática, e esta ciência não era ensinada de modo pedagógico 
19 
 
em uma instituição, mas sim uma ferramenta de sobrevivência, conquistas e descobertas, 
somente a partir do século XVII a matemática foi organizada para o ensino escolar. 
 
Infelizmente os professores passam demasiado tempo tentando 
ensinar o que sabem, que é muitas vezes desinteressante e 
obsoleto, para não dizer chato e inútil, e pouco tempo ouvindo e 
aprendendo dos alunos. (D’AMBROSIO, 2008, p.5) 
 
 O que os educadores e educando nem sempre percebem que a matemática escolar 
é apenas um galho da matemática existente. A forma que matemática é ensinada pode e 
tem levado alguns alunos a se sentirem alienados e excluídos, resultando em medo e até 
mesmo evasão escolar. É necessário a superação do medo de se apreender matemática, 
para construir a base de confiança para se receber o conhecimento, porque o preconceito 
e medo com a matemática é um bloqueio a aprendizagem, e cabe aos professores tirar os 
alunos do estado de bloqueio através de atividades que torne a matemática atraente e 
pratica para os alunos, de modo que aprendizagem se torne compreensível e prazerosa 
para o cotidiano e por toda vida do aluno. 
 Alguns relacionam as dificuldades no ensino e aprendizagem da matemática a 
diferenças de sexo, com hereditariedade ou pela excessiva exposição negativa da mídia. 
Pesquisadores e estudiosos divergem desse conceito que em geral é trazido por pessoas 
que não se identificam e tem seus traumas com o ensino da matemática. Por exemplo, as 
meninas dominam quase todas as áreas de ensino no Brasil, são maior numero em cursos 
superior, tem menores taxa de evasão escolar, se saem em geral melhor nas avaliações de 
ensino do que os meninos, mas quando se fala da aprendizagem da matemática os 
meninos tem resultados que prevalece as meninas. 
 Alguns neurocientistas explicam que meninas tem facilidade com linguagem e 
meninos com atividades motoras. Mas cada ser humano é ímpar com capacidade e 
potencial diferente, e alguns não são incentivados ao conhecimento do modo mais 
estimulante pro seu desenvolvimento cognitivo da forma mais personalizada de acordo 
com sua necessidade, pois na maioria das vezes os alunos são ensinados de modo coletivo 
e não individual. O que pode suprir a necessidade de estimulo de uns não tem a mesma 
eficácia para outros. 
 
O sistema nervoso se desenvolve a partir da cultura do ambiente 
e provavelmente isso resulta da diferença de tratamento entre 
meninos e meninas. Estimula-se um padrão de comportamento 
20 
 
que deixa a menina mais retraída, e o menino, menos. Diferenças 
culturais determinam o desempenho em tarefas como o 
aprendizado de matemática. (XAVIER, 2006, p.1). 
 
 Uma barreira cultural também existiu a século atrás onde a menina era vista como 
futura esposa reprodutora e submissa e dona de casa, educadas para agradar seus maridos. 
A herança que isso trouxe para tempos modernos que mulher foi rotulada como inferior 
ao homem em sentido psíquico, e é externado até mesmo em piadas e bordões modernos, 
como que a “loira é burra”, ou “tinha que ser mulher” diante uma questão que não se 
atinge a expectativa esperada, e a mídia reporta isso em quadros de humor. O sucesso 
feminino as vezes foi encarado como uma ameaça a classe masculina, fazendo do 
conhecimento de exatas uma ciência para homens, o que é uma utopia. 
 Pesquisas mostram que pais de meninos comprar mais jogos e brinquedos 
relacionados a matemática, comparado aos pais de meninas. Esse estereótipo de que 
meninos são melhores em matemática do que meninas acaba afetando a habilidade no 
aprendizagem de matemáticas das meninas, que as vezes não recebem os mesmos 
estímulos que os meninos. 
 No decorrer da história a matemática se concretizou nos livros e escolares, e a 
necessidade do conhecimento matemático com suas contribuições para o intelecto dos 
alunos torou-se cada vez mais acentuado. 
 
Dos três capítulos e quatro apêndices de que se compõe o exame 
de artilheiros, os dois primeiros capítulos tratam de aritmética e 
geometria. Dos dez capítulos que contém o Exame de bombeiros, 
os quatro primeiros refere-se respectivamente a geometria, 
trigonometria, iongemetria e altimetria. (CASTRO, 1999, p.17). 
 
 A matemática assim é e deve ser evidenciada como ciência pratica para o 
cotidiano, e também, na vida escolar, acadêmica e profissional. O medo de que a 
matemática é difícil a ponto de ser impossível de ser compreendida para algumas pessoas 
é um mito, pois a matemática básica para o cotidiano é compreensível a todas pessoas, 
assim como as palavras tornam-se compreensíveis a crianças quando estão apreendendo 
a falar. 
 
 
 
21 
 
2.2 A matemática contemporânea 
 
 Com termino da segunda guerra mundial, o mundo disparou em busca de 
conhecimento e domínio de novas tecnologias para o reforço do poder bélico. A invenção 
da bomba atômica, satélites sendo lançados no espaço, grandes países saíram numa 
disputa para a promoção de uma revolução tecnológica e cientifica. Como resultado, 
nasceu a matemática moderna, onde a unificação de conteúdos, álgebra e estruturas 
geométricas espaciais tomaram formato didático em livros escolares. 
 Essa mudança ou revolução afetou diretamente a educação. Acredita-se que 
alunos estimulados a matemática moderna seriam futuros cientistas que traria suas 
contribuições para a nação. Mas para se mudar a educação dos alunos, tinha que se mudar 
a educação recebida na formação de professores. 
 
Os professores despreparados para atuar em sala de aula com 
aquela Matemática que agora deveria pautar-se primordialmente 
pelo cuidado com as estruturas, pela atenção com o raciocínio 
dedutivo e com a linguagem da teoria dos conjuntos que desde a 
década de 1930 vinha sendo implementada, na pratica 
profissional da matemática acadêmica, pelo Grupro Bourbaki, 
encontraram como saída uma operacionalização técnica e 
apoucada promotora da memorização e da mecanização em 
relação ao tratamento dos “novos conteúdos”, que a eles era 
facultadas em cursos de treinamento bastante pontuais (PIRES, 
2000, p.15). 
 
 A matemática moderna, infelizmente se tornou assustadora para alguns alunos. 
Seus muitos símbolos a torna incompreensível a alguns. Embora em uma época do 
passado foi chamada de matemática moderna, foi apresentada de forma 
descontextualizada, sem motivar, e não observando o conhecimento prévio que as 
crianças já traziam. Assim a década de 70, teve sua metodologia criticada porque os 
alunos mal sabiam somar, mas tinham que assimilar conteúdos complexos. Alguns 
esperavam o ensino clássico da tabuada, mas eram surpreendidos com a teoria dos 
conjuntos logo nos primeiros anos escolares. Logo se viu a necessidade de mudança, e 
esse período de transição foi observado por alguns autores. 
 
Durante os últimos dez anos, as reformas tendentes a modernizar 
a educação matemática escolar foram submetidas as primeiras 
análises e as primeiras avaliações. As avaliações, sem dúvida, não 
22 
 
foram feitas sempre meios competentes e sem preconceitos. 
Entretanto, elas conduziram a críticas serias e profundas, que 
tiveram uma influência considerável sobre as tendências e 
investigações atuais. Seria impossível apresentar aqui todos os 
aspectos desta fervente discussão [...] a) o fetichismo do 
pensamento conjuntista; b) as abstrações estéreis, não justificadas 
por suas aplicações e muitas vezes erroneamente concretizadas; 
c) a linguagem pseudo erudita carregada de símbolos e 
terminologia; d) o fetichismo do método axiomático; e) o 
fetichismo do rigor, que na pratica real da escola se transforma 
num pedantismo inútil; f) o esquecimento da realidade física 
como fontede geometria; g) o esquecimento da visão global 
baseada nas intuições espaciais em proveito do pensamento 
algorítmico da álgebra formal. (IMENES, 1989, p.123). 
 
 Desde do passado nota-se a falta de preparação adequada aos educadores do 
ensino da matemática, do movimento Matemática Moderna. Logo estudiosos do ensino 
da educação matemática apontavam ineficácia do movimento, que fazia com que os 
alunos não apreendesse a fazer cálculos, mas sim se concentrarem na linguagem dos 
conjuntos, na geometria eram ensinado amplo vocabulário, mas o cálculo das figuras 
planas ficava em prejuízo no ensino e na aprendizagem. 
 
2.3 Contextualizando o ensino de matemática na educação 
 
 No início dos anos 80, uma abertura política tornou propicio se pensar numa 
proposta de um novo método de ensino, onde a matemática passa a ser vista como meio 
prático para se resolver atividades cotidianas, e também desenvolver o raciocino logico, 
neste contexto o professor passa a atuar como mediador do conhecimento e da construção 
do aluno como agente. 
 A matemática contemporânea deve envolver o aluno pelo prazer ao ensino da 
matemática escolar. Isso não significa que os conteúdos programados a cada serie escolar 
não devem ser trabalhados se não forem atraentes, mas sim que autores de livros didáticos 
e professores se esforcem em colocar os conteúdos de modo engajado no contexto social, 
possibilitando sua valorização e contextualização no mundo cotidiano do aluno e na vida 
social. 
 O ensino da matemática deve proporcionar a substituição entre o que se pretendia 
apreender e o que de fato foi desenvolvido na matemática. Novas tendências tomaram 
face de atenção de educadores: jogos matemáticos, a história da matemática, modelagens, 
23 
 
curiosidades, a Etnomatematica e tecnologias. O ensino da matemática deve encontrar o 
equilíbrio entre ciência e tecnologia com objetivo de crescer os alunos intelectualmente e 
ao mesmo tempo valorizar a participação dos alunos entre a diversidade de temas da vida 
moderna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 Metamorfose do ensino da matemática 
3.1 Transformação no ensino da matemática 
 
 Vários países no mundo tem conseguido mudar o ensino e aprendizagem da 
matemática nas última décadas. No Brasil, existe uma resistência a sair do tradicional, 
mas os parâmetros curriculares vem demonstrando que pouco a pouco o ensino tem se 
tornado mais crítico e próximo a realidade dos educandos. 
 
Tradicionalmente a pratica mais frequente no ensino da 
Matemática era aquela em que o professor apresentava o 
conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos, 
demonstrações de propriedades, seguidas de exercícios de 
aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupunha que o aluno 
aprendia a reprodução. Considerava-se que uma reprodução 
correta era evidencia de que ocorrera uma aprendizagem. Essa 
pratica de ensino mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta 
poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno 
apreendeu a reproduzir mas não aprendeu o conteúdo. É 
relativamente recente, na história da Didática, a atenção ao fato 
de que o aluno é agente da construção do seu conhecimento, pelas 
conexões que estabelece com o seu conhecimento prévio num 
contexto de resolução de problemas. (BRASIL, 1998, p.30). 
 
 O autor BRASIL nos mostra que o aluno não é uma máquina de cópia, mas deve 
ser assimilador dos conteúdos em diferentes contextos que possam estar inseridos. Mas 
ainda é forte o ensino da cópia, disfarçadamente chamado por alguns autores de 
“exercícios de fixação”, onde os alunos reproduzem formulas e exercícios sem saber seu 
significado e aplicação pratica. Entende-se que é desafiador para os professores se 
transportarem para um novo método de ensino, ainda mais para uma geração de 
matemáticos formados a mais tempo, por isso a continua capacitação do professor é 
necessária, seu crescimento e aprofundamento com profissional vai mais e além dos anos 
de aprendizagem acadêmico. 
 Outro fator que dificulta que alguns professores foram ensinados em sua formação 
escolar básica pelo método tradicional, e continua transmitindo conhecimento conforme 
foram ensinados, mesmo vendo o prejuízo de ensino para muitos alunos. O despertar para 
um novo método deve ser imediato. Para alguns professores o fracasso escolar é do aluno 
e não do seu método de ensino, assim novos prismas devem ser explorados pelos 
professores. 
25 
 
 O êxito no ensino e aprendizagem da matemática envolve vários fatores. As 
reformas educacionais foram e são importantes ao longo da história, mas o compromisso 
de envolvimento as reformas pelos profissionais da educação é tão importante quanto as 
reformas. Ideias brilhantes de reformas educacionais não colocadas em pratica, se tornam 
lacunas no processo de evolução da educação, sendo claramente manifesto no 
engajamento do êxito dos alunos na aprendizagem matemática. 
 
Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática estão 
relacionados ao processo de formação do magistério, tanto em 
relação a formação inicial como em relação a formação 
continuada. Decorrentes dos problemas na formação de 
professores, as práticas de sala de aula tomam por base os livros 
didáticos, que infelizmente são muitas vezes de qualidade 
insatisfatória. A implementação de propostas inovadoras, por sua 
vez, esbarra na falta de uma formação profissional qualificada, na 
existência de concepções pedagógicas inadequadas e ainda, nas 
restrições ligadas as condições de trabalho. (BRASIL, 1997, 
p.24). 
 
 O medo do fracasso ainda assombra do ensino da matemática atormenta alguns 
professores, o que torna um bloqueio para se aderirem ao novas metodologias de ensino. 
Para desfazer-se deste pensamento é preciso que os professores mudem a forma que veem 
a matemática como disciplinar escolar pronta e acabada, mas sim como uma ferramenta 
inovadora que está sempre mudando e sendo útil a vida moderna, tornando necessário se 
adequar ao ensino escolar. 
 
3.2 A mudança oriunda do docente 
 
 Entender a metodologia do ensino da matemática hoje envolve resgatar na história 
como os professores de matemática se formaram nas universidades, cada geração do seu 
modo, acompanhando suas reformas educacionais e levando seu legado e bagagem 
recebidas desde sua educação básica. Se começarmos no início do século XX, percebe-se 
que houve a necessidade de se evoluir na educação dos professores, tendo a necessidade 
da formação acadêmica para o exercício do magistério, estamos diante do cenário das 
primeiras universidades. Houve a necessidade de se definir o papel do professor. 
 
O educador é um profissional cujo papel transcende a matéria que 
ele trabalha. Além da competência intelectual, de ajudar os alunos 
26 
 
a compreender certos assuntos, ele mostra, expressa e trabalha – 
direta e indiretamente – valores, visões do mundo, sentimentos, 
modelos de vida. (MORAN, 2008, p.1). 
 
 Na era Vargas, o Brasil estabeleceu a faculdade de Pedagogia, que serviu de 
precedente para outros cursos de bacharel e licenciatura que viriam em seguir. Nas 
próximas décadas se viu a educação alcançando mais a população, o que antes era de 
acesso apenas a elite, foi tornando um pouco mais alcançável para outras classes sociais, 
até o sistema de ensino estar disponível para uma grande massa da população. Explode a 
educação no Brasil, e a formação de professores é cada vez mais necessário para continuar 
alavancar esse processo. Professores que formem professores, ou seja professores 
universitários. E como nem todo ritmo acelerado é saudável, vimos no contexto a 
preocupação com os ritmos de aprendizagem. 
 Houve momentos em que as opções de livros didáticos de qualidade era escassa. 
E os alunos tinham que reproduzir exercícios, nesta interatividade precária alguns alunos 
eram vistos como fracos. Por volta dadécada de 60, leis educacionais foram estabelecidas 
visando estabelecer uma grade básica para cursos universitários de formação de 
professores, tornara-se obrigatório disciplinas como Psicologia da Educação, Didática, 
Pratica de Ensino, Elementos de Administração Escolar, e o Estágio supervisionado, essas 
disciplinas se tornaram pilares para cursos de licenciatura até em nossos dias. 
 Falando da formação de professores de matemática, tornou-se obrigatório 
disciplinas: geometria descritiva, física geral, desenho geométrico, fundamentos da 
matemática elementar, calculo diferencial e integral, álgebra, calculo numérico e 
geometria analítica. Essa reformulação da grade acadêmica, deu foco a área cientifica e 
posteriormente pedagógica. 
 
 A competência técnica a ser exigida para ser educador é 
“saber utilizar técnicas de manipulação de aula ou do serviço 
especializado” e a consciência política se reduz a visão de 
“patriotismo militar”, ingênua e com conotação de neutralidade 
política, em relação as classes sociais. As contradições a este 
modelo aconteceram principalmente pela ação corajosa do 
movimento estudantil. (FERNANDES, 1992, p.333). 
 
 Acentua-se a formação do professor de matemática visando a racionalidade, onde 
a crítica e a subjetividade são postas em segundo plano. Neste plano a formação do 
27 
 
professor ainda era necessário aprimoramento de grade e reformas, que foi dada pela 
especialização de professores, onde se via a necessidade de tapar o buraco da docência. 
 A preocupação posterior não era em quantidade de professores, mas na formação 
de professores que não fosse mais reprodutores das metodologias que foram ensinados, e 
sim inovadores. 
 Nos últimos anos a formação de professores passou a ser vista por alguns como 
um setor lucrativo, visando a obtenção de diplomas e certificados e não a real qualificação 
de um profissional voltado a pratica da docência, com responsabilidade para o ensino e 
para o estado. Assim, a formação do professor continua sendo uma preocupação de muitos 
autores e estudiosos da educação. 
 
Dificilmente um professor de matemática formado em um 
programa tradicional estará preparado para enfrentar os desafios 
das modernas propostas curriculares... Predomina, portanto, um 
ensino em que o professor expõe o conteúdo, mostra como 
resolver alguns exemplos e pede aos alunos que resolvam 
inúmeros problemas semelhantes. (D’AMBRÓSIO, 1993, p.38). 
 
 D’AMBRÓSIO propõe que a evolução no ensino e aprendizagem da matemática 
se dará com a pratica do conhecimento aplicado, não apenas revisando os conteúdos 
matemáticos e a inovação da aplicação de novos métodos na formação de professores. O 
aluno não deve ser mais reprodutor de conteúdos automatizado, mas sim aplicador na 
vida do conhecimento adquirido, e aí está o desafio de se apreender e ensinar matemática, 
em estabelecer conexões e relações para o desenvolvimento do pensamento crítico no 
mundo contemporâneo, para a vida do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De acordo com a pesquisa bibliográfica a matemática é uma das mais antigas áreas 
do conhecimento e útil a humanidade. Suas contribuições ao linho da história do homem 
são inquestionáveis. Mas no decorrer das últimas décadas, a matemática passou a ser mal 
vista como incompreensível, dissolúvel para todos os alunos, sendo encarada como vilã 
e causadora de evasão escolar, reprovações e destruidora de sonhos. Esse é um 
pensamento que alunos e em especial os professores de matemática tem que travar árdua 
batalha de vencer. Além dessas ideias as dificuldades pedagógicas também são reais: 
praticar e conhecer os conteúdos, educadores com deficiência de didática, onde conhecem 
a matéria mas tem dificuldade de explica-la, falta de aperfeiçoamento continuo dos 
professores dentre outros desafios. 
Para o êxito no ensino e aprendizado seja alcançado educadores matemáticos 
aliados a escola, estiverem em constante evolução com o mundo globalizado, que é um 
mundo competitivo, em que inumeráveis situações tem aplicações matemáticas, e se 
fazem necessárias. Fazendo o aluno ver a matemática como uma ferramental essencial 
para o exercício de sua cidadania, e sucesso professional e em vários outros aspecto da 
vida. 
O aluno tem que consegui enxergar o conhecimento matemático muito além de 
um processo mecânico de aplicação de regras para se chegar a um resultado. Para que 
isso seja alcançado a educação tem que avançar de mãos dadas com o mundo tecnológico. 
O professor de matemática em especial, deve treinar e preparar seus alunos para serem 
hábeis no uso de tecnologia aliado a matemática. O desafio é derrubar preconceitos 
herdados pela sociedade que alguns alunos trazem como bagagem. 
Quando na êxito na educação matemática de um aluno, a consequência é vista ao 
longo de todo resto de vida daquela pessoa. Muitos profissionais atuantes no mercado de 
trabalho levam traumas com a aprendizagem adquirida do ensino da matemática. Um dos 
resultados, por exemplo, que muitos empresários acabam em falência por uma deficiência 
em administrar a matemática aplicada em seus negócios. 
O prazer pela aprendizagem matemática deve envolver o aluno. Isso não significa 
que os conteúdos programados a cada serie escolar não devem ser trabalhados se não 
forem atraentes, mas sim que autores de livros didáticos e professores se esforcem em 
29 
 
colocar os conteúdos de modo engajado no contexto social, possibilitando sua valorização 
e contextualização no mundo cotidiano do aluno e na vida social. 
O ensino da matemática deve encontrar o equilíbrio entre ciência e tecnologia com 
objetivo de crescer os alunos intelectualmente e ao mesmo tempo valorizar a participação 
dos alunos entre a diversidade de temas da vida moderna. É compreensível os desafios 
para os professores se transportarem para um novo método de ensino, ainda mais para 
uma geração de matemáticos formados a mais tempo, por isso a continua capacitação do 
professor é necessária, seu crescimento e aprofundamento com profissional vai mais e 
além dos anos de aprendizagem acadêmico. 
É preciso que professores mudem a forma que veem a matemática como 
disciplinar escolar pronta e acabada, mas sim como uma ferramenta inovadora que está 
sempre mudando e sendo útil a vida moderna, tornando necessário se adequar ao ensino 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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