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1 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA ALUNAS: LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 SÃO GERALDO-AM 2021 2 LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA Trabalho Monográfico - Curso de Graduação – Licenciatura em Matemática, apresentado à comissão julgadora da UNIP – São Geraldo, sob a orientação da professora: Paula Martins da Silva. SÃO GERALDO-AM 2021 3 4 LUZIANE MARIA DIAS OLIVEIRA RA: 0512110 TALIANE GUERREIRO RODRIGUES RA: 0508778 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIDADANIA: VENCENDO O PRECONCEITO E MEDO DE MATEMÁTICA Aprovado em: Banca examinadora: _____________________/__/__ _____________________/__/__ _____________________/__/__ 5 DEDICATÓRIA Dedicamos esta pesquisa a nossa família, nossa base, nossos pais e todos companheiros de vida que nos apoiavam diariamente para que pudéssemos ter tempo e energia na busca da qualificação profissional e formação acadêmica. E a toda equipe da Universidade Paulista, que de forma direta ou indireta nos deu suporte para chegarmos até aqui. Nosso muito obrigada! 6 AGRADECIMENTOS Agradecemos primariamente ao Criador e dador da vida, ao senhor Jeová que nos deu o poder e a coragem para concluirmos com êxito desde o vestibular, até o presente momento na conclusão desta pesquisa. E todos nossos tutores e equipe docente que nos acompanharam, transmitindo conhecimento, nos atendendo sempre que necessário nos canais de atendimento ao aluno. E por fim um agradecimento especial ao nossa orientadora monográfica professora Dra. Paula Martins da Silva que nos orientou e tornou possível que esta pesquisa se concretizasse, ajudando-nos no que foi necessário, proporcionando as devidas orientações monográficas e as muitas leituras que contribuíram para nosso crescimento acadêmico. 7 “Para tudo há um tempo determinado; Há um tempo para toda atividade debaixo dos céus: Tempo para nascer e tempo para morrer; Tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou; Tempo para matar e tempo para curar; Tempo para derrubar e tempo para construir; Tempo para chorar e tempo para rir; Tempo para lamentar e tempo para dançar; Tempo para jogar fora pedras e tempo para ajuntar pedras; Tempo para abraçar e tempo para evitar os abraços; Tempo para procurar e tempo para dar por perdido; Tempo para guardar e tempo para jogar fora; Tempo para rasgar e tempo para costurar; Tempo para ficar calado e tempo para falar; Tempo para amar e tempo para odiar; Tempo para guerra e tempo para paz.” - Eclesiastes 3:1-8, Bíblia Sagrada 8 SUMÁRIO Introdução .............................................................................................. 11 1. Linha do tempo da matemática ....................................................... 13 1.1 Tempos remotos ................................................................................ 13 1.2 Tempos contemporâneos .................................................................. 14 1.3 Matemática para todos ..................................................................... 16 2. Matemática na educação .................................................................... 18 2.1 Matemática e a reprovação escolar ................................................. 18 2.2 A matemática contemporânea ......................................................... 21 2.3 Contextualizando o ensino de matemática na educação ............... 22 3 Metamorfose do ensino da matemática ............................................. 24 3.1 Transformação no ensino da matemática ...................................... 24 3.2 A mudança oriunda do docente ....................................................... 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 30 9 RESUMO Este relato monográfico ostenta mostrar como a matemática está presente na vida do ser humano desde os primórdios, e porque uma ciência tão antiga e pratica tornou-se objeto de terror, medo, preconceito que vem sendo passado de geração a geração, quando se refere a matemática escolar. O mundo globalizado, é competitivo e a tecnologia se inova de modo continuo, e a educação não pode ficar para trás, neste contexto o ensino da matemática também deve acompanhar o mundo globalizado. Veremos o papel do professor nesta tarefa árdua, em transformar a matemática tradicional atraente, de fácil compreensão e aplicação na vida pratica dos alunos. O êxito na aprendizagem da matemática faz toda diferença na vida de um cidadão, pois a administração do seu próprio dinheiro, as escolhas que faz, o modo como administra seus negócios dará respaldo para a economia da sociedade que integra. Será destacado que a matemática é para todos, e não só para matemáticos. Dados estatísticos são fatos que deixam evidente a necessidade de se inovar nos meios de ensino da matemática, pois a matemática está na maioria das vezes como causa da evasão escolar, isso é prova que algo tem que mudar. Veremos vários motivos que contribui para o fracasso na aprendizagem da matemática clássica e tradicional nas escolas. Por fim veremos a evolução que o ensino da matemática já alcançou. Palavras chaves: matemática, professor, cidadania, inovação 10 ABSTRACT This monographic account shows how mathematics has been present in human life since the beginning, and why such an ancient and practical science has become an object of terror, fear, prejudice that has been passed from generation to generation, when it comes to school math. The globalized world is competitive and technology innovates continuously, and education cannot be left behind. In this context, mathematics teaching must also accompany the globalized world. We will see the teacher's role in this arduous task, in making traditional mathematics attractive, easy to understand and apply in the practical life of students. The successful learning of mathematics makes all the difference in a citizen's life, because the management of his own money, the choices he makes, the way he manages his business will support the economy of the society he integrates. It will be highlighted that mathematics is for everyone, not just mathematicians. Statistical data are facts that show the need to innovate in the means of teaching mathematics, as mathematics is most often the cause of school dropouts, this is proof that something has to change. We will look at several reasons that contribute to failure in learning classical and traditional mathematics in schools. Finally, we will see the evolution that the teaching of mathematics has already achieved. Keywords: math, teacher, citizenship, innovation 11 INTRODUÇÃO A matemática é protagonista em obras milenares, como as pirâmides do Egito, e em descobertas incríveis, como levar homens ao espaço, em descobrimento de vacinas que salvam vidas. Mas quando vista na educação básica, ela se torna vilã. A Matemática receberá destaque neste trabalho monográfico quantoao assunto de necessidade de mudança no modelo de ensino adotado atualmente, e é consenso entre os pesquisadores e interessados sobre o tema que ela é a principal nos casos de reprovas, como citado por autores como D’Ambrósio (2013), Vitti (1999) e Brasil (1998). Os problemas e variáveis que leva ao medo e preconceito com a matemática são diversos, e receberá atenção neste trabalho monográfico. Pode-se destacar que desde a falta de recursos e maior capacitação continua dos professores de matemática. Muitas vezes a matemática é apresentada não como uma ferramenta de ações cotidianas, mas unicamente com finalidade de absorção de conhecimento e aplicação em provas, vestibulares e concursos e a consequência disso que os alunos deixam de perceber as aplicações da matemática no seu cotidiano. Obviamente nem todo conteúdo matemático apresentado aos alunos são fáceis de serem aplicados a vida de um cidadão. A matemática escolar em geral acaba sendo descontextualizada da vida, não sendo atrativa a aprendizagem. As reclamações do ensino padrão da matemática (explicação e exercícios) desestimula o aluno ao novo, e a inovação dos métodos pedagógicos, até mesmo pelos professores na maioria da vezes pararem seus estudos na formação acadêmica de licenciatura em matemática. Autores como refere-se Parra (1993), Moran (2008), e outros destacaram a importância de novos métodos e capacitação continua dos professores de matemática. Explorar-se a qual a importância da matemática na vida prática do aluno, e como a matemática pode ser uma ferramenta de capacitação intelectual do aluno. A história dos números e da matemática sempre esteve contextualizada a vida do ser humano, e quando não vista tão obviamente sua aplicação a vida, Torna-se distante e monstruosa ao aluno. Vitti (1999) agregara essa temática, pois não é uma tarefa fácil, mas é preciso inovar o ensino e aprendizagem da matemática. Este relato monográfico ostenta por objetivo inteirar-se melhor das razões que faz milhões de alunos terem dificuldade na aprendizagem de Matemática, e os possíveis fatores deste fato, dando enfoque no preconceito que existe antes mesmo da exposição do 12 aluno ao conteúdo matemático. Explorar-se a possíveis alternativas parar tornar o ensino de matemática mais natural, e não traumático. Seus objetivos específicos são: Identificar as causas que levam os alunos a apresentarem dificuldades no aprendizado de Matemática; Apresentar a matemática como ferramenta de sobrevivência, e auxiliadora para o êxito na vida adulta na vida diária de um cidadão; Entender porque a disciplina de matemática tem o mais baixo índice de desempenho entre os alunos, e mais alto índice de reprovação; Explanar a função do professor de matemática em torna-la natural e pratica para os alunos, e não assustadora e motivo de fracasso na educação. Para alcançar esses objetivos, a metodologia adotada será pautada em pesquisas em livros com bibliografias já existentes e em sites de fontes confiáveis sobre os assuntos que serão abordados ao longo do trabalho. Para tanto, pretende-se uma pesquisa de cunho qualitativa - exploratória, pois visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito. Este trabalho compreende-se por três capítulos. O capitulo um tem o tema: Linha do tempo da matemática, o capitulo dois intitula-se: Matemática na educação, e por fim o capitulo três com o tema: Metamorfose do ensino da matemática. Nas considerações finais deste trabalho monográfico mostrará a confirmação da pesquisa bibliográfica de a matemática não é uma vilã na vida do aluno, pelo contrário é um dos pilares para formação de um cidadão pleno de seus direitos e autônomo de pensamento crítico, sendo a matemática uma ferramenta de sobrevivência útil do início ao fim da vida de qualquer pessoa. 13 1. Linha do tempo da matemática 1.1 Tempos remotos Nos primórdios da humanidade, a relação entre vida pratica e conhecimento era tudo que os humanos tinham a oferecer. Era ensinado aquilo que era útil para sobrevivência, como caçar, fazer fogo etc, e os jovens eram desde bem cedo treinados a serem hábeis nas tarefas diárias que contribuiria para o sustento de suas famílias. Desse pensamento, inconsciente as vezes alguns jovens replicam hoje em salas de aulas: “onde eu vou usar isso?”. O processo educativo teve que passar por uma evolução, do período primitivo a tempos modernos. Várias épocas e necessidades trouxeram suas contribuições para o atual modelo de ensino que é aperfeiçoado a cada dia, por exemplo, o comercio e sistema de troca trouxe a necessidade de se fazer contagem e medições. A história dos números tem alguns milhares de anos. É impossível saber exatamente como tudo começou. Mas uma coisa é certa os homens não inventaram primeiro os números para depois aprenderem a contar. Pelo contrário, os números foram se formando lentamente, pela prática diária das contagens. (VITTI,1999 p. 50). Os primeiros registros de conhecimento matemático eram práticos, voltados a realidade de problemas, e em tempos modernos trazer problemas matemáticos com cunho cientifico sem compressão direta de aplicação na vida pratica dos alunos, isso faz com que muitos alunos mostrem desinteresse na aprendizagem da matemática. Na sala de aula depara-se com alunos com preconceitos sobre a matemática que já são trazidos de casa. São vários pensamentos que os alunos trazem e os professores tem árdua batalha de vencer, como: a matemática é muito chata; matemática tem muito cálculo, alguns conteúdos nunca mais serão usados fora da sala de aula, etc. Além dessas ideias as dificuldades pedagógicas também são reais: praticar e conhecer os conteúdos, educadores com deficiência de didática, onde conhecem a matéria mas tem dificuldade de explica-la, falta de aperfeiçoamento continuo dos professores dentre outros desafios. A realidade que a matemática é sim desafiadora, mas através de inovação no ensino ela pode se tornar atraente, pois sua importância já foi provada desde os primórdios. Quando o aluno consegue ver a importância do conhecimento matemático e 14 suas aplicações, ele tende a ser um sujeito crítico e participativo no seu próprio processo de ensino e aprendizado. Pesquisadores da educação como SADOVSKY (2007, p. 15), mostram que a deficiência na aprendizagem da matemática é um problema quase universal e não nacional. Em tempos modernos o ensino da matemática se tornou mecânico, preso a regras que os alunos não conseguem na maioria das vezes aplicar a vida cotidiana. 1.2 Tempos contemporâneos No processo de globalização, os conteúdos se tornaram mais complexos e científicos e a formação dos docentes nem sempre acompanha a necessidade de modernizar o ensino da matemática. Novas tecnologias (calculadoras, computadores e softwares) devem ser dosados para que não tomem o lugar do ensino básico de cálculos, que contribui para desenvolvimento intelecto dos alunos. Ter constantemente uma calculadora na mão ou no bolso através de um celular, por exemplo, não pode substituir o conhecimento prático da realização mental das operações básicas (somar, diminuir, dividir e multiplicar). Ver um adulto, ou jovem multiplicar em calculadores múltiplos de 2, é humilhante ao ensino da matemática das escolas, por exemplo. O mundo atual é rapidamente mutável, a escola como os educadores devem estar em continuo estado de alerta para adaptar-se ao ensino, seja em conteúdos como a metodologia, a evolução dessas mudanças que afetam tantas condições materiais de vida como do espírito com que os indivíduos se adaptam a tais mudanças. Em caso contrário, se a escola e os educadores descuidarem e se manterem estáticos ou com movimento vagaroso em comparação com a velocidade externa, origina-se um afastamento entre a escola e a realidadeambiental, que faz com que os alunos se sintam pouco atraída pelas atividades de aula e busquem adquirir por meio de uma educação informal os conhecimentos que consideram necessários para compreender a sua maneira no mundo externo. (PARRA 1993, p. 11) De modo pratico a sociedade só irá se beneficiar do ensino de matemática nas escolas, se educadores matemáticos aliados a escola, estiverem em constante evolução com o mundo globalizado, que é um mundo competitivo, em que inumeráveis situações aplicações matemáticas se fazem necessárias. 15 A matemática tem papel dominante na ciência moderna, a aparece em aplicações em todas as disciplinas por ser constituída com teorias determinadas, sendo uma ciência em constante evolução. O conhecimento matemático vai muito além de um processo mecânico de aplicação de regras para se chegar a um resultado. Trabalho mecânico é feito por maquinas que são mais rápidas e eficientes, mas o conhecimento matemático é também um conjunto de dados organizados de modo logico, com algoritmos e conceitos triviais apoiado em propriedades que permitem chegar nos processos mecânicos. Conhecer algumas áreas básicas do conhecimento matemático, como cálculo, geometria e álgebra dá vantagens para o cidadão no mercado de trabalho, consequentemente para toda sua vida, pois o mundo globalizado é competitivo, e ter conhecimento e domínio de umas áreas de matemática faz a diferença. Com o passar dos anos as universidades vem investindo mais na grade curricular dos cursos mesmo fora das áreas de exatas, em ter disciplinas que envolvam cálculos básicos e raciocínio logico, conhecimentos uteis para qualquer profissional. A educação tem que avançar de mãos dadas com o mundo tecnológico. Cabe ao professor ter o compromisso com a sociedade de preparar as novas gerações para os desafios que enfrentaram no mercado de trabalho e na vida em todas áreas. O professor de matemática em especial, deve treinar e preparar seus alunos para serem hábeis no uso de tecnologia aliado a matemática. O desafio é derrubar preconceitos herdados pela sociedade que alguns alunos trazem como bagagem. É muito comum observarmos nos estudantes o desinteresse pela matemática, o medo da avaliação, pode ser contribuído, em alguns casos, por professores e pais para que esse preconceito se acentue. Os professores na maioria dos casos se preocupam muito mais em cumprir um determinado programa de ensino do que em levantar as ideias prévias dos alunos sobre um determinado assunto. Os pais revelam aos filhos a dificuldade que também tinham em aprender matemática, ou até mesmo escolheram uma área para sua formação profissional que não utilizasse matemática. VITTI (1999, p. 32 /33) Muitos profissionais atuantes no mercado de trabalho levam traumas com a aprendizagem adquirida do ensino da matemática. Um dos resultados que muitos empresários acabam em falência por má administração financeira, deficiência em administrar a matemática aplicada em seus negócios. Isso deve mudar. A matemática é uma ferramenta auxiliadora para todos profissionais. Quando os alunos não enxergam a 16 matemática como ferramenta de apoio para a vida, logo terão frustração e prejuízos, levando o sentimento de fracasso, que foi iniciado na aprendizagem da matemática escolar, a qual não atingiu o objetivo esperado. Para que a matemática não se torne um monstro na vida do aluno, ela deve ser apresentada a criança mesmo que antes do início da vida escolar como uma ferramenta auxiliadora. Por exemplo, a criança logo cedo apreende a contar nos dedos sua idade, apreende a reconhecer os algarismos, apreende a reconhecer o valor de cédulas e moedas, e apreende de modo lúdico fazer contas somatórias e assim por diante, esse ensino não é distintos de nenhuma classe social, mas prático e aplicável na educação família, junto com ensinos fisiológicos básicos. E o professor se torna o intermediador dessa matemática familiar, a matemática cientifica ensinada nas escolas, e isso deve ser feito de modo suave para não tornar a matemática um monstro para os alunos. 1.3 Matemática para todos Cada ser humano é único, com habilidades distintas, que quando exploradas os torna peritos. Mesmo pessoas que não tem habilidades com a área de exatas, podem e tem condições psíquicas de aprender a matemática básica para as atividades cotidianas, afinal todos precisam manusear dinheiro, fazer leituras de propagandas comercias, etc. Sim a matemática é para todos! O desafio é selecionar os conteúdos de interesse para todos, de conteúdos para pessoas que querem se dedicar a aprofundar-se na área de exatas. Existe a matemática para não matemáticos, e a matemática para matemáticos. Os professores de matemática devem estar atentos a como abordam os conteúdos nos diferentes níveis de aprendizagem dos alunos. A matemática deve ser pensada como ciência universal, para que todos possam ter conhecimento da matemática básica para a vida cotidiana. É preciso decidir a respeito dos conteúdos e também sobre a metodologia mais conveniente, para suprir em compensação muitos temas costumeiros que tem continuado a fazer parte dos programas, mas que hoje são inúteis. (PARRA 1996, p. 16) O professor tem o desafio de tornar o ensino da matemática prático para os alunos. Para que esses consigam enxergar a matemática como ferramenta para solucionar problemas reais que possam deixar o aluno mais confiante de como agir no mundo fora 17 da escola. Levar situação reais que envolvam problemas matemáticos para sala de aula, contribui para o enriquecimento do ensino da matemática. E não se precisa de muito esforço do professor para encontrar essas situações, por exemplo: preços de produtos, promoções, impostos cobrados, tamanhos de embalagens e proporções, dentre outras situações reais que contem a matemática. 18 2. Matemática na educação 2.1 Matemática e a reprovação escolar De modo errôneo algumas pessoas impõe a de modo excessivo a verbalização da matemática o transparece nos resultados das avaliações de alunos, que será visto no fraco desempenho na disciplina de matemática. Quando vejo professores que impõe a aprendizagem pela força ou pelo medo, sinto pena de todos – professores e alunos – porque os professores não aprenderam o principal - conteúdo sem vida é pouco significativo – e os alunos poderão acreditar que aprendizagem é complicada e difícil, o que complicara o desejo profundo de que acreditem que podem apreender por si mesmos. (MORAN, 2008, p.1) Mecanizar o processo de ensino e aprendizagem de matemática infelizmente se tornou comum em todos níveis da educação (básica ao superior), o resultado que influi de modo direto na escolha de profissão do aluno, que é uma decisão que terá o peso para o resto de sua vida. E as vezes essa mecanização também se torna um bloqueio para novas chances, exemplo que alguns se hesitam em prestar um concurso, por conta do desafio das questões ligadas a matemática. Na infância o medo de apreender matemática pode se tornar um bloqueio a aprendizagem para o resto da vida. Diante essa aversão ou o medo da matemática algumas pessoas preferem se esconder do que encarar o desafio da aprendizagem matemática, e quando a opção é se esconder o aluno está entrando no caminho do fracasso ou reprovação escolar. Outro fator que contribui para a dificuldade do ensino e aprendizagem da matemática, é que alguns professores da área, de modo consciente ou até mesmo inconsciente adotam uma postura autoritária e veem os alunos de forma negativa como não capazes de apreender, ou ainda existe a falha da falta de educação continuada do professor. Atribuir o fracasso da matemática a apenas um fator, é algo genérico que não revela o quadro real, cada caso é ímpar,mesmo no mesmo ambiente. A ideia que a matemática é apenas para gênios deve ser derrubada dentro das escolas. A matemática esteve presente em antigas civilizações e até mesmo registros em cavernas se encontra a matemática, e esta ciência não era ensinada de modo pedagógico 19 em uma instituição, mas sim uma ferramenta de sobrevivência, conquistas e descobertas, somente a partir do século XVII a matemática foi organizada para o ensino escolar. Infelizmente os professores passam demasiado tempo tentando ensinar o que sabem, que é muitas vezes desinteressante e obsoleto, para não dizer chato e inútil, e pouco tempo ouvindo e aprendendo dos alunos. (D’AMBROSIO, 2008, p.5) O que os educadores e educando nem sempre percebem que a matemática escolar é apenas um galho da matemática existente. A forma que matemática é ensinada pode e tem levado alguns alunos a se sentirem alienados e excluídos, resultando em medo e até mesmo evasão escolar. É necessário a superação do medo de se apreender matemática, para construir a base de confiança para se receber o conhecimento, porque o preconceito e medo com a matemática é um bloqueio a aprendizagem, e cabe aos professores tirar os alunos do estado de bloqueio através de atividades que torne a matemática atraente e pratica para os alunos, de modo que aprendizagem se torne compreensível e prazerosa para o cotidiano e por toda vida do aluno. Alguns relacionam as dificuldades no ensino e aprendizagem da matemática a diferenças de sexo, com hereditariedade ou pela excessiva exposição negativa da mídia. Pesquisadores e estudiosos divergem desse conceito que em geral é trazido por pessoas que não se identificam e tem seus traumas com o ensino da matemática. Por exemplo, as meninas dominam quase todas as áreas de ensino no Brasil, são maior numero em cursos superior, tem menores taxa de evasão escolar, se saem em geral melhor nas avaliações de ensino do que os meninos, mas quando se fala da aprendizagem da matemática os meninos tem resultados que prevalece as meninas. Alguns neurocientistas explicam que meninas tem facilidade com linguagem e meninos com atividades motoras. Mas cada ser humano é ímpar com capacidade e potencial diferente, e alguns não são incentivados ao conhecimento do modo mais estimulante pro seu desenvolvimento cognitivo da forma mais personalizada de acordo com sua necessidade, pois na maioria das vezes os alunos são ensinados de modo coletivo e não individual. O que pode suprir a necessidade de estimulo de uns não tem a mesma eficácia para outros. O sistema nervoso se desenvolve a partir da cultura do ambiente e provavelmente isso resulta da diferença de tratamento entre meninos e meninas. Estimula-se um padrão de comportamento 20 que deixa a menina mais retraída, e o menino, menos. Diferenças culturais determinam o desempenho em tarefas como o aprendizado de matemática. (XAVIER, 2006, p.1). Uma barreira cultural também existiu a século atrás onde a menina era vista como futura esposa reprodutora e submissa e dona de casa, educadas para agradar seus maridos. A herança que isso trouxe para tempos modernos que mulher foi rotulada como inferior ao homem em sentido psíquico, e é externado até mesmo em piadas e bordões modernos, como que a “loira é burra”, ou “tinha que ser mulher” diante uma questão que não se atinge a expectativa esperada, e a mídia reporta isso em quadros de humor. O sucesso feminino as vezes foi encarado como uma ameaça a classe masculina, fazendo do conhecimento de exatas uma ciência para homens, o que é uma utopia. Pesquisas mostram que pais de meninos comprar mais jogos e brinquedos relacionados a matemática, comparado aos pais de meninas. Esse estereótipo de que meninos são melhores em matemática do que meninas acaba afetando a habilidade no aprendizagem de matemáticas das meninas, que as vezes não recebem os mesmos estímulos que os meninos. No decorrer da história a matemática se concretizou nos livros e escolares, e a necessidade do conhecimento matemático com suas contribuições para o intelecto dos alunos torou-se cada vez mais acentuado. Dos três capítulos e quatro apêndices de que se compõe o exame de artilheiros, os dois primeiros capítulos tratam de aritmética e geometria. Dos dez capítulos que contém o Exame de bombeiros, os quatro primeiros refere-se respectivamente a geometria, trigonometria, iongemetria e altimetria. (CASTRO, 1999, p.17). A matemática assim é e deve ser evidenciada como ciência pratica para o cotidiano, e também, na vida escolar, acadêmica e profissional. O medo de que a matemática é difícil a ponto de ser impossível de ser compreendida para algumas pessoas é um mito, pois a matemática básica para o cotidiano é compreensível a todas pessoas, assim como as palavras tornam-se compreensíveis a crianças quando estão apreendendo a falar. 21 2.2 A matemática contemporânea Com termino da segunda guerra mundial, o mundo disparou em busca de conhecimento e domínio de novas tecnologias para o reforço do poder bélico. A invenção da bomba atômica, satélites sendo lançados no espaço, grandes países saíram numa disputa para a promoção de uma revolução tecnológica e cientifica. Como resultado, nasceu a matemática moderna, onde a unificação de conteúdos, álgebra e estruturas geométricas espaciais tomaram formato didático em livros escolares. Essa mudança ou revolução afetou diretamente a educação. Acredita-se que alunos estimulados a matemática moderna seriam futuros cientistas que traria suas contribuições para a nação. Mas para se mudar a educação dos alunos, tinha que se mudar a educação recebida na formação de professores. Os professores despreparados para atuar em sala de aula com aquela Matemática que agora deveria pautar-se primordialmente pelo cuidado com as estruturas, pela atenção com o raciocínio dedutivo e com a linguagem da teoria dos conjuntos que desde a década de 1930 vinha sendo implementada, na pratica profissional da matemática acadêmica, pelo Grupro Bourbaki, encontraram como saída uma operacionalização técnica e apoucada promotora da memorização e da mecanização em relação ao tratamento dos “novos conteúdos”, que a eles era facultadas em cursos de treinamento bastante pontuais (PIRES, 2000, p.15). A matemática moderna, infelizmente se tornou assustadora para alguns alunos. Seus muitos símbolos a torna incompreensível a alguns. Embora em uma época do passado foi chamada de matemática moderna, foi apresentada de forma descontextualizada, sem motivar, e não observando o conhecimento prévio que as crianças já traziam. Assim a década de 70, teve sua metodologia criticada porque os alunos mal sabiam somar, mas tinham que assimilar conteúdos complexos. Alguns esperavam o ensino clássico da tabuada, mas eram surpreendidos com a teoria dos conjuntos logo nos primeiros anos escolares. Logo se viu a necessidade de mudança, e esse período de transição foi observado por alguns autores. Durante os últimos dez anos, as reformas tendentes a modernizar a educação matemática escolar foram submetidas as primeiras análises e as primeiras avaliações. As avaliações, sem dúvida, não 22 foram feitas sempre meios competentes e sem preconceitos. Entretanto, elas conduziram a críticas serias e profundas, que tiveram uma influência considerável sobre as tendências e investigações atuais. Seria impossível apresentar aqui todos os aspectos desta fervente discussão [...] a) o fetichismo do pensamento conjuntista; b) as abstrações estéreis, não justificadas por suas aplicações e muitas vezes erroneamente concretizadas; c) a linguagem pseudo erudita carregada de símbolos e terminologia; d) o fetichismo do método axiomático; e) o fetichismo do rigor, que na pratica real da escola se transforma num pedantismo inútil; f) o esquecimento da realidade física como fontede geometria; g) o esquecimento da visão global baseada nas intuições espaciais em proveito do pensamento algorítmico da álgebra formal. (IMENES, 1989, p.123). Desde do passado nota-se a falta de preparação adequada aos educadores do ensino da matemática, do movimento Matemática Moderna. Logo estudiosos do ensino da educação matemática apontavam ineficácia do movimento, que fazia com que os alunos não apreendesse a fazer cálculos, mas sim se concentrarem na linguagem dos conjuntos, na geometria eram ensinado amplo vocabulário, mas o cálculo das figuras planas ficava em prejuízo no ensino e na aprendizagem. 2.3 Contextualizando o ensino de matemática na educação No início dos anos 80, uma abertura política tornou propicio se pensar numa proposta de um novo método de ensino, onde a matemática passa a ser vista como meio prático para se resolver atividades cotidianas, e também desenvolver o raciocino logico, neste contexto o professor passa a atuar como mediador do conhecimento e da construção do aluno como agente. A matemática contemporânea deve envolver o aluno pelo prazer ao ensino da matemática escolar. Isso não significa que os conteúdos programados a cada serie escolar não devem ser trabalhados se não forem atraentes, mas sim que autores de livros didáticos e professores se esforcem em colocar os conteúdos de modo engajado no contexto social, possibilitando sua valorização e contextualização no mundo cotidiano do aluno e na vida social. O ensino da matemática deve proporcionar a substituição entre o que se pretendia apreender e o que de fato foi desenvolvido na matemática. Novas tendências tomaram face de atenção de educadores: jogos matemáticos, a história da matemática, modelagens, 23 curiosidades, a Etnomatematica e tecnologias. O ensino da matemática deve encontrar o equilíbrio entre ciência e tecnologia com objetivo de crescer os alunos intelectualmente e ao mesmo tempo valorizar a participação dos alunos entre a diversidade de temas da vida moderna. 24 3 Metamorfose do ensino da matemática 3.1 Transformação no ensino da matemática Vários países no mundo tem conseguido mudar o ensino e aprendizagem da matemática nas última décadas. No Brasil, existe uma resistência a sair do tradicional, mas os parâmetros curriculares vem demonstrando que pouco a pouco o ensino tem se tornado mais crítico e próximo a realidade dos educandos. Tradicionalmente a pratica mais frequente no ensino da Matemática era aquela em que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos, demonstrações de propriedades, seguidas de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupunha que o aluno aprendia a reprodução. Considerava-se que uma reprodução correta era evidencia de que ocorrera uma aprendizagem. Essa pratica de ensino mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno apreendeu a reproduzir mas não aprendeu o conteúdo. É relativamente recente, na história da Didática, a atenção ao fato de que o aluno é agente da construção do seu conhecimento, pelas conexões que estabelece com o seu conhecimento prévio num contexto de resolução de problemas. (BRASIL, 1998, p.30). O autor BRASIL nos mostra que o aluno não é uma máquina de cópia, mas deve ser assimilador dos conteúdos em diferentes contextos que possam estar inseridos. Mas ainda é forte o ensino da cópia, disfarçadamente chamado por alguns autores de “exercícios de fixação”, onde os alunos reproduzem formulas e exercícios sem saber seu significado e aplicação pratica. Entende-se que é desafiador para os professores se transportarem para um novo método de ensino, ainda mais para uma geração de matemáticos formados a mais tempo, por isso a continua capacitação do professor é necessária, seu crescimento e aprofundamento com profissional vai mais e além dos anos de aprendizagem acadêmico. Outro fator que dificulta que alguns professores foram ensinados em sua formação escolar básica pelo método tradicional, e continua transmitindo conhecimento conforme foram ensinados, mesmo vendo o prejuízo de ensino para muitos alunos. O despertar para um novo método deve ser imediato. Para alguns professores o fracasso escolar é do aluno e não do seu método de ensino, assim novos prismas devem ser explorados pelos professores. 25 O êxito no ensino e aprendizagem da matemática envolve vários fatores. As reformas educacionais foram e são importantes ao longo da história, mas o compromisso de envolvimento as reformas pelos profissionais da educação é tão importante quanto as reformas. Ideias brilhantes de reformas educacionais não colocadas em pratica, se tornam lacunas no processo de evolução da educação, sendo claramente manifesto no engajamento do êxito dos alunos na aprendizagem matemática. Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática estão relacionados ao processo de formação do magistério, tanto em relação a formação inicial como em relação a formação continuada. Decorrentes dos problemas na formação de professores, as práticas de sala de aula tomam por base os livros didáticos, que infelizmente são muitas vezes de qualidade insatisfatória. A implementação de propostas inovadoras, por sua vez, esbarra na falta de uma formação profissional qualificada, na existência de concepções pedagógicas inadequadas e ainda, nas restrições ligadas as condições de trabalho. (BRASIL, 1997, p.24). O medo do fracasso ainda assombra do ensino da matemática atormenta alguns professores, o que torna um bloqueio para se aderirem ao novas metodologias de ensino. Para desfazer-se deste pensamento é preciso que os professores mudem a forma que veem a matemática como disciplinar escolar pronta e acabada, mas sim como uma ferramenta inovadora que está sempre mudando e sendo útil a vida moderna, tornando necessário se adequar ao ensino escolar. 3.2 A mudança oriunda do docente Entender a metodologia do ensino da matemática hoje envolve resgatar na história como os professores de matemática se formaram nas universidades, cada geração do seu modo, acompanhando suas reformas educacionais e levando seu legado e bagagem recebidas desde sua educação básica. Se começarmos no início do século XX, percebe-se que houve a necessidade de se evoluir na educação dos professores, tendo a necessidade da formação acadêmica para o exercício do magistério, estamos diante do cenário das primeiras universidades. Houve a necessidade de se definir o papel do professor. O educador é um profissional cujo papel transcende a matéria que ele trabalha. Além da competência intelectual, de ajudar os alunos 26 a compreender certos assuntos, ele mostra, expressa e trabalha – direta e indiretamente – valores, visões do mundo, sentimentos, modelos de vida. (MORAN, 2008, p.1). Na era Vargas, o Brasil estabeleceu a faculdade de Pedagogia, que serviu de precedente para outros cursos de bacharel e licenciatura que viriam em seguir. Nas próximas décadas se viu a educação alcançando mais a população, o que antes era de acesso apenas a elite, foi tornando um pouco mais alcançável para outras classes sociais, até o sistema de ensino estar disponível para uma grande massa da população. Explode a educação no Brasil, e a formação de professores é cada vez mais necessário para continuar alavancar esse processo. Professores que formem professores, ou seja professores universitários. E como nem todo ritmo acelerado é saudável, vimos no contexto a preocupação com os ritmos de aprendizagem. Houve momentos em que as opções de livros didáticos de qualidade era escassa. E os alunos tinham que reproduzir exercícios, nesta interatividade precária alguns alunos eram vistos como fracos. Por volta dadécada de 60, leis educacionais foram estabelecidas visando estabelecer uma grade básica para cursos universitários de formação de professores, tornara-se obrigatório disciplinas como Psicologia da Educação, Didática, Pratica de Ensino, Elementos de Administração Escolar, e o Estágio supervisionado, essas disciplinas se tornaram pilares para cursos de licenciatura até em nossos dias. Falando da formação de professores de matemática, tornou-se obrigatório disciplinas: geometria descritiva, física geral, desenho geométrico, fundamentos da matemática elementar, calculo diferencial e integral, álgebra, calculo numérico e geometria analítica. Essa reformulação da grade acadêmica, deu foco a área cientifica e posteriormente pedagógica. A competência técnica a ser exigida para ser educador é “saber utilizar técnicas de manipulação de aula ou do serviço especializado” e a consciência política se reduz a visão de “patriotismo militar”, ingênua e com conotação de neutralidade política, em relação as classes sociais. As contradições a este modelo aconteceram principalmente pela ação corajosa do movimento estudantil. (FERNANDES, 1992, p.333). Acentua-se a formação do professor de matemática visando a racionalidade, onde a crítica e a subjetividade são postas em segundo plano. Neste plano a formação do 27 professor ainda era necessário aprimoramento de grade e reformas, que foi dada pela especialização de professores, onde se via a necessidade de tapar o buraco da docência. A preocupação posterior não era em quantidade de professores, mas na formação de professores que não fosse mais reprodutores das metodologias que foram ensinados, e sim inovadores. Nos últimos anos a formação de professores passou a ser vista por alguns como um setor lucrativo, visando a obtenção de diplomas e certificados e não a real qualificação de um profissional voltado a pratica da docência, com responsabilidade para o ensino e para o estado. Assim, a formação do professor continua sendo uma preocupação de muitos autores e estudiosos da educação. Dificilmente um professor de matemática formado em um programa tradicional estará preparado para enfrentar os desafios das modernas propostas curriculares... Predomina, portanto, um ensino em que o professor expõe o conteúdo, mostra como resolver alguns exemplos e pede aos alunos que resolvam inúmeros problemas semelhantes. (D’AMBRÓSIO, 1993, p.38). D’AMBRÓSIO propõe que a evolução no ensino e aprendizagem da matemática se dará com a pratica do conhecimento aplicado, não apenas revisando os conteúdos matemáticos e a inovação da aplicação de novos métodos na formação de professores. O aluno não deve ser mais reprodutor de conteúdos automatizado, mas sim aplicador na vida do conhecimento adquirido, e aí está o desafio de se apreender e ensinar matemática, em estabelecer conexões e relações para o desenvolvimento do pensamento crítico no mundo contemporâneo, para a vida do cidadão. 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a pesquisa bibliográfica a matemática é uma das mais antigas áreas do conhecimento e útil a humanidade. Suas contribuições ao linho da história do homem são inquestionáveis. Mas no decorrer das últimas décadas, a matemática passou a ser mal vista como incompreensível, dissolúvel para todos os alunos, sendo encarada como vilã e causadora de evasão escolar, reprovações e destruidora de sonhos. Esse é um pensamento que alunos e em especial os professores de matemática tem que travar árdua batalha de vencer. Além dessas ideias as dificuldades pedagógicas também são reais: praticar e conhecer os conteúdos, educadores com deficiência de didática, onde conhecem a matéria mas tem dificuldade de explica-la, falta de aperfeiçoamento continuo dos professores dentre outros desafios. Para o êxito no ensino e aprendizado seja alcançado educadores matemáticos aliados a escola, estiverem em constante evolução com o mundo globalizado, que é um mundo competitivo, em que inumeráveis situações tem aplicações matemáticas, e se fazem necessárias. Fazendo o aluno ver a matemática como uma ferramental essencial para o exercício de sua cidadania, e sucesso professional e em vários outros aspecto da vida. O aluno tem que consegui enxergar o conhecimento matemático muito além de um processo mecânico de aplicação de regras para se chegar a um resultado. Para que isso seja alcançado a educação tem que avançar de mãos dadas com o mundo tecnológico. O professor de matemática em especial, deve treinar e preparar seus alunos para serem hábeis no uso de tecnologia aliado a matemática. O desafio é derrubar preconceitos herdados pela sociedade que alguns alunos trazem como bagagem. Quando na êxito na educação matemática de um aluno, a consequência é vista ao longo de todo resto de vida daquela pessoa. Muitos profissionais atuantes no mercado de trabalho levam traumas com a aprendizagem adquirida do ensino da matemática. Um dos resultados, por exemplo, que muitos empresários acabam em falência por uma deficiência em administrar a matemática aplicada em seus negócios. O prazer pela aprendizagem matemática deve envolver o aluno. Isso não significa que os conteúdos programados a cada serie escolar não devem ser trabalhados se não forem atraentes, mas sim que autores de livros didáticos e professores se esforcem em 29 colocar os conteúdos de modo engajado no contexto social, possibilitando sua valorização e contextualização no mundo cotidiano do aluno e na vida social. O ensino da matemática deve encontrar o equilíbrio entre ciência e tecnologia com objetivo de crescer os alunos intelectualmente e ao mesmo tempo valorizar a participação dos alunos entre a diversidade de temas da vida moderna. É compreensível os desafios para os professores se transportarem para um novo método de ensino, ainda mais para uma geração de matemáticos formados a mais tempo, por isso a continua capacitação do professor é necessária, seu crescimento e aprofundamento com profissional vai mais e além dos anos de aprendizagem acadêmico. É preciso que professores mudem a forma que veem a matemática como disciplinar escolar pronta e acabada, mas sim como uma ferramenta inovadora que está sempre mudando e sendo útil a vida moderna, tornando necessário se adequar ao ensino escolar. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRETAS, S.N.R.; FERREIRA, A.C. A Percepção da Matemática Escolar pelos alunos de 8ª série do ensino fundamental de escolas de Cachoeira do Campo. Ouro Preto: UFOP, 2007. D’AMBROSIO, B. S. Como Ensinar Matemática Hoje, SBEM, Brasília, ano 2, n.2, p.15-19, 1989. EBERHARDT, I. F. N.; COUTINHO, C. V. S. Dificuldades de Aprendizagem em Matemática nas Séries Iniciais: diagnóstico e intervenções. Vivências. Erechim, RS, v. 7, n. 13, p. 62-70, out., 2011. GIL, A. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007. GOMES, M. L. M. História do Ensino da Matemática: uma introdução. Belo Horizonte: CAED-UFMG, 2012. MARTINS, Gilberto de Andrade. THEOPHILO, Carlos Renato. 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