Buscar

Imunidade das Superfícies de Revestimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Veterinária Sou Animal 
___________________________________________________________ 
 
Imunidade das Superfícies de Revestimento 
 
 
Pele 
As células aumentam a quantidade de queratina, e depois morrem. A camada mais 
superficial não é viva. 
 
O primeiro sistema de defesa da pele é a camada queratinizada (Extrato Córneo). Nós 
convivemos com os MOs pela pele e as mucosas, por isso temos órgãos linfóides na 
submucosa. 
 
As células de Langherans fagocitam e apresentam aos linfócitos elementos estranhos. 
 
O grupo de MOs que atacam o extrato córneo são os Dermatófitos (fungos filamentosos 
que degradam queratina). Gêneros de Dermatófitos: Microsporum e Trichophyton. 
 
Há descamação quando originada por Dermatófitos não atende a resposta imunológica. 
 
O ressecamento ocorre muito em animais que estão em contato com água. 
 
Ácidos Graxos com ação antimicrobiana, as glândulas sebáceas têm função 
antimicrobiana, esta é uma barreira natural. 
 
Um elemento de resposta imunológica da pele é a microbiota. Populações microbianas 
que habitam as interfaces do corpo com o ambiente vivendo em equilíbrio com o 
hospedeiro, sendo que ficam em pele e mucosas. Todas as interfaces são colonizadas por 
microbiota. 
Estas populações vivem ao longo do tempo em equilíbrio como hospedeiro esta relação 
é genericamente chamada de Simbiose, sendo que algumas são negativas (parasitismo – 
carrapatos) e outras são positivas (relação da microbiota dos ruminantes). Já na pele temos 
a microbiota agindo com mutualismo, pois as bactérias que ficam na superfície da pele se 
fixam através de sítios de ligação como se estivessem “estacionadas”. Caso uma bactéria 
patogênica tente se estabelecer terá muita dificuldade, pois os sítios de ligação já estarão 
ocupados. 
Deve-se ter cuidado ao administrar antibióticos de amplo espectro, pois ele pode alterar 
esta relação da microbiota deixando o organismo suscetível à patógenos. Outro 
importante fator são os sabonetes antimicrobianos que podem alterar esta microbiota de 
forma que também deixam o organismo mais suscetível ao desenvolvimento de micoses 
entre outros problemas. 
 
Ex.: Clostridium difficille. 
 
Trato Respiratório 
Nos alvéolos não existe MOs. 
Nas paredes dos alvéolos existe muco produzidos pelas células caliciformes que criam 
uma barreira física e a medida que este ar entra, o seu Turbilhonamento prende as 
partículas indesejáveis. O movimento ciliar faz com que o muco seja expelido através do 
fluxo. 
Podemos fazer PCR a partir do escarro em humanos e descobrir, por exemplo, se existe 
a bactéria da tuberculose. Já nos animais existem estudos iniciais que indicam que se pode 
fazer PCR através das fezes, pois os cães engolem seu muco. 
No caso de algumas bactérias (pseudômonas aeriginosa / burknolderia mallei) há o 
rompimento das nossas barreiras imunes. A IgA se prende na bactéria se dissolve no muco 
e através dos cílios são expelidos, porém algumas bactérias conseguem quebrar IgA. 
 
Trato gastrointestinal 
Mucosa oral: saliva (IgA / Bacteriocinas) 
Estômago: pH = 2 (Helicobacter pylori) 
Intestinos: Ácidos Biliares / IgA 
Existem células M que são importantes na endocitose, ela transfere o que ela captura até 
o tecido linfóide desta forma estimula ação antigênica. Sendo assim constantemente há 
estimulação para manter o SI ativo através da produção de IgA. 
De forma similar temos o muco o fluxo e a microbiota do TGI, consegue-se alterar 
ativamente o TGI através dos probióticos, principalmente pela ingestão de Lactobacilos 
sp e Bifidobacterium SP, elas estão muito adaptadas ao nosso organismo. Também nesta 
categoria temos fungos probióticos ex.: Floratíl (Saccharomyces bourlardii) que é uma 
levedura, recompõe parte da microbiota mais rápido. 
Células de Paneth: Defensivas - sintetizam substâncias antimicrobianas que regulam o 
funcionamento da microbiota. 
 
TGU / Mucosa Ocular 
O TGU por ter pH ácido (baixo) inibe o crescimento bacteriano. O Proteus sp é 
encontrada na microbiota intestinal, causa infecções urinárias, diarréias, ela tem o fator 
de virulência chamada Uréase, que consegue quebrar a uréia deixando o ambiente menos 
ácido facilitando o crescimento bacteriano. 
Mucosa Ocular: quando a umidade do ar está muito seca, favorece a contaminação por 
conjuntivite. 
 
Glândula Mamária 
O fechamento do esfíncter mamário é uma ação antimicrobiana. 
O fluxo do leite à medida que o leite passa pelo esfíncter tem ação antimicrobiana. 
No leite temos IgA , além das lacteninas que tem ação antimicrobianas (lactoferrina e 
lactoperoxidase

Outros materiais