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Prévia do material em texto

ENSINO MÉDIO
OBRA ESPECÍFICA DE 
LÍNGUA PORTUGUESA PARA A ÁREA DE 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
MARIA TEREZA ARRUDA CAMPOS
LUCAS SANCHES ODA
OBRA ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
 
PARA A ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
ENSINO MÉDIO
MANUAL DO 
PROFESSOR
9 7 8 6 5 5 7 4 2 0 6 8 3
ISBN 978-65-5742-068-3
3088-PNLD-21-MULTIVERSOS-LP-MT-MP-Capa.indd All Pages 9/21/20 1:01 AM
1a edição
São Paulo – 2020
MARIA TEREZA RANGEL 
ARRUDA CAMPOS 
Formada em Letras – Português pela 
Universidade de São Paulo (USP), possui 
Mestrado e Doutorado em Linguística Aplicada 
e Estudos da Linguagem pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) 
com estágio na Sorbonne Université – Paris VIII. 
Atua como professora, curadora e consultora 
em Educação. 
LUCAS KIYOHARU SANCHES ODA 
Formado em Letras pela Universidade de 
Campinas (Unicamp), possui Mestrado em 
Linguística pela Unicamp e Doutorado em 
Filosofia pela Universidade Federal de 
São Paulo (Unifesp). Atua como professor de 
Língua Portuguesa há mais de 20 anos e é autor 
de histórias em quadrinhos. 
ENSINO MÉDIO
OBRA ESPECÍFICA DE LÍNGUA 
PORTUGUESA PARA A ÁREA 
DE LINGUAGENS E SUAS 
TECNOLOGIAS.
MANUAL DO 
PROFESSOR
D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 1D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 1 22/09/20 21:0222/09/20 21:02
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Campos, Maria Tereza Rangel Arruda
 Multiversos : língua portuguesa : ensino médio /
Maria Tereza Rangel Arruda Campos, Lucas Kiyoharu 
Sanches Oda. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2020.
“Obra específica”
“Área do conhecimento: Linguagens e suas 
tecnologias”
Bibliografia.
ISBN 978-65-5742-067-6 (aluno)
ISBN 978-65-5742-068-3 (professor)
1. Língua portuguesa (Ensino médio) I. Oda, Lucas 
Kiyoharu Sanches. II. Título.
20-43698 CDD-469.07
Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Ensino médio 469.07
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita
Edição Ana Spínola (coord.) 
Angela CDCM Marques, Bruna Flores Bazzoli, Carlos S. Mendes Rosa, Débora 
A. Teodoro, Emílio Satoshi Hamaya, Gabriela Bragantini, Lígia Rodrigues 
Balista, Lilian Ribeiro de Oliveira, Marcel Fernandes Gugoni, Maria da Graça 
Câmara, Marília Westin, Patrícia Borges, Paulo Roberto Ribeiro, Sarita Borelli, 
Sílvia Cunha, Vivian Martins
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (sup.) 
Ana Maitê Lanché, Bruno Freitas, Danielle Costa, Desirée Araújo, Diogo Souza 
Santos, Eliana Vila Nova de Souza, Felipe Bio, Gisele Ribeiro Fujii, Graziele 
Cristina Ribeiro, Rita Lopes, Veridiana Maenaka, Yara Affonso
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.) 
Bruno Attili, Sergio Cândido (capa)
Imagem de capa Apolo Torres
Arte e Produção Rodrigo Carraro (sup.) 
Lucas Trevelin, Gislene Aparecida Benedito (assist.)
Diagramação Telma Blaiotta
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno
Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Enio Lopes, Erika Nascimento, Marcia Sato
Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin
Ilustrações Dacosta, Daniel Bueno, Felix Reineirs, Leandro Lassmar, 
Luciano Tasso, Marcos Guilherme, Nik Neves
Em respeito ao meio ambiente, as folhas 
deste livro foram produzidas com fibras 
obtidas de árvores de florestas plantadas, 
com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
 
Copyright © Maria Tereza Rangel Arruda Campos e 
Lucas Kiyoharu Sanches Oda, 2020
D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV3.indd 2D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV3.indd 2 22/09/20 21:2322/09/20 21:23
Prezado(a) estudante,
Esta coleção foi pensada para apoiar sua trajetória na construção de um 
projeto de vida no qual você possa ser protagonista de suas próprias escolhas. 
Neste livro de Língua Portuguesa, você vai poder ampliar o desenvolvimento 
de habilidades desse componente curricular ao ler e produzir textos de 
diferentes gêneros – orais, escritos e multimodais dos diversos campos 
de atuação social. Ao longo do volume, você será convidado a pensar nos 
diferentes papéis do leitor e do autor; no poder da argumentação; nas 
diferentes formas do poético; nas variedades de histórias que permeiam a 
literatura e a vida real; no mundo teatral; e, por fim, na concisão das histórias 
na contemporaneidade. Além disso, as atividades do livro sugerem variados 
níveis de interação: com os colegas, com a comunidade escolar e com uma 
comunidade ampliada, para que você possa refletir sobre como as trocas e 
as ações afetam diferentes locais e pessoas.
Todas as propostas de leitura, de discussão e de outras atividades práticas 
só fazem sentido se estiverem a favor da construção da identidade: só 
compreendendo o que somos é que podemos projetar quem queremos ser. 
Portanto, elas estão aqui para provocar: sua reflexão, emoção, indignação 
e, talvez, novas atitudes em sua vida. Acreditamos que é essa provocação 
que pode mover você em direção ao que deseja construir.
 Neste momento tão especial da sua vida, em que as aventuras do mundo 
adulto estão mais próximas, desejamos que esta obra ajude você a pensar 
o mundo e a si mesmo(a); saber que sempre será possível dizer sim à vida 
pessoal e coletiva e ser quem você quer ser. Não desista nunca.
Esperamos que esta coleção apoie você em seu percurso. Todo sucesso 
é o que desejamos!
Os autores
APRESENTAÇÃO
D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 3D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 3 22/09/20 21:0222/09/20 21:02
 Abertura de Unidade 
O volume é organizado em seis Unidades. No início de cada uma, 
você encontra uma introdução que contextualiza o tema, a imagem e 
o trabalho que será feito, além de apresentar as competências gerais 
e específicas e as habilidades de Língua Portuguesa da Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) desenvolvidas ao longo da Unidade.
U
N
ID
A
D
E
4
Toda literatura é feita sobretudo de palavra – palavra 
expressiva, usada em sentido conotativo, capaz de recons-
truir mundos, ideias, ações, compor e decompor confl itos 
e tensões. Mas a palavra também é portadora de senti-
dos que carregam valores, posicionamentos que nascem 
tanto no indivíduo que cria, quanto nas relações que ele 
mantém com o tempo e lugar em que vive, nos quais se 
incluem as tensões culturais, econômicas, sociais, éticas e 
morais próprias de uma dada sociedade. Algumas dessas 
tensões podem se esgotar em um certo momento, no 
entanto, a maioria delas renasce de novas maneiras em 
outros tempos. Mudam-se as peças, mas permanecem 
as grandes questões da humanidade – o amor e o ódio, o 
poder, a felicidade, a liberdade, a morte, entre outras. Por 
isso, a literatura é um campo de exploração privilegiado 
para pensar essas questões, para refl etir sobre o mundo.
Mas o modo de refl etir sobre o mundo não é exclusivo da 
literatura. A arte, em suas múltiplas formas de expressão, 
tem um papel importante na representação da realidade, no 
modo de fazer o leitor/observador pensar sobre o passado, 
fazendo-o projetar e perceber o mundo no futuro.
A imagem que ilustra a abertura desta Unidade é a foto-
grafi a da obra de arte intitulada Churinga, da exposição 
"Nós", no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro (RJ). A peça de 
madeira ao centro tem os escritos: "Churinga é uma ferra-
menta simbólica milenar da cultura aborígene australiana 
que serve para costurar o tempo, conectandopassado e 
futuro. O museu aspira a ser uma churinga para o século 
XXI", "Está amanhecendo em algum lugar do planeta agora. 
Cada amanhecer é sempre igual e sempre diferente". A chu-
ringa foi escolhida para representar o museu e, por isso, 
ganhou uma sala especial.
Observe-a com atenção e, depois, “costure” os conheci-
mentos que esta Unidade lhe proporcionará. 
Contar e pensar 
o mundo
O texto integral das 
competências gerais, 
específi cas e das habilidades 
citadas encontra-se no fi nal 
deste livro do estudante.
Competências gerais da BNCC
1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10
Competências específi cas
1, 2, 3, 6 e 7
Habilidades de 
Língua Portuguesa
EM13LP01
EM13LP02
EM13LP03
EM13LP04
EM13LP05
EM13LP06
EM13LP07
EM13LP08
EM13LP12
EM13LP13
EM13LP14
EM13LP15
EM13LP16
EM13LP17
EM13LP18
EM13LP24
EM13LP25
EM13LP26
EM13LP27
EM13LP28
EM13LP29
EM13LP30
EM13LP31
EM13LP32
EM13LP33
EM13LP34
EM13LP35
EM13LP36
EM13LP38
EM13LP45
EM13LP46
EM13LP48
EM13LP49
EM13LP50
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22/09/20 11:2122/09/20 11:21
» Imagem da obra Churinga, 
exposta no Museu do 
Amanhã, Rio de Janeiro (RJ), 
em 2016.
155Unidade 4 • Contar e pensar o mundo
D2-LP-EM-3088-V1-U4-154-209-LA-G21-AV2.indd 155D2-LP-EM-3088-V1-U4-154-209-LA-G21-AV2.indd 155
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 Abertura 
 de volume 
Na abertura de 
volume, você conhece os 
principais objetivos do 
livro de Língua Portuguesa 
a ser alcançados em cada 
Unidade e a justificativa 
da importância desse 
componente curricular 
para sua formação 
escolar. 
Para sustentar a opinião
A ar gumentação é uma presença constant
e nos diferentes gêneros que circu-
lam na esfera jornalística-midiática. Em tod
a as escolhas que envolvem a produção 
de um jornal ou de uma revista – da criaçã
o da capa (com a escolha da imagem e 
da manchete) à aprovação de anúncios, pas
sando pela diagramação dos elementos 
na página, pelo tema do editorial e pelo co
nteúdo de charges e tiras – é possível 
identificar diferentes níveis e formas de ar
gumentação.
Embora a notícia – matéria-prima do jorna
lismo – esteja submetida ao princí-
pio da imparcialidade, é preciso considerar
 que a maioria dos veículos impressos e 
eletrônicos depende da venda de conteúd
os ou do acesso dos leitores para atrair 
anunciantes e poder sobreviver economica
mente. Assim, todos os elementos que 
compõem uma edição, como a escolha da im
agem de capa, por exemplo, têm como 
objetivo atrair o leitor e convencê-lo a com
prar, acessar, ler o conteúdo do jornal 
ou da revista. Até as notícias, que se preten
dem neutras e objetivas, têm um certo 
grau de parcialidade, perceptível por meio 
da escolha de palavras, dos recursos de 
linguagem verbal e não verbal empregado
s em sua construção e do enfoque dado 
às informações relacionadas aos fatos not
iciados.
Ao l ongo de sua vida, você provavelmente
 já entrou em contato com gêneros textua
is publi-
cados em jornais, revistas e sites e com al
guns formatos de telejornais, programas 
informativos 
de rádio e podcasts que, além de informar 
sobre os fatos e acontecimentos do mund
o, permitem 
a seus produtores a emissão de opiniões s
obre os assuntos abordados.
 1. Quais textos opinativos em circulação 
na mídia você mais consome? 
 2. Você tende a concordar com as opiniõe
s e com os argumentos apresentados nele
s? Por quê?
 3. Qual a importância de entrar em conta
to com diferentes argumentos e pontos de
 vista sobre 
o mesmo assunto?
1. Resposta 
pessoal. É 
possível que os 
estudantes citem: 
comentários 
esportivos ou 
de especialistas 
em programas 
de TV ou rádio, 
artigos de 
opinião, colunas 
ou blogues sobre 
os mais diversos 
assuntos (games, 
moda, culinária, 
cinema, política 
etc.), podcasts
ou mesmo lives. 
Seria interessante 
salientar aos 
estudantes que, 
quando são 
citados blogues 
e podcasts, por 
exemplo, está 
se falando de 
plataforma e 
mídia, em que 
todos os tipos de 
gêneros cabem.
2. Resposta 
pessoal. 
Professor, 
destacar que 
é recorrente 
acreditar nos 
argumentos 
apresentados em 
textos de opinião, 
considerando 
a suposta 
autoridade do 
enunciador.
Resposta pessoal. 
Professor, ressaltar como é importante t
er acesso a diversos argumentos, dados 
e pontos de vista para que se possa veri
fi car 
quanto as opiniões são válidas e de que
 forma é possível sustentá-las.
Ler o mundo
Você vai ler, a seguir, dois artigos de opini
ão publicados na seção Tendências/
Debates do jornal Folha de S.Paulo, que a
presenta semanalmente uma questão 
polêmica a ser respondida por dois articulis
tas, resultando em um posicionamento 
favorável e um desfavorável. 
Nessa seção, os temas polêmicos abord
ados referem-se ao contexto mais 
imediato da sociedade – no Brasil e no mu
ndo – e os articulistas convidados são 
especialistas em áreas relacionadas aos 
temas ou pessoas envolvidas de perto 
com a discussão. Esse tipo de seção abre 
espaço para opiniões diversas e amplia 
a quantidade de posicionamentos para al
ém daqueles veiculados pelo jornal em 
seus editoriais.
Estratégias didáticas nas Orientações p
ara o professor.
Estratégias didáticas nas Orientações p
ara o professor.
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 BNCC 
 Pensar e 
 compartilhar 
Em Pensar e compartilhar, você vai 
analisar, compreender e interpretar os 
gêneros textuais que está estudando.
 Ler o mundo 
As Unidades abordam diferentes aspectos do jogo 
discursivo. Em cada uma, você vai poder ler diversos 
gêneros textuais de diferentes campos de atuação.
O boxe Ler o mundo convida você e seus 
colegas a interagir e conversar sobre o que vai ser 
desenvolvido logo a seguir.
 BNCC 
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Toda literatura é feita sobretudo de palavra – palavra 
expressiva, usada em sentido conotativo, capaz de recons-
truir mundos, ideias, ações, compor e decompor confl itos 
e tensões. Mas a palavra também é portadora de senti-
dos que carregam valores, posicionamentos que nascem 
tanto no indivíduo que cria, quanto nas relações que ele 
mantém com o tempo e lugar em que vive, nos quais se 
incluem as tensões culturais, econômicas, sociais, éticas e 
morais próprias de uma dada sociedade. Algumas dessas 
tensões podem se esgotar em um certo momento, no 
entanto, a maioria delas renasce de novas maneiras em 
outros tempos. Mudam-se as peças, mas permanecem 
as grandes questões da humanidade – o amor e o ódio, o 
poder, a felicidade, a liberdade, a morte, entre outras. Por 
isso, a literatura é um campo de exploração privilegiado 
para pensar essas questões, para refl etir sobre o mundo.
Mas o modo de refl etir sobre o mundo não é exclusivo da 
literatura. A arte, em suas múltiplas formas de expressão, 
tem um papel importante na representação da realidade, no 
modo de fazer o leitor/observador pensar sobre o passado, 
fazendo-o projetar e perceber o mundo no futuro.
A imagem que ilustra a abertura desta Unidade é a foto-
grafi a da obra de arte intitulada Churinga, da exposição 
"Nós", no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro (RJ). A peça de 
madeira ao centro tem os escritos: "Churinga é uma ferra-
menta simbólica milenar da cultura aborígene australiana 
que serve para costurar o tempo, conectando passado e 
futuro. O museu aspira a ser uma churinga para o século 
XXI", "Está amanhecendo em algum lugar do planeta agora. 
Cada amanhecer é sempre igual e sempre diferente". A chu-
ringa foi escolhida para representar o museu e, por isso, 
ganhou uma sala especial.
Observe-a com atenção e, depois, “costure” os conheci-
mentos que esta Unidade lhe proporcionará. 
Contar e pensar 
o mundo
O texto integral das 
competências gerais, 
específi cas e das habilidades 
citadas encontra-se no fi nal 
deste livro do estudante.
Competências gerais da BNCC
1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10
Competências específi cas
1, 2,3, 6 e 7
Habilidades de 
Língua Portuguesa
EM13LP01
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Não escreva no livro
Pensar e compartilhar
 1. O manifesto que você leu foi motivado por um contexto específico relacionado à 
produção de telenovelas no Brasil. Leia a notícia a seguir para conhecer o contexto 
a que o manifesto se refere.
“Sol Nascente” ainda nem estreou na Globo, mas já deu o que falar. Tudo porque 
a novela, dividida em dois núcleos, italianos e japoneses, escalou Luís Melo para ser 
o patriarca da família japonesa Kazuo Tanaka e colocou Giovanna Antonelli para 
viver Alice, a fi lha adotiva dele. A questão é que alguns atores orientais questionam 
o motivo da escalação de um ocidental para o papel e acusam a Globo de preconceito 
e “yellowface”, que ridiculariza os japoneses ao colocar ocidentais para substituí-los.
[...]
RIBEIRO, M. Elenco de “Sol Nascente” minimiza “yellowface” em núcleo japonês. UOL TV e Famosos, 19 ago. 2016. 
Disponível em: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/19/elenco-de-sol-nascente-minimiza-
yellowface-em-nucleo-japones.htm. Acesso em: 18 ago. 2020.
a) O manifesto critica a emissora por ter selecionado atores não orientais para viver 
personagens membros de família oriental na novela, eliminando a possibilidade de 
emprego a vários atores orientais. Como essa crítica fica indicada no manifesto?
b) Explique, com base no manifesto e na notícia que você leu, o que é yellowface e como 
essa prática reforça o preconceito contra orientais.2. O gráfico a seguir foi feito com base nos dados do Censo Demográfico de 2010. Os 
números referem-se à raça autodeclarada pelos brasileiros em resposta ao questionário.
1. a) Ao se 
referirem às 
produções da rede aberta e 
produções de audiovisual em geral.
1. b) Yellowface é uma forma 
de maquiagem usada por atores não orientais 
para representar uma pessoa de ascendência 
oriental no teatro e em produções audiovisuais. 
A expressão 
tem relação 
com a prática do blackface, 
a que estavam submetidos os atores negros.Ao colocar um ocidental para interpretar um oriental em 
uma novela, a emissora passa subjetivamente o recado de que atores ocidentais são melhores, mais adequados para viver 
qualquer papel; além disso, há o risco de, não sendo oriental, o ator interpretar a personagem de modo 
estereotipado, reforçando 
preconceitos.
8%
Preta
14.517.961
Parda
82.277.333
43%
Branca
91.051.646
48%
Indígena
817.963
0,4%
Sem declaração
6.608
0%
Amarela
2.084.288
1%
*As porcentagens foram arredondadas.Fonte: IBGE. Censo demográfico 2010: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de 
Janeiro, 2010. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/
cpd/documentos/dados-ibge. Acesso em: 18 ago. 2020.
a) Você considera que esse gráfico representa com fidelidade a sociedade brasileira? 
Explique. Resposta pessoal.
DA
CO
ST
A
Raça autodeclarada pelos brasileiros – Censo demográfico de 2010
Respostas e comentários nas Orientações para o professor.
252
D2-LP-EM-3088-V1-U5-210-257-LA-G21-AV1.indd 252
D2-LP-EM-3088-V1-U5-210-257-LA-G21-AV1.indd 252
22/09/20 01:4322/09/20 01:43
Neste volume de Língua Portuguesa, 
você vai poder refletir e participar de diversas 
práticas sociais que envolvem a linguagem, 
principalmente práticas de linguagens contem-
porâneas. Até os Ensino Fundamental – Anos 
Finais, você pôde conhecer diferentes gêneros 
textuais e consolidar habilidades essenciais do 
uso da língua. Agora, chegou a hora de você 
aprofundar esses conhecimentos e garantir 
maior autonomia em seus estudos. Para isso, 
você lerá os objetivos principais que serão 
desenvolvidos em cada Unidade que compõe 
este livro.
AS FORMAS DO POÉTICO
 Ler diferentes gêneros, 
como poema, campanha de 
propaganda, reportagem e 
artigo científico, para analisar o 
modo como a expressão poética 
pode ser formulada nesses 
gêneros, seja na experiência 
formal, seja no modo como quer 
afetar o leitor, seja na exploração 
da subjetividade.
 Aprofundar os conhecimentos sobre 
período composto por coordenação e 
analisá-los em diferentes contextos de uso.
 Produzir um videocurrículo para apresentação pessoal 
em processo de seleção para uma vaga de trabalho.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
uma campanha de conscientização para desenvolver 
habilidades do campo jornalístico-midiático.
Aprofundar os conhecimentos sobre 
período composto por coordenação e 
analisá-los em diferentes contextos de uso.
Produzir um videocurrículo para apresentação pessoal 
O LEITOR
 Entender como o leitor participa do jogo discursivo a 
partir da leitura e da análise de diferentes gêneros: 
da crônica, para refletir sobre como o leitor previsto 
molda o texto; de um conto, para observar o leitor 
como participante ativo da construção narrativa; 
de capas de revista, para analisar as pistas sobre 
o leitor-alvo de cada uma e a relação entre o leitor 
e um possível projeto editorial; de um editorial 
assinado e o gosto compartilhado com o leitor; e 
da participação do leitor na escolha das fontes de 
pesquisa.
 Aprofundar os conhecimentos sobre sintagma 
nominal, sujeito, tipos de sujeito e outros termos 
da oração, analisando esses conhecimentos em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e 
avaliar um resumo por meio da leitura de um texto 
do gênero para desenvolver suas habilidades em 
relação ao campo das práticas de estudo e pesquisa.
Objetivos
Unidade 1
Unidade 3
A OPINIÃOA OPINIÃO
 Compreender que todo texto defende pontos de vista 
e apresenta uma camada argumentativa, a partir da 
leitura e da análise de trecho de romance, artigo de 
opinião, artigo científico e debate para refletir sobre 
como essa argumentação pode ser construída em cada 
um desses gêneros.
 Aprofundar os conhecimentos sobre sintagma 
verbal, predicado e vozes do verbo e analisar esses 
conhecimentos em diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
uma assembleia deliberativa para ampliar e desenvolver 
habilidades do campo de atuação na vida pública.
Unidade 2
8
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O MUNDO COMO PALCO
 Analisar o universo da 
representação e da afirmação 
pública de posicionamentos, aqui 
expressos na metáfora do palco, 
por meio da leitura e análise de 
texto dramático, resenha cultural 
de peça teatral, verbete on-line e 
manifesto.
 Aprofundar os conhecimentos 
sobre concordância nominal e 
verbal, regência nominal e verbal, e 
colocação pronominal, com o objetivo 
de analisar esses conhecimentos em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e 
avaliar um roteiro teatral para um esquete.
Alcançar todos esses obje-
tivos ao final dos estudos com 
o livro de Língua Portuguesa 
tem como meta não apenas 
ampliar seu repertório cultural, 
mas também ajudá-lo em seu 
desenvolvimento como cidadão 
crítico, consumidor e produtor 
de informações, inserido em 
uma sociedade. 
Essencial para a expressão 
do pensamento, da emoção, de 
tudo o que nos faz humanos, 
o domínio das competências 
da área de Linguagens e suas 
Tecnologias garante acesso à 
vida cidadã, à afirmação de si e 
à construção de um lugar social 
– também discursivo – que 
permite ao jovem ser protago-
nista de si, construir seu projeto 
de vida e usufruirdo mundo 
prático e sensível a que tem 
direito. 
O volume de Língua Por-
tu guesa se organiza a partir de 
temas conceituais. Esses temas 
consideram aspectos do jogo 
discursivo, fundamentais para 
o desenvolvimento de compe-
tências e habilidades centrais na 
formação do cidadão crítico, pre-
parado para o mundo do trabalho 
e a continuidade dos estudos; na 
formação de sujeitos capazes de 
reconhecer e manifestar “senti-
mentos, interesses, capacidades 
intelectuais e expressivas”; de 
ampliar e aprofundar “vínculos 
sociais e afetivos”; e de refletir 
“sobre a vida e o trabalho que 
gostariam de ter", conforme a 
BNCC.
Dessa forma, é necessário 
reconhecer a veracidade das 
informações, a adequação dos 
discursos aos diferentes con-
textos, a validade e o poder 
dos argumentos, a importância 
das pesquisas e da ciência em 
diferentes gêneros, o respeito 
e a ética ao posicionar-se em 
debates, sem propagar discur-
sos de ódio. Além disso, neste 
livro, a literatura lhe convidará 
a conhecer novas possibilida-
des e a organização da língua, 
ampliando sua capacidade de 
ver e sentir o mundo.
colocação pronominal, com o objetivo 
de analisar esses conhecimentos em 
Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e 
avaliar um roteiro teatral para um esquete.
Tecnologias garante acesso à 
vida cidadã, à afirmação de si e 
à construção de um lugar social 
– também discursivo – que 
permite ao jovem ser protago-
nista de si, construir seu projeto 
de vida e usufruir do mundo 
prático e sensível a que tem 
direito. 
tu guesa se organiza a partir de 
temas conceituais. Esses temas 
consideram aspectos do jogo 
discursivo, fundamentais para 
o desenvolvimento de compe-
tências e habilidades centrais na 
formação do cidadão crítico, pre-
parado para o mundo do trabalho 
e a continuidade dos estudos; na 
formação de sujeitos capazes de 
reconhecer e manifestar “senti-
mentos, interesses, capacidades 
A VIDA CONCENTRADA
 Explorar formas de expressão 
concentradas que adensam 
sentidos do texto, por meio da 
leitura e análise de gêneros como 
conto, vídeo de divulgação científica 
e os recursos que facilitam a 
apreensão e a leitura desses 
gêneros textuais.
 Conhecer e refletir sobre as práticas 
de produção e compartilhamento de 
conteúdos na internet.
 Aprofundar os conhecimentos sobre 
ortografia, acentuação, estrutura e 
formação de palavras, e analisá-los 
em diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, 
reescrever e avaliar uma fanfic. 
Justifi cativas
Unidade 5
Unidade 6
CONTAR E PENSAR O MUNDO
 Explorar modos de representação da realidade por 
meio da leitura e análise de trecho de romance, 
reportagem, artigo de divulgação científica, legislação 
e letra de canção, a fim de identificar as propostas de 
reflexão que esses tipos de texto podem conter.
 Aprofundar os conhecimentos sobre período 
composto por subordinação e analisá-los em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
pôster de apresentação de pesquisa para ampliar 
o desenvolvimento das habilidades do campo das 
práticas de estudo e pesquisa.
Unidade 4
9
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Para sustentar a opinião
A ar gumentação é uma presença constant
e nos diferentes gêneros que circu-
lam na esfera jornalística-midiática. Em tod
a as escolhas que envolvem a produção 
de um jornal ou de uma revista – da criaçã
o da capa (com a escolha da imagem e 
da manchete) à aprovação de anúncios, pas
sando pela diagramação dos elementos 
na página, pelo tema do editorial e pelo co
nteúdo de charges e tiras – é possível 
identificar diferentes níveis e formas de ar
gumentação.
Embora a notícia – matéria-prima do jorna
lismo – esteja submetida ao princí-
pio da imparcialidade, é preciso considerar
 que a maioria dos veículos impressos e 
eletrônicos depende da venda de conteúd
os ou do acesso dos leitores para atrair 
anunciantes e poder sobreviver economica
mente. Assim, todos os elementos que 
compõem uma edição, como a escolha da im
agem de capa, por exemplo, têm como 
objetivo atrair o leitor e convencê-lo a com
prar, acessar, ler o conteúdo do jornal 
ou da revista. Até as notícias, que se preten
dem neutras e objetivas, têm um certo 
grau de parcialidade, perceptível por meio 
da escolha de palavras, dos recursos de 
linguagem verbal e não verbal empregado
s em sua construção e do enfoque dado 
às informações relacionadas aos fatos no
ticiados.
Ao l ongo de sua vida, você provavelmente
 já entrou em contato com gêneros textua
is publi-
cados em jornais, revistas e sites e com al
guns formatos de telejornais, programas 
informativos 
de rádio e podcasts que, além de informar 
sobre os fatos e acontecimentos do mund
o, permitem 
a seus produtores a emissão de opiniões s
obre os assuntos abordados.
 1. Quais textos opinativos em circulação 
na mídia você mais consome? 
 2. Você tende a concordar com as opiniõe
s e com os argumentos apresentados nele
s? Por quê?
 3. Qual a importância de entrar em conta
to com diferentes argumentos e pontos de
 vista sobre 
o mesmo assunto?
1. Resposta 
pessoal. É 
possível que os 
estudantes citem: 
comentários 
esportivos ou 
de especialistas 
em programas 
de TV ou rádio, 
artigos de 
opinião, colunas 
ou blogues sobre 
os mais diversos 
assuntos (games, 
moda, culinária, 
cinema, política 
etc.), podcasts
ou mesmo lives. 
Seria interessante 
salientar aos 
estudantes que, 
quando são 
citados blogues 
e podcasts, por 
exemplo, está 
se falando de 
plataforma e 
mídia, em que 
todos os tipos de 
gêneros cabem.
2. Resposta 
pessoal. 
Professor, 
destacar que 
é recorrente 
acreditar nos 
argumentos 
apresentados em 
textos de opinião, 
considerando 
a suposta 
autoridade do 
enunciador.
Resposta pessoal. 
Professor, ressaltar como é importante t
er acesso a diversos argumentos, dados 
e pontos de vista para que se possa veri
fi car 
quanto as opiniões são válidas e de que
 forma é possível sustentá-las.
Ler o mundo
Você vai ler, a seguir, dois artigos de opini
ão publicados na seção Tendências/
Debates do jornal Folha de S.Paulo, que a
presenta semanalmente uma questão 
polêmica a ser respondida por dois articulis
tas, resultando em um posicionamento 
favorável e um desfavorável. 
Nessa seção, os temas polêmicos abord
ados referem-se ao contexto mais 
imediato da sociedade – no Brasil e no mu
ndo – e os articulistas convidados são 
especialistas em áreas relacionadas aos 
temas ou pessoas envolvidas de perto 
com a discussão. Esse tipo de seção abre 
espaço para opiniões diversas e amplia 
a quantidade de posicionamentos para al
ém daqueles veiculados pelo jornal em 
seus editoriais.
Estratégias didáticas nas Orientações p
ara o professor.
Estratégias didáticas nas Orientações p
ara o professor.
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CONHEÇA
O LIVRO
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Pontuação expressiva
O texto a seguir é do poeta e palhaço Jefferson Vasques, que produz poemas de conscientização social. Leia-o observando os sinais de pontuação destacados.Recado para colar no espelho
Você não é especial,
amigo.
Te digo isso
com o carinho
– e com a corriqueira
indiferença –
de quem diz
“saúde!”
a um espirro.
Você não é especial.
Melhor que te diga isso
esta voz tranquila
dum poema
que nutre
tua solidão
clandestina
(em que
– oh, tão único! –
só você
se imagina.)
[...]
Você não é especial.
Aceite.
E o que te faria?
Mais conhecimento?
Mais beleza?
Coragem?
Consciência?
Mais dinheiro? Paz?
Tua tristeza?
Teu jeito excêntrico de fazer algo comum?Teu desespero diante da morte e do sem sentido?Tua revolucionária utopia?Poesia?
explorar
#para
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Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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21/09/20 22:3821/09/20 22:38
MAPA MENTAL SOBRE PROFISSÕESFoi um longo caminho. Por mais de dez anos a Educação Básica fez parte de sua vida e foi responsável por grande parte de sua formação enquanto sujeito e cidadão. Ao longo dessa jornada, provavelmente você viveu muitas alegrias e adversidades e se transformou por meio de suas experiências. Nesse percurso, você cultivou desejos, planos e sonhos. Agora, após esse período de aprendizado e experiências, um novo mundo se esboça, apresentando várias possibilidades. Uma delas é a continuidade dos estudos na Educação Superior e a inserção no mercado de trabalho. 
Uma das angústias mais comuns dos estudantes em vias de conclusão do Ensino Médio provém da dificuldade na escolha da carreira a seguir. Para minimizar essa angústia, é possível lançar mão de algumas estratégias e criar condições para uma escolha mais racional, aliada aos seus desejos e sonhos. 
» O que fazer
Você vai criar um mapa mental de profissões a ser compartilhado com todas as turmas concluintes do Ensino Médio. Antes, no entanto, leia e explore este exemplo de mapa mental sobre o Sisu, como é conhecido o Sistema de Seleção Unificada, programa do Governo Federal para selecionar estudantes para vagas em instituições públicas de ensino superior.
» Mapa mental 
sobre o Sisu 
produzido 
pelo perfil 
@med_rabiscos, 
no Instagram, em 
janeiro de 2020.
RE
PR
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ÃO
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Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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PARA 
FAZER 
JUNTO
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 #paraexplorar 
Em #paraexplorar, você 
é convidado a aprofundar o 
assunto em discussão por 
meio de novos textos ou de 
práticas de pesquisa.
 #nósnaprática 
Nesta seção, você vai 
praticar os conhecimentos 
que adquiriu ao produzir 
textos escritos, orais e 
multimodais.
 Ler 
A seção Ler sempre vai trazer um texto 
de uma área do conhecimento diferente para 
auxiliar você a desenvolver habilidades de 
leitura em Matemática e suas Tecnologias, 
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
 Para fazer junto 
Ao final das Unidades 
pares, em Para fazer 
junto, você e seus colegas 
vão construir trabalhos 
colaborativos que envolvem 
a produção de gêneros 
multimidiáticos e práticas de 
pesquisa.
 Pensar a língua 
A seção Pensar a língua aborda 
a análise linguística e os estudos 
gramaticais considerando a estrutura e 
alguns usos da língua e seus diferentes 
efeitos de sentido nos textos, além 
de retomar e aprofundar conteúdos 
importantes do Ensino Fundamental – 
Anos Finais. Na subseção Atividades, 
você poderá refletir um pouco mais sobre 
os conceitos estudados e seus usos.
Ao longo do volume, estes boxes vão 
ajudar você a ampliar seu conhecimento: 
#sobre apresenta os autores e artistas dos 
textos e obras analisados; 
#ficaadica dá indicações de filmes, livros 
e sites, entre outras formas de adquirir 
conhecimento; #saibamais acrescenta 
informações importantes relacionadas 
ao assunto em estudo; conceito e 
#paralembrar trazem conteúdos novos 
e também aqueles já vistos no Ensino 
Fundamental – Anos Finais.
Concordância nom
inal e verbal, regên
cia 
nominal e verbal e 
colocação pronomi
nal
Releia, a seguir, alguns t
rechos da peça de teatr
o O túnel, de Dias Gome
s, que 
você analisou no início d
esta Unidade.
Homem da Mercedes
 — Faz uma hora e 
meia que estamos aqui
.
Homem do Fusca — 
Pensei que fi zesse
mais de duas horas.
[...] Tanto o Homem
 do Fusca como o 
Homem da Mercedes
 vestem calças pretas
, 
camisas brancas e gra
vatas pretas. Sapatos 
também pretos.
Homem da Mercedes 
— Há momentos em 
que é mais inteligente 
cruzar os braços.
Homem do Fusca — (
Não escutou a obser-
vação, trepado que está
 no para-choque de uma
 
Kombi para observar m
elhor.) Ah an?
[...]
Homem do Fusca — 
Está cada vez pior. 
Tem carros virados em
 todas as direções. Uma
 
confusão dos diabos.
[...]
Um Homem sai de dent
ro da Kombi, enxuga 
o suor da testa com um 
lenço e vai sentar-se no
 
para-choque do carro. Tr
aja-se como os outros. É 
mais velho que o do Fusc
a e mais jovem que o da
 
Mercedes. Parece perple
xo.
Homem da Mercedes 
— O mal é esse, nin-
guém quer esperar...
Homem do Fusca — 
Claro. Todo mundo 
vai a algum lugar. Todo
 mundo quer chegar.
Homem da Kombi —
 (Balança a cabeça, 
incrédulo.) Incrível...
Homem da Mercedes
 — Minha mulher 
me espera para jantar,
 e hoje é um dia impor-
tante, nosso aniversár
io de casamento, onze
 
anos. [...]
[...]
Homem da Mercedes 
— Aonde você vai?
Loura — Vou à manic
ure do Fusca verde. 
[...]
2 As formas verbais em
 
bordô sublinhadas 
apresentam sujeito 
oculto.
a) Quem é o sujeito 
em cada caso?
b) Que morfemas 
das formas verbais 
permitem essa 
identificação?
3 Explique o sentido 
dos verbos fazer e ter
no contexto em que 
estão destacados.
1 Algumas palavras
destacadas no texto 
qualificam termos 
das orações.
a) Transcreva, no 
caderno, esses 
termos, identifique 
a palavra a que se 
referem e classifique 
a função sintática que 
exercem.
b) Essas palavras 
estão flexionadas 
em número e/ou em 
gênero. Por quê?
4 O trecho destacado 
em verde apresenta 
um sujeito composto.
a) Como esse sujeito 
aparece marcado na 
forma verbal?
b) Na encenação da 
peça, a quem se dirige 
essa forma verbal?
5 Observe as palavras 
em rosa. Qual é a 
classe gramatical 
dessas palavras? 
O que elas têm em 
comum? Explique por 
que o autor emprega 
aonde, e não onde.
6 Compare as palavras 
em laranja.
a) Classifique-as 
quanto à morfologia e 
à função sintática.
b) No trecho da peça, 
o que parece deter-
minar que esses 
termos venham 
antes ou depois da 
forma verbal a que se 
relacionam?
1. a) No 1
o trecho: pretas qualifi c
a calças; brancas, cam
isas; pretas, gravatas
; pretos, sapatos; exe
rcem a função de adjun
tos adnominais. No 2
o
trecho: velho, jovem e
 perplexo qualifi cam U
m homem; têm função
 de predicativo do suje
ito dos verbos de ligaç
ão ser e parecer.
1. b) O número e gêne
ro de cada palavra qua
lifi cadora correspondem
 ao 
número e gênero do no
me qualifi cado por ela
; “jovem” só concorda
 em 
número, porque é uma
 palavra invariável qua
nto ao gênero.
2. a)“Escutou”: Home
m do Fusca; 
“balança”: Homem da
 Kombi.
2. b) As desinências de
 número 
e de pessoa.
3. O verbo fazer exprim
e 
passagem de tempo, e
 ter
equivale a existir.
Respostas e comentári
os nas
Orientações para o p
rofessor.
Respostas e comentári
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Orientações para o p
rofessor.
Respostas e comentári
os nas
Orientações para o p
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Unidade 5 • O mundo 
como palco
Pensar a língua
Estratégias didáticas n
as Orientações para o
 professor.
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 #nósnaprática 
Fanfic
Da mesma forma como a vida pode ser condensada em narrativas curtas, como os contos e em postagens de redes sociais, também é possível condensar o conhe-cimento sobre uma obra artística em novas produções que a respeitam e dialogam com ela. O fim de um filme, de uma série, de um jogo ou de um livro pode gerar ao mesmo tempo satisfação e frustração no público, que, ao conhecer a conclusão da narrativa, percebe que ela se encerra definitivamente. Esse fim, no entanto, pode ser adiado com a ampliação do universo ficcional dessas narrativas por meio de novos enredos que, embora não pertençam ao mesmo universo de forma oficial, com ele dialogam de várias maneiras. Essa é a proposta das fanfics.
» O que você vai fazer
Nesta seção, você vai produzir sua fanfic, tendo o conto como gênero de basepara o planejamento estrutural de seu texto. Para saber mais sobre esse fenômeno entre jovens e adultos, leia o boxe a seguir.
Fanfics são narrativas ficcionais criadas por fãs com base em uma obra de referência e 
que ampliam seu universo ficcional com novas histórias. As fanfics (abreviação de fan fiction, 
ou “ficção de fã” em português) surgiram na década de 1960, baseadas em narrativas extra-
oficiais ambientadas no universo da série televisiva estadunidense Jornada nas Estrelas (Star 
Trek). Com a internet e as plataformas de compartilhamento de texto, essa possibilidade se 
ampliou muito. Há páginas de fanfics na internet que reúnem fã de séries de TV, cinema, 
bandas e outros elementos da cultura pop para compor narrativas detalhadas de um universo 
familiar e único ao mesmo tempo. 
» Na foto, o ator 
Leonard Nimoy 
(1931-2015) 
interpretando Sr. 
Spock, personagem 
icônico da série de 
televisão Jornada 
nas Estrelas, 
que inspirou as 
primeiras fanfics.
Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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#nósnaprática
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Ler
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
A literatura como fonte 
de estudo da História
Se os diferentes gêneros literários permitem pensar o mundo, é porque trazem, 
no modo próprio de elaboração da ficção, do figurado, representações sobre ele 
– o que inclui acontecimentos, linhas de pensamento, valores, comportamentos, 
hábitos, modos de ser e de sentir, as tensões sociais. Por isso mesmo, a literatura 
é tomada por alguns historiadores como fonte documental. Até que ponto isso é 
possível? 
Você vai ler um trecho de um artigo acadêmico que discute essa possibilidade e 
supor que irá trabalhar o texto com um grupo de estudantes de um ano do Ensino 
Médio diferente do seu. Você será o gestor do trabalho e precisa pensar em um 
roteiro de questões que permita aos estudantes compreender o texto e refletir 
sobre ele. As questões aqui propostas têm o objetivo de ajudar você a pensar esse 
roteiro. Leia o texto com atenção.
O uso de Literatura como fonte histórica 
e a relação entre Literatura e História
A autora Lemarie [...] defende que, no domínio da História, o estudo dos laços entre 
História e Literatura se fez possível graças a dois tipos de questionamentos epistemo-
lógicos, sendo um deles o que estabelece uma diferenciação entre o passado concreto 
e a narrativa construída pelo historiador a partir dele sob a forma de uma versão plau-
sível (sendo esta distinção que aproxima o historiador do escritor de fi cção literária) 
e o outro, o que se baseia na convicção de que o passado que chega até nós através 
dos documentos são fragmentos, representações de fatos que ocorreram no passado – 
sendo, portanto, uma forma imaginária dos dados do passado, que são irrecuperáveis 
da forma como ocorreram (cf. LEMARIE apud SANTOS, 2007, pp. 5-6). Neste sentido, 
de acordo com a autora, podemos apontar que 
tanto a narração literária quanto a historiográfi ca pressupõem um pro-
cesso e estratégias de organização da realidade, uma procura de uma 
coerência imaginada baseada na descoberta de laços e nexos, de relações 
e conexões entre os dados fornecidos pelo passado. [...] (LEMARIE apud 
SANTOS, 2007, pp. 6).
[...]
Um dos grandes pesquisadores nesta área no Brasil, Nicolau Sevcenko (2003), em 
seu trabalho sobre Literatura moderna brasileira (com foco nas obras de Euclides da 
Cunha e Lima Barreto), defende que a Literatura “[...] constitui possivelmente a porção 
mais dúctil, o limite mais extremo do discurso, o espaço onde ele se expõe por inteiro, 
visando reproduzir-se, mas expondo-se igualmente à infi ltração corrosiva da dúvida e 
da perplexidade” (SEVCENKO, 2003, p. 28), e é por isto que ela aparece como um ângulo 
Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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para a avaliação das tensões existentes em determinadas estruturas sociais, de 
modo que hoje é possível afi rmar a “[...] interdependência estreita existente 
entre os estudos literários e as ciências sociais” (SEVCENKO, 2003, p. 28).
O estudo da literatura dentro de uma perspectiva historiográfi ca, por sua 
vez, adquire signifi cados bastante peculiares. Sevcenko defende que enquanto 
a Historiografi a procura o ser das estruturas sociais, a literatura fornece uma 
“expectativa do seu vir-a-ser” (SEVCENKO, 2003, p. 59), de modo que o histo-
riador se ocupa da realidade enquanto o escritor é atraído pela possibilidade, 
um ponto que deve ser cuidadosamente considerado pelo historiador que pre-
tende utilizar material literário em suas pesquisas (cf. SEVCENKO, 2003, p. 30). 
Sobre tal ponto de vista, o autor cita Aristóteles que, em sua Poética, afi rma 
que “com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou 
prosa [...] – diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as 
que poderiam suceder” (ARISTÓTELES apud SEVCENKO, 2003, p. 29), e que 
mesmo que as obras de Heródoto fossem colocadas em verso, elas não deixa-
riam de ser de história. 
Cabe salientar, novamente, as diferenças existentes entre História e 
Literatura. É fato que a literatura é muitas vezes fi ccional, e não retrata per-
sonagens que de fato existiram. Sevcenko afi rma que não há dúvidas de que a 
literatura é antes de mais nada um produto artístico, cuja função é comover e 
agradar o leitor – porém, da mesma forma que não há uma árvore sem raízes e 
não se pode imaginar a qualidade de seus frutos sem levar em conta as condi-
ções de seu solo, do clima e das condições ambientais, a literatura é produto de 
seu tempo e é refl exo das condições socioculturais do meio em que os autores 
se inserem (cf. SEVCENKO, 2003, p. 29). [...]
MARTINS, G. M. C. O uso de Literatura como fonte histórica e a relação entre Literatura e História. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA, 7. Resumos [...]. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2015. 
Disponível em: http://www.cih.uem.br/anais/2015/trabalhos/1318.pdf. 
Acesso em: 11 ago. 2020.
epistemológico: 
relativo à teoria do 
conhecimento.
dúctil: elástico, 
flexível, moldável.
#saibamais
O que são fontes históricas
Para desenvolver seu ofício, o historiador faz um trabalho minucioso e criterioso 
de pesquisa em busca de vestígios do passado que possam ajudá-lo a decifrar e 
entender a História, o que a humanidade produziu no tempo e no espaço. Essa 
herança dos antepassados e seus vestígios são as chamadas fontes históricas e 
dizem respeito a tudo o que permite reconstituir os acontecimentos e as formas de 
vida do passado. As fontes históricas podem ser materiais – monumentos, utensílios, 
vestígios arqueológicos, documentos de diversas espécies etc. – e imateriais – 
vestígios que são detectáveis por meio de tradições, costumes, lendas, ritos e fol-
clore das diferentes sociedades. Há também uma referência a fontes diretas e 
indiretas – estas incluem as criações literárias e artísticas, não especificamente 
ligadas ao documento histórico.
Unidade 4 • Contar e pensar o mundo 205
D2-LP-EM-3088-V1-U4-154-209-LA-G21-AV2.indd 205D2-LP-EM-3088-V1-U4-154-209-LA-G21-AV2.indd 205
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Sumário
1
Unidade
O leitor
Todo leitor é autor, todo autor é leitor | 12
 Leitura “Crônica pra ninguém”, Antonio Prata (Folha 
de S.Paulo) | 12
Pensar e compartilhar | 14
#paraexplorar • O papel do leitor | 21
O leitor que consome informação | 24
 Leitura Capas das revistas Placar, Você S/A,
Época, IstoÉ | 25
Pensar e compartilhar | 26
As fontes de pesquisa | 31
 Leitura 1 “Cientistas da NASA encontram evidências 
de universo paralelo em que o tempo corre para trás” 
(Rolling Stone Brasil) | 31
 Leitura 2 “Averdade por trás do ‘universo
paralelo’ que a Nasa teria descoberto”,
Giuliana Viggiano (Galileu) | 32
Pensar e compartilhar | 34
O gosto em discussão | 38
 Leitura “Livros para a ilha deserta”, Ruy Castro 
(Folha de S.Paulo) | 39
Pensar e compartilhar | 40
Pensar a língua • Sintagma nominal, sujeito e outros 
termos da oração | 41
Atividades | 50
#nósnaprática • Resumo | 52
2
Unidade
A opinião
A ficção defende ideias | 58
 Leitura “Capítulo um - O homem que era só metade”
(O filho de mil homens), Valter Hugo Mãe | 58
Pensar e compartilhar | 61
#paraexplorar • A dimensão argumentativa no poema | 64
Para sustentar a opinião | 66
 Leitura 1 “Responsabilizar as redes sociais é uma 
forma de evitar a disseminação de fake news? SIM”, 
Alessandro Vieira (Folha de S.Paulo) | 67
 Leitura 2 “Responsabilizar as redes sociais é uma 
forma de evitar a disseminação de fake news? NÃO”, 
Eugênio Bucci (Folha de S.Paulo) | 68
Pensar e compartilhar | 70
Pensar a língua • Sintagma verbal, predicado e vozes 
do verbo | 74
Atividades | 81
A opinião e a construção do 
conhecimento | 84
 Leitura “Retratos da Leitura no Brasil 4”,
Zoara Failla (org.) | 85
Pensar e compartilhar | 87
Argumentar e resolver problemas | 92
 Leitura “O jovem e o medo de sobrar”,
Canal Futura | 92
Pensar e compartilhar | 94
#nósnaprática • Assembleia deliberativa | 98
Ler Ciências da Natureza e suas Tecnologias | 101
Pensar e compartilhar | 103
» Para fazer junto • COOPERATIVA CULTURAL | 104
3
Unidade
As formas do poético
O verso, o controverso: o que pode a 
poesia | 108
 Leitura “Análise de conjuntura”, Jefferson Vasques; 
"No meio do caminho", Carlos Drummond de Andrade; 
"Nel mezzo del camin...", Olavo Bilac; "A divina 
comédia", Dante Alighieri | 108
Pensar e compartilhar | 110
As imagens também falam | 117
 Leitura Peças da campanha Nós somos o 
trânsito | 117
Pensar e compartilhar | 119
A poética do eu | 126
 Leitura “Conheça Duda Beat: artista que sobreviveu 
à sofrência e ganhou o Brasil”, Jaiane Souza 
(Culturadoria) | 126
Pensar e compartilhar | 128
#nósnaprática • Videocurrículo | 130
Pensar a língua • Período composto
por coordenação | 131
Atividades | 135
#nósnaprática • Campanha de conscientização | 139
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Ciência, poesia e vida | 141
 Leitura “Onde estão nossos corpos?”, Danilo Patzdorf 
(Sesc São Paulo) | 142
Pensar e compartilhar | 144
#paraexplorar • Pontuação expressiva | 150
4
Unidade
Contar e pensar o 
mundo
Reinvenções do herói e a descoberta de si | 156
 Leitura “Quarenta dias”, Maria Valéria Rezende | 157
Pensar e compartilhar | 160
#paraexplorar • Travessia | 164
Recursos para atrair leitores | 165
 Leitura “Nove hábitos que os centenários têm em 
comum”, Robson Yokota (Átomo) | 165
Pensar e compartilhar | 170
As pesquisas constroem conhecimento | 174
 Leitura “Dietas ricas em proteína favorecem 
envelhecimento e aparecimento de doenças”, Verônica 
Soares (Minas Faz Ciência) | 175
Pensar e compartilhar | 178
Os contratos da vida cidadã | 181
 Leitura 1 “Estatuto da Criança e do Adolescente” | 181
Leitura 2 “Estatuto do Idoso” | 183
Pensar e compartilhar | 184
Pensar a língua • Período composto por 
subordinação | 189
Atividades | 197
#nósnaprática • Pôster de apresentação de 
pesquisa | 200
Ler Ciências Humanas e Sociais Aplicadas | 204
Pensar e compartilhar | 206
» Para fazer junto • DOCUMENTÁRIO | 207
5
Unidade
O mundo como palco
A vida encenada | 212
 Leitura “O túnel”, Dias Gomes | 212
Pensar e compartilhar | 216
#paraexplorar • O roteiro como guia para a produção 
artística | 221
Considerações sobre o espetáculo | 224
 Leitura 1 “'O Túnel', texto de Dias Gomes, é encenado 
pela primeira vez”, Pedro Koblitz (O Globo) | 225
 Leitura 2 “O Túnel, de Dias Gomes, no palco do Sania 
Cosmelli” (A Voz da Serra) | 226
Pensar e compartilhar | 226
Pensar a língua • Concordância nominal e verbal, 
regência nominal e verbal e colocação pronominal | 231
Atividades | 241
Fontes de pesquisa | 243
 Leitura “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada” 
(Wikipedia) | 244
Pensar e compartilhar | 246
Projetar a voz | 250
 Leitura “Manifesto do Coletivo Oriente-se
no Brasil pela igualdade étnica”
(Coletivo Oriente-se) | 250
Pensar e compartilhar | 252
#nósnaprática • Roteiro para a criação de esquete | 256
6
Unidade
A vida concentrada
Mistérios e ficção | 260
 Leitura “Natal na barca”, Lygia Fagundes Telles 
(Antes do baile) | 260
Pensar e compartilhar | 263
#paraexplorar • Construção de mistérios e sentidos | 266
Um mundo em 280 caracteres | 268
 Leitura Um passarinho me contou: relatos de uma 
viciada em Twitter, Rosana Hermann | 269
Pensar e compartilhar | 270
A ciência em minutos | 275
Leitura “A física nos video games”, Canal 
Nerdologia | 276
Pensar e compartilhar | 277
A vida em exposição | 282
 Leitura “Jovem de Penedo faz sucesso com
vídeos divertidos nas redes sociais”,
Carolina Sanches (G1) | 283
Pensar e compartilhar | 284
Pensar a língua • Ortografia, acentuação, estrutura das 
palavras e formação de palavras | 288
Atividades | 300
#paraexplorar • Variações linguísticas | 302
#nósnaprática • Fanfic | 308
Ler Matemática e suas Tecnologias | 311
Pensar e compartilhar | 313
» Para fazer junto • MAPA MENTAL SOBRE 
PROFISSÕES | 314
Competências e habilidades
da BNCC citadas neste volume | 316
Referências bibliográficas 
comentadas | 320
D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 7D2-LP-EM-3088-V1-INI-001-009-LA-G21-AV2.indd 7 22/09/20 21:0222/09/20 21:02
Neste volume de Língua Portuguesa, 
você vai poder refletir e participar de diversas 
práticas sociais que envolvem a linguagem, 
principalmente práticas de linguagens contem-
porâneas. Até o Ensino Fundamental – Anos 
Finais, você pôde conhecer diferentes gêneros 
textuais e consolidar habilidades essenciais do 
uso da língua. Agora, chegou a hora de você 
aprofundar esses conhecimentos e garantir 
maior autonomia em seus estudos. Para isso, 
você lerá os objetivos principais que serão 
desenvolvidos em cada Unidade que compõe 
este livro.
AS FORMAS DO POÉTICO
 Ler diferentes gêneros, 
como poema, campanha de 
propaganda, reportagem e 
artigo científico, para analisar o 
modo como a expressão poética 
pode ser formulada nesses 
gêneros, seja na experiência 
formal, seja no modo como quer 
afetar o leitor, seja na exploração 
da subjetividade.
 Aprofundar os conhecimentos sobre 
período composto por coordenação e 
analisá-los em diferentes contextos de uso.
 Produzir um videocurrículo para apresentação pessoal 
em processo de seleção para uma vaga de trabalho.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
uma campanha de conscientização para desenvolver 
habilidades do campo jornalístico-midiático.
Aprofundar os conhecimentos sobre 
período composto por coordenação e 
analisá-los em diferentes contextos de uso.
Produzir um videocurrículo para apresentação pessoal 
O LEITOR
 Entender como o leitor participa do jogo discursivo a 
partir da leitura e da análise de diferentes gêneros: 
da crônica, para refletir sobre como o leitor previsto 
molda o texto; de um conto, para observar o leitor 
como participante ativo da construção narrativa; 
de capas de revista, para analisar as pistas sobre 
o leitor-alvo de cada uma e a relação entre o leitor 
e um possível projeto editorial; de um editorial 
assinado e o gosto compartilhado com o leitor; e 
da participação do leitor na escolha das fontes de 
pesquisa.
 Aprofundar os conhecimentos sobre sintagma 
nominal, sujeito, tipos de sujeito e outros termos 
da oração, analisando esses conhecimentos em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
um resumo para desenvolver suas habilidades em 
relação ao campo das práticas de estudo e pesquisa.
Objetivos
Unidade 1
Unidade 3
A OPINIÃO
 Compreender que todo texto defende pontos de vista 
e apresenta uma camadaargumentativa, a partir da 
leitura e da análise de trecho de romance, artigo de 
opinião, artigo científico e debate para refletir sobre 
como essa argumentação pode ser construída em cada 
um desses gêneros.
 Aprofundar os conhecimentos sobre sintagma 
verbal, predicado e vozes do verbo e analisar esses 
conhecimentos em diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir e avaliar uma assembleia deliberativa 
para ampliar e desenvolver habilidades do campo de 
atuação na vida pública.
Unidade 2
8
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O MUNDO COMO PALCO
 Analisar o universo da 
representação e da afirmação 
pública de posicionamentos, aqui 
expressos na metáfora do palco, 
por meio da leitura e análise de 
texto dramático, resenha cultural 
de peça teatral, verbete on-line e 
manifesto.
 Aprofundar os conhecimentos 
sobre concordância nominal e 
verbal, regência nominal e verbal, e 
colocação pronominal, com o objetivo 
de analisar esses conhecimentos em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e 
avaliar um roteiro teatral para um esquete.
Alcançar todos esses obje-
tivos ao final dos estudos com 
o livro de Língua Portuguesa 
tem como meta não apenas 
ampliar seu repertório cultural, 
mas também ajudá-lo em seu 
desenvolvimento como cidadão 
crítico, consumidor e produtor 
de informações, inserido em 
uma sociedade. 
Essencial para a expressão 
do pensamento, da emoção, de 
tudo o que nos faz humanos, 
o domínio das competências 
da área de Linguagens e suas 
Tecnologias garante acesso à 
vida cidadã, à afirmação de si e 
à construção de um lugar social 
– também discursivo – que 
permite ao jovem ser protago-
nista de si, construir seu projeto 
de vida e usufruir do mundo 
prático e sensível a que tem 
direito. 
O volume de Língua Por-
tu guesa se organiza a partir de 
temas conceituais. Esses temas 
consideram aspectos do jogo 
discursivo, fundamentais para 
o desenvolvimento de compe-
tências e habilidades centrais na 
formação do cidadão crítico, pre-
parado para o mundo do trabalho 
e a continuidade dos estudos; na 
formação de sujeitos capazes de 
reconhecer e manifestar “senti-
mentos, interesses, capacidades 
intelectuais e expressivas”; de 
ampliar e aprofundar “vínculos 
sociais e afetivos”; e de refletir 
“sobre a vida e o trabalho que 
gostariam de ter", conforme a 
BNCC.
Dessa forma, é necessário 
reconhecer a veracidade das 
informações, a adequação dos 
discursos aos diferentes con-
textos, a validade e o poder 
dos argumentos, a importância 
das pesquisas e da ciência em 
diferentes gêneros, o respeito 
e a ética ao posicionar-se em 
debates, sem propagar discur-
sos de ódio. Além disso, neste 
livro, a literatura lhe convidará 
a conhecer novas possibilida-
des e a organização da língua, 
ampliando sua capacidade de 
ver e sentir o mundo.
colocação pronominal, com o objetivo 
de analisar esses conhecimentos em 
Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e 
avaliar um roteiro teatral para um esquete.
Tecnologias garante acesso à 
vida cidadã, à afirmação de si e 
à construção de um lugar social 
– também discursivo – que 
permite ao jovem ser protago-
nista de si, construir seu projeto 
de vida e usufruir do mundo 
prático e sensível a que tem 
direito. 
tu guesa se organiza a partir de 
temas conceituais. Esses temas 
consideram aspectos do jogo 
discursivo, fundamentais para 
o desenvolvimento de compe-
tências e habilidades centrais na 
formação do cidadão crítico, pre-
parado para o mundo do trabalho 
e a continuidade dos estudos; na 
formação de sujeitos capazes de 
reconhecer e manifestar “senti-
mentos, interesses, capacidades 
A VIDA CONCENTRADA
 Explorar formas de expressão 
concentradas que adensam 
sentidos do texto, por meio da 
leitura e análise de gêneros como 
conto, vídeo de divulgação científica 
e os recursos que facilitam a 
apreensão e a leitura desses 
gêneros textuais.
 Conhecer e refletir sobre as práticas 
de produção e compartilhamento de 
conteúdos na internet.
 Aprofundar os conhecimentos sobre 
ortografia, acentuação, estrutura e 
formação de palavras, e analisá-los 
em diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, 
reescrever e avaliar uma fanfic. 
Justifi cativas
Unidade 5
Unidade 6
CONTAR E PENSAR O MUNDO
 Explorar modos de representação da realidade por 
meio da leitura e análise de trecho de romance, 
reportagem, artigo de divulgação científica, legislação 
e letra de canção, a fim de identificar as propostas de 
reflexão que esses gêneros textuais podem conter.
 Aprofundar os conhecimentos sobre período 
composto por subordinação e analisá-los em 
diferentes contextos de uso.
 Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
pôster de apresentação de pesquisa para ampliar 
o desenvolvimento das habilidades do campo das 
práticas de estudo e pesquisa.
Unidade 4
9
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1
Todo livro só passa a existir quando encontra um 
leitor. Sem isso, ele é apenas árvore transformada em 
papel impresso a caminho da decomposição. Por isso, o 
livro, repleto de intencionalidades, segue em busca de um 
leitor para fazer rir, provocar medo ou indignação, fazer 
pensar, confrontar, polemizar, informar, entre tantas outras 
possibilidades.
Assim como na pintura do artista espanhol Pablo 
Picasso, representada na página ao lado, em que a fi gura 
feminina se apresenta absorta em sua leitura, o encontro 
entre um leitor e um livro pressupõe a entrega verdadeira 
de um ao outro, da qual nem o primeiro nem o segundo 
saem o mesmo. O livro, porque vai ganhar uma leitura atra-
vessada pelos olhos de um leitor e suas experiências, seus 
valores, seu repertório, sua memória, suas outras leituras e 
possibilidades de entendimento; por sua capacidade de ver, 
talvez, aquilo que sequer o autor viu. Ao ganhar uma nova 
leitura, o livro se renova e atualiza sentidos.
O leitor também se modifi ca durante e após a leitura, 
porque teve de ir ao encontro de outras vidas, outras per-
sonagens, outros modos de ver e entender o mundo; novas 
maneiras, talvez, de ser feliz, organizar a vida, relacionar-se 
com os outros, lidar com as próprias difi culdades. Assim, a 
literatura, oral ou escrita, também ensina a viver.
A entrega e a conexão entre arte, palavras e sentimen-
tos são essenciais para que a escrita possa alcançar o leitor 
– contanto que disposto a adentrar em novos universos e 
explorar novos conhecimentos sobre o mundo real, a fi cção 
e sobre si mesmo.
Com suas diversas possibilidades e encaminhamen-
tos, a leitura aprofunda experiências, transforma o leitor 
e ressignifi ca seu modo de ver a realidade. Dessa forma, é 
possível dizer que a leitura implica um deslocamento que 
recria em quem lê seus próprios sentidos e, talvez, uma 
nova identidade. 
O leitor
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, é enfatizado que, no Ensino Médio, a área 
de Linguagens e suas Tecnologias desenvolva nos estudantes o aprofundamento das "análises 
das formas contemporâneas de publicidade em contexto digital, a dinâmica dos in� uenciadores 
digitais e as estratégias de engajamento utilizadas pelas empresas" (BRASIL, 2018, p. 503). Dessa 
forma, todos os usos relacionados à publicidade, propaganda e formas de engajamento em redes 
sociais apresentadas nesta coleção são para � ns didáticos e seus usos em contexto social.
O texto integral das 
competências gerais, 
específi cas e das habilidades 
citadas encontra-se no fi nal 
deste livro do estudante.Competências gerais da BNCC
1, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
Competências específi cas
1, 2, 3, 6 e 7
Habilidades de 
Língua Portuguesa
EM13LP01
EM13LP02
EM13LP03
EM13LP04
EM13LP05
EM13LP06
EM13LP07
EM13LP08
EM13LP12
EM13LP14
EM13LP15
EM13LP20
EM13LP21
EM13LP28
EM13LP29
EM13LP30
EM13LP31
EM13LP32
EM13LP36
EM13LP37
EM13LP38
EM13LP42
EM13LP45
EM13LP46
EM13LP48
EM13LP49
EM13LP50
EM13LP51
EM13LP52
EM13LP53
10
D2-LP-EM-3088-V1-U1-010-055-LA-AV3.indd 10D2-LP-EM-3088-V1-U1-010-055-LA-AV3.indd 10 24/09/20 09:2524/09/20 09:25
» PICASSO, P. Mulher lendo. 1953. Óleo sobre tela, 65 cm x 91 cm. Museu Berggruen, Berlim.
© SUCCESSION PABLO PICASSO / AUTVIS, BRASIL, 2020
11Unidade 1 • O leitor
D2-LP-EM-3088-V1-U1-010-055-LA-AV2.indd 11D2-LP-EM-3088-V1-U1-010-055-LA-AV2.indd 11 21/09/20 15:4821/09/20 15:48
Todo leitor é autor, 
todo autor é leitor
A prática da leitura é muitas vezes associada a certa passividade. Nessa visão, 
o livro não passaria de um amontoado de letras que devem ser recebidas em um 
processo que ignora qualquer possibilidade de reflexão e imersão.
No entanto, sabe-se que, ao ler, é possível construir universos, expandir e reor-
ganizar experiências e ainda receber e trocar mensagens: ler é um processo ativo, 
criativo e, acima de tudo, de produção de novos textos.
Ler o mundo
Pense um pouco sobre seu repertório de leituras.
 1. Algum texto já lhe deu a impressão de que poderia ter sido escrito por você? Do que ele falava? 
Compartilhe sua experiência com os colegas. Respostas pessoais. 
 2. Você já leu algum texto que tenha feito diferença na sua vida e que tenha ocasionado alguma 
mudança no seu modo de sentir ou entender certas coisas? Compartilhe sua experiência. 
 3. Já aconteceu alguma coisa na sua vida que poderia ser registrada em uma crônica, um poema 
ou até mesmo um romance? O quê? 
Resposta pessoal.
Resposta pessoal. Os estudantes podem compartilhar as histórias ou apenas se referir a 
fatos como mudança de cidade, a perda ou o afastamento de um ente querido, o fi m de 
uma relação, um fato público etc.
Você vai ler, a seguir, uma crônica publicada no penúltimo dia de 2018, e que por isso 
foi escrita pelo autor como se não fosse ser lida por ninguém. Será possível escrever para 
ninguém? Reflita sobre essa ideia e sobre os vínculos entre leitores e autores.
Leitura
Crônica pra ninguém
Como fazer bom uso de palavras ao vento?
30.dez.2018 às 2h00
Hoje é dia 30 de dezembro, tá todo mundo na praia ou acendendo a churrasqueira: 
esta crônica, portanto, não será lida por viv’alma. Salvo as viv’almas do Adams e da Bia 
– ele assina as belíssimas ilustrações aí em cima e ela, entre outras funções mais nobres 
na Folha, sauva-me dod neus erros. (Opa, parece que hoje nem a Bia leu). 
Talvez a piadinha metalinguística tenha fi cado meio obscura, mas tudo bem: uma das vanta-
gens de escrever uma crônica para ninguém é que a gente pode tomar certas liberdades. Outra 
que me ocorre: um parágrafo inteiro de &s para encher linguiça e terminar logo esta minha ária
no chuveiro. Melhor, um parágrafo inteiro de “ohhhhh” para se assemelhar à ária no chuveiro. 
Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
Professor, comentar com os estudantes que, na versão impressa do jornal em que a crônica 
foi publicada, a ilustração entra antes do texto; na versão digital, fonte desta reprodução, a 
fi gura foi reposicionada para atender às necessidades da diagramação do site. Neste material 
didático, buscou-se apresentar a ilustração tal qual o endereço original, fazendo os devidos 
ajustes para que faça sentido na diagramação e no projeto gráfi co deste livro.
Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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O leitor (Adams, tô falando com você) pode achar que é triste escrever para nin-
guém. Prefiro encarar o desafio com otimismo. (Gostaria de poder falar o mesmo 
sobre 2019, mas o bom senso me impede). Pensando positivo: como fazer bom uso 
de palavras ao vento? Bem, por exemplo, fazendo revelações que não teria coragem 
caso houvesse mais gente ouvindo.
Detesto o sanduíche de mortadela do Mercadão. Acho “Terra em Transe” cha-
tíssimo. Nunca li Proust. Às vezes, em banheiros muito infectos, abro a maçaneta 
com o pé. Maria, fui eu quem roubou a barra de chocolate ao leite com avelãs Lindt 
que você ganhou no Natal de 1984. Desculpa pelo roubo e desculpa demorar 35 anos 
para confessá-lo; juro que teria te contado antes se tivesse certeza que você não 
iria ouvir. Hoje eu tenho. Roubei seu chocolate. Roubei seu chocolate. Roubei seu 
chocolate. (Mas também, burrada da nossa mãe dar uma barra de chocolate suíço 
de 500 gramas pra você e uma calculadora pra mim).
Outra ideia para preencher este espaço seria simplesmente plagiar algum 
escritor mais talentoso. Percebo aí, porém, um paradoxo: sairia ileso da fraude, 
mas não aproveitaria sua maior vantagem, a admiração pública de “meu” enorme 
talento. Valeria a pena?
Escrevo a crônica com a pena da galhofa e a tinta da melancolia; e não é difícil 
antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no texto 
umas aparências de pura crônica, ao passo que a gente frívola não achará nele a sua 
crônica usual; e ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que 
são as duas colunas máximas da opinião.
O parágrafo acima é 91,5% do Machado, 8,5% meu – 304 caracteres são dele, 26 
são meus, fiz as contas naquela calculadora de 1984. Viria a calhar plagiar inteiro 
este prólogo do “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, visto que o narrador fala 
de seus pouquíssimos leitores e eu também. Tenho apenas o Adams, talvez a Bia. 
Bia, taí? Ttaa ahí? Dá oubindo? Não, não tá. Boa praia, Bia. Ou bom churrasco.
É só nós mesmo, Adams. Eu e você, aqui, sozinhos neste topo de página, que 
agora vai pra frente e pra trás nas mãos do barrigudo abanando a brasa num 
quintal em Jacareí. Não deixa de ser uma nobre função para as letras e as artes 
plásticas, estimular as chamas que assarão as linguiças e chuletas que em breve 
farão a alegria de uma família.
Tsc. Eu devia ter escrito tudo “&&&...” 
mesmo, Adams. Mas você ainda tem tempo: 
manda só um quadrado branco, sem nada 
desenhado. Vai te poupar trabalho, ornar com 
o ano-novo e sujar menos as mãos do barri-
gudo em Jacareí. Feliz ano-novo, parceiro! 
Tamo junto em 2019!
PRATA, A. Crônica pra ninguém. Folha de S.Paulo, 30 dez. 
2018. © by Antonio Prata. Disponível em: https://www1.folha.
uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/12/cronica-pra-
ninguem.shtml. Acesso em: 24 jul. 2020.
ária: parte de uma 
ópera, cantata ou 
oratório, para a voz 
de um solista.
galhofa: deboche, 
escárnio, brincadeira.
conúbio: união, 
casamento.
ADAMS CARVALHO
13Unidade 1 • Unidade 1 • O leitorO leitor
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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/12/cronica-pra-ninguem.shtml
Não escreva no livroPensar e compartilhar
 1. Logo no início do texto, o cronista, de modo curioso, afirma não ter leitor 
e escrever "pra ninguém".
a) Por que ele supõe que sua crônica não será lida? 
b) Esse recurso pode ser entendido como uma estratégia do cronista. Qual 
seria sua intencionalidade com essa afirmação? 
 2. Todo ato de linguagem pressupõe um interlocutor. Antonio Prata, ao 
escrever a crônica, pressupõe leitores implícitos e explícitos, embora 
afirme que não haverá nenhum público para seu texto.
a) Para ele, quem são os leitores explícitos? Adams e Bia.
b) De acordo com Prata, Adams e Bia interferem na construção dos sen-
tidos dos textos produzidos pelo cronistapara o jornal. De que forma 
cada um faz isso? Eles podem ser considerados coautores por realizar 
essa intervenção? Explique. 
c) O cronista supõe, do leitor implícito, a posse de um repertório sobre 
os assuntos tratados no texto. Em grupo, faça uma pesquisa sobre os 
itens de repertório indicados a seguir e reflita sobre o que o autor sugere 
com cada referência. No caderno, copie e preencha o quadro com as 
informações coletadas. Depois, compare suas anotações com as dos 
outros grupos. Respostas e comentários nas Orientações para o professor. 
Item de repertório Do que se trata
O que o cronista 
pressupõe do leitor
Sanduíche de mortadela 
do Mercadão
Famoso sanduíche servido no 
Mercado Municipal de São 
Paulo (SP).
Pressupõe que o leitor 
conhece e gosta do sanduíche, 
e por isso fi caria surpreso com 
o fato de o autor não gostar.
Terra em transe
Filme marcante do Cinema 
Novo, um dos mais inovadores 
movimentos do cinema 
brasileiro, dirigido por Glauber 
Rocha, em 1967; cult entre 
cinéfi los.
Pressupõe que o leitor tem 
repertório abrangente sobre 
cinema e opinião sobre o fi lme 
que corresponde à valorização 
dada a ele pela crítica.
Proust
Marcel Proust (1871-1922), 
escritor francês conhecido 
principalmente por sua 
obra Em busca do tempo 
perdido.
Pressupõe que o leitor conhece 
o autor citado e espera que 
Prata já tenha lido a obra de 
Proust, um escritor considerado 
fundamental e sofi sticado.
Atrair a atenção do leitor, motivando-o a ler o texto.
Respostas e comentários nas Orientações para o professor.
 3. Todo texto estabelece um pacto com seu leitor e todo leitor estabelece 
um pacto com o texto. O cronista afirma que, supondo não ter leitores, 
“pode tomar certas liberdades”, como “encher linguiça”.
a) O que significa a expressão encher linguiça? Se necessário, faça uma 
pesquisa para responder a essa questão.
b) Na interação entre o autor e o leitor, é possível dizer que Prata está 
mesmo “enchendo linguiça”? Justifique. 
c) Ao “encher linguiça”, o autor escreve um parágrafo inteiro de “ohhhhh” 
para se assemelhar à interpretação de uma ária no chuveiro. Explique 
em que consiste a comparação que ele faz. 
3. a) A expressão encher linguiça
signifi ca “enrolar” ou “preencher 
determinado espaço com informações 
inúteis para o contexto”.
3. b) Não. Espera-se que os estudantes 
compreendam que o autor não 
escreveu qualquer coisa na crônica 
sem se preocupar com seu conteúdo, 
mas usou esse recurso como efeito 
humorístico para comentar sobre as 
práticas sociais do fi m do ano.
Professor, retomar a defi nição de ária presente no glossário. Espera-se que os estudantes compreendam 
a referência a uma cantoria feita "para ninguém" ou a nenhum público executada por uma única pessoa 
durante o banho.
3. c) Ele está comparando o “ohhhhh” 
a uma sequência frequente em 
interpretações de árias, quando o 
cantor ou a cantora prolonga o canto 
de uma nota musical.
Antonio 
Prata
O paulis-
tano Antonio 
Prata (1977-) 
é jornalista 
e roteirista. 
Para a TV, além de novelas 
e seriados, escreveu o 
episódio piloto de Os 
experientes, que venceu 
o prêmio da Associação 
Paulista de Críticos de Arte 
(APCA) de melhor série de 
televisão, em 2015, e foi 
fi nalista do Emmy Awards, 
em 2016. É cronista e 
colunista, com trabalhos 
publicados em revistas e 
jornais de grande circula-
ção. Publicou, entre outros 
livros, O inferno atrás da 
pia, Nu, de botas e Trinta 
e poucos.
#sobre
» Foto do 
escritor 
em 2016.
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1. a) Porque no dia 30 de 
dezembro, em geral, "tá todo 
mundo na praia ou acendendo 
a churrasqueira" e, por isso, o 
autor acredita que ninguém irá se 
importar em ler a crônica. 
Estratégias didáticas nas Orientações para o professor.
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convalescente: aquele que está 
se recuperando, melhorando.
recrudescimento: agravamento.
estropício: maldade, prejuízo.
destrambelhar: destruir.
 4. Agora, leia este trecho do livro Cem anos de solidão, de Gabriel García 
Márquez, e considere a relação com o leitor estabelecida no fragmento.
[...]
Choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias. Houve épocas 
de garoa em que todo mundo vestiu suas roupas de ver o bispo e armou 
uma cara de convalescente para celebrar a estiagem, mas logo se acos-
tumaram a interpretar as pausas como anúncios de recrudescimento. 
O céu desabava numas tempestades de estropício, e o norte mandava 
uns furacões que destrambelhavam tetos e derrubavam paredes, e 
desenterraram pela raiz os últimos pés das plantações. [...] A atmos-
fera era tão úmida que os peixes teriam podido entrar pelas portas e 
sair pelas janelas, navegando no ar dos aposentos. [...] Foi preciso esca-
var canais para desaguar a casa e livrá-la de sapos e caracóis, para que 
pudessem secar o chão, tirar os tijolos dos pés das camas e caminhar 
outra vez com sapatos. [...]
MÁRQUEZ, G. G. Cem anos de solidão. 
Tradução de Eric Nepomuceno. 
93. ed. Rio de Janeiro: Record, 2016. 
p. 339-340.
a) O trecho se refere a um estranho acontecimento que ocorre em 
Macondo, aldeia fictícia onde se passa a história do livro. O que é estra-
nho nesse trecho? 
b) Releia o trecho e perceba atentamente como são descritos os deta-
lhes desse acontecimento. Que frase, palavra ou trecho chamou sua 
atenção? Explique.
c) Que pacto é preciso ser estabelecido entre autor, texto e leitor para que 
este se envolva com a história?
d) Leia o boxe #saibamais ao lado a respeito do Realismo Fantástico e 
compare o texto de García Márquez com a crônica de Antonio Prata. 
De que maneira o estranho ou o incomum estão presentes nos temas 
dessas duas produções e se manifestam no pacto que estabelecem 
com o leitor? 
4. a) A chuva forte manter-se ininterrupta por tanto 
tempo, a ponto de inundar as casas, obrigar moradores a 
levantar as camas com tijolos e ser capaz de levar sapos 
e caracóis para dentro das moradias. 
Respostas e comentários nas Orientações 
para o professor.
Respostas e comentários nas Orientações 
para o professor.
Respostas e comentários nas Orientações para o professor.
Gabriel 
García 
Márquez
G a b r i e l 
José García 
M á r q u e z 
(1927-2014) 
foi um escritor colom-
biano premiado com 
o Nobel de Literatura, 
em 1982, pelo con-
junto de sua obra. O 
livro Cem anos de 
solidão , publicado 
pela primeira vez em 
1967, é considerado 
um dos romances 
lat ino-americanos 
mais importantes do 
século XX. 
#sobre
» Foto do 
escritor 
em 1991.
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Todo texto estabelece um pacto com o leitor: no plano da repre-
sentação, tudo é possível, desde que se mantenha a lógica criada em 
dado universo ficcional. 
A lógica interna de uma narrativa é dada pela relação de causa 
e consequência entre os fatos que acontece obedecendo às con-
dições internas do texto. Em uma fábula, por exemplo, a conversa 
entre animais não deixa de conquistar a adesão do leitor porque 
tradicionalmente faz parte do universo ficcional desse gênero.
#saibamais
Realismo 
Fantástico
O Realismo Fan-
tástico ou Realismo 
Mágico é uma cor-
rente literária que 
ganhou impulso na 
segunda metade do 
século XX em toda 
a América Latina. 
As histórias dessa 
vertente misturam 
elementos míticos, 
que identificam um 
povo e uma nação, 
com aspe� os da rea-
lidade. Essa realidade 
pode vir distorcida, 
com ênfase em certos 
aspectos que podem 
parecer absurdos. O 
tempo nessas narra-
tivas nem sempre é 
linear, e os temas das 
obras giram em torno 
das lendas e dos 
mitos locais. O livro 
Cem anos de solidão
é um dos mais repre-
sentat ivos dessa 
corrente.
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15Unidade 1 • O leitor
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 5. Embora afirme escrever para ninguém, vários leitores se

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