Anatomia do Periodonto

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Anatomia do Periodonto
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O periodonto tem por função proteger, sustentar e inserir o dente no tecido ósseo e manter a integridade na superfície da 
mucosa mastigatória da cavidade oral. 
Divido em: 
1. Periodonto de Proteção → Tecido Gengival
2. Periodonto de Sustentação → Osso, Lig. Periodontal e Cemento
ANATOMIA MACROCÓSPICA DO PERIODONTO
1. Gengiva Livre/Marginal: é a porção final da gengiva em direção à coroa do dente que não está inserida à ele, 
formando assim o sulco gengival. se estende da margem gengival à ranhura gengival. Possui cor rósea coral, com 
superfície opaca e consistência firme.
2. Gengiva Inserida: É a gengiva que se insere no osso alveolar e porção cementária supra alveolar, se estende desde 
a ranhura gengival à linha mucogengival, possui pouca vascularização. Possui cor rósea, textura firme e aspecto de 
casca de laranja. 
3. Gengiva Papilar: Espaço triangular entre os dentes, estende-se do ponto de contato até a margem gengival 
vestibular. 
4. Mucosa Alveolar: acima da linha mucogengival.
5. Linha Mucogengival: perto da inserção da raiz dos dentes.
6. Ranhura Gengival: depressão acima da gengiva livre que delimita o término da mesma. 
Na gengiva papilar, existe a área do COL, uma área de concavidade entre as porções vestibular e lingual da papila. É 
recoberta por epitélio delgado não queratinizado. 
@February 3, 2022 1:30 PM
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A área do COL é uma área com maior potencial para o desenvolvimento de um doença periodontal, pois 
apresenta um epitélio não queratinizado, é uma área com maior acúmulo de placa e sua anatomia favorece a 
penetração de toxinas bacterianas. 
O epitélio do sulco, epitélio juncional com a inserção conjuntiva medem juntos, 3mm, compreendendo ao espaço 
biológico. Caso haja qualquer processo inflamatório, haverá invasão desse espaço. Por isso, um periodonto saúdavel 
deve ter 3mm de profundidade sendo medida pela sonda milimetrada. 
Classificação de acordo com o grau de diferenciação das células produtoras de 
queratina
1. Camada Basal - rica em células tronco, intensa mitose, responsável pela contínua renovação de tecido. 
2. Camada espinhosa - apresenta papel de manutenção da coesão das células da epiderme e na resistência ao atrito.
3. Camada Granulosa - forma uma barreira de proteção e que impede a perda de água. 
4. Camada Queratinizada - rica em queratinócitos. 
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Células do Epitélio Oral
Queratinócitos → produção de queratina, proteção
Melanócitos → pigmentação
Células de Langerhans → defesa
Células de Merkel → função sensorial
Células inflamatórias → envolvidas no p. inflamatório. 
Estruturas do Periodonto de Sustentação
Cemento Radicular
É um tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares, possui muitas características em comum 
com o tecido ósseo, não possui vasos sanguíneos ou linfáticos, não tem inervação e não sofre remodelação e 
reabsorção fisiológicas, mas caracteriza-se pela formação contínua ao longo da vida. 
Função: inserir as fibras do lig. periodontal à raiz, participa do processo de reparo após danos à superfície radicular. 
Osso alveolar
A crista óssea possui 2 a 3mm de altura a partir da junção cemento-esmalte e largura depende da área: mais espesso na 
posterior que anterior. O osso alvolar pode ter alguns defeitos que podem comprometer a realização de alguns 
procedimentos, como a deiscência osséa e a fenestração. 
Pelo lado vestibular, a cobertura óssea algumas vezes está ausente na porção coronária das raízes, formando a 
deiscência. Caso haja alguma porção óssea na região mais coronária da área, chama-se de fenestração. 
Estes defeitos geralmente ocorrem onde um dente foi removido do arco (movimentado por algum motivo) e é mais 
frequente na região anterior que posterior. Nestes caso, a raiz é recoberta apenas por lig. periodontal e gengiva 
sobrejacente. 
Suprimento sanguíneo do periodonto
A artéria dentária, ramo da artéria dentária alveolar sup. ou inf., emite a artéria intrasseptal antes de penetrar no alvéolo. 
Os ramos terminais da artéria intrasseptal (ramos perfurantes, rr.p.) penetram no osso alveolar propriamente dito pelos 
canais em todos os níveis do alvéolo No espaço do ligamento periodontal, eles se anastomosam com os vasos 
sanguíneos originários da porção apical do ligamento periodontal e com os demais ramos terminais da artéria 
intrasseptal. Antes de penetrar no canal radicular, a artéria dentária fornece ramos que suprem a porção apical do 
ligamento periodontal.
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A gengiva é irrigada por vasos sangpuineos supraperiosteais, que são ramos terminais da artéria sublingual, artéria 
mentual, artéria bucal, artéria facial, artéria palatina maior da artéria infraorbitária ee da artéria dentária superior posterior. 
Sistema linfático do periodonto
Os menores vasos linfáticos, os capilares linfáticos, formam uma rede extensa no tecido conjuntivo. A linfa é absorvida 
do líquido tecidual através das paredes delgadas dos capilares linfáticos. Dos capilares, a linfa passa para vasos 
linfáticos maiores, que, com frequência, ficam nas vizinhanças dos vasos sanguíneos correspondentes. Os vasos 
linfáticos são semelhantes às veias porque têm válvulas. A linfa dos tecidos periodontais é drenada para os linfonodos da 
cabeça e do pescoço. 
As gengivas vestibular e lingual da região dos incisivos inferiores drenam para os linfonodos submentuais (sme). 
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A gengiva palatina da maxila é drenada para os linfonodos cervicais profundos (cp).
A gengiva vestibular da maxila e as gengivas vestibular e lingual da região de pré-molares inferiores drenam para os 
linfonodos submandibulares (sma).
 Com exceção dos terceiros molares e incisivos inferiores, todos os dentes, com seus tecidos periodontais adjacentes, 
drenam para os linfonodos submandibulares. Os terceiros molares são drenados pelos linfonodos jugulodigástricos (jd), e 
os incisivos inferiores, pelos linfonodos submentuais. 
Sistema nervoso do periodonto
A gengiva na face vestibular dos incisivos, caninos e pré-molares superiores é inervada pelos ramos alveolares 
superiores anteriores do nervo infraorbital. A gengiva vestibular na região de molares superiores é inervada pelos ramos 
do nervo maxilar (ramos alveolares superiores posteriores). A gengiva palatina é inervada pelo nervo palatino maior, 
exceto na área de incisivos, que é inervada pelo nervo nasopalatino. A gengiva lingual inferior é inervada pelo nervo 
sublingual, que é um ramo terminal do nervo lingual. A gengiva, no lado vestibular dos incisivos e caninos inferiores, é 
inervada pelo nervo mentual, enquanto, no lado vestibular de molares, ela é inervada pelo nervo bucal. As áreas supridas 
por dois nervos frequentemente se superpõem na região dos pré-molares. Na mandíbula, os dentes e seus ligamentos 
periodontais são inervados pelo nervo alveolar inferior, enquanto os dentes da maxila são inervados pelo plexo alveolar 
superior.
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