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SUMÁRIO Fundamentos da saúde............................................................................................1 - 14 Conceitos Literais de Saúde.............................................................................................1 Teorias sobre saúde e doença...........................................................................................2 Determinantes do processo saúde e doença .....................................................................4 Níveis de prevenção..........................................................................................................7 Resultados terapêuticos.................................................................................................... 8 Ética na Saúde ..................................................................................................................9 Níveis de relação e interação profissional saúde ........................................................... 12 Anatomia 1..............................................................................................................15 - 35 Introdução a anatomia e fisiologia Humana.............................................................15 - 50 Posição anatômica...........................................................................................................15 Célula ......................................................................................................................15 - 21 Tecido ......................................................................................................................21 - 23 Sistema Esquelético ................................................................................................ 23 - 26 Sistema Linfático .................................................................................................... 26 - 28 Sistema Cardiovascular .......................................................................................... 28 - 32 Sistema respiratório................................................................................................. 32 - 35 Anatomia 2 ............................................................................................................ 36 - 50 Sistema nervoso .................................................................................................... 36 - 38 Sistema Digestório ................................................................................................ 38 - 41 Sistema Renal ........................................................................................................ 41 - 43 Sistema Tegumentar ............................................................................................. 43 – 45 Sistema endócrino ................................................................................................. 45 - 47 Sistema Reprodutor............................................................................................... 47 – 50 Microbiologia e parasitologia ..............................................................................51 – 68 Origens históricas .................................................................................................. 51 – 53 Reinos ................................................................................................................... 53 – 55 Importância da Parasitologia.................................................................................. 55 – 57 Ectoparasitas e endoparasitas ................................................................................ 57 – 58 Doenças parasitárias endêmicas no Brasil ............................................................. 58 – 68 Português ................................................................................................................... 69 Reforma Ortográfica ...............................................................................................69 – 74 Acentuação Gráfica ..............................................................................................74 - 79 Crase ....................................................................................................................... 79 - 85 Pronomes ...............................................................................................................85 –105 Concordância .......................................................................................................105 –115 Psicologia aplicada à Enfermagem..................................................................116 – 132 Conceito ...........................................................................................................116 – 117 Fatores que interferem no desenvolvimento humano .........................................117 – 123 Traumas e complexos .........................................................................................124 – 129 Mecanismo de Defesa ........................................................................................ 129 – 132 Ética aplicada à Enfermagem......................................................................... 133 - 146 Definição ........................................................................................................... 133 – 135 Direitos .............................................................................................................. 135 – 136 Código de Ética ........................................................................................................... 137 Dos Princípios Fundamentais .......................................................................................138 Dos Direitos .........................................................................................................138 –139 Das Responsabilidades ................................................................................................ 139 Dos Deveres ....................................................................................................... 139 - 140 Das Proibições .................................................................................................... 141 –143 Dos Deveres Disciplinares........................................................................................... 143 Das Infrações e Penalidades................................................................................143 – 145 Da Aplicação das Penalidades............................................................................ 145 - 146 Fundamentos de Enfermagem .........................................................................147 - 191 Higienização das mãos .......................................................................................147 – 150 Sinais Vitais ....................................................................................................... 150 – 153 Cateterismo Vesical de alívio e de demora .......................................................153 – 156 Sondagem Nasogástrica ................................................................................... 156 - 158 Lavagem Intestinal ............................................................................................ 158 – 159 Oxigenoterapia .................................................................................................. 159 – 161 Administração de Medicamentos ...................................................................... 161 –170 Higiene do paciente ........................................................................................... 171 – 182 Bandagem .......................................................................................................... 182 – 185 Cálculo de medicamentos ...................................................................................185 – 191 Intercorrência Clínica ....................................................................................192- 240 Definição ..................................................................................................................... 192 Afecções do aparelho respiratório .......................................................................192 - 198 Afecções do aparelho Endócrino ........................................................................198 – 200 Afecções do aparelho cardiovascular .................................................................200 – 206 Afecções do aparelho neurológico ..................................................................... 206 - 213 Afecções do aparelho digestório .........................................................................213 - 224 Afecções do aparelho urinário ............................................................................ 225 - 231 Afecções do aparelho tegumentar .......................................................................232 - 234 Doenças Neoplásicas ..........................................................................................234 – 240 Intercorrência Cirúrgica ................................................................................ 241 - 269 Objetivo ...................................................................................................................... 241 Classificação das cirurgias ........................................................................................ 241 Centro Cirúrgico ..................................................................................................241 - 242 Tempos cirúrgicos ..............................................................................................242 - 252 Anestesias ............................................................................................................252 - 253 Incisão cirúrgica e posicionamento................................................................... 253 – 255 Classificação das cirurgias ................................................................................ 255 – 258 Materiais e equipamentos .................................................................................. 258 – 261 Biossegurança .....................................................................................................261 – 265 Esterilização ...................................................................................................... 265 – 269 Informática.........................................................................................................270 - 283 A informática em Enfermagem .........................................................................270 – 271 Técnicas de digitação........................................................................................ 272 – 274 Windows e Word ........................................................................................................ 274 Atalhos ............................................................................................................. 274 – 281 Exercícios ......................................................................................................... 281 – 283 Materno Infantil I ..............................................................................................284 - 295 Anatomia Feminina ........................................................................................... 284 – 289 Assistência ao pré-natal ..................................................................................... 289 – 293 Exames solicitados no pré-natal .................................................................................. 293 Controle da Pressão no pré-natal ................................................................................. 294 Cálculo da data provável do parto ............................................................................... 295 Materno Infantil II ..................................................................................................... 296 Tipos de partos ....................................................................................................296 – 298 Abortos ..............................................................................................................299 – 300 Gravidez ............................................................................................................. 300 – 302 Doenças relacionadas à gravidez ........................................................................302 – 306 Cuidados ao RN ..................................................................................................306 – 309 Alojamento Conjunto ......................................................................................... 309 -315 Saúde Mental I ............................................................................................... 316 – 337 História da Psiquiatria ....................................................................................... 316 – 322 Transtornos mentais ............................................................................................322 – 324 Transtornos alimentares ......................................................................................324 – 325 Transtorno da ansiedade .....................................................................................325 – 327 Transtorno delirantes .......................................................................................... 327 - 330 Transtorno do sono ...................................................................................................... 330 Transtorno do humor ...........................................................................................332- 337 Transtorno da somatização ........................................................................................ 337 Saúde Mental II .............................................................................................. 338 - 352 Reforma Psquiátrica ....................................................................................... 338 – 339 CAPS ...............................................................................................................339 – 342 Residências terapêuticas ........................................................................................... 343 Doenças degenerativas do sistema nervoso.........................................................343 – 347 Alterações na linguagem ....................................................................................347 – 348 Doenças do sistema nervoso ...............................................................................348 – 352 Saúde coletiva I .................................................................................................. 353- 378 Definição ........................................................................................................... 353 – 354 Constituição e SUS .............................................................................................355 – 359 Lei 8080 ..............................................................................................................359 – 378 Saúde coletiva II ............................................................................................... 379 - 394 Lei 8142 ...............................................................................................................379 - 380 Lei Orgânica .......................................................................................................380 – 381 Vacinas ................................................................................................................381 – 387 Calendário ....................................................................................................................388 Rede de Frio ........................................................................................................388– 394 Prática Profissional e atendimento básico à saúde......................................... 395 - 435 Lavagem das mãos e calçamento de luvas estéreis .......................................... 395 – 398 Sinais Vitais ...................................................................................................... 398 – 402 Lavagem Intestinal e Cateterismo nasogástrico e enteral..............................................403 Sondagem nasogástrica ...................................................................................... 403 – 405 Sondagem nasoenteral ....................................................................................... 405 – 406 Cateterismo vesical de demora e alívio ............................................................. 406 – 411 Técnicas em injeções ......................................................................................... 411 – 413 Higiene Corporal eMedicações e diluições ........................................................413 – 425 Técnica de Curativos, oxigenoterapia e preparo do corpo pós morte................ 426 – 435 Assitência à pacientes graves ......................................................................... 436 – 458 Feridas ............................................................................................................... 436 – 438 Queimadura ...................................................................................................... 438 - 441 Triagem ....................................................................................................................... 442 PCR .....................................................................................................................443 - 446 Novo protocolo .................................................................................................. 447 – 454 Medicamentos utilizados na PCR ..................................................................... 454 – 455 Desfibriladores .................................................................................................. 456 – 457 Balanço hídrico ................................................................................................. 457 – 458 Administração de Unidade de Enfermagem....................................................459 - 475 Evolução da assistência de Enfermagem........................................................... 459 – 464 Período de Florence Nightingale .................................................................... 464 – 465 Enfermagem no Brasil ....................................................................................... 465 – 467 Símbolos da Enfermagem ................................................................................. 468 – 469 Teorias de Enfermagem .................................................................................... 469 – 470 Registro e evolução de Enfermagem ................................................................ 470 - 475 Curso Técnico em Enfermagem Página 1 FUNDAMENTOS DA SAÚDE Discutir os fundamentos de saúde, justifica-seatravés da necessidade clara na formação dequalquer profissional de saúde em qualquer especialidade ou nível de formação (nível de qualificação, técnico ou mesmo universitário), dainteração filosófica e holística dos princípios, noçõese significado ético a ser incorporado aos conhecimentos, habilidades e atitudes de um profissional da área. Para que os aludidos profissionais no exercício de suas habilitações jamais se esqueçam das razões mais elementares que movem o ser e estar de um agente de saúde. O agente de saúde pode configurar em qualquer profissional das mais distintas profissões em sua prática técnica, de forma a prestar seus serviços desenvolvendo e objetivando benefícios que elevam o bem estar, a manutenção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados, a orientação e a reabilitação no espectro físico ou emocional de seus clientes classicamente denominados como pacientes. São muitas as competências e conhecimentos comuns as diversas profissões requerendo reflexão profunda sobre as responsabilidades do papel comum a todos os profissionais da área. Algumas destas competências são: *Observar as demandas do paciente como um todo analisando as causas, fatores desencadeantes, agravantes e paliativos. *Atuar de acordo com as habilitações da sua profissão em prol do diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção, unindo esforços e contribuições junto à equipe multiprofissional, buscando sempre a forma mais eficaz e segura de operação responsável das ações. *Definir e estadiar os objetivos e justificativas dos tratamentos e intervenções, buscando sempre a clareza e seriedade das ações alcançando a cura, retardando a evolução, a reabilitação ou mesmo a qualidade de vida dos pacientes, mantendo-os cônscios. *Seguir os códigos de ética das profissões. *Primar pelo bem estar do paciente em primeira instância, adotando sempre condutas éticas frente ao mesmo no que tangencia a intervenção, diagnóstico tratamento entre outras ações,jamais atuando de forma negligente ou omissa junto ao paciente. *Observar e interagir no todo para com os determinantes do processo saúde doença, observando os aspectos genéticos, congênitos, sociais, econômicos, culturais, emocionais e psicológicos relacionados asdoenças e distúrbios funcionais, dos pacientes. *Orientação de procedimentos, cuidados preparatórios e posteriores. *Educação em Saúde e Saúde Coletiva. Conceitos Literais de Saúde: Várias definições têm sido propostas para este conceito, entre as quais: 1. Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e nãoapenas ausência de doenças ou enfermidades (OMS, 1946 ). 2. Condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades ou mudar ou enfrentar o ambiente. A saúde é Curso Técnico em Enfermagem Página 2 umrecurso para a vida diária, e não um objetivo de vida; é um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas (OMS, 1984). 3. Estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais; pela habilidade para tratar com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais: com um sentimento de bem- estar e livre do risco de doença ou morte extemporânia. 4. Estado de equilíbrio entre os seres humanos e o meio físico, biológico e social, compatível com plena atividade funcional. 5. Estado em que os seres humanos e outros organismos vivos os quais interagem podem coexistir indefinidamente. 6. Funcionamento do organismo em condições ótimas, sem desvios da normalidade fisiológica para cada idade, sexo ou condições ambientais. 7. Estada sanitário de uma comunidade ou população onde estão asseguradas as melhores condições de desenvolvimento pessoal e coletivo e um eficiente controle ou prevenção das doenças. Saúde Mental Bem estar e equilíbrio mental. Ausência de doenças como neuroses e psicoses e por um ajustamento adequado ao meio social, satisfação consigo mesmo e nas relações com os outros. Teorias sobre Saúde e Doença Por muito tempo, a busca das explicações ou dos motivos que levam as pessoas a adoecer tem sido um dos maiores desafios enfrentados pelo homem ao longo da história. Magia, Feitiçaria e Bruxaria. Em tempos remotos, existia a existia a crença de que as doenças e acidentes eram causados pela ira dos deuses ou por maus espíritos. Para saber como tratar ou prevenir essas doenças eram consultados pajés, sacerdotes ou feiticeiros.Teoria dos Miasmas A Teoria dos Miasmas foi uma outra forma encontrada pelo homem para tentar explicar os fenômenos patológicos que acometiam as pessoas. Segundo essa teoria, a má qualidade do ar que provinha de pântanos, alagadiços, sujeiras acumuladas e esgotos resultante da decomposição de plantas e animais, seria a causa mais correta para a ocorrência de uma série de doenças (Miasmas = Maus Ares). Mecanicismo Idealizado por René Descartes (séc. XVII), esta linha de pensamento sugeria que o corpo humano, tal o mecanismo de um relógio, seria composto de peças – sistemas, órgãos, tecidos, células – que operavam para manter em ordem uma engrenagem. Uma Curso Técnico em Enfermagem Página 3 doença ocorreria simplesmente devido ao mau funcionamento de partes dessa máquina. Já a morte seria a total impossibilidade de concerto da máquina humana. Com o avanço da ciência, novos equipamentos foram desenvolvidos para melhor diagnóstico e tratamento das patologias que acometem o homem. O ramo da pesquisa deu um grande salto quando no séc. XVIII o cientista francês Luis Pasteur inventou o microscópio. Nascia ai um novo campo chamado Microbiologia, que permitia a identificação e micróbios causadores de doenças, através de análises de sangue, escarro, urina, fezes, etc. Porém, mesmo com um sem-número de aparelhos e exames, continuou sendo difícil explicar o que era normal ou patológico em uma pessoa, em determinada situação. Em 1947, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou um conceito que veio a constituir um avanço no pensamento mecanicista defendido anteriormente. “A saúde é um completo bem estar físico, mental e social, não simplesmente a ausência de doenças”. A partir desse conceito, novos estudos foram sendo desenvolvidos, propondo uma nova visão tanto sobre o binômio saúde-doença como da própria prática médica. Estes estudos partem da idéia que o organismo é um todo, integrado, em que cada parte – órgão, tecido ou célula – constitui um sistema vivo complexo e em perfeita harmonia com a mente e com o próprio meio ambiente. Começa-se a consolidar-se uma visão Holística da saúde, que considera saudável o organismo que mantém em equilíbrio três fatores interdependentes entre si: o individual, o social e o ecológico. Doença, Definições Literais: 1 Alteração do Estado de Saúde 2 Disfunção Fisiológica ou Psicológica de um Indivíduo. 3 Perturbação das Funções normais de um ou de vários órgãos cuja etiologia pode ser conhecidas ou não se traduzindo em manifestações clínicas. (sinais e sintomas). Saúde Pública: Atenção Primária Nível de atenção a saúde representado pelos serviços de primeira linha, como clínica médica, pediatria e tocoginecologia, que são de caráter ambulatorial e constituem a “porta de entrada única” do sistema de saúde distritalizado(executando-se, naturalmente, as situações de emergência e as urgências). Consiste em um programa de cuidados de saúde essenciais, baseados em metodologia e tecnologias práticas, cientificamente válidas e socialmente aceitáveis, acessíveis a todas as famílias e membros da comunidade. Saúde: Atenção Primária Deve assegurar: 1)educação para saúde, incluindo os conhecimentos essenciais para prevenir ou reduzir os riscos presentes ou encontráveis na área; Curso Técnico em Enfermagem Página 4 2) promoção de regimes alimentares adequados para assegurar um bom estado nutricional; 3)abastecimento de água potável de boa qualidade e saneamento básico; 4) assistência materno-infantil e orientação para o planejamento familiar; 5)vacinação contra doenças infecciosas importantes na área; *Seu custo deve ser compatível com os recursos econômicos que a sociedade e o país possam despender. 6)controle das endemias locais; 7)tratamento adequado das doenças e traumatismos freqüentes; 8)distribuição dos medicamentos essenciais. Obs:Esse programa resume as recomendações da Conferência Internacional de Alma- Ata (1978) sob os auspícios da OMS e da UNICEF. Primary Health Care“O Processo Saúde-Doença” 2- DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA O estabelecimento de um processo de desequilíbrio do estado de saúde segue uma seqüência de eventos, conhecidos ou não. Aqueles processos patológicos com etiologia desconhecida são denominados “idiopáticos”. No entanto mesmo as doenças idiopáticas ou a maioria delas tem relação com eventos clínicos, epidemiológicos ou estatísticos constantes que nos fazem conjecturar sobre hipóteses e probabilidades para o surgimento, desenvolvimento, predisposição e prognóstico destas doenças. Por exemplo: Não conhecemos a causa exata da Psoríase, massabemosda sua apresentação clínica, sobre a pele, causando eritemas, sabemos que aparecem com mais freqüência em estados de estresse, que parecem involuirquando expostas a radiação Ultra Violeta (Sol) e alguns poucos casos evoluem para a artrite psoriática. Ainda mais longe sabemos que as pesquisas científicas em reumatologia e imunologia desvendaram um fenômeno imunológico denominado: Reação Auto Imune. (O próprio sistema imunológico reagindo contra células do corpo, realizando uma reação inflamatória). Embora não se saiba a natureza ou etiologia do mecanismo auto-imune que envolve a psoríase, sendo que já se teoriza a respeito, existem já medicamentos utilizados nos casos mais recrudescentes, principalmente com a evolução da artrite psoriática, com o uso de medicamentos que modulam a resposta imunológica (imunossupressores). Na realidade as doenças Reumatológicas, “in situs” são idiopáticas e a maior parte delas tem algum tratamento, mesmo que para controle dos sintomas, seja com medicamentos, Fisioterapia e etc. Isso se deve ao desenvolvimento da ciência em desvendar os todos os determinantes do processo saúde doença. Portanto para o estabelecimento, progressão e resolução do processo patológico ou de saúde, existem fatores determinantes seja nas doenças cujas etiologias sejam conhecidas ou idiopáticas. Determinantes Biológicos Porque o Sr. João e o Sr. Pedro fumaram tabaco durante 20 anos, 20 cigarros dia e tão somente o Sr João convalesce de Enfisema Pulmonar e Câncer de Pulmão? Este é um argumento muito freqüente dos tabagistas inveteráveis: “Fumo à trinta anos, fui ao Curso Técnico em Enfermagem Página 5 médicoe nas chapas não tinha uma fumacinha no meu pulmão.”Na verdade todo fumante está produzindo lesões no seu pulmão, em geral as substâncias tóxicas do cigarro causam danos oxidativos na via aérea e nosso organismo possui defesas anti- oxidantes que estão em prol de deter o processo oxidativo que leva ao enfisema por exemplo. Na realidade considerando o nosso processo de envelhecimento e a definição do fenômeno “Enfisema” (Bolhas de Ar, Destruição Alveolar e da Membrana Alvéolo Capilar) a tendência para todos, mesmo os não doentes ou não tabagistas é o envelhecimento dos alvéolos e da Membrana Alvéolo Capilar, levando a possibilidade os indivíduos com maior longevidade a desenvolverem uma condição denominada Enfisema Senil. Ainda assim indivíduos idosos não fumantes com a mesma idade podem desenvolver diferentes graus de Enfisema Senil. Então por que ocorre esta diversidade? Quanto aos fumantes, todos os tabagistas em longo prazo apresentam alterações pulmonares, porém a variação da gravidade destas alterações patológicas implicam em uma maior ou menor sintomatologia ou em padrões de alterações patológicas mais ou menos gritantes nos raios-X de tórax. Então podemos afirmar que aqueles que possuem menor alteração patológica no raio x , possuem uma predisposição biológica a resistir aos efeitos oxidantes, ou seja maiorcapacidadeanti-oxidantes. Da mesma forma ocorre com o enfisema senil, pois durante o envelhecimento os efeitos oxidantes são melhor combatidos em algumas pessoas mais resistentes. Isto ocorre devido à diversidade biológica existente. As prrerrogativas genéticas são as propriedades que garantem os determinantes biológicos dos indivíduos, para características, doenças puramente hereditárias ou multifatoriais (genéticas e dependentes de fatores ambientais ). Determinantes Psicossoociais O conceito “Biopsicosocial” é na verdade um uníssomo, um sincício conceitual, pois determinantes psicosociais como a raiva, depressão, alegria, felicidade, interação e isolamento social, são intrínsicamente relacionados com determinantes biológicos. A infecção por HPV, por exemplo pode levar a uma metaplasia, no colo do útero, que pode evoluir em gravidade de acordo com os fatores emocionais da portadora como o estresse e a depressão. Por isso são contra indicações prescritas pelo ginecologista a uma paciente portadora de um NIC I, de colo de útero. Não obstante, influem ainda em questões de natureza comportamental. O afeto e a interação social e familiar desde a infância é fundamental para o desenvolvimento neuropsicomotor, se relacionando muitas vezes como hipóteses para distúrbios idiopáticos de comportamento como os distúrbios comportamentais penetrantes( Autismo, Doença Desintegrativa. Muitas vezes as interações psicossociais influenciam diretamente no desenvolvimento motor e em todas as aptidões, incluindo a inteligência e a cognição para o infante. As interações sociais mal sucedidas independente do meio social, seja em uma sala de aula, ambiente de trabalho, interação familiar, trazem comprometimentos claros e clinicamente influentes que podem ser realmente “determinantes no processo de cura ou recuperação de muitos estados nosológicos”. Na área da saúde do trabalho muitos autores relatam sobre a influência do meio social, mais precisamente falando na relação entre as Curso Técnico em Enfermagem Página 6 pessoas; entre colegas (mal relacionamento), supervisores e operadores ou mesmo atendentes e clientes influenciando nas doenças musculoesqueléticas com relação laboral, denominadas DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado com o Trabalho), juntamente com outros fatores, como política de valorização, reconhecimento, respeito nas interações social , nível de integração entre as pessoas e obviamente a própria sobrecarga física, desencadeada pelo espaço físico inadequado, características ergonômicas entre outras causas. Em suma o homem é um ser social e a saúde social, influencia na emocional/psicológica que influencia na biológica/física, como reportam os quadros clínicos de várias doenças, tais como fibromialgia, estresse, depressão etecetera. Determinantes Sócio-econômicos e Culturais Fatores como a renda familiar podem limitar o acesso a saúde devido ao investimento necessário para um tratamento médico específico ou aquisição de medicamentos e portanto influenciar no processo saúde doença. Na realidade uma condição financeira prejudicada prejudica muitas vezes este processo porque restringe também o acesso aeducação e a nutrição. Em um país de muitos famintos como o Brasil, onde a educação fica em segundo plano, também se torna dificultosa a compreensão da população sobre cuidados básicos de higiene, profilaxia e prevenção. Muitas vezes devido a fatores culturais fica comprometida a adesão a campanhas propostas pelo estado, algumas vezes mesmo quando o fator econômico não está em questão. Um exemplo típico é a disseminação em classes não carentes da idéia de que em relação heterossexual vaginal o homem não contrai o vírus da AIDS;ou a idéia de que sexo com preservativonão proporciona prazer . A adoção de modos de vida como na alimentação inadequada do “FastFood”. Todos estes fatores corroboram para predisposições a doenças diversas. Determinantes Ambientais Pessoas expostas a poluição, radiação atmosférica, às más condições de saneamento básico, fumaça do cigarro em ambientes fechados como restaurantes, agentes tóxicos, infecciosos e radiações estão na realidade expostas a fatores predisponentes a doença, pois determinados fatores ambientais podem ser considerados estímulos nocivos. Ex. Trabalhadores de minas de carvão, tem uma predisposição incrível para um grupo de doenças pulmonares restritivas denominadas pneumoconioses. Moradores de cidades poluídas tendem a desenvolver problemas respiratórios e etc. É importante lembrar sobre a exposição ambiental de agentes microbianos, como vírus, fungos, parasitas e bactérias, que podem causar comprometimentos graves a saúde. A Ecologia vem desenvolvendo um importante papel na atualidade através dos estudos recentes desenvolvidos por especialistas. Nestes estudos a devastação ambiental vem a demonstrar implicações sérias a saúde humana desde o aumento da exposição as radiações ultravioleta aumentando a incidência de câncer de pele, a disponibilidade de água potável e a disponibilidade de nutrientes para a manutenção da saúde. Curso Técnico em Enfermagem Página 7 3 NÍVEIS DE PREVENÇÃO As ações preventivas podem ser exercidas em qualquer fase da história natural da doença, tanto no período pré-patogênico (quando as possibilidades de evitar o estabelecimento do estímulo-doença são maiores) como no período patogênico (quando já instalado o processo, procuramos interromper sua evolução e minimizar suas consequências). PREVENÇÃO – É o conjunto de procedimentos que visam a proteger e melhorar a saúde de uma população e, portanto, sua qualidade de vida, seja impedindo a entrada da doença em áreas geográficas ainda livres, seja protegendo a população de regiões onde a doença já ocorre. São tantas as causas envolvidas no processo doença e tal é a multiplicidade de maneiras como atuam, que não podemos apoiar a profilaxia em um único procedimento ou ação preventiva como alguns chegam a indicar, invocando o emprego de vacinas como a solução final para todos os casos. Analisaremos as ações profiláticas segundo diferentes níveis de prevenção: Prevenção Primária: Nesse nível, encontram-se agrupadas as medidas ou ações especialmente destinadas ao período que antecede a ocorrência da doença. Dentre elas, destacam-se o saneamento básico, a vacinação e o controle de vetores, por exemplo. Significa evitar a ocorrência de uma doença, eliminando fatores de risco ou tratamento de lesões precursoras. “Prevenção Primária é definida como promoção de saúde e as prevenções de enfermidades ou profilaxia.”PFFD _ Prevenção Secundária: Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já existentes e, em conseqüência, suas complicações. Os exames periódicos e o auto-exame de mama, entre outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. "Prevenção secundária significa prevenção da evolução das enfermidades através da execução de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos. Exemplos: _ Um paciente com infecção por HPV (papiloma vírus humano) no colo do útero com acompanhamento e orientação do ginecologista, pode evitar o câncer de colo de útero. Prevenção Terciária: Nesse último nível, os métodos se confundem com o tratamento ou a reabilitação. Ele engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou Curso Técnico em Enfermagem Página 8 o controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. Fazem parte dessas medidas a fisioterapia, fisiatria,a terapia ocupacional e a colocação de próteses, por exemplo. Lida com a recuperação funcional de seqüelas, que muitas vezes são irreversíveis. Enfim, as medidas preventivas à nossa disposição são inúmeras, e muitas delas devem ser incorporadas ao nosso estilo ou hábito de vida porque certamente contribuem para a manutenção de nossa qualidade de vida. “Prevenção Terciária engloba as atividades que possam contribuir para a manutenção da nossa saúde após o controle da doença”PFFD Exemplos: _ Fisioterapia em uma paciente vítima de um AVC; _ Um paciente hipertenso, previamente diagnosticado, que tem monitoramento de profissionais de saúde, exercício físico orientado, dieta adequada, é livrado das situações de estresse do cotidiano, terá uma evolução muito lenta da patologia, diminuindo incrivelmente as possíveis complicações da doença. OS RESULTADOS TERAPÊUTICOS O sucesso do tratamento depende de todas as influências incidentes sobre o paciente, conforme demonstra a figura, a cerca do paciente e do respectivo resultado terapêutico, importa então a atuação da equipe de cuidados em saúde (verde), as orientações da equipe multidisciplinar (vermelho) e enfim a presença e acompanhamento da família e do próprio paciente (amarelo). O insucesso do tratamento muitas vezes denuncia a gravidade da doença, a debilidade orgânica do paciente ou mesmo a existência de um ponto de negligência existente entre ou intra os componentes do esquema aludido na figura. A família do paciente exerce papel fundamental podendo incentivar a interação do paciente ou mesmo desestimular, considerando que o fator econômico pesará da mesma forma que os determinantes de relação social e ou cultural para este grupo. A adesão ao tratamento compreende o processo disciplinar integral ao método terapêutico a ser empregado. O método terapêutico preconizado deve sempre primar pelo embasamento e fundamentação científica, mas para que este processo tenha efeito dentro do espectro de benefícios almejado, a religiosidade na adoção das condutas prescritas é fundamental para o sucesso do tratamento. Fatores como a escolaridade e nível social dos familiares dificultam bem a adoção das medidas de cuidado a ser adotada pelo paciente ou mesmo dos cuidadores leigos, que em geral são os familiares dos pacientes. Muitas vezes temos uns pacientes e familiares dispostos a aderir corretamente ao tratamento, mas as orientações foram pessimamente administradas pelos profissionais e assim a adesão ao tratamento também pode ser comprometida. Muitas vezes um paciente é tratado de forma consecutiva ou simultânea por diferentes profissionais da área de saúde em cada especialidade. A correta interação entre os Curso Técnico em Enfermagem Página 9 profissionais da saúde, a orientação e o encaminhamento para uma especialidade que fará o “followup”, ou seja, o seguimento dos cuidados. Um lapso no encaminhamento de uma especialidade para outra poderá trazer seqüelas ou prejuízos a evolução do tratamento. Quando um paciente fratura a diáfise do fêmur (terço médio da coxa) e é operado para uma fixação com placa,por um cirurgião traumatoortopedista, o mesmo deverá orientar o paciente sobre os cuidados, desde o curativo, retirada dos pontos, início do apoio do membro afetado (apoio parcial ou total), monitoramento do estado de consolidação do osso bem como encaminhamento ao fisioterapeuta que também poderá realizar as mesmas medidas de orientação, principalmente no que tangencia a utilização de órteses (muletas) para deambulação, bem como as orientações para marcha correta de acordo com a fase de consolidação conforme as demandas do paciente. Muitas vezes principalmente no sistema único de saúde (saúde pública), o médico não dispõe de tempo e ou paciência devido a má remuneração para produzir as orientações adequadas, e mesmo encaminhando a fisioterapia, muitas vezes esta não está disponível por falta de vagas e em suma o paciente não é bem orientado ÉTICA NA SAÚDE "Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos pelas consequências do que faz e sente. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as conseqüências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins (empregar meios imorais para alcançar fins morais é impossível), a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for moral ou injusto). A vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral. Para que se exerça tal poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida à vontade de um outro nem pode estar submetida aos instintos e às paixões, mas, ao contrário, deve ter poder sobre eles e elas. O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. “Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.” Direitos dos pacientes: Conforme a Cartilha dos Direitos do Paciente emitida pelo Conselho de Saúde do Estado de São Paulo: “O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte dos profissionais de saúde”. “O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome”, Curso Técnico em Enfermagem Página 10 “não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas”. “O paciente tem direito à segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos e privados”. “O paciente tem direito de receber ou recusar assistência psicológica, social e religiosa”. A ética através da prática baseada em evidências “Praticar Medicina Baseada em Evidências significa integrar a experiência clínica com as melhores evidências disponíveis derivadas de pesquisas sistemáticas. É Uma forma nova de ensino e prática da medicina que atribui um papel menos destacado para o raciocínio fisiopatológico para a intuição e para a experiência clínica não sistematizada. Enfatiza o exame das evidências de pesquisas clínicas como instrumento adequado para a prática de uma medicina mais eficiente. Requer que o médico tenha novas habilidades tais como capacidade para elaborar questões clínicas corretamente, para realizar busca de respostas a estas questões, criticar a informação obtida através da aplicação de regras de evidência, capacidade de decisão com base nestas informações, mais que na opinião de autoridades ou em experiências não sistemáticas.” Em todas as outras profissões das Ciências da Saúde tem se buscado a fundamentação das técnicas de tratamento, condutas de manejo e intervenção, através da pesquisa. Através das pesquisas foi possível compreender melhor o funcionamento das estruturas biológicas em geral e, portanto comprovar através de parâmetros, delineamentos metodológicos e análise de dados o efeito de diversas intervenções terapêuticas. O conhecimento dos mecanismos orgânicos possibilita através do raciocínio lógico de causa e efeito determinaremos riscos, benefícios e efeitos colaterais de intervenções terapêuticas. Assim sendo a pesquisa contribui em muito para determinar a eficácia dos métodos terapêuticos a serem empregados. Premissas éticas importantes na relação com o paciente: a)Respeitar o libido do paciente, conquistando gradualmente a confiança técnica , ética e moral do paciente. Desta forma todo procedimento realizado deve ser explanado, fazendo com que o mesmo se mantenha sempre seguro. b) Manter registros, relatórios e evoluções clínicas do pacientes sempre atualizadas. c) Não divulgar, em particular ou em público, quaisquer informes que tenham origem nas palavras dos pacientes, mesmo que estes tenham dito que os mesmos não eram segredáveis. Da mesma forma deve se manter em sigilo as informações clínicas ou de estudo clínico compartilhadas entre a equipe multidisciplinar , as quais forem obtidas em discussões clínicas, prontuários e relatos para atuação multi, inter ou transdisciplinar. Curso Técnico em Enfermagem Página 11 d) Ética profissional: Regulamento tomado como consenso para se seguir de acordo com os conceitos morais intrínsecos específicos de cada profissão. Vide: Código de Ética Profissional f) Na massoterapia muitos profissionais de ambos os sexos tem reportado sobre ataques de assédio proveniente de pacientes ou contra lateralmente de ambos os sexos. Quando tal fato ocorrer o profissional deve estar preparado para explicar os limites dos procedimentos exercidos de forma que não haja constrangimento ou que o constrangimento seja eu femisado pelo profissional, que em primeira instância deve ser claro quanto as intenções e “dar a volta“na situação. Caso haja re-incidência, condutas mais duras devem ser tomadas, no intuito de preservar a integridade física e moral do profissional. g) Ter cuidado ao gerar aproximações emocionais com um paciente. Deve haver uma separação formal do profissional e do amigo, do profissional e do esposo. Deve-se utilizar de um ritual formal a ser incorporado para que haja uma sinalização da distinção destas partes do todo. Instrumentos como o tratamento pela titulação profissional, uso do jaleco ou uniforme, auxiliam neste ritual, mas o comportamento também deve modificar. Muitas condutas ou intervenções terapêuticas não são executadas por profissionais com membros de sua própria família para evitar a influência emocional ou mesmo a banalização da intervenção. h)É dever de cada profissional estadiar e admitir os limites de intervenção técnica e ética desua profissão, encaminhando o paciente a um especialista de acordo com as necessidades clinicas específicas de cada situação, sempre explicando claramente ao paciente.. i)Nunca desacreditará ou menosprezará ao médico ou qualquer outro profissional de saúde, valorizando sempre o seu trabalho e quando houverem diagnósticos equivocados, os mesmos devem ser primariamente debatidos e discutidos com o profissional antes de trazer algum dolo moral do aludido profissional perante o paciente j)Ter cautela ao comentar casos de pacientes com outros pacientes mesmo com a intenção de encorajá-los, pois isto tanto foge da técnica quanto amedronta o paciente. Condutas éticas na equipe multidiciplinar O conhecimento na área da saúde tem crescido de forma avassaladora nas últimas décadas, levando a um incremento considerável dos conteúdos, artigos e relatos clínicos ou científicos sobre as mais diversas especialidades e disciplinas em saúde. Desta forma cada vez mais um único problema de saúde em um dado paciente, tem merecido a assistência conjunta de vários profissionais. A atuação em mútua colaboração de vários profissionais em prol da recuperação de um paciente torna necessário o estabelecimento de políticas éticas para o relacionamento entre estes profissionais, diminuindo assim possíveis atritos que possam interromper um sincronismo e uma harmonia que possam ser vitais para a saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Curso Técnico em Enfermagem Página 12 “O paciente não tem dono: Todo profissional deve realizar e desejar o melhor para seu paciente, enquanto a intervenção, diagnóstico e mesmo encaminhamento a outros profissionais, mesmo que a sua intervenção tenha que ser suspensa, de forma temporária ou permanente. .” NÍVEIS DE RELAÇÃO E INTERAÇÃO PROFISSIONAL NA SAÚDE Na área da saúde são estabelecidas diversas formas de interação e relação entre os profissionais dos mais diversos setores envolvidos na saúde. A partir da compreensão destas relações poderá se refletir quais são as mais apropriadas e os que promovem melhores resultados para o tratamento dos pacientes. São classificadas quatro formas de relação profissional: multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplnaridade. Convém, antes de qualquer coisa, estabelecer algumas aproximações sobre o termo disciplina eseus derivados inter, multi, pluri e trans. Segundo Japiassu (1976), é necessário precisar o sentido da disciplinaridade, examinando, em primeiro lugar, o que vem a ser uma disciplina. Disciplinaridade significará, então, a exploração científica e especializada de determinado domínio homogêneo de estudo. O que nos permite evocar um conjunto sistemático e organizado de conhecimentos com características próprias em seus planos de ensino, de formação, dos métodos e das matérias. Tal exploração tem a finalidade de fazer surgir novos conhecimentos que irão substituir os antigos. Fazer equivaler disciplina e ciência servem, com propriedade, à finalidade de uma definição operacional para o termo disciplinaridade. Mas é preciso lembrar que toda ciência é uma disciplina, mas nem toda disciplina é uma ciência. E uma disciplina sempre depende da interação com outras diferentes disciplinas. Assim, é preciso estabelecer níveis de agrupamento para as disciplinas em contato. O primeiro nível é o da multidisciplinaridade. Sua descrição geral evoca uma gama de disciplinas propostas simultaneamente, mas sem fazer aparecer diretamente as relações que podem existir entre elas. É um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; não há nenhuma cooperação entre as disciplinas (Japiassu, 1976). Pode-se pensar no seguinte exemplo: em um hospital, vários profissionais estão reunidos, mas trabalham isoladamente. O paciente passa por uma contagem de linfócitos, em seguida é atendido pelo oncologista e, finalmente, dirige-se à sala de quimioterapia. Neste caso não há contato entre os profissionais envolvidos no atendimento: o bioquímico da contagem de linfócitos, o médico oncologista e a enfermeira que cuida da quimioterapia não estão articulados entre si de modo que apareçam relações entre as disciplinas. A ausência de uma articulação não significa, no entanto, uma ausência de relação. O fato é que os profissionais, nesse caso, estão inseridos em um esquema automático, o qual não gera espaço para uma articulação como em outras modalidades da disciplinaridade (Iribarry, 2002). Curso Técnico em Enfermagem Página 13 O segundo nível é a pluridisciplinaridade. Sua descrição geral envolve a justaposição de diversas disciplinas situadas geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo que apareçam as relações existentes entre elas. É um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; há cooperação, mas sem coordenação (Japiassu, 1976). Quando, por exemplo, um paciente procura atendimento psiquiátrico e, após receber orientação e prescrição psicofarmacológica, é encaminhado, pelo próprio psiquiatra, a um psicólogo para um trabalho de psicoterapia. Os profissionais cooperam, mas não searticulam necessariamente de maneira coordenada. Nesse caso, a cooperação não é automática, mas cumpre a finalidade de estabelecer contatos entre os profissionais e suas áreas de conhecimento (Iribarry, 2002). Na interdisciplinaridade, a descrição geral envolve uma axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas e definidas em um nível hierárquico imediatamente superior, o que introduz a noção de finalidade. É um tipo de sistema de dois níveis e de objetivos múltiplos com a coordenação procedendo de nível superior (Japiassu, 1976). Pode-se pensar no exemplo de uma equipe para atendimento ambulatorial de gestantes adolescentes de baixa renda. A equipe é formada por um médico pediatra, um médico psiquiatra, um psicólogo, um assistente social, uma psicopedagoga, uma enfermeira e uma secretária. Cada área mencionada agrega ainda estudantes que realizam estágio no ambulatório. Todavia, o que prevalece é o saber médico, cabendo a coordenação e a tomada de decisão aos profissionais da área médica, que dirigem e orientam a equipe em seu trabalho (Iribarry, 2002). Para que a configuração transdisciplinar se torne verdadeira é preciso que o psicólogo, por exemplo, seja introduzido na área de seu colega assistente social e na área de seu colega psiquiatra e vice-versa. Ademais, é preciso que cada problema não solucionado em uma das áreas seja levado para uma área vizinha e, assim, seja submetido à luz de um novo entendimento (Caon, 1998). Quando, hipoteticamente, um psicólogo percebe a insuficiência de seus paradigmas no trabalho com o autismo, ele poderá propor ao seu colega neurologista um desafio. Que ali onde a psicologia não consegue formular uma intervenção (e o que resulta disso é uma interrogação), a neurologia possa, com a ajuda das demais áreas que compõem a equipe, iluminar o caminho com alguma proposta de intervenção. Esta é a situação paradigmática para geração de novos dispositivos para o trabalho com o autismo, por exemplo. Todavia, é preciso que psicólogo e neurologista se coloquem humildemente à disposição um do outro e do caso, evitando demorar-se na comum posição de discutir algumas incompatibilidades que podem surgir entre as duas áreas. Nosso exemplo apresenta dois profissionais apenas, mas é importante salientar que isso vale para todos os encontros possíveis entre as áreas que compõem uma equipe de trabalho (Iribarry, 2002). O Problema como Solução Caon (1998) salienta que todo o problema não resolvido em uma área deve ser levado a uma área vizinha. Quando um pesquisador está às voltas com um problema não Curso Técnico em Enfermagem Página 14 solucionado em sua área temática é preciso que a transdisciplinaridade seja evocada para instaurar um diálogo com outras áreas temáticas. Este diálogo deve promover trocas e aproximações entre os pesquisadores, de modo que o problema não solucionado possa ser compartilhado e, com isso, novas equações e soluções para o problema sejam geradas. Este é o verdadeiro sentido da produção de tecnologias em um domínio de diversidades representado pelo agrupamento de diferentes áreas de conhecimento (Caon, 1998). Assim sendo, a transdisciplinaridade é um dispositivo que faz avançar as relações entre as áreas de conhecimento. Se o problema não resolvido em uma determinada área de conhecimento é, como vimos acima, uma solução viável para o estabelecimento do diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento e pesquisa, então surge à frente daqueles que desejam levar adiante o desafio da transdisciplinaridadea necessidade de trabalhar em equipe. Os Princípios Práticos da Transdisciplinaridade no Trabalho de Equipe Uma equipe será transdisciplinar quando sua reunião congregar diversas especialidades com a finalidade de uma cooperação entre elas sem que uma coordenação se estabeleça a partir de um lugar fixo. É claro que isso gera, de saída, um problema. Como evitar a verticalidade de uma coordenação? Isto é, como evitar que uma especialidade se torne uma espécie de juiz no processo de tomada de decisão? Ora, a transdisciplinaridade deve ser encarada como meta a ser alcançada e nunca como algo pronto, como um modelo aplicável, e como um desafio que serve de parâmetro para que todos os membros da equipe estejam atentos para eventuais cristalizações e centralizações do poder Para que o intercâmbio entre os pesquisadores seja transdisciplinar é preciso que os discursos técnicos e ligados ao chamado jargão de cada área – sejam compartilhados (Iribarry, 2002). Mas não basta apenas levar ao colega aquelas palavras que em nosso campo são elementares. É preciso realizar um cuidadoso trabalho de tradução e explicação do que se deseja dizer em cada discurso das áreas envolvidas na situação de transdisciplinaridade. É preciso que o discurso de cada disciplina seja legível para as outras disciplinas envolvidas. A tomada de decisão é o aspecto culminante de uma orientação transdisciplinar para o trabalho em equipe. É preciso que a decisão seja tomada sem que nenhum saber prevaleça sobre outro, por isso a necessidade de ser horizontal, numa linha em que todos os profissionais estejam reunidos e dêem a sua contribuição de maneira compartilhada (Iribarry, 2002). Na verdade, a tomada de decisão está ligada a um conjunto de decisões que emanam de todas as áreas implicadas no trabalho em equipe. Não se trata do que cada área acredita ser adequado para o caso, mas sim daquilo que o próprio caso irá demonstrar como urgente e necessário para cada área de conhecimento envolvida. Curso Técnico em Enfermagem Página 15 ANATOMIA 1 INTRODUÇÃO A ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA SAÚDE PÚBLICA Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do organismo e da relação entre suas partes. A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar), mas atualmente, Anatomia é a ciência e dissecar significa um dos métodos desta ciência. NOMENCLATURA ANATÔMICA Nomenclatura Anatômica é o conjunto de termos empregados para descrever o organismo, bem como as suas partes. Como toda ciência possui uma terminologia, com a anatomia isto ocorre muito claramente, com termos bastante específicos em sua linguagem. POSIÇÃO ANATÔMICA Considera-se como posição anatômica aquela em que o corpo está em posição ereta, ou seja de pé, também denominada posição ortostática, com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, ao longo do corpo e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. Olhar na linha do horizonte Palmas das mãos voltadas para frente Pernas ligeiramente afastadas Curso Técnico em Enfermagem Página 16 PLANOS • Plano sagital - formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo lon- gitudinal, dividindo o corpo em um lado direito e esquerdo. • Plano frontal ou coronal - formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo longitudinal. • Plano transversal ou horizontal - formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em segmentos denominados metâmeros. CÉLULA A célula representa a menor porção de matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. A maioria dos organismos, tais como as bactérias, são unicelulares (consistem em uma única célula). Outros organismos, tais como os seres humanos, são pluricelulares.O corpo humano é constituído por aproximadamente 10 trilhões de células; A maioria das células vegetais e animais têm entre 1 e 100 µm e, portanto, são visíveis apenas sob o microscópio; a massa típica da célula é um nanograma. A célula foi descoberta por Robert Hooke em 1665. Em 1837, antes de a teoria final da célula estar desenvolvida, um cientista checo de nome Jan Evangelista Purkyňe observou "pequenos grãos" ao olhar um tecido vegetal através de um microscópio. A teoria da célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann, indica que todos os organismos são compostos de uma ou mais células. Todas as células vêm de células preexistentes. As funções vitais de um organismo ocorrem dentro das células, e todas elas contêm informação genética necessária para funções de regulamento da célula, e para transmitir a informação para a geração seguinte de células. A palavra "célula" vem do latim: cellula (quarto pequeno). O nome descrito para a menor estrutura viva foi escolhido por Robert Hooke. Em um livro que publicou http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias http://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelulares http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanos http://pt.wikipedia.org/wiki/Pluricelulares http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano http://pt.wikipedia.org/wiki/Micrometro_(unidade_de_medida) http://pt.wikipedia.org/wiki/Nanograma http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Hooke http://pt.wikipedia.org/wiki/1837 http://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio http://pt.wikipedia.org/wiki/1838 http://pt.wikipedia.org/wiki/Matthias_Jakob_Schleiden http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Schwann http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_latina http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Hooke Curso Técnico em Enfermagem Página 17 em 1665, ele comparou as células da cortiça com os pequenos quartos onde os monges viviam. Cada célula do nosso corpo tem uma função específica. Mas todas desempenham uma atividade "comunitária", trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É como se o nosso organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as outras, dividindo o trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execução das inúmeras tarefas responsáveis pela manutenção da vida. As células que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo o seu núcleo, por isso, são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana celular, citoplasma e núcleo. A membrana plasmática A membrana plasmática é uma película muito fina, delicada e elástica, que envolve o conteúdo da célula. Mais do que um simples envoltório, essa membrana tem participação marcante na vida celular, regulando a passagem e a troca de substancias entre a célula e o meio em que ela se encontra. Muitas substâncias entram e saem das células de forma passiva. Isso significa que tais substâncias se deslocam livremente, sem que a célula precise gastar energia. É o caso do gás oxigênio e do gás carbônico, por exemplo. Outras substâncias entram e saem das células de forma ativa. Nesse caso, a célula gasta energia para promover o transporte delas através da membrana plasmática. Nesse transporte há participação de substâncias especiais, chamadas enzimas transportadoras. Nossas células nervosas, por exemplo, absorvem íons de potássio e eliminam íons de sódio por transporte ativo Observe a membrana plasmática. Ela é formada por duas camadas de lipídios e por proteínas de formas diferentes entre as duas camadas de lipídios. Dizemos, assim, que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva, isto é, capacidade de selecionar as substâncias que entram ou saem de acordo com as necessidades da célula. http://pt.wikipedia.org/wiki/1665 Curso Técnico em Enfermagem Página 18 O citoplasma O citoplasma é, geralmente, a maior opção da célula. Compreende o material presente na região entre a membrana plasmática e o núcleo. Ele é constituído por um material semifluido, gelatinoso chamado hialoplasma. No hialoplasma ficam imersas as organelas celulares, estruturas que desempenham funções vitais diversas, como digestão, respiração, excreção e circulação. A substância mais abundante no hialoplasma é a água. Vamos, então, estudar algumas das mais importantes organelas encontradas em nossas células: mitocôndrias, ribossomos, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos e centríolos. As mitocôndrias e a produção de energia. As mitocôndrias são organelas membranosas (envolvidas por membrana) e que têm a forma de bastão. Elas são responsáveis pela respiração celular, fenômeno que permite à célula obter a energia química contida nos alimentos absorvidos. A energia assim obtida poderá então ser empregada no desempenho de atividades celulares diversas. Um dos "combustíveis" mais comuns que as células utilizam na respiração celular é o açúcar glicose. Após a "queima" da glicose, com participação do gás oxigênio, a célula obtêm energia e produz resíduos, representados pelo gás carbônico e pela água. O gás carbônico passa para o sangue e é eliminado para o meio externo. A equação abaixo resume o processo da respiração celular: GLICOSE + GÁS OXIGÊNIO GÁS CARBÔNICO + ÁGUA + ENERGIA Curso Técnico em Enfermagem Página 19 HISTOLOGIA O que é A histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano. Os tecidos são formados por grupos de células de forma e função semelhantes. De forma simples podemos entender que a célula é a unidade fundamental do corpo, os tecidos são a associação de várias células semelhantes, os órgãos são a junção de vários tecidos que realizam uma determinada função, os sistemas são a união de vários órgãos (sistema nervoso, linfático, esquelético, respiratório, tegumentar, circulatório, etc) e que a união de todos os sistemas formam o organismo. Os tecidos de nosso corpo podem ser classificados em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. O tecido epitelial apresenta como características: ausência de espaço entre as células, ausência de vascularização e grande capacidade de renovação celular. Sua função principal é proteger o corpo contra a penetração de microorganismos, substâncias químicas e agressões físicas. Ele se encontra recobrindo o corpo externamente (epiderme e córnea) e a superfície interna dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, nariz, pulmão, boca, útero, bexiga, etc. Além disso, ele é o responsável pela formação de glândulas (fígado, pâncreas, glândulas salivares, etc). Da combinação dessas características, temos os seguintes tipos de tecidos: Epitélio pavimentoso dos alvéolos pulmonares, proporcionando a hematose do sangue, permitindo a passagem de oxigênio para as hemácias; Epitélio cúbico simples dos rins, com função de absorção e secreção; Epitélio cilíndrico simples do intestino delgado, efetuando a absorção do alimento digerido; Epitélio estratificado pavimentoso, exercendo a função de proteção revestindo todo o nosso corpo (a epiderme); Curso Técnico em Enfermagem Página 20 Epitélio cilíndrico pseudoestratificado e ciliado da traqueia e brônquios, desempenhando função de proteção, remoção e eliminação de impurezas na via respiratória; Epitélio de transição da bexiga, com função de distensão e retração (propriedade elástica) de acordo com o teor de urina armazenada. Curiosidade: a epiderme, juntamente com a derme, forma o maior órgão do corpo humano (a pele),com proporção média igual a 2m2 de área. A proximidade e a adesão entre suas células, em consequência às junções comunicantes, e mesmo pela presença de queratina, estabelecem o primeiro bloqueio fisiológico contra agentes patogênicos (que causam doenças). Epitélio glandular: tecido especializado na síntese de secreções (hormônios, enzimas digestivas e substâncias como: suor, lágrimas, gametas e leite). Podem ser endócrinas, exócrinas ou mistas. Glândulas Endócrinas → hipófise, tireoide e a suprarrenal; Glândulas Exócrinas → sudoríparas, sebáceas e salivares; Glândulas Mista (anfícrina) → pâncreas, fígado e as gônadas. O tecido conjuntivo possui espaço entre as células, é ricamente vascularizado, possui baixa renovação celular e material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares), possui também o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos). De origem mesodérmica, o tecido conjuntivo caracteriza-se por preenchimento dos espaços intracelulares do corpo e a importante interfase entre os demais tecidos, dando-lhes sustentação e conjunto. Morfologicamente, apresenta grande quantidade de material extracelular (matriz), constituído por uma parte não estrutural, denominada de substância estrutural amorfa (SFA), e por outra porção fibrosa. Substância Amorfa: formada principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Pode assumir consistência rígida, como, por exemplo, no tecido ósseo; e mais líquida, como é o caso do plasma sanguíneo. Fibras: de natureza proteica, distribuem-se conforme o tecido, destacando-se: Colágeno → fibras mais frequentes do tecido conjuntivo, formada pela proteína colágeno de alta resistência (coloração esbranquiçada); Elásticas → fibras formadas fundamentalmente pela proteína elastina, possuindo considerável elasticidade (coloração amarelada); Reticulares → fibras com reduzida espessura, formada pela proteína chamada Curso Técnico em Enfermagem Página 21 reticulina, análoga ao colágeno. Portanto, além da função de preenchimento dos espaços entre os órgãos e manutenção, toda a diversidade do tecido conjuntivo em um organismo desempenha importante função de defesa e nutrição. Os principais tipos em vertebrados podem ser subdivididos em dois grupos, a partir de uma classificação considerando a composição de suas células e o volume relativo entre os elementos da matriz extracelular: tecido conjuntivo propriamente dito (o frouxo e o denso), e os tecidos conjuntivos especiais (o adiposo, o cartilaginoso, o ósseo e o sanguíneo). Tecido Conjuntivo Frouxo Caracteriza-se pela abundante presença de substâncias intercelulares e relativa quantidade de fibras, frouxamente distribuídas. Nesse tecido estão presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo: os fibroblastos ativos na síntese proteica, os macrófagos com grande atividade fagocitária e os plasmócitos na produção de anticorpos. Tecido Conjuntivo Denso Denominado de tecido conjuntivo fibroso, apresenta grande quantidade de fibras colágenas, formando feixes com alta resistência à tração e pouca elasticidade. É tipicamente encontrado em duas situações: formando os tendões, mediando a ligação entre os músculos e os ossos; e nos ligamentos, unindo os ossos entre si. A organização das fibras colágenas nessa classe de tecido permite distingui-lo em: não modelado, quando as fibras se distribuem de maneira difusa (espalhadas); e modelado, se ordenadas. Tecido Conjuntivo Sanguíneo (Reticular) Esse tecido tem a função de produzir as células típicas do sangue e da linfa. Existem duas variações: tecido hematopoiético mieloide e tecido hematopoiético linfoide. Mieloide: Encontra-se na medula óssea vermelha, presente no interior do canal medular dos ossos esponjosos, responsáveis pela produção dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias), certos tipos de glóbulos brancos e plaquetas. Linfoide: Encontra-se de forma isolada em estruturas como os linfonodos, o baço, o timo e as amígdalas; tem o papel de produzir certos tipos de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos). O tecido hematopoiético (do grego hematos, sangue, e poese, formação, origem) é um tipo de tecido conjuntivo responsável pela produção de células sanguíneas e da linfa, e se localiza no interior de alguns tipos de ossos. Esse tecido é o precursor da medula óssea vermelha. http://www.infoescola.com/biologia/tecido-conjuntivo/ http://www.infoescola.com/histologia/tecido-hematopoietico/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/ossos/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-ossea/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-ossea/ Curso Técnico em Enfermagem Página 22 Durante a infância, grande parte dos ossos do corpo possui esse tipo de medula; na fase adulta, a medula vermelha é encontrada principalmente nos ossos pélvicos, no osso esterno, nas costelas e na clavícula. Na fase embrionária, as células sanguíneas são formadas no baço e no fígado. A medula óssea é dotada de fibras reticulares e células- tronco medulares. Tais células são multipotentes (ou pluripotentes), ou seja, podem dar origem aos diversos tipos de células sanguíneas, e são descendentes das células-tronco embrionárias. As células- tronco embrionárias são totipotentes, ou seja, não só dão origem às células sanguíneas, como a qualquer outro tipo de célula do organismo. A multiplicação das células-tronco produz tanto células-filhas que se comportam como células multipotentes, quanto células que se diferenciam em vários tipos de células do sangue. Numa primeira fase dessa diferenciação, as células-tronco dão origem a duas linhagens celulares: células-tronco mieloides, ecélulas-tronco linfoides. As células- tronco mieloides originam as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), as plaquetas (ou trombócitos) e os leucócitos (glóbulos brancos), tais como neutrófilos, basófilos, eosinófilos e monócitos. Já as células-tronco linfoides dão origem aos linfócitos B e T Tecido Conjuntivo Adiposo O tecido conjuntivo adiposo é rico em células que armazenam lipídios, com função essencial de reserva energética. Em aves e mamíferos (animais homeotérmicos), auxilia na regulação térmica (isolante), sendo distribuído sob a pele que constitui a hipoderme. O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo especializado no armazenamento de gordura no interior de células diferenciadas denominadas de adipócitos, servindo como: -Reserva energética durante os períodos prolongados de dieta, na falta de alimentos e após a consumação do glicogênio estocado no fígado e músculos; - Auxílio na regulação térmica, atuando como proteção contra o frio, em virtude de sua localização sob a pele; - Envolvendo órgãos, como por exemplo, o coração, proporcionando acomodação ao movimento de sístole e diástole, além de protegê-lo contra traumas mecânicos. Tecido Conjuntivo Cartilaginoso http://www.infoescola.com/anatomia-humana/baco/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/figado/ http://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/ http://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/ http://www.infoescola.com/sangue/hemacias/ http://www.infoescola.com/sangue/plaquetas/ http://www.infoescola.com/citologia/leucocitos/ Curso Técnico em Enfermagem Página 23 O tecido cartilaginoso, desprovido de vasos sanguíneos e nervos, é formado por células denominadas condroblastos e condrócitos. O condroblasto sintetiza grande quantidade de fibras proteicas, e com gradual redução de sua atividade metabólica, passa a ser denominado condrócito. Tecido Conjuntivo Ósseo Bem mais resistente que o tecido cartilaginoso, o tecido ósseo é constituído
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